O término de um domingo anorma
- ISSO FOI POR SUA CAUSA, SEU DOENTE!!! CHEGOU COM ESSA SUA ONDA DE MACHÃO E ACABOU PIORANDO AINDA MAIS AS COISAS!! – Draco estava irreconhecível. Não só pela sua aparencia, mas, inclusive, por sua raiva.
Os jovens estavam perdidos; Não literalmente, e sim, metaforicamente. Alguns minutos após Hermione haver desmaiado, os jovens acordaram levemente tontos. Levaram alguns segundos até assimilar o que havia acontecido, mas, após o fazer, quase se “atacaram” novamente. Draco desferiu um forte empurrão em Chris, o fazendo colidir-se pelas costas com a arvore em que Hermione estava encostada há algum tempo antes. Não sabiam quanto tempo passaram desacordados, mas deram-se conta de que uma peça crucial do xadrez não se encontrava no tabuleiro. Hermione.
Iniciaram a perguntar-se onde ela poderia estar. Draco indagou a si mesmo se ela simplesmente os havia atingido com o feitiço e ido embora a sangue frio, deixando-os a mercê da caridade de viv’alma para que pudessem acordar.
Ela pode ser a sangue ruim idiota de sempre, mas nunca seria desonesta e orgulhosa a este ponto. Onde estará ela, então?? Será que foi pedir ajudar? Não! Ela é inteligente pra saber como reverter um estupefaça. Chamar o Filch?? Não! Ela preza bastante a própria vida!
Chris também levantava muitas questões.
Onde eu fui me meter?? Eu e meu cavalheirismo! Nunca consigo me conter quando vejo uma linda donzela em perigo. Se bem que esse tal de Malfoy não parece ser um perigo eminente. Tem um belo soco de esquerda, mas não chega a ser fatal a ninguém. Mas... Onde estará a donzela da torre?? O “dragão” e o príncipe encantado continuam aqui, mas a princesa sumiu!! – Chris não conseguiu esconder o riso do que havia pensado. Draco encaixava-se perfeitamente como o dragão da história; principalmente pelo fato de o nome “Draco” ser Dragão, do latim para o português. Viu Draco parar de, assim como ele, devanear e se perguntar onde estaria Hermione e caminhar apressadamente ao oposto da arvore, no entanto, na terceira passada, foi derrubado, novamente, ao chão por haver tropeçado nos pés de alguém. NOS PÉS DE ALGUEM???
- HERMIONE!!! – A voz de Draco soou rouca de espanto. – O que... o que... – Mal tinha palavras. Ao vê-la ficou imediatamente pálido; sua boca secou e ar lhe faltou.
Hermione continuava inerte e imóvel desde o momento em que desmaiara. Respirava com dificuldade e Draco suspirou de alivio ao perceber que ela ao menos respirava.
Chris também levara um susto. Agachou-se prontamente ao chão para medir seu pulso. Estava variante. Descompassado. Descompassado assim como o coração de Draco, que levou um tempo até recuperar-se.
- NEM ADIANTA NEGAR!!! ISSO, É SIM, CULPA SUA!!! ELA NÃO ACORDA!!!! FAÇA-A ACORDAR NESTE INSTANTE!!! – Estava irado.
- NÃO VENHA A POR A CULPA EM MIM! FOI VOCÊ, QUEM DESFERIU-ME O PRIMEIRO SOCO!! – Chris protestou.
- AGORA SE ACHA INOCENTE??! ENTÃO QUEM FOI QUE AMEAÇOU PRIMEIRO??? FOI VOCÊ, INTROMETIDO!!!
- INTROMETIDO NÃO, IDIOTA!! TU ÉS UM ENORME IGNORANTE!! EU NUNCA SERIA CAPAZ DE TOCAR UMA MULHER, COM MALDADE! NUNCA TRATARIA NENHUMA COMO VOCÊ TRATOU ESSA MOÇA! NUNCA A MACHUCARIA, AO CONTRARIO DE VOCÊ!!!
- NÃO ME VENHA COM ESSA ONDA DE CAVALHEIRISMO!! ISSO SÓ EXISTE NA FRANÇA, E OS FRANCESES SÃO VEADOS!!! - Draco já havia percebido que Chris era francês, mas não resistiu e seguiu seus instintos de inglês. Viu que Chris ficara enraivecido, mas se controlou pelo bem de Hermione. Viu, também, contrariado, que ele tomava Hermione nos braços e a carregava.
