O começo de um domingo anormal
- ACORDA COBRÃÃÃÃÕ!!!!! ACORDA, ACORDA, ACORDA, ACORDAAAAAA!!! AGORA!! PODE IR TIRANDO ESSE SEU TRASEIRO DA CAMA PORQUE NÃO VOU DAR-TE MOLE, NÃO, OUVIU BEM? SABES QUE HORAS SÃO?? QUERO-TE AQUI NESTE EXATO MOMENTO NO SALÃO COMUNAL, E NEM COGITE EM FICAR ESPELHANDO-SE E PENTEANDO-SE! EU DISSE AGORA! Bem, provavelmente você já acordou, portanto, MEXA-SE e busque um bom café da manhã pra mim. BOM DIA!!!! A propósito, estou na biblioteca.
Draco sobressaltou-se quando ouviu o berrador que Hermione lhe enviara em um determinado momento da madrugada. Na verdade já amanhecera, porém, era domingo e o cérebro de Draco sempre o acordava às 11:00h neste dia. O garoto não era, ao menos, capaz de assimilar nada que não fosse uma ofensa a Hermione. Nem isso ele sabia.
- AAAAAAHHHHHHHHH!!!!!!!!!!! - É melhor eu não citar certos palavrões aqui, portanto, encaminhemo-nos ao momento em que ele aparece completamente desalinhado no salão comunal para, obrigatoriamente, providenciar um café da manhã para sua tão querida amiga grifinória Hermione. A carranca em seu rosto estava pior que o normal e seus cabelos, em que sempre trabalhava horas arrumando para parecer desarrumado, estavam, de facto, desarrumados por natureza. Sorte que possuía belos cabelos (N/a: hehehe, claro.).
Tentava ignorar os olhares estupefatos dos poucos alunos que não haviam ido à Hogsmead para um sábado de quebra de rotina. Rumava olhares ainda piores aos alunos e seguia sendo, terminantemente, acompanhado por seu desejado mal-humor.
Encaminhou-se à mesa e tomou cabo de um prato que se encontrava na mesma. No prato, iniciou a colocar tudo e qualquer coisa que via pela frente: Bolos, torradas, frutas, queijo, tortas, pudins, ovos cozidos, fritos... Em fim, já deu pra perceber como ficou o prato de café da manhã, melhor dizendo, montanha de café da manhã. Quando finalmente terminou, havia comida caindo pelas bordas da bandeja (ele usou a cabeça e decidiu optar por uma) e desajeitadamente pôs um copo de suco na mesma. Rumou, então, para a odiada biblioteca. Biblioteca que o fizera passar uma noite sem dormir e que o fizera ficar com um dedo o martirizando. Era melhor nem lembrar. Apertou o passo, que fazia barulhos no piso devido a força, e logo chegou às portas da biblioteca. Aproximou seu ouvido para perto da enorme porta e sondou que não havia ninguém além de Hermione lá dentro, do contrário estariam muito calados. Ao entrar, percebeu que não se enganara. Não havia ninguém no lugar e demorou-se, inclusive, para encontrar a mestiça. Quando o fez, desnorteou-se momentaneamente. Hermione estava radiante. Sim, sim, esta é a palavra certa: radiante e, consequentemente, linda.
A garota que dificilmente vestia-se razoavelmente, caprichara no visual naquela manhã. Usava uma calça justa de cós baixo azul marinho, uma blusa, também, justa regata azul clara, um tênis all star (N/a.: rsrsrs) branco que ganhara a pouco tempo dos pais e um tailler branco para arrematar o visual. Sentada em uma mesa, lia, distraidamente, um livro que Draco não distinguiu. Ele recompôs-se rápido e causando um enorme barulho, praticamente jogou a bandeja em cima da mesa. Hermione não se assustou, pois já havia dado fé da presença de Draco na biblioteca.
- Está aí o seu café da manhã, trasgo! Vê se come tudinho, certo? – Falou cruzando os braços. Hermione ergueu lentamente os olhos do livro e olhou para a bandeja. Desprovida de emoções faciais olhou para draco. Percebeu que ele não estava nada bem. Vestia uma calça que parecia ter um século de existência, uma simples blusa preta de manga curta e um chinelo que ela não sabia se era mesmo um chinelo ou... qualquer outra coisa onde põe-se os pés.Não demonstrou sua surpresa, sim, estava surpresa, pois não imaginava que ele iria levar tão seriamente o berrador.
