Dementors



Era assim uma vez
Era segredo era guardado
Que bela insensatez
Que destino que fado…

Era anjo demoníaco
Era donzela era o mal
Era engano aflito
De entendimento mortal

Que inconsciente dardeja
Que resvala que perdura
Que sem riso peleja
Cruel desventura.

Era verdade escondida
Era isso (era mais!)
Era sanidade perdida
Em sopros vendavais

Que enaltece a loucura
Que ama que odeia
Que vence em bravura
E em coragem estonteia.

- Riddle? – inquiriu Harry sem conseguir controlar os seus pensamentos.

Os três olharam para a rapariga que Helena dissera chamar-se Karina Riddle. Provavelmente uma coincidência triste. Haveria muitos Riddles no mundo.

- Sim! Karina Stella Luna Riddle Droviski... teins mesmo un nome estranho – observou Lena no seu sotaque possivelmente espanhol. – É engraçado! Nós gostamos de a chamar Karina Riddle, é que Riddle quer dizer enigma e fica...interessante!

- Pois, deve ser... – murmurou Harry, ainda envergonhado por pensar que ela poderia ter alguma coisa a ver com Voldemort.

A jovem nada disse, continuando a olhar pela janela.

- Prazer. — Retribuiu Hermione. — Eu sou a Hermione Granger, e estes são o Ron Weasley e o Harry Potter.

- Lo Harry Potter? — Inquiriu a rapariga cujo nome era Helena. — Uau! Dás-me o tieu autógrafo?

- Harry, não podes dizer que não a esta rapariga tão... simpática.— Disse Ron olhando a rapariga de cima a baixo, estava visto que Ron tinha notado que a rapariga era muito bonita.

- Lena, não chateies o rapaz. — Pediu a rapariga cujo nome era Karina Droviski. — De certeza que ele já está cansado de pessoas como tu, que ficam a olhar para ele a dizer, “olha, o Harry Potter.”

Pelo menos aquela rapariga compreendia Harry e ele olhou-a novamente, mas agora com mais atenção. Vestia-se toda de preto, e não parecia muito ligada ao mundo real, tinha um certo ar sombrio e não muito simpático. Ainda não se tinha dado ao trabalho de olhar para nenhum deles, mas Harry conseguiu vislumbrar um brilho azul reflectido no vidro da janela, possivelmente o seu olhar.

Nesse momento a porta do compartimento foi aberta bruscamente e entraram três pessoas muito pouco desejadas, mas que já se sabia que apareceriam mais cedo ou mais tarde para atormentar.

- O que é que queres Malfoy? — Perguntou Ron cruzando os braços.

- Vê como falas Weasley, porque agora eu sou monitor. — Informou Malfoy sorrindo-lhes friamente e mostrando o distintivo preso no manto de Hogwarts que já trazia vestido.

- E tu vê como falas, porque eu também sou monitor, ou melhor, monitora. — Informou Hermione sarcasticamente. – Mas não ando por aí a exibir os meus poderes, nem a ameaçar os outros.

Harry e Ron olharam para Hermione estupefactos.

- Não nos disseste nada! — Notou Ron. — Pensei que fossemos amigos!

- Eu esqueci-me. — Desculpou-se Hermione encolhendo os ombros, como se fosse algo sem importância.

- Uma coisa dessas esquece-se? — Inquiriu Ron irritando-se. – Oh sim, tinha-me esquecido, nestas férias tiveste muito que pensar, não foi? Lá com o…

- Pára, Ron! Estou cansada!

- O que a minha presença faz… - riu-se Draco Malfoy revirando os olhos. – Vejo que arranjaram novos amigos...— Disse, olhando Helena de cima a baixo.— E a menina quem é?

- Non te diz respeito. — Respondeu arrogantemente.

- Eu sei apreciar a beleza. — observou Malfoy sorrindo-lhe.

- Agora me lembro, Malfoy, ouvi dizer que o Harry e o Ron apareceram no teu quarto e viram-te a sair do banho. — Disse Hermione. – E que digamos, viram que tens certos problemas de desenvolvimento.

Malfoy olhou-a com um misto de vergonha e ódio.

- Eu não tenho problema nenhum e eles não viram nada!! Eu poderia processá-los por invasão de propriedade privada! — exclamou Malfoy furioso.

