O TERROR ESTÁ NO AR



CAPÍTULO 9

O TERROR ESTÁ NO AR


(***) NOTA DO AUTOR:


Olá, galera! Estou de volta! Bem, tenho uma coisa a dizer a vocês: eu estava relendo a fic e descobri que o Capítulo 3 é extremamente importante! É, certamente, o capítulo mais importante da fic até agora! E, se vocês relerem ele e depois lerem o próximo capítulo, entenderão muitas coisas e desvendarão muitos mistérios. Bom, este capítulo ficou bom, muito bom! Tem a aula da Gina, tem um pedacinho da aventura... Tem uma parte das aulas... Acho que é o capítulo mais variado da história, só faltou mesmo um romance... Mas, calma, romance é só mais tarde! Kkkkk!!! Bem, vou responder aos comentários que recebi, então. Vamos lá? Vamos!


Comentário: “Olá!!!! olha eu denovo aki!!!!
to adorando!!!! sua fic ta maravilhosa, não demore para postar o novo capitulo!!! To ansiosa para saber se Gina e Alana irão mesmo deixar o escolhido ir
só ao inferno.
bem meu Nick no floreios é alylyzinha e o nome da minha fic é Meu amigo meu grande amor, ela é H/H!!!
VOU FICAR MUITO FELIZ SE VC LER!!!
beijos e até o Próximo capitulo!!!

Lyly.”.

Resposta: Olá, Lyly! Fico muito feliz em receber seus comentários! Muito obrigado! Que bom que você está lendo e comentando! Valeu mesmo! E, claro, fico feliz que você esteja gostando! Bem, lerei sim a sua fic e, no próximo capítulo, comento sobre ela, ok? Tenho certeza de que vai ser legal... Você deve escrever romances melhor do que eu... Kkkkk!!! Continue lendo e comentando, Lyly, porque seus comentários são importantíssimos para mim! Valeu!


Comentário: “hora bruno,! mais uma leitora! rs parabens amigo querido! vc merece todo o carinho que os leitores puderem dar, vc é muito bom no que faz, vc merece ter
milhares de leitores !

seu grande amigo, leo!

Leonardo.”.

Resposta: Olá, Leo! É, você eu conheço... Você lê a fic desde o início, acreditou no projeto e, fico extremamente feliz que você tenha se animado a publicar um comentário para mim! Valeu! Sei que você sempre lê e comenta comigo a parte, via MSN, mas é muito bom ler seu comentário no 3v! Fantástico! E, claro, é sempre bom ter uma leitora como a Lyly, que comenta... Só tenho a agradecer mesmo! Obrigado pelos elogios.


Bem, vamos à história, agora? Então, vamos lá!


(***) FILOSOFIA:


Às vezes, queremos proteger as pessoas que amamos e, para isso, vamos sozinhos para as aventuras. Ora, será que, deixando para trás as pessoas que se importam conosco, estamos mesmo protegendo essas pessoas? Ou será que, na verdade, estamos apenas fazendo com que aqueles que nos amam sofram?


(***) NO CAPÍTULO ANTERIOR...


Gina progride rapidamente na Oclumancia, conseguindo repelir o professor com um excelente feitiço expulsório. As aulas finalmente recomeçam em Hogwarts. Alana desafia a Professora Minerva McGonagal e diz que pode se transformar facilmente em animal. Será verdade? E, se for, em que animal Alana de Oliveira se transformará? Enquanto isso, os alunos do sexto ano, da turma de Gina Weasley, têm uma aula eletrizante com o Professor Abel de Oliveira, sobre a Maldição Imperius. O professor desafia os alunos a resistirem a ela. Luna Lovegood não consegue e Gina é chamada a tentar. Tudo corria bem, até que o mestre tocou o ponto fraco da jovem Weasley. E agora? Será que a caçula Weasley resistirá? Como será a aventura no inferno?

(***) HISTÓRIA:


O olhar determinado... Ah, a teimosia Weasley tinha que servir para alguma coisa, não é? Abel lançou:


_ [Imperiu!]


Em seguida, o professor conjurou um colchão na frente da garota e ordenou:


_ Pule de cabeça no colchão!


O olhar teimoso continuava... A determinação de Gina Weasley era inabalável! Então, no tom mais doce _ um tom de voz que lembrava um galã de cinema _, Abel de Oliveira ordenou:


_ Gina, pule no colchão.


Ah, Gina sempre sonhou em ouvir o professor falar com ela naquele tom! Sim, sim, ela o obedeceria, faria tudo o que ele quisesse!


Concomitantemente, na sala de Transfiguração, a expectativa era geral. Rony olhava surpreso para Alana... Será que ela conseguiria? Minerva falou:


_ Vamos! Quero ver sua transformação, Oliveira!


Alana ignorou a impaciência da professora e se concentrou. Todos estavam apreensivos. Ninguém acreditava que ela fosse conseguir. Será que Alana conseguiria? Ah... Ninguém sabia.


Ninguém, além da própria Alana, é claro. Bom, ela já tinha feito aquilo tantas vezes... Então, não custaria nada fazer mais uma!


