Duas semanas para o Natal
Gina acordou chorando novamente naquela manhã. Os dias se tornavam mais tristes e mais vazios a cada despertar. Desde a morte de Dino ela não conseguia mais dormir. Não tinha tido coragem nem para ir ao casamento de seu irmão, mesmo com a insistência de Lauren, de Fleur e de sua mãe.
Já era quarta-feira e ainda não tinha tido coragem de ir ao trabalho. Também não queria ir trabalhar hoje, o Ministério parecia mais escura para ela cada vez que entrava. Naquele dia iria arrumar os enfeites de Natal, afinal era a única data onde toda a sua família se reunia e ela queria que aquele dia chegasse para finalmente voltar a se sentir amada.
Arrumar os enfeites a faria se sentir mais próxima dessa data tão esperada, mas mesmo assim, o Natal trazia complicações, ao menos para ela, teria que sair para comprar os presentes e não tinha idéia de como faria isso. Não tinha vontade de sair nem mesmo para pegar as cartas que haviam chego. Lá pelas 11 horas da manhã ouviu a campainha tocar, se fosse sua mãe pediria para ir com ela fazer as compras naquela tarde. Mas ao abrir a porta viu que não era ela. Era Rony.
- Gina, porque você não foi ontem? – disse ele abraçando a irmã que tinha começado a chorar – Não chora, irmã, não chora. Já chega, você tem estado assim já faz 1 mês!
- E quero continuar assim Rony. – gritou ela chorando cada vez mais nos braços do irmão – Você não sabe como dói! Eles podem ter pego o desgraçado que o enfeitiçou mas mesmo assim... Não, não dá... – disse balançando a cabeça freneticamente e correu para o sofá e ficou lá sentada, tremendo.
- Bom, Gina, eu não consigo te ver assim. Me faz sofrer muito e acabei de me casar, não dá, já vou indo irmã. Qualquer coisa me telefona, mas melhora ta?! – e dando um beijo na testa de Gina, foi até a porta e saiu.
O feriado de Natal estava chegando, Gui e Fleur estavam no Beco Diagonal fazendo as compras, aproveitaram que as crianças ainda não tinham voltado de Hogwarts e compraram os brinquedos mágicos que eles haviam pedido.
- Fleur, você quer ir na festa de Natal do escritório dia 25? – disse Gui fazendo força para segurar as várias sacolas.
- Clarro! Non perrderria por nada! Alguém conhecido vai estarr lá?
- Só a Nancy, minha secretária. – disse com um sorriso forçado.
- Ah eu vou sim! Faz tempo que non vejo o Arry. – disse Fleur sorrindo de excitação.
- Ah droga... – sussurrou Gui para si mesmo.
- Querrido, eu vou verr um presente parra sua mãe, prrocure alguma coise parra seu pai.
- Tudo bem - e entrou em uma loja de artigos mágicos onde um belo chapéu de bruxa estava pendurado. Tinha vários brilhantes pendurados por todo ele – Quanto custa esse chapéu? – perguntou para o atendente mais próximo.
- 2 galeões.
- Vou levar, mas preciso que embrulhe rápido.
- Tudo bem. – e com um aceno da varinha o presente estava embrulhado e com um grande laço. Gui pagou e escondeu o chapéu em meio aos outros presentes nas sacolas quando viu Fleur entrar.
- Enton, já escolheu.
- Sim, vamos? – a saiu com ela apressado da loja quando viu que o vendedor vinha, sorridente com a nota da compra.
O trem havia acabado de chegar na plataforma número 5 da estação King’s Cross, Luna saía sorridente e Mike vinha atrás dela. Ela trazia várias malas, era a primeira vez que voltava a Londres desde Hogwarts, aquela viagem, aquela despedida havia trazido muita mágoa e só agora que tinha conhecido alguém com quem achava que tinha esquecido aquele outro amor tinha tomado coragem. E estava de volta.
- Vamos Mike! – disse ela apressada.
- Calma Luna, as malas tão pesadas!