- Malfoy, por quê que não sais e nos deixas em paz? — Perguntou Harry.

- Porque estou aqui bem. — Disse Malfoy. — Não acham? — Perguntou para Crabbe e Goyle.

Os dois acenaram afirmativamente.

- Disaparece , ou lo Harry dá cabo de ti. — Disse Helena erguendo-se do lugar e apontando para a porta deslizante do compartimento.

- Estou cheio de medo dele, e vocês? — Perguntou para Crabbe e Goyle.
Os dois riram-se e estalaram os dedos de uma forma intimidante.

- Não ouviram o que a minha amiga disse? Desapareçam – ordenou Karina sem sequer se dar ao trabalho de olhar para eles.

- E quem és tu agora, metediça? Penso que a conversa ainda não chegou aí – respondeu Draco olhando-a azedamente.

- Ela pediu gentilmente, não a façam usar a varinha – declarou o rapaz cujo nome era Karl Van Morth, sorrindo-lhes divertido, possivelmente esperando que a amiga fizesse exactamente isso.

A discussão foi interrompida inesperadamente. Com um grito, Harry fez com que todos parassem e o olhassem assustados. Uma inconveniente dor aguda na cicatriz tinha-se apoderado dele, o que o fez agarrar-se fortemente a ela e daí tinha provindo o grito. Já não estava habituado a estes ataques súbitos.

- Harry, o que se passa? — Perguntou Hermione, com a preocupação estampada na face.

- A minha cicatriz... dói... muito...— Gemeu Harry dobrando-se.

- O que fazemos? — Perguntou assustada.

A resposta surgiu quando Karina desviou o olhar da janela, se levantou do seu lugar e se aproximou de Harry. Tirou-lhe as mãos da testa com dificuldade, encostou-lhe a mão à cicatriz e poucos segundos depois Harry sentiu a dor a dissipar-se gradualmente.

Olhou Karina espantado e esta tirou-lhe a mão da testa.

- Como fizeste isso? — Perguntou impressionado.

- Explico depois, teremos tempo. Agora...— Virou-se para os intrusos e olhou-os friamente.— Desapareçam, já.

- Quem és tu para me dar uma ordem? — Perguntou Malfoy friamente.

- Eu disse “desapareçam”, e é melhor desaparecerem o mais rapidamente possível, porque se não o fizerem, faço-vos eu desaparecerem. — declarou Karina olhando-os de uma forma intimidadora.

- Pensas que eu tenho medo de ti, miúda? — Perguntou Malfoy começando a rir-se.

- Non conheces la fama da mia colega.

- Pois, claro. O Potter também poder-me-ia fazer desaparecer, também tem muita fama. — Riu-se Malfoy.

- Eu não quero confusão. — pediu Karina tirando a varinha do bolso. — Por isso desandem.

- Tu estás-me a ameaçar? — Rosnou.

- Não, estou só a avisar-te. — Respondeu Karina.

- O que se passa aqui? — Perguntou outra voz. De um compartimento não muito longe daquele surgiu Remus Lupin acompanhado por um enorme cão preto.

- Vejam quem é, o professor Lupin, o famoso lobisomem. — Comentou Malfoy ironicamente.

Harry saiu do sério ao ouvir Malfoy dirigir-se assim a Lupin, e Snuffles começou a rosnar.

- Não te atrevas a... – mas Lupin fez-lhe sinal para se acalmar.

- Lobisomem e com muito orgulho. — Disse Lupin sorrindo-lhe. — E tu Draco? Pertences a este compartimento? É porque se não for o teu, aconselho-te a não causares problemas.

- Eu? Causar problemas? — inquiriu Malfoy ultrajado. — Esta rapariga é que se pôs aqui a apontar-me a varinha sem razão!

- Nós só queremos que esta coisa nos deixe em paz, o que ele se recusa a fazer. — informou Karina.

- Compreendo. — Murmurou Lupin.

- Esta rapariga não tem educação nenhuma. — Protestou Malfoy. — Deviam dar educação aos alunos de Durmstrang! E a pensar que o meu pai me queria pôr nessa escola...

- Se calhar até lhes dão, não sei. Mas ainda bem que não foste para lá... agradece aos teus santinhos todos — Aconselhou Karina. — E agradece ao facto de eu não ser de Hogwarts e andar no instituto de Durmstrang.