- Primeiro: Eu, em hipótese alguma não vou comer essa montanha de troço que você chama de comida, portanto, deixe essa sua infantilidade em outro lugar e traga algo racional pra mim. Segundo: Bom dia. – Por fim, deu um sorriso sarcástico, que não era tão sarcástico assim, e voltou, calmamente a ler seu livro.
Draco ficou perplexo. Quero ver quem é o mais infantil entre nós!! Haviam milhões de coisas para urrar na face de Hermione, no entanto, respirou profundamente e pegou a bandeja e saiu. Não queria perder seu tempo protestando, sendo que, no fim acabaria sendo obrigado a fazer o que ela queria.
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O que Draco não sabia era que o grau de perplexidade dele comparado ao de Hermione era nulo. Hermione ficou completamente estupefata com a atitude do louro diante do ocorrido. Esperava tudo do garoto, tudo mesmo, menos um olhar mortificado e cansado acompanhado de mãos pegando uma bandeja, pés indo em direção até a saída e PRINCIPALMENTE uma boca sem proferir palavra. Isso era paralisante. Sentiu uma vertigem que trouxe pena, mas não arrependeu-se de nada que havia feito. Ela sentia-se muito mais tranqüila quando Draco era o arrogante e barraqueiro de sempre. Definitivamente não estava acostumada a acordar um sonhador draco às 7:00hs da manhã de um ensolarado domingo.
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Algumas horas depois... Pra ser mais precisa, às 12h45min do dia 09 de outubro de 1991 (N/a: O dia em que vim ao mundo!!) dois apreensivos e, ao mesmo tempo, ansiosos jovens aparatavam em frente aos colossais portões de Hogwarts. Logo após desvanecerem de Durmstrang e aparecerem onde estavam ficaram pasmos mediante a visão do magnífico e lúgubre castelo a que encaminhavam-se. Mal seus rostos voltaram a cor natural, apareceu uma carruagem se aproximando. O estranho era que a carruagem era puxada pelos mais estranhos animais em que puseram os olhos ao longo de toda sua vida. Era impossível descrever o quanto eram estranhos (N/a: Só a JK mesmo) e os jovens sentiram vertigens.
- Então essa é a MAGNÍFIQUE HOGWARTS? – Chris, que sempre tomava juízo primeiro, quebrou o silencio.
- Por que esse desdém, Chris??? Não vem dizer-me que não a achou realmente magnifique!! Olha pra esse castelo!! Canonizada Morgana! Ele é... é... – Olhava diretamente além dos portões com um brilho no olhar.
- Oui. Ele é fascinante. É inegavelmente fascinante! – Chris também olhava fixamente para o castelo e possuía o mesmo brilho.
- D’accord. E é enorme! Ouvi rumores de que alguns alunos dormem em masmorras.
- É mais provável que TODOS durmam em masmorras.
- E que é cheio de fantasmas, ogros, sereias, basilíscos, duendes, vampiros, basilíscos, lobisomens, sinistros, basilíscos, bichos gigantes de três ou mais cabeças, basilíscos, PESSOAS gigantes mais altas que a Maximus, basilíscos, animais falantes, fadas, metarmofomagos, basilíscos, e dizem que até o Olho Tonto Muddy já veio aqui , CÂMARAS SERCRETAS que prometem matar, basilíscos, lugares onde NIINGUÉM mais entrou, magia desconhecida... MUITA MAGIA DESCONHECIDA!!! Bom Dieu! – Cassie bradou tremendo de completo entusiasmo. Chris, por mais que pasmo, também entusiasmou-se.
Olharam-se e instintivamente com enormes sorrisos brilhantes e faces iluminadas e olharam para os estranhos animais que ainda os esperavam com o intuito de os levar para dentro dos limites de Hogwarts. Olharam-se novamente. Olharam para os animais. Olharam-se novamente. Olharam para os animais. Olharam-se nov.... Ok, vou pular para a parte em que eles pulam desembestados para dentro da carruagem e os enormes portões de Hogwarts abrem-se lentamente. Mal podiam se conter. Mas podiam esperar.
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Hermione, sentada na sombra de uma grande arvore em um gramado perto do campo de Quadribol, ainda lia seu exemplar de “O segredo por trás das runas”, de uma famosa escritora Francesa, encontrava-se distraída. Mas não com o livro. Distraída com algo que não era capas de confessar a si mesma. O livro era apenas uma pequena farsa, pois, desde o acontecimento pela manhã, em que Draco agira tão estranhamente, conseguira apenas empenhar-se mais ainda em arranjar serviço para Draco.