A garota se concentrou. Então, em pouco tempo, diante de toda uma assustada classe e de uma surpresa professora Minerva McGonagal, surgiu uma imponente águia. A águia voou pela sala, deu voltinhas (próxima ao teto), e em seguida, Alana voltou ao normal. Ela perguntou:


_ E aí, Professora? Gostou?


Minerva estava atordoada, sem palavras. Abel sempre a deixava assim, ela se lembrava... Mas Alana nunca havia conseguido tal façanha. Certamente, o Professor Oliveira era um bom mestre... McGonagal disse:


_ Muito bom, Senhorita Oliveira. Já que a senhorita já sabe, poderá ajudar seus colegas, certo?


_ Claro, professora!


_ Muito bem, volte para o seu lugar.


Alana se sentou. Puderam-se ouvir murmurinhos na sala; então, Minerva silenciou a turma:


_ Silêncio! A menos que mais alguém aqui já saiba se transformar em animago, todos deverão voltar à leitura!


E assim foi feito.


Na sala de D. C. A. T. o Professor Oliveira observava sua aluna.


Gina resistira até então, mas, ao ouvir o pedido daquela forma, ao ouvir aquela voz doce, não conseguiu mais: a garota pulou de cabeça no colchão, como Abel lhe havia ordenado. Enquanto ela voava pelos ares, o docente lançou:


_ [Finite Incantatem!]


Gina recuperou a consciência a tempo de ver o que havia feito. Ah, não, droga! Ela tinha sucumbido.


Abel falou:


_ Muito bem, turma: se eu fosse um inimigo, agora a Senhorita Weasley teria matado os pais e os irmãos e veria o que fez. Claro que o peso na consciência seria o menor dos problemas dela, não é? Eu poderia ter feito com que ela jurasse fidelidade a mim, fizesse um Voto Perpétuo, dentre várias outras coisas das quais ela se arrependeria amargamente e, talvez, fizessem com que ela fosse até mesmo mandada para Azkaban. Viram a importância de se resistir ao Imperius? E, o principal é... Viram como é difícil? É como eu disse: posso ordenar de modo firme a um covarde, mas, posso ordenar de modo doce a um corajoso e, tanto o corajoso quanto o covarde me obedecerão. Se vocês não tiverem mesmo muita vontade, jamais resistirão! Senhorita Weasley, volte ao seu lugar!


Gina se sentou, triste. Ela queria ter resistido, podia ter resistido! Mas, foi fraca, inútil...


Abel de Oliveira continuou sua aula:


_ Bem, agora... Ah, já sei! O próximo será você! _ O professor apontou para o garoto que havia lançado a Imperius nele. _ Sei que você sabe lançar as maldições imperdoáveis, garoto; mas... Será que pode resistir a elas? Venha cá e me mostre!


O rapaz se levantou e ficou na frente do mestre, encarando-o. O docente fez desaparecer o colchão que havia conjurado e perguntou:


_ E então? Você está pronto?


_ Estou! _ Respondeu o aluno, determinado.


_ Então, resista, se puder! [Imperiu!]


O discente foi atingido em cheio. Então, com a voz mais firme e dura possível, o mestre ordenou:


_ Vá até a senhorita Lovegood, ajoelhe-se nos pés dela e diga, em voz alta, que a ama!


Tremendo _ talvez de medo _ o garoto foi até Luna, ajoelhou-se aos seus pés e disse, gritando:


_ Luna, meu amor, eu te amo!


A classe riu... Riu demais! O rapaz gritava, descontrolado, sob as ordens do professor:


_ Eu te amo, Luna! Eu te amo, Luna!


_ Peça-a em namoro, agora! _ Abel ordenou.


_ Luna, eu te amo! Quer namorar...


_ [Finite Incantatem!] _ Lançou o Professor Oliveira, no garoto.


_ Comigo? _ Completou ele, percebendo, só depois, o que acabava de fazer.


O aluno ficou vermelho... Vermelho, muito vermelho! Ou melhor, muitíssimo vermelho! Ele tentava dizer:


_ Eu... Eu.... An... Eu... Eu não...


_ Estão vendo? _ Abel questionou à classe. _ Estão vendo? Se eu quisesse, ele tinha se casado com sua pior inimiga... Ele teria se casado, por exemplo, com a minha filha... Se eu a tivesse, é claro. _ Todos riram. O docente continuou: _ Se eu quisesse, agora a namorada dele (se ele tivesse, é evidente) teria terminado o namoro com ele. Se eu quisesse, ele teria jurado fidelidade a mim, matado os pais, ou, quem sabe, até mesmo a si próprio! Falar duro a um covarde e manso a um corajoso... O que importa isso? De qualquer forma, tanto o corajoso quanto o covarde me obedecerão! A única forma de se livrar da Imperius, não é ser covarde nem corajoso, mas sim, determinado e objetivo! Tanto o covarde quanto o corajoso podem resistir, se quiserem resistir; mas... O corajoso tem mais chances... Bem, acho que vocês precisam de um pouco de teoria. Peguem os livros e leiam sobre a Maldição Imperius e sobre como resistir a ela. Vamos!


