Capítulo XIX
N/A: ok, ÚLTIMO! Sem escapatória... próx semana eu posto um epílogo e chegaremos ao final de nossa historinha H/He... desde janeiro q eu escrevo Sr. Sedução e eu adorei fazê-lo. Sinceramente, ainda acho q vcs são exagerados(as) dizendo q eu escrevo bem e q eu deveria ser escritora... mas os 2300 comentz me deixaram mto feliz!!!!! =D
Título da continuação vai ser...
“Sr. Sedução 3, O solteirão”
Narrada pela Meg oks? A Rhina se despede e a Meg invade... ela ta louca pra escrever, não ta me deixando em paz xD
A continuação não vai ser H/He gte... (com essa frase eu tenho certeza q acabei d perder dezenas de leitoras xD... mas não, não, essa vai ser a história do filho deles ;)
Lá pra novembro (no máximo) aqui mesmo na Floreios xD
AVISO: ajudem a manter o site no ar... não custa muito ;) e p/ qm tem medo d comprar as blusas do site: coragem! As blusas são maravilhosas e pode crer q elas chegam... ;)
Capítulo XIX – Lua cheia, lua nova...
O sol já estava alto quando Harry abriu os olhos. Sua primeira ação foi voltar a apertá-los com força, fazendo uma careta de dor. Lembrava vagamente da tarde anterior, e de como suas costas pareciam rachadas por causa do balaço. Mas sabia que tinha conseguido, tinha pegado o pomo e vencido a Espanha.
Sua mão apreciou o contato com a pele fina de uma mulher ao seu lado. Levantou os olhos para apreciá-la, reparar sua beleza enquanto o sol brincava com a cor de seus cabelos. Ela estava sentada desconfortavelmente e era inegável que passara a noite ali. Ela remexeu-se um pouco e acordou.
- Harry! Como você está se sentindo? – os olhos grandes emanavam curiosidade.
Ele piscou várias vezes.
- Com dor de cabeça. Quem é você?
- Como assim?
- Como você se chama? Não devia ter passado a noite aqui, sabia? Não é confortável.
Hermione pulou da cadeira.
- Tá dizendo que não lembra de mim???
Ele balançou a cabeça, confuso.
- Eu deveria?
- Ai... Meu... Merlin! Ok, mantenha a calma. – ela falava mais para si do que para o rapaz. – Como você se chama?
- Harry James Potter. (N/A: ou Harry Tiago Potter... tanto faz ;)
- Idade?
- 24 e alguns meses.
- Onde mora?
- Oxford.
- O que você fez ontem?
- Eu joguei quadribol pela Copa. Lembro de ter saído de Oxford há uns dias e vindo pra cá.
Mione respirou fundo, tentando se controlar. “Perda de memória... é reversível em alguns casos, não é?”.
- Como você se chama? – ele olhou-a atentamente.
- Hermione Granger.
- Nossa! Pensei que não te veria mais! Tanto tempo depois de Hogwarts e da guerra, hein?
Ela sentou-se na cadeira para não cair. Apertou as mãos com força.
- Senta aqui. – ele indicou a cama da enfermaria, puxando-a. - Posso ver? – ele apontava para seu colar. Hermione entregou-lhe o colar com um pequeno “H” pendurado. Ele riu feito uma criança.
- O que foi?
- Sei lá, isso aqui não é estranho.
Hermione respirou fundo.
- Então, ainda está no jornalismo?
Ela fez que sim com a cabeça.
- Harry... Eu sou sua esposa. – ela falou devagar.
Ele piscou várias vezes, encarando-a e enterrou a cabeça nos joelhos.
- Eu perdi a memória não foi?
- Parece que sim...
- Como aconteceu?
- Bem, você caiu d...
- Não, tô falando de você e eu... nós... – ele corou fortemente - o que houve?
- Bom dia Sr. e Sra. Potter! – a enfermeira entrava trazendo um frasco. – Hermione amaldiçoou-a mentalmente por ter interrompido. – mais duas doses e o medi-bruxo virá para dar alta.
Hermione observou divertida a enfermeira tentando empurrar a poção para Harry e este tentando, discretamente no princípio, mas depois não mais, se desvencilhar. Uma fraca vibração a trouxe de volta.
- Hermione? FINALMENTE!