Um Draco inocente. Um... Não! Ele merece tudo o que está lhe acontecendo! Tenho certeza convicta de que ele faria muito pior comigo se fosse eu quem possuísse uma divida a pagar!
Hermione não ousou imaginar o que Draco lhe faria fazer se, de facto, aquilo acontecesse.
Acordara com um humor intransigente, o que se pode provar de acordo com o modo em que tratou Draco a manhã inteira; de maneira empedernida. Pela tarde, porém, o mau-humor esvaiu-se e ela estava bem mais tranqüila e suportável. A manhã fora desgastante. Mandar, mandar, mandar... Imagine como seria obedecer estes mandatos.
Seus amigos haviam saído cedo para uma congratulação a Dino Thomas, que fazia anos naquele dia. Após recusar inúmeros convites para acompanhá-los há um dia com Madame Rosmerta, convenceu-os com a desculpa de que teria um trabalho importantíssimo de Runas Antigas pra fazer, matéria pela qual nenhum deles se interessava e não havia como provarem que o trabalho jamais fora solicitado.
Tentou concentrar-se no livro que tinha em mãos depois de ler cinqüenta vezes a mesma frase. Quando, todavia, quase conseguia voltar a concentrar-se, foi surpreendida pela ultima pessoa que pensou que pudesse procurá-la.
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Depois de tomar um verdadeiro e completo banho com tudo o que lhe havia de direito, Draco recuperou sua segurança e autoconfiança, facto que lhe devolvia o ar empedernido de sempre. Sua aparência melhorada, vestia uma calça azul marinho e uma camiseta clara, com leve listras também claras e que encontrava-se com a maioria dos botões abertos, devido ao calor daquele dia. Os cabelos, novamente, arrumados para parecerem desarrumados, davam-lhe uma aura clara e limpa, algo que não lhe é peculiar. Caminhava com as mãos nos bolsos e tinha um olhar ríspido, porém, mais brilhantes do que nunca. Os famosos olhos com o brilho que Hermione nunca decifrava. Ela nunca discernia o que se passava por eles, no entanto, reconhecia-os muito bem.
Caminhava pelas sombras dos grandes salgueiros que rondavam o campo de quadribol, dado ao facto de seus amigos estarem a se embebedar pelo Aliança três Vassouras e até mesmo, ele arriscava, no cabeça de javali. Draco e seus amigos sempre arrumavam alguma maneira de entrar no “sujo” lugar, quando a maioria dos alunos espalhavam-se por toda a Hogsmead. O loiro chegara, inclusive a encontrar-se com seu pai naquele lugar, escondidos, obviamente. No entanto não meditava sobre isso. Não meditava sobre nada. Estava meio perdido. Meio desarvorado. Foi neste momento que avistou uma aluna atrás de uma arvore de que se encontrava bem perto e rapidamente reconheceu que se tratava de Hermione, dona de inconfundíveis cabelos castanhos. Estava sentada no chão e Draco percebeu que estava a ler o mesmo livro que vira em suas mãos pela manhã.
Por um motivo auto-desconhecido seus pés o levaram instintivamente para lá. Em vez de tomar a mais distancia possível de sua detestável “mestra”, não resistiu em chegar-se para perto da mesma. Ao chegar a seu destino, não deixou-se ver desta vez, repousando no oposto da arvore. Lembrou-se do dia em que eles discutiram antes de todo o acontecido. O dia em que ele se impressionara por Hermione. Observou, silenciosamente, que não fazia tantos dias que aquilo acontecera, digo, a discussão, pelo contrário haviam poucos dias. Dias que pareciam ter séculos anexados em si mesmos.
Pôde sentir, novamente, a leve fragrância que se desprendia da garota. Resolveu, então, por conversar, nem que fosse através de uma previsível discussão. Colocou, novamente, as mãos nos bolsos da calça; andou lenta e calmamente até a frente de Hermione, e pode perceber que ela ficara surpresa em vê-lo ali.
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As palavras se esvaiam instantaneamente de suas mentes. Por um momento, ficaram, simplesmente, a olhar-se. Olhares mais perceptíveis que sempre.