Todos obedeceram. O resto da aula foi bem monótono. No final, o docente falou:


_ Muito bem: quero um resumo do que vocês leram, para a próxima aula. Um metro de pergaminho! Quero detalhes, ouviram? Quero todos os detalhes possíveis, incluindo desenhos! Agora... Podem ir!


Todos iam saindo. Gina, como sempre, fazia questão de ficar por último. Luna saiu correndo porque a próxima aula dela seria de Transfiguração; a de Gina seria Feitiços. Quando só a caçula Weasley estava na sala, o mestre disse:


_ Weasley, sua detenção será mais cedo hoje. Assim que acabar sua aula, procure-me aqui, tudo bem?


_ Sim, professor.


Dizendo isso, a garota se levantou lentamente e saiu.


Enquanto isso, Harry Potter lia as coisas complicadas daquele livro... Ah, seu pai era mesmo um grande bruxo! Como será que ele conseguiu se transformar em animago? Era tão difícil! Mas Harry estava disposto a lutar para conseguir isso também! Precisava fazê-lo, pelo seu pai! O garoto se concentrou: ele tinha que entender tudo! Nunca antes ninguém havia visto o “menino que sobreviveu” ler de modo tão concentrado e determinado. Até mesmo Rony estava achando estranho. Hermione não prestava atenção, porque estava igualmente absorta na leitura. E assim, naquele dia, a aula voou para o “eleito”. Rapidamente o sinal tocou e a professora Minerva disse:


_ Quero meio metro de pergaminho sobre o que vocês acabaram de ler para a próxima aula.


_ Ah, não! Droga! _ Reclamou Rony. _ Já começou!


_ Acalme-se, Rony, não é tão difícil assim. _ Tentou consolar Alana.


_ Não é pra você, que já sabe tudo! _ Respondeu o garoto, ainda desanimado.


_ Ah, não, Rony, eu não sei tudo...


_ Ah, não? E... Existe alguma coisa que você não sabe? O que é? _ Rony questionou.


_ Sim, Rony, existe alguma coisa que eu não sei... Poções. _ Alana respondeu.


_ Poções? _ Rony perguntou. _ Mas...


_ Rony... O fato de ser o meu irmão Professor de Poções, não faz de mim sábia no assunto! _ Alana falou, enérgica.


_ Ah... _ Resmungou Rony.


A próxima aula seria exatamente a de Poções. Harry ia para a sala, desanimado... Droga! Ele odiava Poções! Será que odiava mesmo? Ou será que só odiava os professores anteriores? Na primeira aula tudo tinha sido bem tranqüilo. O Professor Oliveira não pegou pesado. Mas.... Será que ele continuaria assim? Harry não sabia.


Hermione queria aprender coisas novas... Por que Abel de Oliveira não deu aula direito no primeiro dia? Hermione pesquisou _ usando o relógio dado pelo próprio docente _ sobre Abel de Oliveira e, em todos os lugares, falava-se que o professor em questão era o melhor em Poções! Então, por que ele deu uma aula tão ridícula? Granger não sabia, mas dessa vez isso não ocorreria, mesmo que ela precisasse pedir...


Harry, Hermione, Alana e Rony chegaram nas Masmorras. Na porta, Abel os esperava. Ao ver todos os alunos que se aproximavam, ele falou:


_ Galera, por favor, vamos para os jardins! Não gosto daqui.


Todos o seguiram. Chegando lá, o mestre ordenou:


_ Façam um círculo, mas bem grande.


Eles obedeceram e o docente ficou de pé, no centro. Abel conjurou cadeiras e mesas para que seus alunos pudessem trabalhar confortavelmente no jardim. Os discentes se acomodaram (em duplas). Então, o mestre começou:


_ Bem, hoje aprenderemos uma nova poção. É uma poção pouco conhecida, acho que só uma ou duas pessoas, além de mim, a conhece... Ela não está nos livros ainda, porque faz pouco tempo que eu a inventei. Talvez, com uma pesquisa, vocês possam encontrá-la no banco de dados da Escola de Magia Brasileira... Só que eu ão sei se está mesmo lá ou não. Então... Bom, acho interessante que vocês aprendam. As poções que estão no livro o Professor Silva os ensinará quando chegar; vou deixar isso pra ele. Eu os ensinarei coisas novas. Bem... Alguém aqui já ouviu falar na Poção da Vida Passada?


A mão de Hermione voou pelos ares, solitária. Abel se surpreendeu... Ah, então sua aluna estava usando a ferramenta de pesquisa que ele lhe deu? Que bom! Abel autorizou:


_ Diga, Senhorita Granger!