- Bom dia pra você também Meg.
- COMO É QUE O HARRY TÁ? Fala logo! A queda que ele levou saiu em tudo o que é jornal hoje de manhã. Tem uns tablóides dizendo que ele teve traumatismo e que está em estado grave, em outro tem uma louca metida a Skeeter dizendo que estão só esperando os fãs se acalmarem para anunciar o falecimento.
Hermione riu sarcástica. Harry aceitava o remédio ruim a contragosto.
- Ele está bem... Um pouco aborrecido, mas tá bem. Tinha quebrado alguns ossos, mas vai viver.
- Que bom! Hermione Jane Granger... O que ac...
- Potter, Meg, é Potter.
- Vocês se entenderam foi?
- Bem, pode-se dizer que houve um pouco mais que isso... Eu estou feliz por ele estar bem e tudo, mas tem um pequeno problema... - ela se interrompeu.
- Fala!
- ... Ele não lembra de mim.
- Hein? Como assim?
- Ele não lembra do que passou comigo até nós chegarmos aqui onde estamos entendeu?
- ELE PERDEU A MEMÓRIA? O que ele esqueceu?
- Bom, pelos meus cálculos, quase tudo em relação a mim. Vou perguntar se é reversível.
- Você tá me dizendo, que depois de tudo o que eu fiz, de todas as loucuras da titia Martha, o lado feminino do Michael e da Mel eu nem falo, concluindo, depois de tudo isso ele perdeu a ***** da memória e vai ter que começar tudo do zero? - (N/A: fic sem palavrões gente ;)
- Sim...
- Eu só não me jogo no Tamisa por que enfim...
- Ei! Como você sabia sobre o lado feminino do Mike?
- Por Merlin! Ele devorava o Harry com os olhos, ninguém percebeu? – ela soltou um muxoxo – Mione, Mione, tem que parar de ser convencida, senão nunca vai saber se o cara tá a fim de você ou do seu marido... – ela riu com gosto.
- Continua, enfim o que?
- Enfim, Hermione... Eu vou me casar com Olivier Antiga.
- Ele te pediu? Não acredito!
- Aham.
- Quando vai ser? Em Londres mesmo?
- Quem sabe! Parece que você nem me conhece né Mi... você sabe onde eu casei pela primeira vez?
Hermione reparou que nunca havia perguntado isso.
- Não. A gente nem se conhecia...
- No Tibet, Mi, por um monge. Foi meio budista pra falar a verdade. Ryan não queria ir tão longe pra casar, mas eu tinha 19 anos, foi uma das minhas loucuras. Eles perguntaram se ele queria mandar um substituto pro casamento, pra proteção do verdadeiro noivo. Estranho, né? Bem, se fosse um mister de 1,90m, tipo o Olivier, talvez eu aceitasse. Pra falar a verdade eu queria um casamento budista porque é uma das únicas religiões que não vêem o casamento como um dever religioso, e você sabe o quanto eu odeio essa história de “dever”...
- Pra variar.
- Eu vou sumir qualquer dia desses pra qualquer lugar. E quando eu voltar vou estar casada...
- Eu já te disse que admiro seu jeito de ser?
- Falando a verdade, não. Por quê?
- Você nunca planeja nada, as coisas vão acontecendo na sua vida. Você não sabe nem se amanhã ainda vai estar aí, amanhã você pode estar casando num lugar qualquer do mundo.
- Quando se planeja as coisas você passa a fazer o que outras pessoas querem que você faça. Nunca tive planos para o futuro, até mesmo porque nunca me preocupei muito com ele...
- Boa lua-de-mel Meg, seja lá pra onde o Antiga vai te levar.
- Eu já vou ficar bastante satisfeita se ele convencer meu chefe a permitir meu sumiço... Talvez comece minha carreira paralela. Manda lembranças pro Harry, Mi, quer dizer, se ele lembrar de mim...
- Eu vou mand...
bip bip bip
- Até outro dia, Meg.
Hermione teve uma breve conversa com o medi-bruxo. Ele ainda não sabia se a perda de memória era temporária ou definitiva. Precisaria iniciar um tratamento, mas era melhor que fosse em Londres. Por ser a mais próxima Hermione poderia determinar os “limites” de sua amnésia. Poderia esperar até o fim da Copa sem problemas, e se mantivesse descanso poderia jogar o resto das partidas.
