<i><b>Quando um sorriso...</i>
Ala Hospitalar:
-Gina diga algo.
A menina apenas olha para as mãos.
-Deixe-a Ronald! – ralhou Hermione.
-Ela tem que falar alguma coisa. Já se passaram 3 dias e nada. – gritou.
-Ron! – exclamou Harry.
-Sr. Weasley, eu peço que você abaixe seu tom de voz com os meus pacientes e mesmo ela sendo sua irmã ela esta sob minha observação, então eu lhe peço respeito. – aproximou-se da cama. – Por favor se retirem, eu preciso falar com ela.
Todos se retiraram e Madame Pomfrey sentou-se ao lado da ruiva.
-Gina, hoje é sábado, então você pode ir passear nos jardins se quiser. – a ruiva a olhou. – Estou te dando alta, mas venha toda a noite aqui na enfermaria, tenho que te dar o remédio, ok? – a menina confirmou ligeiramente com a cabeça.
Foi direto para o banheiro. Após terminar o banho colocou uma saia de prega preta, uma bota de cano longo, uma blusa preta e apenas penteou os cabelos ruivos de qualquer forma, deixando-os um pouco desordenados, mas como um simples charme.
Tá, não estava tão triste, mas também não havia se acostumado com a simples idéia de que nunca mais iria ver seus pais, a quem tanto amava. E tudo por casa de Voldemort. Após o que correra em seu primeiro ano ele sempre tivera medo de vê-lo novamente, principalmente quando ele dissera que iria se vingar dela, só por que tentava resistir a ele. Ela era uma simples garotinha, não sabia o que era verdade ou mentira, mas sabia o que era certo ou errado.
E agora? Como seria sua vida, sem pessoas como seus pais, que ela usava como exemplos para seguir a vida? Seria nada. Teria que tentar seguir sozinha, mas não conseguiria, e sabia disso.
Encostou-se na árvore em frente ao lago. Ficou por alguns segundo vendo a lula-gigante brincar com as águas, águas que logo em seguida para ela viram sangue. Não pode deixar de relembrar o que acontecera naquele dia.
Uma coisa que os Weasley ensinaram era ver o lado bom das coisas, mesmo que seja impossível. Um deles era o final da guerra. Voldemort morto, assim como muitos comensais, se não todos, mas muito foram presos. Uma vitória justa. Muitos que supostamente seriam inimigos viram amigos, exemplos foram Narcisa Malfoy e seu filho, alguns alunos da sonserina, Bellatrix Black, a família Parkinson e Zabine. Agora todos era do mesmo lado. Mesmo que muitos não acreditassem na virada de idéias.
-Gina?! – escutou alguém grita seu nome. Virou-se, em direção ao hall do castelo e viu Christina Perry. Ela vinha correndo com os longos cabelos loiros dançando ao vento e no rosto perfeitamente angelical um sorriso. – Gi, que bom que você já saiu da ala hospitalar. - abraçaram-se. – tudo bem? – a ruiva apenas assentiu. – Vem, vamos para o salão comunal. – a puxou pela.
Salão Comunal da Sonserina:
-Como esta tia Cissy? – perguntou Pansy Parkinson jogando-se no sofá entre Draco Malfoy e Blaiser Zabine.
-Esta bem melhor. – respondeu o loiro.
-Não é qualquer Crucius que derruba uma Malfoy misturado com Black. – disse zabine cruzando os braços.
-Você fala demais. – aborreceu-se Draco. – esse sobrenome me faz lembrar que eu sou parente do Potter.
-Eu pensei que essa briguinha já tinha acabado. – interferiu Pansy. – Vocês lutaram juntos, do mesmo, com o mesmo risco de morrer. Fala sério.
-Isso não quer dizer que eu o suporto, quer dizer que eu tomei a decisão certa, pela minha mãe.
-Sua mãe? – a menina fez cara de ofendida. – e eu crente que era por minha causa. – levantou-se fazendo drama.
-Pansy, você sabe que é a única no meu coração. – Draco levantou-se e a abraçou por trás.
-Mentira. – virou-se para encara-lo.
-Eu mereço! –sussurrou Blaiser.
-Eu não posso tirar minha mãe, mas você é a única. – e a deitou sobre seus braços, ainda em pé, como se fosse dar-lhe um beijo típico de cinema.
Estava a milímetros quando Pansy começou a rir.
-Se eu não te conhecesse até que eu acreditaria, mas não funcionou. – ficou em pé normalmente. Andou e sentou-se ao lado de Zabine.
-Eu também quase acreditei. – disse o moreno.