_ A Poção da Vida Passada é uma poção que permite a um bruxo conhecer as vidas pelas quais passou sua alma, antes da vida que ele vive atualmente. Supõe-se que um espírito, para evoluir, passe por diversas vidas e que, a fim de evitar inimizades prévias, quando começa uma vida, as lembranças das vidas passadas sejam apagadas. A Poção da Vida Passada permite ao bruxo recuperar... Não... O melhor seria... Reviver parte de algumas dessas vidas passadas... Bom, é uma poção extremamente fácil de fazer e não é demorada; contudo, não deve ser usada por mais de duas vezes por ano, porque os efeitos colaterais, caso se exceda esse limite, são catastróficos (fortes dores de cabeça, perda de membros, coma, talvez até morte...).


_ Excelente!!! Trinta pontos para a Grifinória!!! Parabéns, Granger! Bem, e é sobre a Poção da Vida Passada que vamos aprender hoje. Como bem disse a Senhorita Granger, a Poção da Vida Passada é muito simples de se produzir. Ela leva apenas uma hora para ficar pronta e dura de trinta minutos a uma hora, em média. A duração depende da qualidade da poção e, a qualidade depende, claro, de quem a produz. Tomem cuidado, porque colocar ingredientes errados pode trazer sérios problemas... Portanto, qualquer dúvida, perguntem para mim, ok? Vocês farão essa poção para mim. Vou analisar as poções que vocês fizerem e depois devolvê-las. Para a próxima aula, quero um metros e meio de pergaminho sobre ela. Quero que vocês pesquisem e digam tudo, tudo mesmo, sobre a Poção da Vida Passada e, claro, quero um relato pessoal de como é usá-la. Chegaram novos livros na Biblioteca de Hogwarts; além de livros, nossa biblioteca assinará várias revistas científicas bruxas; então, acho que, agora, vocês terão como pesquisar.


_ Vamos usar essa poção, Professor? _ Questionou Neville.


_ Sim, vamos... Aliás, eu não, vocês vão.


_ O senhor...


_ Senhor não... Pode me chamar de você... Ou de professor... Mas senhor não. Não gosto desses formalismos hipócritas...


_ Você já tomou essa poção, Professor?


_ Claro, Parkinson. Ou você acha que sou tão irresponsável, a ponto de dar a vocês uma poção que nunca tomei?


_ Ah, não sei não...


_ Bem, Parkinson, você não é obrigada a tomar a poção, se não quiser. Mas será obrigada a fazer o trabalho. Pergunte depois a um colega que tomar qual é a sensação, já que você é covarde demais para beber uma simples poção. Muito bem, vamos ao trabalho!


Abel de Oliveira fez aparecer no ar um quadro, que ficou suspenso, com as instruções para a produção da poção. Todos começaram, então, a trabalhar.


Rony havia se sentado do lado de Alana e Harry do lado de Hermione.


As poções de Harry e Hermione estavam indo bem; é claro que a poção de Hermione estava perfeita, e a de Harry apenas quase.


Na mesa de Alana e Rony a situação não era muito boa. Rony se perdia nas instruções e sua poção estava perigosamente borbulhando, pronta para sair do caldeirão. Alana até o ajudaria, se a situação do seu caldeirão não fosse um pouco pior; no caso dela, gotas da poção derramavam e o caldeirão estava prestes a explodir... Mas por pouco mesmo! Rony olhou para o lado e viu que sua amiga não estava melhor... Ele estranhou:


_ Quando você disse que não sabia nada de poções, falava sério, não é?


_ É claro, Rony! Acha que eu gosto de dizer que não sei alguma coisa?


Nesse momento, a poção do caldeirão de Alana furou um buraco e começou a entrar em erupção, como um vulcão. A classe ficou agitada, porque o líquido que jorrava queimava tudo o que acertava. Abel viu aquilo e lançou, rapidamente, na direção do caldeirão de Alana:


_ [Aqua Eructo!] [Congelitus!]


As lavas que saíam do caldeirão de Alana diminuíram. Então, Abel lançou:


_ [Evanesco!]


E tudo o que estava no caldeirão da garota sumiu. O professor lançou no que ainda pegava fogo:


_ [Aqua eructo!] [Congelitus!]


Aos poucos, tudo ia voltando ao normal. Em seguida, o mestre se dirigiu à mesa deles e falou:


_ Oliveira, você precisa ler melhor as instruções!


_ Ah... Desculpe-me... _ Tentou a menina.


_ Você, por acaso, pensou no que podia ter acontecido? Se isso que você fez atinge alguém, poderia tê-lo matado! Que parte do “colocar ingredientes errados pode trazer sérios problemas” você não entendeu? Será que custa muito ler as instruções e segui-las? _ Nesse momento, o mestre apontou rapidamente a varinha para o caldeirão de Rony e lançou:

_ [Evanesco!] _ O caldeirão explodiu, mas, graças à enorme esperteza do docente, nada de mais grave aconteceu. Abel bradou:

_ Mas... Será possível? Será que é tão difícil assim fazer isso? Seus irresponsáveis! Oliveira e Weasley, eu sei que errar é humano e, acreditem, não me importo se vocês errarem, mas... Explodir o caldeirão? Isso eu não admito! Antes que ele chegue nesse estado vocês podem tomar várias providências! Uma delas seria, por exemplo, chamar o professor e perguntar o que exatamente está errado! Oliveira, será que seu orgulho é tão grande que você não pode me chamar e perguntar em que está errando? Sua irresponsabilidade custará cinco pontos da Grifinória! E... Weasley, no seu caso, eu acho que é burrice mesmo, então não vou tirar pontos... Sinceramente, Weasley, um curso de concentração e um outro de como usar o cérebro lhe seriam bem úteis, sabe? Agora, tentem de novo! E, se deixarem o caldeirão explodir, seja por orgulho, burrice ou distração, vão ficar em detenção, ouviram?