********************
Meg fechava a última mala com um sorriso fino nos lábios. O passaporte estava sobre a mesinha. A porta abriu suavemente e Olivier vinha carregando Mandy no colo, Cindy entrou logo atrás. A primeira chorava baixinho, com sua perna ralada.
- Ela se machucou no balanço. – ele explicou fazendo um curativo. – Mandy lançou um olhar feio à irmã mais velha, que ouvia música completamente alheia ao mundo. Meg terminava de arrumar a roupa das filhas, elas ficariam alguns dias com a mãe de Olivier.
Meg temeu que as filhas não aceitassem o padrasto, mas o relacionamento dele com elas estava incrivelmente estreito. Olivier era cativante demais para que isso não acontecesse.
- Pronto – ele sorriu.
- Cindy, leva sua irmã pra se trocar. – ela ficou imóvel. - CINDY! – a adolescente pareceu acordar e desligou o IPod, resmungando baixinho.
- Já terminou? – Olivier parecia ansioso.
- Sim, mas pra onde vamos?
Ele lhe estendeu duas passagens.
- Tire na sorte.
Meg puxou uma delas. Um olhar de surpresa se seguiu.
- Veneza... sempre quis conhecer... Deixe-me adivinhar o outro lugar... Veneza?!
- É. De qualquer jeito seria Veneza.
Meg riu.
- Como descobriu que eu queria casar lá?
- Hermione me disse...
“É Mi, parece que você se vingou direitinho por aquela do seu casamento”.
**********************
- Pergunta número cinqüenta e nove. – Hermione suspirou quando saíram do hospital. – Qual o seu macarrão favorito?
- Eu não gosto de macarrão. O Duda dizia que se eu comesse macarrão ele faria sair tudo pelo meu nariz. Então desde os cinco anos eu nunca gostei. – Harry falava sem esforço. Lembrava muito bem sua infância.
- E quem foi sua primeira namorada?
- A Cho, você sabe...
- E quantos anos você virou auror?
- Vinte e um e cinco meses.
“Merlin só pode estar brincando!” ela pensava revirando os olhos. Ele lembrava de tudo, menos dela.
- E quando foi a última vez que você me viu?
Eles chegaram ao hotel amontoado de repórteres e com a ajuda de alguns bruxos conseguiram passar, apesar da dificuldade. Caminharam lado a lado até o elevador, onde havia apenas uma garotinha de cerca de oito anos, vestida com camisa do Liverpool.
- Sabia que a Marie das Esquisitonas tá lá fora dando autógrafos? – ele falou ao entrar no elevador, segurando a porta.
A garota olhou-o desconfiada.
- Tem certeza?
- Absoluta. Corre lá antes que ela entre no carro e os repórteres sumam.
- Se ela não estiver lá você me deve cinco pratas.
Ela correu como uma louca do elevador.
- Privacidade, graças a Merlin. – ele riu ao ver a porta do elevador se fechar.
- Você é mau sabia?
- O que pode acontecer? Ela vai achar que a Marie já foi e pronto... - Harry parecia um pouco fraco, mas sorrindo despreocupadamente. – Eu vi você pela última vez no final da guerra, quando cada um foi pro seu lado. Você virou jornalista, Rony auror e eu jogador. Nos despedimos no aeroporto, quando eu fui para Oxford.
- Quer dizer que não lembra da entrevista em Oxford? Da dança? Do colar? Da roda gigante? – Hermione forçou-se a dizer a última frase - da Jen?
- Nada. Mas da Jen eu lembro. - ele falou com veemência. – Nós saíamos às vezes. – ele falou com cautela, afinal, estava casado.
Ela se controlava para não cair no choro.
- Agora é hora de fazer as malas – ele respirou fundo ao entrar no apartamento.
- Como assim? Você bateu com a cabeça? – Hermione fazia um gesto engraçado. – Está havendo a Copa, ainda lembra dela?