- ESPERA! O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO????? – Draco deu um pulo do chão e, num segundo, estava de pé. – PRA ONDE A ESTÁ LEVANDO??
- Aqui neste castelo deve haver uma enfermaria. – Chris falava calmamente. Parecia não carregar nada nos braços; mal fazia esforço para carregar o corpo da jovem.
- EMFERMARIA??? NÃO!!!!! – Draco gritava, cada vez mais contrariado.
- Posso saber por que não? Essa moça precisa de cuidados médicos. Ela desmaiou e não sabe-se o porquê. Pode ter acontecido qualquer coisa! Não a deixarei estirada no chão enquanto você ofende a minha masculinidade. – Rangeu os dentes. Draco fez o mesmo. Preocupava-se muito com Hermione, mas não gostava de vê-la, indefesa, nos braços de Chris.
- DE-ME ELA!!
- NÃO!
- DE-ME ELA!!!
-NÃO!!
- DE-ME-A!!!!!!
- JÁ DISSE-TE QUE NÃO!! Estou falando inglês, e não francês!!! – Chris continuava andar passadas largas em direção à entrada do castelo.
- Use um Wingardium Leviosa. – Arriscou Draco. Não gostava de ver Mione nos braços do moreno. Não admitia isso a si mesmo, mas não gostava nada.
- Não tenho o porque fazer isto! Não possuo a menor dificuldade para levá-la. Não espelhe-me em você mesmo! – Chris riu ironicamente.
- O que você está insinuando?? É claro que consigo levar Hermione! Você é quem está fingindo ser o deus da força, mas na verdade é um fracote.
- Não deveria ousar contradizer minha força sendo que acabou de levar uma surra de mim. – Entraram no castelo. Draco acompanha Chris tentando tirar Hermione de seus braços.
- Não sei se percebeu, mas seu nariz está sangrando. – Foi a vez de Draco sorrir.
Chris nada falou. Gostava mais da prática. Ficar discutindo ironicamente uma questão por horas era por demasiado cansativo. Não que não tivesse sempre uma boa resposta à uma provocação. Isso ele tinha, mas preocupava-se mais com Hermione. Ela não dava sinais de vida; mal respirava. Olhou pro seu braço esquerdo, onde Hermione roçava levemente os cabelos. Espantou-se e parou bruscamente de andar quando viu que seu ombro encontrava-se banhado a sangue. Draco parou, também, e olhou instintivamente para o ombro do francês. Seus olhos esbugalharam-se quando percebeu o sangue. A situação era bem mais grave do que pensava. Os dois olharam-se em completo pânico e chris começou a correr com ela nos braços. Não por muito tempo, pois Draco avançou sobre ele e roubou Hermione. Correu mais rápido ainda; Chris em seu encalço.
A mente de Draco parou de funcionar. Estava em pânico. Não pensava em mais nada que não fosse chegar o mais velozmente possível até a enfermaria. Não via Chris correndo ao seu lado com o ombro esquerdo cor de carmim. Não via o Filch correndo atrás deles por haver entrado em salas restritas para alunos. Não via-se a xingar nervosamente para si mesmo e não viu-se errando por varias vezes a sala onde se encontrava a enfermaria. Viu-se, somente, torcendo para que Ponfrey estivesse lá.
*********
- Oh, céus!!! – Exclamara Madame Ponfrey quando vira Hermione, desfalecida e com metade da face banhada a sangue, nos braços fortes de Draco.
Ele e Chris levaram a jovem até os cuidados da senhora, mas não desgrudaram-se se quer um minuto da presença da mesma enquanto cuidava de Hermione. Houve, porém, o momento em que eles não mais podiam permanecer e Ponfrey teve, praticamente, de expulsa-los do lugar.
Não havia nenhum acamado na enfermaria e, para sorte de Hermione, a velha enfermeira encontrava-se parcialmente desocupada. Com o cuidado de não ferir ainda mais a jovem, a Madame despiu-lhe as vestes e lavou-lhe o sangue do corpo e rosto. Vestiu-lhe com uma bata azul que conservava na enfermaria e levou-a até uma cama de solteiro bastante aconchegante. Lá, ferimento já estacado empenhou-se a tentar cura-lo. Ele não era muito grande, mas fora consideravelmente profundo e atingira um local crítico, mas nada que as mãos habilidosas de Ponfrey não pudessem “curar”, apesar de Hermione vir, previsivelmente, a sentir dores de cabeça por pelo menos dois dias conseguintes.