Abel saiu dali e foi para a mesa de Harry e Hermione. Alana ficou de cabeça baixa, triste. Ah, ela podia ter pedido ajuda... Rony não estava feliz, mas já tinha se acostumado: ele nunca foi bom em poções mesmo.


_ Potter, acho que você está exagerando nessa raiz aí. _ Falou o mestre, para Harry.


_ Ah... Desculpe-me.


_ Não, você não tem que me pedir desculpas, tem que consertar seu erro. _ Retrucou o professor. _ E... Granger, parabéns, sua poção está ficando perfeita!


_ Ah... Obrigada, professor. _ Hermione agradeceu, sem graça. Afinal, receber um elogio do Professor Oliveira era algo raro.


O resto da aula correu razoavelmente bem. Tirando o fato de Neville ter derramado três vezes a poção e explodido o caldeirão, tudo correu bem. O rapaz não tinha medo do Professor Oliveira, porque, apesar das broncas, Abel mostrava onde os alunos tinham errado, sempre que estes o pediam. Neville, claro, mantinha o mestre quase o tempo todo na sua mesa... Abel falou:


_ Bom, tragam as poções que vocês fizeram até mim.


Cada um que levava a poção recebia uma nota e o docente já a devolvia quase na mesma hora, orientando o aluno a tomar a poção antes de fazer o trabalho. Neville, surpreendentemente, ganhou uma nota sete. Era a vez de Harry. O rapaz estava apreensivo... Será que tinha ido bem? Quando entregou a poção, o bruxo se lembrou das vezes em que Snape via e dava, de cara, um zero. Após um tempo. Ele ouviu:


_ Parabéns, Potter. Nota nove e meio pra você!


_ Ah, obrigado, professor! _ Harry saiu dali, exultante.


Foi a vez de Hermione.


_ Ah, Granger, parabéns! Incrível! Sua poção ficou perfeita, foi a melhor! Você vai ter o privilégio de ficar por mais tempo viajando pelas suas vidas passadas! Trinta pontos para a Grifinória por isso! E, nota dez!


Hermione Granger saiu dali com o maior sorriso que tinha. E então, Rony mostrou sua poção.


_ Ah... Até agora a pior que eu já vi... Um horror, Weasley! Você jamais poderá tomar isso! [Evanesco!]. Bem, pergunte a alguém que tomar como é. Sua nota é dois.


E chegou, por fim, a vez de Alana. Ela mostrou e ouviu:


_ Oliveira, você devia ter vergonha de me mostrar isso!!! Bem, eu até daria algum ponto pelo esforço, mas, como você não fez nenhum, como você nem se preocupou em me perguntar se estava indo bem, como fizeram todos os seus colegas, então, acho que você não se preocupará em receber sua nota... Zero! [Evanesco!]. Ah... Se seu orgulho permitir, pergunte a alguém como é tomar a poção... Ou então leve outro zero no trabalho, é você quem sabe.


Alana saiu dali, cabisbaixa.


Todos se dirigiram para o Salão Principal, porque estava na hora do almoço. Gina chegou e se sentou do lado de Alana, como fazia há algum tempo. Percebendo que a amiga não estava bem, ela perguntou:


_ O que houve? Encontrou algum sonserino por aí, foi?


_ Antes fosse...


_ Nossa... O que houve?


_ Aula de Poções...


_ Ah, isso? Mas... As aulas de Poções com o professor Oliveira são o máximo!


_ Não posso negar que meu irmão é bom professor, mas... Eu sou horrível em Poções...


_ Ah, eu também não era muito boa, mas só quando Snape dava aulas... Agora eu não tenho nada contra Poções.


_ Entendo...


_ Você está desanimada mesmo, hem? Pelo jeito, a aula não foi muito boa...


_ Não foi muito boa? Ah, foi horrível!!! Eu... Eu sou horrível em Poções... Além disso... Eu odeio essa matéria! E... Você sabe... Meu irmão é muito exigente!


_ Ah, é sim... Hoje eu também sofri um pouco na aula de D. C. A. T., sabe?


_ Qual matéria?


_ Maldição Imperius... Eu... Eu não consegui resistir... Droga! Tava tudo indo tão bem!


Alana encarou Gina, como se lesse os pensamentos da amiga e, então, falou:


_ Entendo...


_ Ah, que droga! Ele tinha que usar aquele tom de voz?


_ Ah... Ele faz isso mesmo... E você nem viu o pior...


_ Pior? Existe algo pior?


