Epílogo
N/A: então é aqui q acaba... ;) espero que tenham gostado... FUI! ;******** pra td mundo!
O solteirão em breve... ;)
Epílogo
Hermione reorganizava as folhas amareladas, gostava de relê-las às vezes, apesar de saber que nem chegavam perto de suas lembranças.
- Quando vai cansar de ler esses relatórios?
- Não estou lendo... É só que eu preciso fazer uma coisa... James já chegou?
- Não... Parece que saiu com o Mitch pra jogar futebol e depois o Olivier pega eles para almoço.
- Eles estão bem animados com a carta que o Mitch recebeu, hein?
- Ele mal vê a hora de entrar para Hogwarts. Às vezes imagino que tenha sido uma benção de Merlin o Mitch ter nascido um ano depois do James. Já imaginou se estudassem juntos? Dois anjinhos daqueles? Hogwarts provavelmente fecharia.
Hermione guardou os papéis, sorrindo sonolenta.
- Quase doze anos de casamento e eu só pedi o divórcio uma vez... parece que nos aturamos bem...
- É eu tive que te aturar, quanto a você, teve bastante sorte... não é nem um pouco difícil me agüentar...
Harry interrompeu.
- Claaaro que não, afinal, não é nem um pouco incômodo acordar no meio da noite pra comprar sorvete de nozes com uma fruta exótica qualquer. – ele alfinetava.
- Mas isso só aconteceu uma vez! E eu estava grávida.
- Correção, meu bem, cinco vezes e meia...
- Meia?
- É... aquela vez que você me acordou e eu lembrei na porta da sorveteria que você já tinha tido o James.
- E você voltou sem o sorvete – Hermione completou azeda, encostando sua cabeça em seu ombro.
- Mas é óbvio, você estava me explorando, só Merlin sabe até quando eu iria comprar aquele maldito sorvete...
- Mas era tão bom...
Suspiraram simultaneamente.
- Recebi notícias de Jimmy...
- E? – Harry perguntou, com uma pontada de incômodo para que Hermione percebesse..
- Bem... Chamaram-no para fazer uns trabalhos beneficentes, coisa de igreja trouxa. Ele gostou e ficou por lá mesmo, talvez se forme pastor. Também, depois da decepção com a Jen...
- Miller e Granger, que dupla. Nem preciso dizer o que senti quando abri o jornal.
- Jen e Martha, condenadas a dez anos em Azkaban, cada uma, por roubo de berilos das jóias da esposa de Sir Charles, elas nunca tiveram jeito mesmo...
- Parece que Jimmy nunca teve sorte com mulheres – brincou Harry.
Hermione fez cara feia e ele a beijou na testa, de leve. Há tempos não brigavam, talvez nunca o tivessem feito de verdade. Talvez suas antigas brigas fosse apenas o ciúme, completamente imaturo, tentando insinuar que não se pertenciam.
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- Olá! – ela falava com uma voz agradável.
- Você é a única pessoa que me liga sabia? Tirando a ex-diretora do James, mas ela não conta mais depois que ele a fez se aposentar. – ela fez uma pequena pausa. - Então ilustre escritora Meg... Como vai com seu manual de “Como fazer seu namorado se matar pra poder ficar com o primo dele”?
- Não brinca Mi. Chego aí no fim de semana. E próxima semana, Brasil! Vou fazer entrevistas lá, não é maravilhoso? Finalmente algum país acima de 68°F. Como estão todos aí?
- Bem, o Harry tá ótimo como sempre, desde a aposentadoria do quadribol ele parece estar aperfeiçoando sua magia. Firewood disse que ele pode ser o próximo candidato a ministro. Harry acha a idéia um tanto ridícula, já que ele não consegue mais nem controlar o quintal daqui de casa...
- O que houve com o quintal?