A velha Madame fizera isto com uma dificuldade a considerar e a que mais a preocupava, Hermione ainda acordara e não dava sinais de que acordaria tão cedo. A enfermeira já fizera de tudo: feitiços, ervas curativas e até poções. Fora tudo em vão. A cada minuto ficava mais apreensiva. Já haviam passado-se duas horas e meia desde que a jovem chegara á enfermaria.
Faltavam poucos minutos para que o grande relógio anunciasse as seis horas da tarde. Em função da troca de solstício, os dias raiavam mais cedo e terminavam mais cedo e, consequentemente, àquela hora, a escuridão já se apossava dos arredores do castelo. Todos os alunos já haviam retornado do dia em Hogsmead e Hogwarts recheava-se, novamente, de estudantes. Ponfrey ouviu passos apressados que abriam as grandes portas adentravam na enfermaria.
Já demorava..... – Pensou consigo mesma. Nem deu-se o trabalho de olhar para trás; sabia que era Draco. Porém ao olhar, aparvalhou-se. Draco não limpara-se e mão tomara banho. Continuava com o sangue de Hermione em sua camiseta branda listrada e inclusive seu pescoço apresentava uma pequena mancha vermelha. Ponfrey esperou os gritos espalhafatosos ou até mesmo alguns insultos costumeiros vindos do loiro, porém nada ouviu. Notou, apenas, que ele olhava profundamente para a jovem deitada na cama. Dava ares de enxergar a alma dela e nem se quer piscava a olhá-la. Por achar aborrecedor a aura que pairava no espaço, a enfermeira quebrou o incomodo silencio.
- Ela ainda não deu sinais que irá acorda, mas o ferimento em sua cabeça já foi meticulosamente tratado. Estanquei o sangramento e conjurei feitiços curativos. Os mais fortes, pois a escoriação, apesar de não ter sido larga, atingiu um ponto muito sensível na cabeça e que por um simples acidente, pode vir a colocar em risco a vida de qualquer um. Aliás... – Percebeu que mais alguém adentrava na enfermaria a passos ainda mais rápidos que os de Draco. – Como, mesmo, foi que ela se feriu??? Com todo o rebuliço que ocorreu nem tomei conhecimento do que realmente aconteceu!
- Permita-me lhe responder, Chérie. – Chris manifestou-se antes de Draco, que mal abrira aboca para responder. A boca de Chris, porém, encontrava-se de encontro à mão encarquilhada da velha madame como um comprimento. A velha ficou exacerbada e corou mediante o cavalheirismo de Chris, que ignorara completamente a presença do loiro. – Esta encantadora moça... – Enquanto isso Draco o olhava enojado para Chris. Ele detestava aquelas atitudes. Meditava: Eu vou vomitar. Encantadora moça... Fala que nem uma bicha com esse sotaque idiota. - ...por um lamentável acontecimento, desmaiou e bateu, consequentemente, sua cabeça numa dura raiz de árvore... – Lamentável acontecimento?? Lamentável é o caramba!! Eu não lamento nada de ter de dado uns socos!! Se bem que é mesmo lamentável o fato de Hermione haver corrido risco de vida. UAU! Risco de vida... Isso foi bizarro.
- E você, honorável rapas, tem conhecimento dos fatos que a levaram a desmaiar? – Ponfrey sorria, assanhada.
- Sim, sei, querida senhora. É uma longa História, mas eu posso, com certeza, faze-la tomar informação do que aconteceu. – Oh, queridinha senhora centenária!! Cuidado pra não escorregar com a baba que cai da minha boca! E oh! Cuidado pra não afogar-se com a baba que cai da sua!! Draco imitava o sotaque do francês em pensamento – O fato é que... – Chris não concluiu a frase, pois foi atravancado por Draco.
- Ela escorregou!!!
- Escorregou?? – A senhora ficou apatetada. – Escorregou em quê, querido? – Ela fazia entender que era completamente impossível aquilo acontecer. O que era verdade.
- Bem.. Ela não bem escorregou... – Chris tateava ao mesmo tempo que olhava com desaprovação para Draco e, este, obstinado a não deixar Chris terminar frase alguma, interrompeu-o novamente.
- Ela, na verdade, tropeçou!! É tropeçou em um galho no chão e acabou por cair e bater com a cabeça na raiz de um salgueiro. – Afirmou confiantemente e Pomfrey, pelo que ele pode constatar, acreditou no descabelo. Chris, apesar de não estar nem um pouco satisfeito por não ser ele o delator da “História”, acomodou-se pelo facto de Draco ter convencido a velha assanhada.