_ Ah, pra mim sim... No ano passado, quando ele foi ensinar pra minha turma, ele se transfigurou na minha mãe... Nada agradável...


_ Nossa... Horrível mesmo... Realmente, ele é muito exigente... Mas é pro nosso bem, não é?


_ Ah, claro... Só é ruim quando a gente não sabe a matéria... Ou, pior, quando a gente odeia a matéria...


_ É, deve ser... Alana... Eu tenho uma coisa pra te contar... Eu acho que é importante...


_ O que é?


_ Bom, o Professor Oliveira antecipou minha detenção hoje...


_ E?


_ Bem, ele não parece ser do tipo que antecipa detenções, parece? Eu pensei que ele estivesse planejando ir pro inferno buscar a tal profecia hoje...


_ Ah, é mesmo! Pode ser sim!


_ E... Você tem algum plano?


_ Bom, podemos segui-lo.


_ Como?


_ Podemos tentar usar o feitiço de invisibilidade... E, claro, tomarmos todo o cuidado possível.


_ Legal!!!


A conversa continuou até o fim do horário de almoço. Em seguida, Alana e Gina se separaram.


Alana foi junto com Harry, Hermione e Rony para a aula de Feitiços. Na aula, o Professor Flitwick continuou ensinando sobre conjuração. A aula foi tranqüila e até divertida, tirando, é claro, o grande dever que o pequeno mestre deu. Em seguida, Hermione foi para a aula de Aritmancia; Harry e Rony foram jogar Xadrez de Bruxo e Alana foi para a biblioteca, estudar sobre Poções, para tentar tirar uma boa nota no trabalho e, também, fazer todas as tarefas.


Rony e Harry jogavam Xadrez, quando o Professor Oliveira entrou no Salão Comunal da Grifinória e chamou:


_ Weasley, vamos! Você cumprirá agora sua detenção! Hoje será seu segundo dia!


Desgostoso, Rony acompanhou o docente até sua sala. E, novamente o rapaz teve que entrar por aquela porta e se sentar na cadeira... O que seria hoje? Abel explicou:


_ Muito bem, Weasley, hoje você provará que é da Grifinória, enfrentando seu maior medo! Você ficará aqui, nessa sala, preso com mais de mil aranhas. E, só poderá sair quando tiver destruído todas!


_ O... O... O... O quê?


_ Sabe como destruí-las, Weasley?


_ Bem... Eu... Eu não... Bem... Uma vez... No segundo ano... Eu e Harry... Mas... Eu não sei se... _ Rony estava assustado demais para bolar uma resposta conexa. Rony estava tremendo de medo.


_ Há algumas formas... Veja: _ Abel conjurou algumas aranhas. Em seguida, apontou a varinha para elas e lançou, fazendo o gesto de ampliação do feitiço: _ [Avada Kedavra!] _ E todas as aranhas morreram.


_ Eu... Eu não sei lançar Maldições Imperdoáveis... _ Disse um Rony muito assustado.


_ Então, você pode fazer o seguinte: _ Abel conjurou mais aranhas, apontou a varinha para elas e lançou: _ [Aranha Exumai!] _ Abel fez o gesto de ampliação do feitiço e todas elas pegaram fogo e morreram.


_ Ah... Assim é melhor...


_ Bom, o segredo é saber como ampliar o feitiço... É assim que se faz... _ E o docente mostrou o jeito de fazer. _ Agora, boa sorte! _ Abel saiu e a porta se trancou.


Então, mais de mil aranhas apareceram na sala, para desespero de Ronald.


Assim que Abel de Oliveira se sentou em sua mesa, Gina Weasley bateu na porta. O mestre convidou:

_ Entre!


A caçula Weasley entrou. Então, Abel perguntou:


_ Pronta pra mais uma aula de Oclumancia?


_ Mais do que pronta, professor!


_ Ah, que bom! Leu um pouco do livro que dei pra você, ou não deu tempo?


_ Sim, eu li ele todo!


_ Já?


_ Sim, professor!


_ Então, você tem alguma dúvida?


_ Não, professor.


_ Vamos à prática?


_ Sim, vamos!


Abel se levantou, pegou sua varinha e perguntou:


_ Pronta?


_ Gina já estava com a varinha em mãos e de pé. Ela respondeu:


_ Sim, professor, eu estou pronta!


_ Então... três... Dois... Um... Já! [Legilimens!]


Gina Weasley estava no colo da mãe. Ela devia ter só alguns meses, já que mamava ainda. O sabor do leite era muito bom! Ela sugava o leite diretamente do peito da mãe, enquanto esta lhe afagava a cabecinha. Ah, aquilo era tão bom!!! Mas, não, ela não podia deixar, não podia deixar o Professor Oliveira ver a sua mente assim! Então, a “pequena” Weasley fechou-a da maneira brusca e lançou o feitiço expulsório mais forte que conseguiu. Deu certo. Mas, Abel nem se mexeu. O docente elogiou:


_ Excelente, Gina! Agora eu vou pegar pesado, ok?


_ Tudo bem, professor, eu estou pronta!