- Dobby resolveu criar umas plantinhas cor de rosa e verde. Alguns dias depois a gente descobriu que as plantinhas, supostamente sésseis, se arrastam pelo chão e comem outras plantas. Seria até engraçado de essas plantas não gerassem outras tão rápido. Dobby está tentando administrar o caos no quintal, tomara que elas não o devorem, porque agora que deram de aumentar de tamanho. A única parte boa da história foi que os gnomos de mandaram.
- E o James?
Hermione pigarreou e soltou uma risadinha.
- Seu filho ensinou para meu filho como matar aula quando não está a fim de ir... Meg, seu filho está levando o meu para o caminho do mal.
- Caminho do mal? Meu filho virou uma criatura persuasiva e calculista, disposto a levar o seu para as trevas da preguiça e da ilegalidade? Pega leve supermãe! Seu filho só tem onze anos e você o trata como um soldado prestes a guerrear... além do mais, pra gazear a aula de História da Magia vale tudo, quem agüenta o Binns falando de duendes?!
- Mas é importante para ele!
- Claro! Saber que em 1459 houve uma Convenção Internacional de Bruxos vai salvar a vida dele...
- Foi em 1289, Meg...
- Mi... não dê uma de monstro agora tá?! Desculpa se eu vi essa matéria há quase trinta anos e eu não lembro de nada dessa aula, nada além de que tinha um grilo na janela ao lado da minha cadeira. Bem tenho que desligar. Preciso ligar para o meu marido.
- Ele saiu. Foi pegar os meninos...
- Não, parece que já chegou em casa...
- Então avisa a ele que eu vou pegar o James só mai...
bip bip bip
- …tarde. – “Algumas coisas não mudam nunca”.
Um grito rouco veio dos fundos da casa. Hermione dirigiu-se até lá.
- Imobilus!
Todos os seres rastejantes do quintal pararam ao mesmo tempo. Dobby arrancou um deles de sua canela.
- Obrigado Sra. Potter.
- Ainda não conseguiu controlá-las Dobby?
- Não senhora. Pensei em queimá-las, mas a Twiggy disse que são muito bonitas quando florescem, e James queria esperar por isso.
- E se nós as mantivéssemos juntas num mesmo lugar?
Dobby suspirou.
- Já tentei, mas elas se devoram se forem deixadas presas...
Hermione riu ao comprovar o que Dobby dissera. Após seu feitiço perder o efeito, observou uma plantinha fugitiva de um palmo ser devorada por sua semelhante. Elas pareciam alimentar por uma pequena abertura radial.
- Onde você arranjou essas ervas canibais Dobby?
Dobby hesitou um pouco antes de dizer.
- Numa lojinha do beco diagonal. – Dobby ficou estático por um tempo. - Dobby mal, Dobby mal. – ele batia a cabeça na árvore que se erguia próximo a casa.
Mione perguntou-se por que ele estaria mentindo.
- Dobby, me conte a verdade.
- Dobby não pode, Dobby prometeu, jurou segredo. – ele limpou o rosto.
- A quem? Harry?
Dobby fez que não.
- Está bem Dobby vou sair pra pegar o James. - “Nós precisamos ter uma conversinha, fazer o elfo jurar não te entregar não é uma coisa muito bonita, James...”.
O uniforme do time de James estava coberto de lama, mas ele saía limpinho da casa de Olivier.
(N/A: momento mãe e filho... xD vcs vão finalmente conhecer o James...).
- James querido, você sabia que eu mandei Dobby queimar aquelas plantinhas impertinentes do jardim?
- A senhora o quê?
- É... – Hermione cercou-o enquanto voltavam pra casa. – Dobby disse que elas dão muito trabalho, principalmente quando disse quem foi o responsável pela vinda delas... – os olhos dela brilhavam intensamente.
Ele soltou um muxoxo. Percebia claramente onde a mãe queria chegar.
- Aquele Dobby não tem jeito... Vive inventando de cuidar dessas criaturas...