- Pois bem! Acho melhor esses jovens tomarem um pouquinho mais de cuidado! Do contrario, poderão trazer conseqüências desastraveis. – Ela olhou Hermione – Olha essa garota!! Tão boazinha... Se bem que apareceu bastante no Profeta Diário no inicio do ano.
- Madame Ponfrey... Será que poderia me dar um minuto a sós com a Hermione?? – Draco ignorou os dizeres anteriores da velha e indagou olhando com desprezo para Chris.
- Oh! Creio que sim. Tenho de fazer umas coisas mesmo... – E foi-se, sem deixar de sibilar coisas pra si mesma, até desaparecer atrás das portas do espaço.
Draco ficou, por alguns minutos, parado e olhando para a entrada que se fechava. Não sabia, certamente, o porque decidiu “despachar” a enfermeira, mas já estava “de saco cheio” dela. Foi que lembrou-se do seu novo “amigo”: Chris. Virou-se e lá estava ele, sentado à beira da cama e acariciando os cabelos cacheados e desalinhados de Hermione, cuidadosamente. Uma nova onda de raiva apossou-se se Hermione.
- Eu pedi pra ficar a sós com Hermione. – Falou com o maxilar levemente contraído.
- Você pediu para a curandeira, enfermeira; sei lá o que ela é. – Falou o moreno, calmamente a continuar acariciando carinhosamente os cabelos da acamada.
“Nossa, como ela é linda.....” – Dizia a si mesmo.
- Pois se é assim, peço a VOCÊ, que saia. Quero ficar a sós com ela. – O maxilar contraiu-se um pouco mais.
- Sem a mínima chance. – O outro disse, apenas.
- Como??
- Não irei, em hipótese alguma, deixa-la sozinha e indefesa, novamente, com você! Já se mostraste agressivo o bastante para com ela e não esqueça-se: Por sua causa ela está aqui. – Levantou-se.
- Acho melhor você reavaliar as circunstancias!! Você é quem já esqueceu-se de que foi você com essa sua onda de “gentleman” foi quem causou toda a briga! E agora não fazemos idéia de quando Hermione irá acordar e, nem ao menos, se ela vai mesmo acordar!!
- Mon Dieu! Toda essa historinha novamente!! É obvio que se eu não estivesse lá para revogar aquela “briga” injusta, você, POR SI SÓ, não teria causado danos muito maiores nela!
- É claro que não! EU não seria capaz de tal ciosa! Você gosta de julgar as pessoas, não e? Pois quem é você??? – Draco cruzou os braços e Chris descruzou os dele.
- Não vejo razão para que não conheça-me! Meu sobre-nome é “Moseley”, já ouviu falar??? – Chris cruzou novamente os braços e Draco fez o oposto. Moseley era um sobre-nome inglês e de origem inglesa, mas as famílias que possuíam este sobrenome, na França, eram extremamente famosas e conceituadas em qualquer lugar do mundo ( Tanto no Bruxo, quanto no “trouxa” ).
Draco sufocou a surpresa e, empertigando-se, pôs-se a anunciar sua posição.
- E você já ouviu falar dos “Malfoy”???
- Não é aquela família que tem fama e rumores de que tem ligação com os tais “convivas da Morte??”.
- “Comensais da morte!” – Corrigiu Draco, mas arrependeu-se instantaneamente e se colocou a contornar o caso – Digo, o pseudônimo é este, mas minha família não tem ligações com os comensais!! Quem você pensa que é pra julgar a minha família assim? Pois saiba que é uma das mais poderosas aqui na Inglaterra! E vou te dizer uma coisa: Tome mais cuidado quando falar dos Malfoy, aqui, pois você não está mais na França.
– Mesmo?? – Disse Chris dando avançando um passo na direção de Draco. – E eu digo pra tomar cuidado com quem desafia, d’accord?
- Por que? Vai acertar com o seu rosto no meu pulso?? – Draco também avançou.
E no momento em que a situação viu-se agravada a ponto de irem dar-se aos murros novamente, no mesmo dia, imprevisivelmente, ouviram a voz que mais queriam ouvir ressoar fracamente pelo ambiente.
- Vocês, desconhecidos,...irão , mesmo, ficar aí...Guerreando... enquanto eu... apodreço nesta... maldita.. cama???? – Sua cabeça rodava e ela nunca se sentira tão tonta em toda a sua vida, mas mesmo assim não pode conter a surpresa de quando realmente reparou nos dois jovens que estavam, realmente, irreconhecíveis; com exceção de Chris, que, até ouvir aquela conversa, ela, nem o menos, sabia quem era.