Hermione estava realmente surpresa pela mudança externa e interna de Draco. Ele deve ter ficado igualmente surpreso ao me ver-me hoje pela manhã. Eu estava igual ao que ele sempre foi. .
Já draco chegara à conclusão de que Hermione estava particularmente linda naquele dia. Seus olhos de âmbar ficavam encantadores ao sol. Sua face, levemente corada, também possuía uma aura limpa, diferente de algumas horas antes.
Após esse breve momento de observação e conclusões indesejadas, empertigaram-se de maneira a mostrarem-se altivos e Hermione quebrou o silêncio.
- Eu nunca imaginei que você gostasse tanto de ser pau-mandado. – Comentou ela com sua habitual arrogância. Viu que Draco retrucaria, mais o interrompeu – Procurando-me e seguindo-me assim, é a única conclusão a que posso chegar.
Draco achou-se um idiota por estar ali. Ela tinha total razão em fazer aquele comentário. O facto é que nem ele sabia por que seguia Hermione. Ele a seguia? Não respondeu o comentário, ou melhor, respondeu, porém com um assunto distinto.
- Runas antigas é a pior idiotice que existe no mundo bruxo. Ler esses livros é completamente inexorável. – Achou-se mais tolo ainda por fazer tal comentário. Havia de usar seu senso crítico novamente!
- E os que não os lêem é por que são burros em demasia para entende-la. – Disse sem levantar o olhar do livro e tentando mostrar que se encontrava incomodada com uma crítica a sua matéria preferida.
- Muito pelo contrário, queria “sabe-tudo”, quem não os lê é suficientemente esperto para não perder um minuto de seu tempo com essa completa falta de gosto. Além de que “quem” – Hermione percebeu que ele referia a si mesmo – tem algo melhor, ou mais aproveitável, pra fazer, nem ao menos se dá o trabalho de tentar entender essa matéria detestável. – Disse com uma sombra de seu sorriso habitual.
- Mesmo?? – Hermione, finalmente, levantou os olhos do livro e o ofereceu a Draco – Pois TENTE entender uma frase que se encontra expressa neste livro! Oh, por favor, senhor eu-sou-o-ser-mais-inteligente-do-mundo, dê-me a proeza de vê-lo colocando a massa negra e nebulosa que você chama de cérebro pra trabalhar! – Olhava com fingida adoração para o loiro.
- Claro que não chegarei perto dessa coisa! E meu pé está doendo! Aquela escalafobética da Ponfrey está sumida há uns três dias e, enquanto isso, meu dedo esmagado por motivos “inomináveis” continua me torturando! – Disse Draco voltando a empertigar-se.
Hermione achou graça da desculpa de Draco. Foi que lembrou que ele mancara a manhã inteira e continuava a fazê-lo. Fechou o livro, levantou-se, segurou levemente no ombro do Draco e com um fio de sorriso no rosto afirmou:
- Draquinho... Eu sempre achei que, repito, sua massa-negra-e-nebulosa-que-chama-de-cerebro, se encontra-se em algum lugar do seu corpo que não fosse a cabeça. Mas eu nunca imaginei que fosse ficar justamente no seu pé! – Começou a rir – Hhiauohaiohaoiaho. E no dedo mindinho, por sinal!!
Draco, por um motivo bastante interessante, deixara de escutar todo o comentário da garota. Draquinho.... Achou graça da ousadia de Hermione ao chamá-lo de “Draquinho” e adiantou-se em retrucar sem dar ouvidos aos risos autos dela.
- Draquinho??? Draquinho?!? Você é mesmo uma louca disparatada!! Nem mesmo meus amigos mais íntimos me chamam de “Draquinho” sem que leve uma azaração que faça sua língua desaparecer por uma semana inteira! – Com um sorriso ladino, pegou no braço da garota ainda risonha à sua frente, chamando sua atenção para si. – MALFOY pra você, certo, MESTIÇA?
-Hiaohaioaoahiao..... Você não parece tão desapontado assim, “Draquinho” – afirmou de uma maneira que chegava a parecer desafiadora.
- Se quer saber, acho que você ficaria perfeitamente bem sem possuir língua!
- Oh, imagine! Sem língua eu não poderia ofender esse seu ego altivo e nem fazer comentários perfeitamente encaixáveis ao seu cérebro! Aliás, você tem mesmo um??
- O “meu ego” não chega a ser maior que o seu! - O sorriso ladino continuava estampado.