- Talvez eu esteja cansada dele, talvez seja hora de termos outro elfo...
Hermione deu a última cartada para obter a confissão do filho. Sabia que James assumiria qualquer coisa pelo elfo. A verdade era que gostava muito dele.
- Tem razão mamãe, mas não vejo por que pôr a culpa das plantinhas em Dobby. – ele fugiu da culpa novamente.
- Talvez porque a culpa não seja de Dobby?
- Pode ser... Sempre pode haver outros culpados.
- Participantes...
- Isso! – ele confirmou.
- Uma semana sem futebol. – Hermione aplicou a sentença concisa.
- Por quê? – ele se fazia desentendido.
- Acha que eu não sei que foi você que trouxe as plantas?
- Mas mãe... Eu fiz isso pela senhora! A Twiggy disse que elas são lindas quando criam flores! Eu queria fazer uma surpresa – ele abaixou a cabeça. Hermione fechou os olhos.
Estava cada vez mais difícil colocá-lo de castigo. Ele parecia estar criando a mesma irresistividade do pai. E os bons argumentos dele o faziam não um mentiroso, mas um inexorável guardador de segredos. Ele estava começando a perceber que poderia ter o que quisesse.
- Uma semana, já disse... Enquanto isso vamos esperar as flores...
- Mas Dobby não queimou?
- Eu menti.
- MÃE! Mentir é feio...
- Ocultar também...
Ele piscou o olho e ela afagou-lhe os cabelos. Eles chegavam a casa.
*************************
Hermione terminava de pegar as encomendas na confeitaria. Há tempos havia planejado aquele jantar, com a “família” toda. Fazia quase uma década que não se reuniam... Meg e Olivier eram os mais próximos. Rony e Luna se mudaram para mais perto do pai da loira. Draco e Gina sequer moravam no país, apesar de conseguirem a transferência de Draco. Apenas a filha deles, Lorainne, da idade de James, convenceu-os a voltar à Inglaterra, pois queria cursar seu segundo ano em Hogwarts. O filho de Rony, Arthur, também estava na escola e já terminara seu terceiro ano. Jane era a mais nova e segundo as notícias, acabava de ser chamada.
James dava uma olhada em sua roupa nova. Sua mãe já chamava para receber os amigos. Mitch procurava por alguma coisa. James se alegrou intensamente ao ver o melhor amigo e correu em sua direção, inventariam qualquer coisa pra fazer enquanto Hermione recebia uma enorme torta trazida por Meg. Mandy parecia estar contando algo muito importante para a irmã mais velha, porque assim que chegaram se isolaram no jardim. Meg tinha quase certeza de que era sobre garotos.
- Não corra muito James, senão vai suar...
Mas o garoto parecia alheio a ela, principalmente quando Luna e Rony chegaram trazendo Jane e Arthur. Mitch foi apresentado a eles por James e em cinco minutos pareciam velhos amigos. Os últimos a chegarem foram os Malfoy. Com a pequena Lorainne, que parecia mais nova do que a idade aparentava. Tinha cabelos loiros que caíam extremamente lisos até a cintura. Ela parecia a mais tímida, talvez por não conhecer ninguém ainda. Gina indicou o lugar onde as crianças brincavam.
- Vai lá e puxa assunto.
A ruiva foi conversar na sala. Draco lançou um olhar orgulhoso ao ver a atenção que as crianças davam à recém-chegada.
- E-eu sou Lorainne Malfoy – ela disse automaticamente, como se ensaiasse o tempo todo a melhor maneira de dizer – mas gosto quando me chamam só de Loren, se preferirem Anne, tudo bem...
- Vem pra cá Loren – James indicou um lugar na roda em que estavam, abrindo espaço. A garota ruborizou de leve e sentou-se.
- Eu sou James, prestes a fazer o segundo ano de Hogwarts – ele falou orgulhoso.
- Vou para a escola esse ano. – ela falou baixinho.