*********
Mesmo sabendo que devo, como escritora, dar-lhe a vocês, leitores, idéias detalhadas de sentimentos e emoções dos meus “amiguinhos” de Hogwarts, é impossível descrever o embaralhado que apossou-se de Cassie enquanto ela, entusiasmadamente, peregrinava pelo castelo de Hogwarts.
Posso tentar mas, pra isso, terei de voltar algumas horas, pois, isso aconteceu no momento em que ela e Chris foram dispensados pelo diretor Dumbledore (Ela adorou esse sobrenome).
Ao sair da torre da diretoria, encaminhou-se, obviamente, sem rumo, para qualquer lugar. Desceu as escadas (Que eram MUITAS e pensou que isso poderia ATÉ fazer bem para sua saúde.)
A verdade era que ela tinha Hogwarts como uma escola “perfeita”. Não. Perfeita era Durmstrang. Hogwarts era... Definitivamente memorável.
Logo chegou à uma sala vazia, referindo-se a pessoas, pois havia uma grande mesa central e cadeiras de mogno ornamentadas. A sala continha muitas velas e candelabros. Cassie os adorou. Achou que poderia ser uma espécie de sala de reuniões. Mexeu em algumas coisas e encaminhou-se á próxima porta. Antes de sair, no entanto, ouviu um barulho e virou-se rapidamente.
Era Nick quase-sem-cabeça.
Cassie, instintivamente, deu um berro colossal, pulou sobre a mesa e começou a pular continuando com os gritos desesperados. Jogou, no infeliz, tudo que tinha ao alcance de seus dedos, inclusive, velas (Talvez na esperança de que um espectro pegasse fogo.) para tentar defender-se de ALGO que nem ao menos a ameaçava e a única coisa que fazia era TAMBÉM gritar como um louco rolar pelo chão para que nada atravessasse seu intestino.
- DESAPARECEÇA, ESPECTRO DO CAPETA!!!!! DESAPAREÇA OU EU LHE FAREI MORRER MAIS DE UMA VEZ!!! AAAAAH! SUMA, CRIATURA DAS TREVAS!!! VOLTE PRA ONDE É O SEU LUGAR!!! AAAAAAAAHH!!! - Rugia ela, ainda, a jogar velas e cálices.
- BLASFEMIA!!!!! LOUCA!!! PIRADAAA!! VOLTE, VOCÊ, PARA O LUGAR DE ONDE SAIU, MANIACA!!!!!
(N/a.: E exatamente dezoito minutos depois...)
- Você é um cara... quer dizer, um sujeito.. digo, um fantasma legal, Nick! Eu, claramente, o julguei mal. – Cassie tentava apalpar o ombro do novo amigo.
Amigo a muito custo, pela parte de Nick, que exigiu desculpas da morena pelo comportamento espalhafatoso e desarvorado. É possível, afirmativamente, perceber o susto de Nick. Aparentemente é muito mais assustador ser recebido por uma alucinada com aptidão inata para aterrorizar qualquer criatura, que deparar-se com um fantasma que tem a cabeça a pender para todos os lados devido haver recebido quarenta e cinco machadadas no pescoço.
Acabaram por entender-se. Cassie pediu perdão pelos insultos “do capeta” para com o outro e saiu a gargalhar.
Isso jamais aconteceria na enfadonha Beauxbatons...
Logo à frente, presenciou uma corrida de fantasmas a cavalo. Não assustou-se desta vez, pelo contrario, acenou para os competidores e seguiu continuando a rir.
Desceu mais escadas (que padeciam não acabar nunca, se bem que, obviamente, é melhor desce-las do que subi-las. ) e deparou-se com o Salão principal.
Encantou-se instantaneamente.
Não havia ninguém no recinto, mas Cassie afirmou a si mesma que o lugar era encantador “com” ou “sem” pessoas. Percorreu com olhos atentos por ente as alas das mesas; moveis rústicos, porém elegantes. Beauxbatons era elegante, todavia, sua elegância era carregada de luxúria e Cassie odiava aquela falsa atmosfera de inocência e singeleza sendo que na realidade era o oposto. Hogwarts não era “pura”, definitivamente não, no entanto, possuía algo que a fascinava; talvez pelo fato de ser sombria e misteriosa... Um baú de surpresas... Um baú de aventuras...