- Claro que sim! Mas eu falei com o Kenny quando ele foi me visitar e ele acha melhor eu não continuar. O Troy vai por mim. Era tudo o que ele sempre quis mesmo. O Kenny não está muito interessado em vencer a Copa, ele quer mesmo é ganhar o campeonato europeu no final do ano. Na verdade ele atualmente não leva muita fé no nosso time não, eu acho que ele desconfia que sejamos massacrados pelos búlgaros ou pelos chineses. Mas há grande chance de estarmos prontos pro campeonato em dezembro. Até lá o Charlton vai fazer umas modificações táticas e va...
- Harry, chegue lá rápido. – Hermione cortou. Harry corou.
- Desculpe. Enfim, não vou mais jogar quadribol na Copa, agora só no fim do ano.
- Que milagre é esse do...
A campainha tocou.
- Vai lá. – Hermione pediu a Harry.
Uma menina entrava decidida no apartamento.
- Você... – ela apontou para o moreno – me... deve... 5... euros.
A tristeza de Hermione evaporou quando viu Harry tirar uma nota de dez para dar pra a menina. Teve que segurar o riso.
- Eu não tenho troco! – ela falou, mandando a nota de volta.
- Pode ficar com os outros cinco. Digamos, por você ter vindo até aqui e tal.
- Então me dá mais cinco porque eu perdi o começo do balé pra vir até aqui.
- Esses cinco você perdeu por desobedecer a sua mãe, ou ela nunca te disse “Não fale e com estranhos”?
- Nem vem, você nem estranho é, passa os outros cinco. – falou esperta.
Harry ergueu as sobrancelhas.
- Você tem irmãos?
- Só uma mais nova.
Ele tirou mais dez do bolso.
- Então divida com ela. – ele piscou o olho.
Ela aceitou o dinheiro com um agradecimento mais tímido. Saiu com a mesma velocidade que entrou. Houve um pequeno silêncio, que Hermione usou para se recompor.
- Bem feito.
Ele sorriu e deu de ombros.
- Que milagre é esse do Kenny ter dito que não te queria no time? Não foi ele que mexeu galáxias pra te pôr aqui?
- Eu convenci as enfermeiras a colocarem medo nele.
- E o que você usou para convencê-las?
- Quando eu tiver um tempinho livre eu te mostro... – ele sorriu maroto e com um pequeno toque da varinha as malas estavam se fazendo. - Vamos pra casa... amor. - ele olhou para si mesmo, depois para Hermione, ela estava surpresa, porém mais feliz – Desculpe, é que eu ainda não me acostumei com a idéia de estar casado.
Hermione enlaçou o marido.
- Por quê? É cafajeste demais para estar comprometido?
Ele a beijou devagar. O contato com a pele de Hermione lhe agradava.
- Pra estar ao seu lado até o pior dos cafajestes tem cura.
- Sr. Sedução, hein? Com ou sem memória.
As malas estavam prontas.
**********************
Não que parecesse clichê nem nada. Talvez uma repetição que merece mesmo ser vivida...
- Sabia que milhares de pessoas vêm aqui por causa desse passeio de barco? – Olivier falou tecnicamente. Meg estava encantada.
- Não é pra menos. Andar de gôndola aqui é maravilhoso. É quase que inteiramente perfeito.
- Você diz isso porque um pombo idiota não estragou seu casaco.
- Ah, Olivier, você foi quem se meteu no meio da titica. Ou melhor, em baixo. A propósito, seus dias de azar estão apenas começando... por exemplo, seu primeiro erro vai ser olhar pra água.
- Por quê? – ele perguntou, olhando para a água.
- Seu segundo erro é não conseguir ver.
- Olivier se ergueu mais um pouco e aprumou a vista.
- Isso. – Meg jogou-o na água. – O passeio acabou. – ela pagava ao homenzinho simpático enquanto Olivier, encharcado, subia de qualquer jeito na calçada, praguejando-se por sua inocência.
- Você vai ver querida... – ele tremia de frio.
- É bom mesmo... – ela falou numa risada.
**************************
A notícia da saída de Harry se espalhou como poeira. Em todos os lugares havia torcedores revoltados com sua ausência no jogo contra a África do Sul. O jogo durara quase dez horas e a África do Sul venceu por vinte pontos, por causa do pomo que Khumalo, numa jogada sensacional, conseguiu pegar.
Harry abandonou a cobertura em Londres onde estava morando e voltou pra casa. Hermione teve que leva-lo porque por mais que se esforçasse ele parecia não lembrar da cobertura.