- Não preocupe-se, MALFOY. Draquinho é um apelido que não me atrai o mínimo. Além, claro, de ter saído da cabeça da Parkinson. Só isso já é valho pra mim.
- Ahioahioahiao – Foi a vez de Draco rir alto – Tanto faz pra mim, mas o que você tem contra a Pansy?
- Contra a “Pansy”??? – Hermione parecia pensativa – NADA! Imagine! Nós duas nos entendemos absolutamente bem nos meus devaneios onde eu a faço engolir todas as piadinhas dela com terra! As vezes também a obrigo comer a própria futilidade, pra ver se arranja mais conteúdo pra si mesma, mas meu prestativo esforço tem sido em vão.... E vale a pena observar que de material fútil ela possui em demasia!!
- haioahioahuoahiauoah – Draco continuava a rir sarcasticamente – Falas das piadinhas da Pansy, mas quem gosta mesmo de uma piada sem graça é você, não Granger? – Draco cruzou os braços.
- Imagine! Não! Não mencionei nenhuma mentira se quer! Pode me testar com veritassérum se lhe apetecer! Mas eu vou avisando: Não haverão abreviações nem resumos! Portanto, separe o próximo final de semana para saber o quanto o meu afeto pela Parkinson é ENORME!!!
- Já disse, não me importa se você ama ou odeia a Pansy. – Deu de ombros voltando a por a mão nos bolsos despreocupado.
- Sim, claro. Os seu profundos e inegáveis sentimentos por ela é o que realmente importa, certo?
- Espera um minuto, você está a insinuar descarada mente que EU SOU APAIXONADO PELA PANSY – Draco praticamente berrou dando um passo largo em direção a Hermione.
- Claro que não “Draquinho” – Por mais que não gostasse do apelido, não resistiu não pronuncia-lo, deixando Draco ainda mais cabreiro. – Eu não insinuei! Mas se você, de alguma forma ainda tem dúvida de algo que eu deixei bem claro devido a sua falta de inteligência mental, eu esclareço: ESTÁ NA CARA QUE VOCÊ AMA A PARKINSON!! – Bradou Hermione fazendo Draco soltar uma gargalhada.
- Granger, eu jamais imaginei que você conseguisse ser ainda mais idiota que o potinho e o pobretão juntos! Logo VOCÊ que sempre se mostrou uma jovem tão “cheia de virtudes e sanidade”... hauiohauoiahuioahuia... Se diz que me falta inteligência mental, você posssui o quíntuplo de INSANIDADE mental e moral!
- Oh, claro! Mas quer saber? Esqueça. – Disse ela olhando para as unhas em dedem.
- Esquecer? O que?
- É óbvio que você não ama a cara de buldog... digo, a Parkinson.
- Por que é óbvio? Já mudou de idéia? – Draco começava a achar estranha.
- Por que você não pode! Esqueci que em vez de coração, os Malfoy possuem um buraco negro no peito. E esse buraco negro absorve tudo para dentro dele, mas nunca sai NADA de lá. – Hermione encostou-se na arvore e esperou a resposta, ou até mesmo insulto, de Draco. Resposta que não veio. Pela segunda vez no dia Malfoy ficara calado em um momento em que ele não devia. Quando Hermione o olhou deparou-se com um Malfoy desconcertado. Não pode ser pelo que eu disse! Já disse coisas muito piores para ele! Será?. Draco procurava palavras pra falar, mas sua boca secara e não saia som de lá. Hermione disse – Ah! Qual é, Malfoy!! Corta essa! Há, há. Ficou machucadinho?? Ressentimento? Mas tem algo errado! Alguém que possui um buraco negro em vez de coração não deveria estar abaladinho por uma verdade bem dita! Faça como o papai sempre ensinou...
Hermione não terminou a frase, pois foi bruscamente interrompida pela voz alterada de Draco. Ela parecia ter transformado-se. Já não parecia nem um pouco amistoso, ou alguém com quem Hermione travaria um litigo.
- CALA ESSA MALDITA BOCA, SANGUE RUIM!!! Essa sua gosma suja e carmim que você chama de sangue não lhe dá o direito de falar de nenhum Malfoy!!! - Segurava com força o punho da moça, que fazia forças vãs pra soltar-se. Não conseguindo, retrucou, provocando ainda mais a Draco.