Dado um momento mais tarde, Cassie descobriu-se a procurar onde lecionavam-se aulas de Poções, sua disciplina favorita e a única a que realmente se interessava; pelo menos na França. Sempre possuiu certa aptidão nesta matéria e, desde sempre, foi dona de uma atração especial por ela. Descobriu também que seria praticamente impossível visitar qualquer sala que fosse, pois, elas eram espalhadas por todo o castelo e andando a deriva não iria chegar a nenhum lugar que procurasse.
Olhou em volta a tentar avistar alguém, mas não encontrou viv’alma. Continuou a explorar o castelo e, depois de algum tempo, esbarrou em um primeiranista que não havia saído para uma trégua em Hogsmead. Correu rapidamente até o garoto, que levou um baita susto, e o abordou à sua maneira:
- Aí, pirralho, Que maravilha encontrar-te aqui!! Parece até que os alunos foram todos seqüestrados, ou que existe uma cidade aqui perto e todos dirigiram-se para lá! – Disse sorrindo simpática e com as mãos nos quadris largos. O garotinho olhou estranhamente pra a simpática moça à sua frente. Ela tinha uma maneira diferente de falar e facilmente percebeu que ela era francesa. Não sabia de que buraco ela havia saído, mas por ele ela não mais voltaria pra lá.
- Existe uma cidade aqui perto, que se chama Hogsmead, e todos alunos foram, mesmo, pra lá. – Disse corando.
- ??? – Cassie ficou surpresa.
A minha estada aqui torna-se cada vez mais interessante. Quer dizer que se alguém fugir daqui tem pra onde ir? Maravilha. – Pensou rindo pra si mesma.
- É verdade. Aos finais de semana a maioria dos alunos sai pra descansar, fazer compras, ou até mesmo se divertir. – Disse o garotinho para a moça que teimava em olhar para o teto. Ele limpou a garganta e ela voltou a fitar-lhe.
- Certo, pirralho, vamos ao que interessa: Onde ensina-se poções aqui?
- Hum... Bem... – Pigarreava o menino. – As salas ficam nas masmorras.
- Onde??
- Nas masmorras.
- Hhioahioahaiohaioahio!
- O que foi? Por que a risada?
- As salas da minha disciplina predileta ficam em masmorras! Hhiaoahioahioa! Isso é interessante demais! Só falta me dizer que os alunos também dormem nas masmorras! – Ela ria de maneira mirabolante.
- Vem cá, você é uma espécie de adivinha, ou está de onda com a minha cara? – Disse o garoto, desconfiado.
- ?? Como é isso? Quero dizer, estar de onda? – Cassie ainda teria de acostumar-se às gírias inglesas.
- Quer dizer que você está me fazendo de bobo, palhaço, brincando comigo e pensando que eu sou idiota – Emburrou.
- Calminha, criança! Não foi isso, não. O que eu disse?
- Você acertou, de novo. A casa Sonserina tem os alojamentos nas masmorras! – Cassie parou de rir, pasma. Depois caiu novamente em gargalhadas e anunciou:
- Bem, então seria fantástico eu pertencer à Sonserina!
Draco e Chris olharam em uníssono em direção a cama onde jazia Hermione. Percebia-se que ela estava consideravelmente tonta, mas, mesmo diante desta circunstancia, nenhum dos dois jovens se mexeu ou disse algo. Hermione enrubesceu. Não esperava tal reação. O que mais lhe chamou a atenção foi as roupas de Draco. Continham sangue.
Mérlin! De onde saiu todo este sangue?? Draco está ferido?? – Pensava ela enquanto Draco virava-se de costas.
O que eu digo? O que eu digo? O que eu digo?? – Pensava ele. Olhou para a camiseta – DROGA! Esta camisa vai piorar ainda mais as coisas!!! – Em um impulso, retirou a camiseta e, ainda de costas para Hermione, embolou-a nas mãos. Virou-se para, em fim, fitar Hermione, que percebeu o sangue, que chamou a atenção de Chris, que sacou o motivo pelo qual Draco retirou a camiseta.
- Draco... Digo, Malfoy... de quem é este sangue? – Perguntou tentando sentar-se na cama.
- Hermione, Digo... Granger, bem... ele não é de ninguém, eu... – Draco foi interrompido.
- Conte a verdade, Malfoy. – Advertiu Chris, que até então havia permanecido calado. – Ela vai saber de qualquer forma.