_ Então, três... Dois... Um... Já!


Novamente, a espera. O mestre não lançou de imediato. Contudo, dessa vez, Gina estava pronta. Ela aproveitou o tempo adicional para bloquear mais ainda a mente. Então, o docente lançou:


_ [Legilimens!]


Nada. Ela conseguiu barrar a entrada de Abel de Oliveira. O professor elogiou, exultante:


_ Oh! Que fantástico! Parabéns, Gina! Excelente! Você é mesmo uma bruxa de primeira!!!


_ Ah... Obrigada, professor... _ Gina respondeu, meio sem-graça.


_ Vejo que terei de pegar mais pesado ainda... Pronta?


_ Sim, professor, estou pronta!


_ Então, três, dois, um, já! [Legilimens!]


Ah, agora, apesar de todas as barreiras, o feitiço lançado pelo mestre pareceu achar uma brecha.


Gina estava na Toca. Era natal; para ser mais preciso, o natal passado. A caçula Weasley aguardava ansiosa por Harry Potter... Sim, o garoto iria passar o natal na Toca, daria um tempo nas suas aventuras. Como Gina queria vê-lo! A espera doía, era difícil! E, Gina não estava disposta a reviver aquilo. Então, tentou fechar sua mente e lançar um feitiço expulsório. Contudo...


A festa do natal já havia começado. Harry estava em um canto, parecendo triste. Gina chegou e o chamou:


_ Harry! Harry! Precisamos conversar!


_ Ah, não, Gina, não dificulte as coisas! _ O garoto respondeu.


_ Harry... Mas... Eu... Eu disse que não forçaria nada... Eu lhe disse que esperaria...


_ Gina... Não é o melhor momento...


_ Harry... Você podia, de vez em quando, escrever pra mim, sabe? Eu estou te esperando, mas... Sinto saudades de você!


_ Gina... Não me espere, por favor. Viva sua vida... Esqueça-me.


_ Não, Harry, eu o esperarei, como sempre fiz!


_ Gina... Eu não quero que você me espere...


_ Não adianta, Harry! Eu o esperarei e, quando você voltar, vitorioso, seremos felizes!


_ Não, Gina... Não é assim...


_ Como não, Harry? Depois que...


_ Gina, por favor, escute-me!


_ Diga, Harry...


_ Eu não te amo mais!


_ O quê? _ Gina perguntou, perplexa.


_ Gina... Eu não queria falar nada hoje, no natal, mas... Não posso permitir que você fique iludida...


_ Iludida, Harry? Eu? Ficar iludida? Iludida, como eu fiquei esse tempo todo? Você nunca me amou, não é?


_ Não é assim, Gina... Eu te amei... Mas, não era um amor eterno... Eu sinto muito.


_ Você sente, Harry? Sente mesmo? Droga! Eu sempre te esperei! Eu sempre segui o que você disse! Eu não fui pra essa maldita luta, porque você me pediu! Eu sempre te esperei, Harry! E agora... Agora... _ A voz da garota começou a falhar. Gina chorava, descontroladamente.


_ Gina, esse é o seu problema.


_ Qual, Harry? _ Agora a menina chorava mais ainda. _ Qual é o meu problema?


_ Gina, você é uma princesa, que espera um príncipe. Mas... Eu não sou esse príncipe. Eu sinto muito. Será melhor assim. Adeus.


Dizendo isso, Harry se afastou rapidamente. Gina gritava, inutilmente:


_ Harry! Harry! Por quê?


A caçula Weasley chorava...


Gina estava de joelhos, na sala, chorando descontroladamente. Percebendo que ela não faria nada para que aquilo cessasse, Abel baixou a varinha e parou o feitiço. Gina, porém, não percebeu: ela continuava chorando... Muito.


Abel conjurou um sofá, levitou o corpo de Gina com um feitiço não-verbal e a colocou sobre ele. Em seguida, sentou-se ao seu lado e disse:


_ Gina... Tá tudo bem...


Ao ouvir aquela voz, a garota se acalmou um pouco, mas ainda chorava muito. Abel segurou a mão dela e repetiu:


_ Tá tudo bem, Gina, você está na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, tentando aprender Oclumancia e, eu afirmo: aprendendo brilhantemente. Tá tudo bem, Gina, tá tudo bem...


Ah, a calma que Abel transmitia era incrível! Ninguém mais conseguia transmitir tamanha calma como ele... Era como se tudo fosse dar certo, era como se nada, nada mesmo, pudesse dar errado; era como se o mundo fosse um simples berço acolhedor... Gina estava melhor... Ela precisava contar, precisava desabafar aquilo que sentia... Ela não conversou sobre aquilo com ninguém. Afinal, Hermione era a responsável por Harry ter terminado com ela e, Luna, bem... Luna era uma excelente amiga, todavia a “pequena” Weasley não se sentia tão bem assim em lhe confessar isso... Mas, para o professor... Não havia mal algum. Ele transmitia tanta segurança, tanta calma, tanta tranqüilidade... Seria bom contar... E, foi isso o que ela fez:


_ Ah, professor, foi horrível! Horrível! Eu... Eu não amo Harry Potter, não é isso, mas... Mas... Lembrar dessas coisas me deixa triste demais... Foi horrível!