- Oh, fúria vocês podem, muito bem, sentir, não? Aliás, todo o tipo de rancor e sentimentos desprezíveis vocês são capazes de nutrir em si mesmos! Mas diga, como é sentir-se amargurado cada segundo de uma vida incrivelmente vazia, sem parentes ou amigos?? – Ao dize-lo, Hermione arrependeu-se instantaneamente. Este era um assunto que nunca abordara com Draco. Existem verdades que jamais devem ser ditas. Sim, era verdade. No entanto, só depois de ter pronunciado tais palavras foi que Hermione viu que havia exagerado. Foi novamente interrompida por uma voz irada e retorcida.
- JÁ FALEI PRA CALAR-SE!!! Quem é você, sangue ruim?? Quem?? Você se acha, não?? Eu digo-te: TU NÃO ÉS NADA! NADA!!! E pra mim, é como um maldito verme que insiste em viver no mesmo mundo que eu!! Porque você não sai permanentemente da minha vida e me deixa livre do fardo de ter que aturar o martírio que é te ver ou ouvir a sua voz??!!! Já não é ótimo pra você ter uma divida desgraçada pra cobrar de mim?!!? Já não é o máximo ter um capacho a quem pode tratar como bem quiser?? Aliás, porque não disse pros seus amigos imbecis que EU-ESTOU-NAS-SUAS-MÃOS-NOJENTAS??? Essa é a pergunta de um milhão de dólares, não, Granger??!! Mas eu respondo! Foi o facto de ter salvado a minha vida, certo?? – Ainda segurava forte o braço de Hermione, que ainda debatia-se para soltar-se. Gritava para ele a soltar, porém o loiro não a ouvia. Estava possesso, gritava e já assustava Hermione, que também gritava para ele a soltar. – JÁ DISSE PRA CALAR A BOCA!! – Hermione sentia o sangue dos braços se coagulando em um lugar só quando foi subitamente surpreendida por alguém que havia saído, repentinamente detrás da mesma arvore.
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Há alguns minutos não tão distantes da infernal cena de uma discussão que passou dos limites, Chris, caminhava pelos imensos arredores de Hogwarts. A cada momento achava tudo mais bonito e interessante. Foram recebidos com muita atenção e alento pelo diretor da escola, um homem muito velho, mas que emanava uma enorme força. Chris arriscava dizer que ele era bastante robusto para a sua idade, apesar de não sabe-la. Dumbledore os fizera passar quase duas horas em seu escritório a dar todas as instruções de como viver bem em Hogwarts etc., etc., etc... Poucas coisas os desagradaram, e uma dessas foi o fato de haverem de mudar se série. Tecnicamente falando, pois, diferente de suas escolas, em Hogwarts as séries finalizavam-se no sétimo ano, a idade onde o pupilo alcançava sua maioridade. Cassie, que cursava o nono ano, e ultimo, em Beauxbatons, estudaria o sétimo ano, e ultimo em Hogwarts. Assim se espelhou a situação de Chris, com a exceção de que residiria no quarto ano.
Apresentaram a eles um chapéu macróbio que falava mau-humoradamente.
FLASHBACK:
- Eu não vou colocar essa coisa escalafobética em minha cabeça!! Nom, nom chérie! – Cassie, apesar de gostar de coisas estranhas, não apreciou o fato de ter de usar um chapéu esquisito e falante em sua cabeça.
- Eu também não. – Chris falara calmamente..
Dumbledore riu serenamente. O episódio já era esperado.
- Como lhes expliquei anteriormente, meus jovens, é preciso usá-lo, pois ele avaliará em que casa de Hogwarts vocês mais se enquadrariam.
Cassie, que sempre tinha algo a dizer, precipitou-se:
- E não podemos, simplesmente, escolher?? E você, chérie?? Nom pode?
- Oui. Não pode mesmo?? – Chris quis certificar-se.
- Eu não tenho a proeza de tomar tal decisão, caros jovens. – Dumbledore disse, risonho e o chapéu empertigou-se imediatamente com seu habitual orgulho. – Este honorável chapéu, no entanto, pode, num minuto, decidir uma pequena parte de seus futuros.
Cassie riu. Havia gostado das palavras.
-Merci. Mas isso tem de ser hoje?
- Na verdade, não. Pode ocorrer amanhã pela manhã quando eu for apresentar-lhes aos demais alunos da escola. – O diretor sentou-se em sua mesa. A conversa estava quase finalizada. Viu que os irmãos haviam gostado da idéia devido aos seus sorrisos ladinos.
- Formidable!! – Falaram em uníssono.