- O que eu vou saber?? – Hermione começava a enervar-se. – De quem é o sangue?
- É seu. – Draco disse, somente.
Hermione permaneceu calada durante algum tempo, ao que parece, tentando recordar-se de todo o acontecido. Deitou novamente na cama, séria e lentamente. Depois de um longo tempo meditando, fez-se parecer que havia lembrado de tudo. Era verdade. Mas não entendia a questão do sangue. O que lhe havia acontecido?
- Você desmaiou, Chérie . – Chris falou, carinhosamente, como se lesse os pensamentos da acamada. Foi então que Hermione tomou o real conhecimento da sua presença. Digo, ela realmente percebeu o quão belo ele era. Seus cabelos compridos impecáveis caiam-lhe sensualmente sobre os ombros. Os olhos mais verdes que nunca. Hermione acompanhava todo o movimento de sua boca. – Não sabemos, ainda, por qual motivo, mas adoraríamos ouvi-la explicar-nos o acontecido. Ficamos muito preocupados. Eu, apesar de não conhece-la, fiquei bastante. – Sorriu. – A propósito, - Pegou a mão tremula dela – Chamo-me Christopher Moseley. – roçou delicadamente os lábios nas costas da mão de Hermione. – Pra você, somente Chris. – Disse olhando nos olhos de âmbar da jovem.
Hermione mal prestava atenção nos que Chris falava. O que conseguiu pronunciar foi:
- Obrigada.
- Você não tem de agradecer-me, Chérie. O que eu fiz foi trazer-te até aqui. Ou, ao menos eu tentei. – Comentou coçando a cabeça.
Hermione fitou Chris por alguns estantes e voltou-se a Draco.
Uau! – Foi o que ela conseguiu pensar. Draco encontrava-se desordenadamente encostado no parapeito da janela que ficava de frente para sua cama. Tinha as mãos nos bolsos, o que contraia o torso nu e “malhado”. A luz do luar dava-lhe um aspecto misterioso; seus olhos, passaram de cinzentos para azuis de mar e os cabelos loiros caindo, ligeiramente, sobre os olhos dava-lhe um charme único. Ele a fitava, mas percebia-se que queria esconder o interesse por toda a conversa.
Desta vez Hermione não disse nada. Assim como Draco. Assim como Chris.
O silencio pairava de maneira afável e ao mesmo tempo espantosa; estava tornando-se constrangedora. Não conseguiam dizer nada. Apenas devaneavam em suas respectivas mentes. Assim permaneceram até Gina entrar correndo desesperadamente para dentro da enfermaria. A magia fora quebrada e, só restou o estardalhaço que a ruiva fez:
-MIONE, MIONE, MIONE, MIONEEEEEEEE! – Gina gritava, preocupada. – Que aconteceu amiga?? Fiquei tão preocupada! Quando Madame Ponfrey me disse que vc havia sofrido um acidente quase perco o coração, a mente, o fígado e o intestino!!! Mérlin, você está ferida!!! Sangrou??? – Olhou para a camiseta que se encontrava na mão de Draco. – MÉRLIIIIIIN!!! SANGROOOOUU! Mioneeeeeee!!!
- Já estou bem, Gina. – Disse Hermione Mal humorada.
- Tem certeza??? – Neste momento, quem entrou nervosamente foram Harry, Rony e lilá Brown.
- Mione!!! –
- EU ESTOU BEM, PESSOAL!! JURO!!! – Levantou cambaleante e levantou as mãos, nervosa. – Não se preocupem, certo??? Estou bem! Eu só desmaiei.
- Desmaiou como?? Porque??
- Vocês querem, realmente, saber???
- É claro, mione! Somos seus amigos!!