-Pois é, dá pra ganhar uma boa grana como ator. – sentou-se novamente, o loiro.
-Fica longe dela Ronald! – ralhou Hermione.
Gina estava ao lado de Christina em frente a lareira acesa.
-Isso é infantil!
-Cala a boca, Ronald! Você não vê que ela esta sensível? – a moreno aumentou a voz. – Se você continuar a pressioná-la vai ser pior, não percebe?
-Hermione tem razão, Ron. Deixe passar um tempo. – falou Harry.
“Deixe passar um tempo.”
Foi o que Harry disse, mas já se passaram um ano e Gina continua sendo a mesma. Sem fala, sem sorriso, sem brilho nos olhos e sem lágrimas, mesmo sendo de tristeza.
Todos já sabiam que ela estava assim, então sempre a ajudavam no que precisava. Toda a escola, sem exceções.
As férias foram totalmente desconcertantes e ao encontrar com seu irmão mais velho, Carlinhos, Gina descontou todo o choro que havia segurando durante todo ano.
Salão Principal – Jantar:
Mesa da Sonserina:
-Parabéns, Blaisito! – disse Pansy abraçando o moreno.
-Obrigado! – voltou-se para Draco. – E você?
-O que?
-Nenhum parabéns?
-Parabéns. – disse sem sentimento.
-Só?
Draco o encarou e discretamente olhou para a mesa. Percebeu que a comida estava sendo transformada em sobremesa e ligeiramente pegou uma torta de chocolate que esta em frente ao Blaiser e jogou na cara do amigo. Pansy gargalhou.
-Parabéns! – disse sério, mas ao ver a cara de “tacho” do amigo começou a gargalhar também.
Mesa da Grifinória:
-Já estão pensando em quadribol? – exclamou Hermione.
-Dá um desconto, Mi. – falou Christina.
-Desconto, Chris? Depois eles ficam me pedindo dever.
-E você sempre dá. – falou Rony. Hermione o olhou ofendida pela frase de duplo sentido. – Não foi o que quis dizer. – apressou-se a disser corando.
Gargalhadas foram espalhadas pelo salão e todos encararam a mesa da sonserina. Gina encarou Draco diretamente. Do outro lado do Salão Draco solta uma enorme gargalhada, fazendo um sorriso quase imperceptível aparecer em seu rosto. Quase.
-Gina! Você... – antes de terminar de falar o sorriso já havia sumido e a menina se retirava do Salão Principal.
-O que houve? – perguntou Chris se levantando para seguir a amiga.
-Ela sorriu. – disse como se estivesse hipnotizado.
Gina estava no dormitório feminino andando de um lado para o outro como se tivesse feito algo proibido.
-Gina! – Chris entrou no quarto. – calma! – sentou a amiga na cama. Viu que ela começaria a chorar. – Não, não chorar. – a abraçou. – Não foi nada de mais. Você sorriu e... e isso é bom, isso é ótimo.
Ela negava com a cabeça.
-Olha para mim. – a ruiva a encarou. – seus pais devem estar orgulhosos de você. Entendeu? Não foi algo ruim, eles irão te entender, ok? – gina, relutante, assentiu. –Isso, vamos descer. Temos aula. – pegou na mão as ruiva como se ela fosse uma criança e desceu com ela.
-Sacanagem! – exclamou Blaiser quando saia do banheiro. Estavam do lado de fora, Draco e Pansy, o esperando.
-Foi legal. – falou Pansy.
-Também achei!
-Eu não, machucou meu nariz.
-Não senti nada. – Pansy riu.
-Malfoy! – escutou alguém o gritando, virou-se e viu Rony correndo até ele.
-Boa-sorte! – Blaiser lhe deu tapinhas nas costas e saiu seguido de Pansy que ainda ria da cara dele.
-Weasley. – falou. Apesar de ainda não ir com a cara dele, o aturava.
-Quero te pedir um favor. – Draco ergueu um sobrancelha.
-Favor?
-Olha, você sabe como minha irmã ficou depois da guerra. Eu e todo o mundo.
-Mas, hoje ela sorriu, quando te viu sorrir. – Draco sentiu-se um pouco desconfortável.
-E o que quer que eu faça?
-Não sei. Tente algo com ela, talvez ela volte um pouco ao normal.
-Sim.
-Sério? – Rony se assustou pela resposta direta do loiro.
-Sério. E a primeira lição vai para você.
-Eu?
-É. Aprenda que sua irmã não é anormal, apenas esta traumatizada, mas eu acho que a Granger já te disse isso, não? – virou-se e seguiu para sua aula.
(N/a: Alguém lê isso?)
anúncio
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!