Dobby estava mais que animado ao voltar a seus afazeres na “Verdadeira casa de Harry Potter” como dizia. Rony e Luna foram visitar o amigo. Arthur, de seis meses, tentava desesperadamente segurar-se no sofá. Harry soube então que seria pai. Ficou aparentemente surpreso no início, mas aceitou muito bem a idéia.
Foi se deitar bem cedo. Hermione percebeu sua total falta de sono e ergueu-se para abrir a porta de vidro da varanda. Uma brisa agradável preencheu o quarto abafado pela noite quente. Ela então se limitou a brincar com os cabelos negros do rapaz, encostado em seu colo.
- Eu consigo ver um lago. – ele falou quebrando o silêncio.
- Lago?
- É quase um flash, eu vejo um lago, tenho quase certeza de que era meu antigo lago.
- Hum.
Ele fechou os olhos.
- Quero ir lá. – abriu-os com impaciência, ela se assustou.
- Quê? Tá bom, a gente vai amanhã ou depois...
Ele pôs-se de pé e estendeu-lhe a mão. Hermione mordeu o lábio inferior.
- Nem se eu quisesse. Você está fraco, pode voltar. Você não tem força suficiente para aparatar, principalmente a essa distância.
- Desde quando eu não tenho magia o suficiente para fazer algo?
- Devia ter esquecido de ser teimoso também!
- Quer vir comigo ou vai me deixar ir sozinho? – ele estava irresistível.
- E quando é que eu te deixo sozinho? – ela suspirou e segurou sua mão. – Você se lembra exatamente como ele é? – Harry assentiu. Alguns segundos depois o quarto sumira para dar lugar à vasta extensão do lago negro.
A morena sentiu um clima agradável assim que chegou. A noite de verão se misturava com o ar mais frio do lago.
- Minha nossa. – ela se surpreendeu com a cena.
Centenas de pontinhos dançavam pelo lago. Vaga-lumes e fadinhas com pó luminoso percorriam toda a extensão do lago, deixando-o bastante iluminado. A lua cheia também ajudava.
- Todo verão é a mesma coisa. – ele sorriu. – Dobby não gosta, diz que fazem sujeira.
- Não foi aqui que estivemos. – ela afirmou.
- Deve ter sido na outra margem, mais perto da mansão.
- Por que não aparatamos lá?
- Ministério, não se pode aparatar lá, por segurança.
- Mas isso era quando você morava lá.
- Bem, não lembro de ter vendido. Eu vendi mesmo?
- Você disse que venderia.
- Eu teria que ser louco pra vender uma coisa dessas. – as fadinhas soltavam beijos a torto e a direito para Harry. Ele estendeu a mão para ela e a puxou. Abraçou-a carinhosamente e começaram uma dança silenciosa. O perfume de Harry ativou os sentidos e a lembrança de Hermione. Ele a rodou devagar, no ritmo da música imaginária.
- Qual é a nossa música meu amor?
- Não sei, nunca discutimos sobre isso...
Ele beijou em sua testa.
- Ah, Harry – lágrimas silenciosas caiam no ombro do rapaz. – Por que não lembra de mim?
- Qual a nossa música meu amor? – ele repetiu num sussurro rouco. Hermione ergueu um pouco a cabeça, falando em seu ouvido a única que lembrava.
- Si supieras, que aún dentro de mi alma, conservo aquel cariño, que tuve para ti...
- Quién sabe si supieras, que nunca te he olvidado, volviendo a tu pasado, te acordarás de mí. – ele sussurrou em seu ouvido. Ela virou-se para encará-lo.
- Como lembra disso?
- Do nosso primeiro tango? Como eu poderia esquecer?
Ela se soltou de seu abraço.
- Você lembra?
- Tudo meu bem, cada detalhezinho.
- Tá brincando né?
– Relaxa Mi... eu sei que esse “H” não é de Hermione... – ele piscou o olho.
- EU VOU TE MATAR! Como me faz passar por uma situação dessas?! Eu...
Ele a calou com um beijo.
- Nunca a vi com tanto medo. – ele deslizou as mãos pelos seus cabelos. - Não se preocupe. Eu lembro de cada momento que passei com você como se fosse ontem. Se não houvesse esses momentos ao seu lado eu não seria nem capaz de perder a memória, porque todas as lembranças da minha vida em que você não esteve são totalmente vazias...