- Simples. Pra começar, há três dias eu perseguia Bichento, que correu para o jardim. Eu o segui, mas ele se desvencilhou e correu para as arvores do lago. Subiu em uma que beirava a água e se encaminhou para um galho que ficava sobre a água. O galho era fino e Bichento acabou caindo no rio. Eu fiquei desesperada, tirei toda a minha roupa e pulei cegamente no lago negro. Depois de alguns minutos sendo arranhada por bichento, voltamos para a margem e eu iniciei a vestir minha roupa. Me senti observada e olhei para trás. Havia um garoto voando com sua vassoura, mas no exato momento em que o fitei, um gavião atracador colidiu contra ele o fazendo cair novamente no rio. Vesti, rapidamente, o uniforme para ir embora, mas observei que o garoto se afogava – Todos se perguntavam o que aquilo teria haver com o desmaio. Hermione percebeu que alguém saía. Deve ser Draco... Ele não vai querer ouvir este relato. – Pulei instintivamente no rio, de roupa e fui e encontro com ele, que já havia afundado. Nadei rápido e a muito custo consegui resgatá-lo. Quase também morri afogada quando percebi quem era. Bem, como podem prever, ele ficou com uma divida para comigo e eu passei a exigir tudo o que eu queria para ele. Ele é obrigado a obedecer-me, do contrario, haverá conseqüências catastróficas. Hoje à tarde, enquanto vocês estavam em hogsmead para o aniversário do Neville, nós discutimos. Na verdade começou como uma briga normal, mas foi se agravando até que acabamos numa discussão “feia”. Ele me insultou e eu o insultei. Daí um garoto que eu ainda não conhecia disse ao garoto para me largar. O primeiro não gostou e eles acabaram numa briga violenta. Eu, para interromper a contenda, lancei-lhes um Estupefaça. Foi forte, pois gritei. Os garotos caíram imediatamente. Depois de alguns minutos resolvi acorda-los novamente, mas não consegui. Tentei novamente e nada. Fiquei muito, muito nervosa! E é a partir daí que não me lembro. Desmaiei, claro, e acho que bati e cabeça.
Todos na sala estavam embasbacados. Ouviam suas própria respirações. Até o momento em que Gina, a menos alarmada, quis confirmar suas pressuposições:
- E quem é esse garoto????
Hermione não abriu a boca.
- E essa infortunada alma chama-se Draco Malfoy. O idiota da vez. – Falou alguém séria e melancolicamente.
Depois das palavras, Draco, depois de olhar decepcionado para Hermione, encaminhou-se até a porta e desapareceu deixando meia dúzia de criaturas incrivelmente espantadas e, arrisco, incrédulas para trás.
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N/a.: Itálico: Chris.
Normal: Autora.
- Comprimentos, lindas leitoras!! - Chris pisca sensualmente para elas - Que prazer tê-las lendo a fic da Dahi!! E aih?? Gostaram???
- É Chis, até que o começo foi razoável.
- É claro que sim. - *sorri ladinamente*
- Convencido. - Diz Dahi rindo ainda mais que Chris. - Mas vamos ao que interessa! Só deixei voce vir aqui com a condição de que não enrrolasse muitos as coisas!
- Certo, ama.
- Obrigada, obrigada!
- Agora quem está sendo convencida é voce!
- Ok, já disse pra parar de enrrolação!
Comentários:
Lylee: Hey! Senti sua falta, viu girl?????
- A Dahi pensou que a tinhas abandonado.
-Mas fico feliz que não e que, ainda por cima, tenhas gostado do capitulo!
- Beijos! Tchau!
Fay -Eba!!!! Isso é que é comentário!
- Estás vendo. Dahi? Esla gosta mesmo da S.E.!
- Sim! Fico muitíssimo feliz que tenha uma leitora tão prestativa...
- Uuuuhhh... Isso foi Chique!
- Dá um tempo Chris!
- O que foi?????
#Larinha - Uau, Dahi, que curiosa ela, hein?? Eu gosto de garotas curiosas! * Sorriso que faz arrebatar qualquer um*
- É mesmo?? Ou você só está usando o seu joguinho de Eu-conquisto-qualquer-uma? – Dahi coloca as mãos na cintura.
- ...
- Bem Lari, tbm já estava sentindo a sua falta, girl!! Que sumiço foi aquele.
- Sumiço?? Opa! Não gosto de senhoritas que somem sem dar noticias!
- Não faça chantagens Chris!
- Hey! Eu nem cheguei ainda nesta parte! – Faz biquinho.
- Eu te conheço Guri! Mas voltando ao ssunto da Lari, Só não gostei dp seu comentário. – tbm faz biquinho. – Tipo, você gostou? De que parte? Porque? Gosto de me manter informada para com minhas leitoras! E olha, você é uma leitora que me acompenha à tmpos! E vê se não some de novo, ok, girl??
-D’acord.
- Muito GLOSS e Xeiro de Chris!!!
- Meu Xeiro?? - *outro sorriso arrebatador* - Eu tenho um ótimo Xeiro, não irá se arrepender! Beijos, Chérie!
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Well, Aqui está o cap, COMENTEM MUITO pra eu saber do que gostaram, deem noticias e POR FAVOR não sumam!
GLOSS,
Dahi Blackfoy.
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