FIM DI FLASHBACK.
Serenamente, com seu habitual estilo meticuloso, continuou a explorar a escola. Em um momento, no entanto, avistou uma bela jovem a ler sentada na sombra de um dos grandes salgueiros. Com sua visão cerrada, pode perceber que lia um exemplar de “A história pro trás das Runas” um livro que já havia lido e apreciado. Gostava da matéria, mas nada comparado à sua história de amor e paixão pela matéria de História da magia. Fazia planos de se tornar um historiador do mundo bruxo. Nada me seria mais estimável Pensou n’um suspiro. Continuou a andar, afastando-se da garota. Em um determinado momento, ouviu uma conversa. Não uma simples conversa, pois era cheia de sarcasmo e desentendimento. Onde estava a jovem, havia, agora também, um jovem. Decidiu-se por aproximar-se uma dada distancia até que podia ouvir quase claramente a conversa.
(...) - Draquinho... Eu sempre achei que, repito, sua massa-negra-e-nebulosa-que-chama-de-cerebro, se encontra-se em algum lugar do seu corpo que não fosse a cabeça. Mas eu nunca imaginei que fosse ficar justamente no seu pé! – Começou a rir – Hhiauohaiohaoiaho. E no dedo mindinho, por sinal!!
Chris riu da piada da garota. Ela era interessante. Possuía sempre, na ponta de sua língua, uma resposta para as investidas do jovem loiro.
(...) - Draquinho??? Draquinho?!? Você é mesmo uma louca disparatada!! Nem mesmo meus amigos mais íntimos me chamam de “Draquinho” sem que leve uma azaração que faça sua língua desaparecer por uma semana inteira!
Este Gajo é um tanto presunçoso. Chris usava sua mania de avaliar as pessoas. Não havia nada melhor do que avaliar alguém e depois certificar-se de que avaliara-a corretamente. Um dos meus joguinhos mentais...
(...) - Não preocupe-se, MALFOY. Draquinho é um apelido que não me atrai o mínimo. Além, claro, de ter saído da cabeça da Parkinson. Só isso já é valho pra mim.
Draco Malfoy... Ele é um Malfoy... Muita fama, mas integridade duvidosa. .
(...) - Granger, eu jamais imaginei que você conseguisse ser ainda mais idiota que o potinho e o pobretão juntos! Logo VOCÊ que sempre se mostrou uma jovem tão “cheia de virtudes e sanidade”...
Ela é uma Granger. Não conheço esta família. Mas pelo orgulho estampado no rosto dela... É bem possível ser de uma boa família.
Chris continuou a observá-los e, vez ou outra, ria da conversa divertida típica de jovens.
Ficou particularmente consternado ao concluir que a conversa não tomara um bom rumo. Transformou-se, inevitavelmente em uma discussão. Chris consternou-se ainda mais quando viu o jovem segurar rispidamente o braço da jovem e gritar. Sem pestanejar, encaminhou-se até lá. Não estavam tecnicamente perto e Chris dera longas e rápidas passadas. Não apreciava ver mulheres não sendo tratadas devidamente. Não sendo tratadas como tais. Também não era apto a brigas, mas não hesitava em meter-se em uma por uma boa causa. Sua primeira reação, ao chegar a seu destino foi, sem hesitar, dar um forte empurrão no Loiro, que Largou o braço da morena e deu alguns passos para trás.
- Acho melhor deixar a dama em paz!! – Disse corajosamente. Pode-se perceber que a raiva de Malfoy aumentara e olhou Chris com um eminente nojo.
- Quem você pensa que é pra intrometer-se em um assunto que não lhe diz respeito?!?! Caia fora da minha frente, já!!
- Caia fora você!! Não preciso de permissão para fazer algo que me apetece, por isso, se não quiser sair com olhos roxos e dentes quebrados, acho melhor deixar de chatear a dama!! – Malfoy enlouqueceu com isso. Incomodava-se terminantemente com a presença de Chris. Ele defendia Hermione e Draco não gostou do fato. Não sabia por que, mas o jovem a sua frente não lhe agradava o mínimo, muito pelo contrário. Sem pestanejar, dirigiu-se bruscamente a Chris, mas, não para falar-lhe e sim para dar-lhe um bruto soco no olho esquerdo.