Hermione continuava chorando e não sabia exatamente o porquê, era raiva, choque e alívio.
- Eeu fiq-quei tão preoc-cupadaa quando disseram – seus soluços não ajudavam. Ela se acalmou um pouco mais e desatou a falar – que você tinha quebrado alguns ossos e eu não sabia se você tinha batido a cabeça. Deram pra você umas poções e pediram pra eu ficar calma, mas eu não conseguia. Só me deixaram te ver quase de madrugada. Eu fiquei com medo de você acordar e não ter ninguém. Eu disse isso a eles. Eu disse. Mas eu não pude ficar com você o tempo todo.
Ele enxugou as lágrimas que a mulher ainda derramava e sorriu.
- Parece que você não entendia quando eu te chamava de minha vida... Você sempre esteve comigo. O tempo inteiro. Você faz parte de mim, então eu sou incapaz de me desligar de você. Eu sou aquele que pertence a seus braços esqueceu? O bichinho de pelúcia que não agüenta dois dias sem você...
Ela o abraçou com mais força. Harry teve medo de que alguma costela quebrasse de novo, ela pareceu perceber isso porque logo o largou. Ele beijou sua mão e se ajoelhou.
- Tenho uma pergunta a fazer...
Ela riu ao perceber o que ele pretendia.
- Hermione, quer casar comigo?
- De novo?!
- Sim! Agora sem parentes que dão trabalho e sem Aquilo... como é o nome dela mesmo? Paris! Sem outras mentiras nem falsas traições.
- Como isso é possível? Que no fim a gente volte exatamente ao começo?
- Tudo sempre é assim... a viagem pode ser longa, mas o destino é o mesmo. É tudo uma grande viagem de volta.
- Como você me pede em casamento sem uma aliança?
- É verdade, eu esqueci em casa.
- Às vezes nem tudo pode sair perfeito...
- Hermione, você sabe, para as coisas serem perfeitas basta eu estar presente.
- Como é que é? – ela cortou, sorrindo. – a resposta é não.
- Hum, agora estragou tudo, tá bom, retiro o que eu disse. – ele fez cara de emburrado. – Mas pra que te entregar uma rodelinha de ouro e brilhantes se eu posso me entregar inteiro? E ser além de tudo modesto.
- Incurável isso sim. Agora repita comigo... Você é a mais perfeita...
- Você é a mais perfeita... – ele repetia.
- Das perfeitas, da perfeição.
- Hein? Coisa mais sem criatividade. Vamos pôr originalidade nisso aí. Você é a mais complicada das cabeças-duras que são perfeitas. Casa comigo?
- Depois de uma dessas...
- Apressa aí, vamos lá, minha perna tá doendo. – ele fazia uma careta.
As fadinhas estavam dispostas a jogar aquele pozinho em Harry e ele as enfeitiçava com seu charme.
- Esse pacote – ela o olhou de alto a baixo - tem direito a lua-de-mel?
- Como você é exigente! Claro que sim...
- Onde?
- Nas estrelas...
- Onde fica isso?
- Em qualquer lugar que ninguém jamais foi, viu ou sentiu.
- Gostei da descrição... quanto é a diária? Ops, desculpa.
- Apenas responda, Sra. Exigência.
- Vou falar com o nosso filho sobre isso. É que ele tem ciúme de mim sabe?
Ele se pôs de pé.
- Sim – ela lançou um olhar feio as fadas que brigavam entre si pelo direito de jogar pozinho brilhante em Harry. Beijou-o, arrancando suspiros delas. - Vamos lá, me leve daqui, para onde você quiser... - ela apertou seu abraço e eles sumiram.
N/A: o maior cap. da minha história de pseudoescritora... kkk eu reescrevi qse todo (e já to pensando em reescrever d novo xD), não tinha gostado do resultado.. por isso que demorou... espero q vcs não tenham se decepcionado :D caso isso tenha acontecido... críticas e sugestões, é só preencher aí nos comentz xD
É bem provável que antes do epílogo eu faça um bônus O/M... só p/ vcs saberem o q eles aprontaram em Veneza... ;)
Epílogo em breve... comentz???
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