- Tu és aluna do Karkaroff... — Lembrou-se Malfoy subitamente. — Então se ele não consegue dar-te educação é porque o problema é dos teus pais.

- Os pais da Karina não podem responder por si, nem agora nem nunca, por isso aconselho-te a não os chamar para aqui. — Disse Karl friamente.

- És órfã, é? — Inquiriu Malfoy. — Logo vi. Mais uma para juntar à colecção, não é Potter?

- Draco, chega! — Ordenou Lupin. — Sai daqui, já.

- Desde quando é que tu mandas em mim, lobisomem? — Perguntou Malfoy asperamente.

- Ele disse para desapareceres, és surdo ou quê? — Gritou-lhe Karina. — Desapareça ou eu não respondo por mim!

Entretanto chegou outra pessoa que passou à frente de todos indo ter com Karina. Tinha um aspecto mais velho, como se tivesse passado por muito em pouco tempo.

- Ouvi os teus gritos à distância. — Informou Karkaroff. — O que se passa?

- Este tipo está a pôr-me com uma pilha de nervos. — Informou Karina.

- E la Karina stá quase a atirar-se a iele . — Helena divertia-se com toda a cena.

Karkaroff olhou para Malfoy friamente.

- És o filho do Lucius... aconselho-te a não te meteres com os meus alunos, porque alguns deles...— Olhou de lado para Karina.— São capazes de fazer coisas que tu nem imaginas. – Aposto o que quiseres em como não conseguirias enfrentá-la.

- Claro. — riu-se Malfoy em tom de chacota. – Vamos rapazes.

- Vê se não arranjas confusão. — pediu Karkaroff a Karina, e seguiu Malfoy.
Lupin soltou um suspiro, como quem pede paciência aos céus.

- Posso entrar? — Perguntou, enquanto Snuffles já se tinha instalado no chão.

- Claro que sim, ainda cabe professor. — Disse Hermione. — Se eles não se importarem claro, chegaram primeiro.

- Claro que não nos importamos, ora essa! Entre. — pediu Karl.

Lupin fechou a porta e sentou-se ao lado de Harry.

- Então o que se passou? — Quis saber cruzando os braços e olhando-os atentamente.

- O mesmo de sempre. O Malfoy veio aborrecer-nos. A Helena – Disse Ron fazendo sinal para ela. — Mandou-o embora e essas coisas todas, mas, como é óbvio, ele não foi, para se armar em bom… depois o Harry sentiu uma dor imensa na cicatriz e a Karina fez uma coisa qualquer e a dor do Harry passou. Depois mandou o Malfoy embora, outra vez, mas ele não quis ir. E depois começaram a discutir até o senhor chegar.

Lupin olhou para Karina que tinha ido novamente para o seu lugar e olhava para a paisagem por onde o comboio passava.

Nesse momento chegou o carrinho da comida.

- Bom dia! — Cumprimentou a senhora. — Querem alguma coisa?

- Já passou pelo comboio todo? — Perguntou Karina não tirando o olhar da janela.

- Sim, minha menina. — Respondeu a senhora.

- Então fico com tudo. — Declarou.

Tirou um saquinho cheio de galeões e deu-o à senhora do carrinho.

- Fique com o troco.

A senhora deixou a comida toda em cima do banco, sem contestar, mas com um ar muito espantado, e saiu.

- Sirvam-se. — Declarou Karina. — Comam o que quiserem.

- Isso também se aplica a nós? — Perguntou Ron timidamente.

- Claro, comam! — Respondeu Karina sorrindo-lhes.

Snuffles olhou para Karina com um ar de cachorrinho abandonado, apesar do seu tamanho, e esta sorriu-lhe também.

- Isso igualmente se aplica a ti. — Informou.

Após todos se servirem, até mesmo o professor Lupin, retomaram a conversa, começando Harry por pedir explicação sobre a inexplicável forma de Karina o ter “curado” da sua dor.

- Karina, como é que tu fizeste com que as dores passassem?

- Consigo usar algum poder mental para fazer com que algumas dores passem. — Informou Karina encolhendo os ombros, como se não fosse nada de extraordinário.

- Ou doenças. — completou Lena.

- Incrível! Fico-te muito agradecido. — Disse Harry. – Podes ensinar-me a fazê-lo?