Chris ficou atônito por alguns milésimos de segundos, mas recuperou-se ligeiramente e feriu Draco, também, com um soco na boca. Nem preciso relatar-lhes que se deu inicio a uma briga bruta entre o francês e o inglês. Eram socos por toda parte de seus corpos, boca, nariz, olhos..... Podiam, muito bem, se abaterem com uma pequena guerra de feitiços, no entanto, por um motivo que nem eles tomavam conhecimento, atracaram-se um ao outro em uma luta violenta. Ao longe, os jovens ouviam algo que se assemelhava a murmúrios, mas que eram, na verdade, gritos desesperados de uma garota que estava a beira de um colapso nervoso.
- PAREM!!!! PAREM POR FAVOR! POR MÉRLIN, PAREM!!!!!!!!!!!!! – Hermione gritava. Os três haviam perdido suas consciências. Por motivos distintos, é claro, porém, não lhes restara nada que não fosse a inconsciência. Hermione percebeu que Chris “liderava” a briga, havia derrubado Draco ao chão e desferia socos frenéticos em seu estômago. A morena desesperou-se em dobro. Draco passava mal e sua boca sangrava. Em Chris, um olho e a maçã direita do rosto estavam roxos e, também, suas narinas sangravam.
Ahhhhhhh!!!!!!!!! Mérlim me ajude a raciocinar!!!!! Eles não vão ceder com os meu gritos, independentemente do quão desesperados eles sejam!!
Foi neste exato momento que Hermione tomou a decisão mais racional possível. Era uma bruxa e bruxas usam varinhas.
- ESTUPEFAÇA!!!!! – Gritou forte e convictamente apontando a varinha para os jovens. Eles “terminaram” de cair ao chão e desfaleceram, inconscientes. Estavam tão atracados que Hermione, por um momento, não soube definir quem era quem.
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- PORCARIA!!!!!!! PORCARIA! PORCARIA! PORCARIA! PORCARIAAAA!! – Hermione gritou jogando o livro no chão. Não havia tomado a ação de separar o embolado Loiro-Moreno do chão – O que eu faço agora??? – Certo, esta pergunta foi idiota. O que eu tenho de fazer é, claramente, “acordar” esses dois. Se estavam brigando por minha causa antes, continuarão brigando, porém,quem levará porrada, dessa vez, sou eu! PORCARIA, PORCARIA,PORCARIA!!!! – Pensava completamente absorta do mundo fora de sua mente. Nem, ao menos, dava-se ao trabalho de olhar para Chris. Não o havia, veementemente reparado. Não queria saber, AINDA, de quem se tratava. Havia tempos que não presenciava uma briga tão feroz e NUNCA nenhum garoto havia brigado “assim” por sua causa, mesmo que essa causa não fosse romantismo.
Decidiu, então, por usar o feitiço contrário de Estupefaça. Isso iria levanta-los novamente.Ela só esperava que não saísse mal também.
Pronunciou roucamente e lentamente o feitiço. Esperou alguns segundos; nada. Tentou novamente; nada. Chegou á conclusão de isso se dava ao fato de ela ter pronunciado muito intensamente as palavras; Havia gritado, desesperada. Com certeza o feitiço saíra mais forte que o normal. Respirou profundamente e gritou a plenos pumões, pronunciando o feitiço ao mesmo tempo. Uma luz saiu de sua varinha e atingiu os desfalecidos com considerável força.
Hermione esperou MUITO impacientemente o acordar dos jovens. O tempo passava e um minuto era uma eternidade. Não acordavam!
- POR MÉRLIN!! EU MATEI OS DOIS!!!!!!!!!!!!!!! AAAAAHHHHHH!!!!!!!!!!! – Hermione também desmaiou e desfaleceu batendo fortemente com a cabeça no chão. Ela sim teria chances de passar bastante tempo desacordada.
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Pela demora???
DESCULPAAAAAA! Não foi minha culpa. Soh pode ter sido o destino! rsrsrs
Sério, existe uma série de acontecimentos que estão por trás de toda esta demora pra postar o cap, mas aqui está ele!
Espero que tenha esclarecido algumas duvidas quanto aos novos personagens, mas ainda há fatos a serem esclarecidos.
Não poderei responder aos comentários, mas li todos eles com carinho e mando um Xero de Harry Potter para todas as leitoras que vem me acompanhando. E um xero especial de |Draco Malfoy para?
Lola Pottermaniaca e Larinha.
Bye e, PROMETO, nessa semana sai o cap 6!!
Dahi Blackfoy
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