- Você é quem quis trazer toda essa tranqueira! – disse ela rindo.
- Não, foi você, eu quis jogar tudo fora.
- Ah, vê se esquece isso! – e voltou a andar rápido.
- Aliás, para onde nós vamos? – disse ele quando saíram da estação.
- Meu pai já providenciou, arranjou um apartamento lá naquele bairro de trouxas que você gosta.
- Dá pra não chamar de trouxa?!
- Mas vocês são ué! – e correram atrás do próximo táxi que passou.
Já era sexta-feira, Harry acordou em sua casa, ou mansão, nova. Tinha muito que fazer. Primeiro, assinar uma pilha de papelada, depois tinha que ir falar com o público no Beco Diagonal, voltava pro Ministério e mais várias papeladas já estariam na sua mesa, Harry precisava de um pouco de ação, sentia a monotonia entrando por todas as janelas.
Às 11 horas da manhã aparatou com toda a sua equipe no Baco Diagonal, tudo havia mudado, a loja das Gemialidades Weasley já havia aumentando umas quatro vezes desde que foi inaugurada.
- Bom, concluindo, devo dizer que farei tudo o possível para reparar os problemas causados pelos constantes ataques de Volde... Vocês-Sabem-Quem no mandato de Scrimgeour. – e com aplausos do público que assistia se retirou.
- Harry! Onde você vai?! Ainda temos muito que fazer lá no Ministério - -gritou Hermione que vinha correndo atrás de Harry que estava se afastando do público.
- Mione! Calma, vem almoçar comigo, relaxa e depois agente vai pro Ministério.
- Tudo bem, mas segundo sua agenda nós só temos meia hora – disse olhando um enorme livro cheio de anotações.
- Certo, certo, vamos? – e continuou a caminhada até Caldeirão Furado.
Gina acordou de manhã se sentindo muito melhor. Finalmente teria coragem de sair, iria fazer as compras de Natal. Já eram quase 2 horas da tarde quando entrou no Caldeirão Furado, não agüentava mais toda aquela gente junta e se expremendo, sentou em uma das cadeiras na mesa central.
- Tom, traz um prato pra mim?
- Já levo. – respondeu o garçom com um tom de desagrado, como se ela tivesse atrapalhado ele em algo importante.
- Gina? – ouviu alguém gritar. Era Harry, tinha levantado e estava se aproximando.
- Oi, Harry, Mione! Quanto tempo... – disse sem graça para ele e acenando para Hermione, a última conversa que tinha tido com ele não tinha acabado muito bem.
- Então, como você ta? Eu soube o que aconteceu com Dino... Você ta bem?
- Não Harry, desculpa, não to! – gritou desesperada e saiu correndo do Caldeirão Furado. – Mione, segura as pontas ai que eu vou atrás dela.
- Mas... Harry! – gritou ela da mesa, mas ele já tinha ido. – Tom, traz a conta vai...
- Ah. E quem vai paga o prato da ruiva?
- Da aqui que eu pago. Que coisa! – disse ela abrindo a bolsa encarando o garçom.
Harry correu até encontrar Gina sentada em um banco, abaixada e chorando.
- Gina, que houve?
- Você Harry, eu não tava pronta! – ela gritou, as lágrimas escorriam por seu bonito rosto que havia mudado muito.
- Gina, escuta! – disse Harry segurando os braços dela – Não sei porque você fez isso, me desculpa mas eu preciso dizer...
- Não, não diz Harry, por favor, minha vida já tem sido um caos sem você!
- Eu te amo Gina – e deu a beijou, sua boca molhada pelas lágrimas que escorriam.
- Não! Eu não posso. – deu um tapa no rosto de Harry e desaparatou.
Quando Harry entrou no Ministério, uma hora depois Hermione estava correndo como louca para todos os lados.
- Harry! Onde você esteve?
- Por aí... – respondeu triste.
- Então vem aqui porque você tem muito pra fazer! – e puxou a mão dele para dentro do escritório.
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