- Não foi nada… eu não me importava de ensinar, mas... não o consegues fazer a ti próprio — informou Karina olhando para o tejadilho do comboio. – Pelo menos eu não consigo.

- La Karina é mui modesta, e mesmo non parecendo é simpática. Por isso é qui’é la mina melhor amiga. — Informou Helena, completamente fora do contexto.

- Vocês vieram de Dumstrang? — Inquiriu Ron. — Por quê?

- Não sabes? Vai haver um torneio de Quidditch entre as equipas das escolas. — Informou Karl sorridente.

- Alguém me diz porquê que nós sabemos sempre menos que os outros? — Perguntou Ron azedamente.

- No teu caso é porque és mesmo burro. — Disse Hermione.

- Eu não sou burro! — Protestou Ron. — Só porque tu és uma máquina não quer dizer que os outros, que não o são, sejam burros!

- Claro que não Ron. Tu é que és um caso a parte — Disse Hermione.
- É uma questão de informação… Não liguem aos modos da minha colega. — Disse Ron para os outros. — Ela é mesmo assim, gosta de dizer mal de toda a gente.

- Isso é mentira! — Protestou Hermione. — Tu é que fazes isso! Ainda me lembro o ano passado com o Victor Krum! Ao princípio até o autógrafo dele querias, mas quando me viste no baile de Natal como acompanhante dele nunca mais gostaste dele, e ainda não percebi porquê!

- Não é difícil. — Comentou Karina em voz baixa.

Harry olhou para ela e viu que a rapariga comia um sapo de chocolate com a maior das vontades, enquanto ouvia a conversa.

- Alguém faz colecção dos cromos? — Perguntou. — É que me saiu Lord Voldemort — Ao ouvir este nome, um arrepio percorreu grande parte das pessoas sentadas no compartimento do comboio. — Não sabia que Lord Voldemort já vinha nos cromos dos Sapos de Chocolate.

- Para dizer a verdade nem eu. — Confessou Lupin. — E sinto-me intrigado.

- É estranho. — Murmurou Harry.

- Pois foi, tu ficasté famoso graças ó lo Quem Nós Sabemos, non foi? — Perguntou Helena.

- Ó Nosso Senhor, por quê que esta rapariga nasceu com um cérebro tão minúsculo? — Perguntou Karl levantando as mãos.

- Lena, tu achas que o Harry quis ficar famoso graças à morte dos pais? — Inquiriu Karina. — Isso é inconcebível!

- Mas ele é famoso, non é? — Perguntou Lena.

- Mas não quer dizer que seja lá muito feliz. — Disse o rapaz chamado Petro que ainda não tinha falado.

- Compreendes minha abécula (pouco inteligente e/ou parva)? — Perguntou Karina.

- Acho qui sim. — Respondeu Lena.

*


O expresso parou, para que os alunos pudessem se dirigir para os barcos ou para as carruagens que os levariam até a escola.

Harry e os outros preparavam-se para abandonar o transporte com essa intenção quando sucessivos gritos se fizeram ouvir, de pessoas que já o tinham feito. Harry sentiu um aperto no peito e um arrepio percorreu-lhe o corpo. Havia ali Dementors! Como uma confirmação do seu pressentimento, Karina começara a gritar, com as mãos a apertar firmemente os ouvidos.

- Meu Deus… - murmurou Helena assustada, sentando-se ao lado da amiga, que começava a contorcer-se no lugar, como se sofresse de dores indescritíveis.

- Vamos Harry, rápido – ordenou o professor Lupin saindo apressado. – Não te queria levar, mas temos que os afastar do expresso para os alunos chegarem a salvo ao castelo. E vocês não saiam daqui! Snuffles, toma conta deles.

O cão negro latiu em sinal de entendimento, deixando-os partir.

Quando chegou fora do comboio, Harry horrorizou-se com o que viu. Eram imensos Dementors, uma horda talvez, e aproximavam-se cada vez mais depressa no seu deslizar arrepiante.

- Como se atreveu o Voldemort a ordenar um ataque a Hogwarts?! – inquiriu Lupin mais para si que para Harry, num tom estupefacto.

A única pessoa que também se encontrava fora do expresso era um homem que Harry não conhecia. Este apontava destemidamente a varinha aos Dementors, reflectindo talvez no melhor feitiço a utilizar para fazer os monstros recuar e se possível partir.