- Então já tem uma amiga – James apontou – Essa é Jane, ela também vai esse ano.
- Não esqueça de mim. – Mitch azedou, fazendo careta.
- É, e o Mitch... – ele gostava de deixar o amigo irritado, então usou o tom mais casual possível.
Eles finalmente ficaram apenas conversando. James e Arthur se aproveitavam da experiência para contar aos novatos as coisas sobre o castelo. Harry, que viera pegar vinho na adega, piscou para o filho. Nenhum daqueles saberia de Hogwarts tão bem quanto James. Não enquanto ele estivesse munido com a capa de invisibilidade e o mapa do maroto que Harry estava prestes a dar.
Não falou com Hermione sobre isso, porque sabia que ela não aprovaria, mas Harry estava decidido. James iria a Hogsmead sempre que quisesse, veria os jardins de Hogwarts à uma hora da manhã e vagaria pelas passagens do castelo com um bando de amigos, um pisando no pé do outro e fugindo do novo zelador, provavelmente tão carrasco quanto era Filch. James veria Hogwarts como Harry a vira.
************************
O jantar foi animado. Todos pareciam ter noção do quanto àqueles encontros demoravam a acontecer e aproveitavam ao máximo. Já era madrugada quando Harry trazia James nos braços e levava-o para seu quarto. Ele se remexeu um pouco ao ser depositado na casa. Harry cobriu-o e beijou sua testa.
- Te amo. – ele sussurrou, levantando-se para fechar a porta.
- Eu também. – ele respondeu baixinho, tornando a adormecer. Harry foi até o quarto sorrindo. – Amanhã vamos ver as flores não é papai?
- Claro que sim – ele concordou. “Se ainda tiver restado... veremos”.
- Babão. – Hermione suspirou quando o marido fechou a porta. Harry ergueu a sobrancelha.
- É sempre tão difícil quando ele viaja... Talvez ele se sinta só.
- Claro que não... agora com o Mitch por perto, nem brinca.
Ele soltou uma risada rouca. E se despiu. Tomou um banho rápido enquanto Hermione guardava as jóias. Viu o lírio ligeiramente murcho sobre a mesa. Todas as manhãs Harry a acordava com uma flor. Toda santa manhã, durante quase doze anos.
- Harry, você conjura as flores que me dá, não é?
- Não. – ele falou do banheiro.
- Dobby as colhe?
- Porque essa pergunta agora?
Uma leve pausa.
- Curiosidade.
Harry abriu a porta, liberando todo o seu perfume como comumente fazia.
- Não, acho que nunca conjurei uma flor. Eu acordo uma hora antes de você, todo dia, pra ir atrás de uma flor. Eu mesmo saio para colhê-la.
- Quando vai parar de fazer isso?
O sorriso de Harry desapareceu e ele vacilou.
- Porque, você não gosta?
Hermione riu. Pôs a escova de volta na penteadeira, à qual estava sentada.
- Eu as amo.
- Então não vou parar nunca. - Ele deslizou os dedos pelos cabelos dela, passando por entre os fios e massageando seu pescoço. Hermione fechou os olhos, cansada. Abriu-os devagar para ver o moreno sorrindo para ela através do espelho. Ele se abaixou ao lado da cadeira e afastou seus cabelos para um lado, deixando o pescoço nu.
Ela respondeu sorrindo para ele, sedutoramente. Harry beijou devagar o seu pescoço, para depois mordê-lo de leve. Hermione desejou-o e num ímpeto puxou-o para si. Beijou-o até arrancar-lhe o fôlego.
- Você promete? – ela indagou.
- Trazer as flores? – ele ofegava.
- Não só as flores...
- Eu prometo o que você quiser. – ele a beijou de novo. Estava implorando por ela.
- Você ainda vai me tirar do sério Sr. Sedução.
Ela pegou de qualquer jeito a varinha e as luzes se apagaram...
*H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr**H/Hr*
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