Subitamente algo ressoou no ar repetida e insistentemente. Um sibilar, dois sibilares… imensos sibilares! Entravam e perfuravam-lhes a mente, fazendo com que Harry levasse as mãos aos ouvidos. Era em serpentes… Como era possível?! Os Dementors não falavam língua de serpente, mas aí estavam! Harry conseguia entender todas as palavras que diziam, e era uma única palavra que saía das suas bocas disformes e concretizadas para sugar almas: Matar.

- Professor Lupin, o que fazemos? – gritou Harry para se fazer ouvir. – Eles querem acabar connosco!

- O patronus é a única coisa que conheço para os repelir, mas…

- Se o fizermos em conjunto devemos conseguir – disse o outro homem juntando-se-lhes.

- Muito bem – concordou Harry. Era melhor que nada.

Como se estivessem em sintonia os três convocaram simultaneamente o patronus , tendo cada um a sua forma típica. Harry reviu nostalgicamente o veado a quem ele carinhosamente chamara Prongs, em memória do seu pai.

O patronus de Lupin avançava já para os Dementors e, ao contrário do que Harry pensava, o seu patronus era uma magnífica águia e não um lobo! O do outro homem era uma enorme serpente que mostrava as suas presas agrestemente aos Dementors.

Apesar de o ataque dos três ser fortíssimo, os monstros não recuavam, os ataques não sortiam efeito.

Um deles aproximou-se o suficiente para Harry o fitar. Na sua boca tremeluzia uma língua bífida que fez Harry recuar de horror. Aquilo não eram Dementors normais, como suspeitara, estavam modificados para algo bem pior.

- Prongs! – gritou Harry, quando o veado prateado começava a desvanecer-se, como que para o reanimar.

Eles estavam a cercá-los e Harry começava a perder as forças. O frio entranhava-se nos seus ossos, começando a minar-lhe o coração.
«Pensa Harry, pensa em algo feliz, no que mais querias que acontecesse… alguma recordação…» implorou-se a si próprio, não querendo novamente cair nas garras dos Dementors como no seu terceiro ano. Começavam a formar-se imagens na sua mente: Cedric a cair morto, a voz de Voldemort ressoava-lhe nos ouvidos… a mãe a gritar… alguém a chamá-lo… essa mesma voz voltava a chamá-lo num tom urgente, pedindo algo que Harry não compreendia. O que seria? Tentava tomar atenção, mas não conseguia.

Sentiu uma mão fria e viscosamente nojenta a tocar-lhe na face. Tentou abrir os olhos, mas as pálpebras pesavam como chumbo.

Subitamente tudo ficou negro e uma voz suou mais forte que tudo, tirando-o do seu transe e fazendo-o estremecer violentamente.

- Demian Extremin !! – gritou alguém perto de si cerca de três vezes.

À sua frente os Dementors eram arremessados para cima e explodiam. Os únicos detritos que caíam eram restos desfeitos dos mantos ondulantes com que aqueles seres assombrosos se cobriam.

Harry olhou para trás e deparou-se com… Karina! A aluna de Durmstrang ainda se esforçava por não gritar e na sua face reflectia-se um esgar de dor, não se sabia se física ou emotiva, e os olhos brilhavam com lágrimas, enquanto todo o seu corpo estremecia pelo esforço de se manter em pé.

Harry voltou a evocar o seu patronus , desta vez confiante da vitória sobre os Dementors, graças a Karina. Prongs, a águia de Lupin e a serpente do estranho, avançaram sobre eles, obrigando-os a partir em retirada, e muitos foram os que pereceram esmagados pelos cascos do admirável veado durante a fuga.

Era adaga assassina
Era chaga era dor
Era trindade divina
E um pouco de amor

Que vence lutando
Que conquista (que... tudo)
Que respira rezando
Aos céus de veludo.

Era uma vez um dia
Era noite era luar
Era uma vez a magia
Do Reino do Ar

Que navega cantando
Que desatina que abraça
Que dorme sonhando
Ao som da barcaça.

Era uma vez uma Era
Era que é Era que vê
Que por Ser prospera
Que era aquilo que crê.

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Autora: Espero que tenham gostado e deixem um comentzinho simpático XD
bjx***

Se quiserem falar alguma coisa sobre a fic, deixo aqui o meu e-mail do msn: [email protected]

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