_ Claro, Gina, eu te entendo. Tomar um fora nunca é bom... _ Abel falou, sorrindo, e completou: _ Ainda mais no natal...


Gina não pôde deixar de sorrir também. Ela continuou:


_ Eu esperava tanto por aquele dia... Eu sonhava... Fazia planos de felicidade... Pensava que ele fosse ao menos me dar um abraço... E... Nada! Tudo o que eu ganhei foi um belo fora! Eu... Eu... Eu odeio me lembrar disso...


_ Gina... Viu por que temos de aprender Oclumancia? Se um inimigo seu invade sua mente e descobre isso, ele vai, certamente, usar o que descobriu contra você!


_ Eu sei, professor, eu sei...


_ Bom, por hoje chega...


_ Não! _ Disse a caçula Weasley, rapidamente. Em seguida, percebendo que a resposta podia parecer estúpida e desafiadora, ela corrigiu: _ Não, professor, por favor, não... Eu quero continuar.


_ Tem certeza? _ Perguntou o docente, sorrindo.


_ Sim, professor. Eu preciso!


_ Então, tudo bem, vamos lá!


Gina se levantou e se preparou. O mestre questionou:


_ E então? Você está pronta?


_ Sim, professor, estou!


_ Então... Três... Dois... Um... Já!


Mais uma vez Abel deu um tempo. Gina se concentrou, fez o melhor que pôde. Abel de Oliveira lançou:


_ [Legilimens!]


E, mais uma vez, o feitiço achou uma brecha.


Agora Gina estava em Hogwarts, era seu primeiro ano na escola. Ela trazia, nas mãos, um diário. Ah, não! Seria...


Sim, era o diário de Ton Riddle.


A garota estava feliz... Aquele diário era a melhor coisa que lhe acontecera na vida! Então, de repente, ela perdeu a consciência. A pequena Gina seguia apenas as ordens do diário... Mas, a Gina atual, forte e determinada, sabia o que estava acontecendo e, claro, sabia que precisava parar com aquilo tudo. Mas, ela não conseguia.


Gina se viu abrindo a câmara... Depois se viu escrevendo aquelas coisas horríveis na parede... Ah... Droga! Mais uma vez ela estava sendo uma fraca! Droga!


Não, aquele não era seu dia. A garota caiu mais uma vez de joelhos na sala...


Gina se viu acordar e entrar em desespero. A menininha chorava e tremia de medo! O que ela tinha feito? E se a descobrissem? Seria expulsa! Gina, mais uma vez, chorava compulsivamente, como uma garotinha... Ela estava indefesa...


Abel de Oliveira viu que sua aluna não reagiria. Então, parou o feitiço. Mais uma vez, Gina não reagiu.


Mais uma vez o docente conjurou o sofá, usou um feitiço não-verbal para levitar o corpo de Gina e colocá-la no sofá e, sentou-se do lado dela. O mestre falou:


_ Gina, acalme-se. Tudo isso já passou, são só lembranças.


_ Eu... Eu... Eu sou uma fraca, uma inútil... É por isso que...


_ Não, você não é! Não há vergonha nenhuma em não conseguir resistir à legilimancia! Tão pouco há vergonha em ser dominada por um bruxo das trevas talentoso no primeiro ano de escola! Gina, você é talentosa e, se acreditar em si mesma, você pode vencer qualquer batalha. Mas, se duvidar de você mesma, aí as coisas ficarão ruins. Acredite em você, Gina! Você é forte e pode vencer o que quiser! Bem, por hoje chega.


Abel deu uma Poção Revigorante para a garota; em seguida, deu a outra poção _ aquela que elimina os efeitos colaterais da invasão da mente. Então, ele disse:


_ Tá tudo bem com você?


_ Sim, tá tudo bem, professor. To pronta pra outra!


_ Ah, que bom! Agora vá, faça suas tarefas e descanse. Amanhã continuaremos, ok?


_ Sim, professor.


Gina saiu da sala. Ela foi direto à biblioteca se encontrar com Alana.


Abel leu a mente da garota enquanto ensinava Oclumancia para ela e descobriu tudo. Então, ele foi até o Salão Comunal procurar por Harry. Não foi difícil encontrar o garoto sentado na poltrona preferida dele. Então, o docente chamou:


_ Harry, acompanhe-me!


Sem saber a razão, Potter acompanhou o professor até a sala deste. Chegando lá, Abel explicou:


_ Harry, lembra-se de que perguntei se você queria ser meu sucessor?


_ Sim, professor, eu me lembro.


_ Bom, não vou te cobrar uma resposta hoje, mas, tem a ver... Bem... Você quer participar de uma de minhas aventuras... Digo... Prá ver como é?


_ Como assim, professor?


_ Bom, hoje vou ao inferno, buscar a profecia feita pela Trewlaney, que Lúcifer roubou de nós, naquela invasão em que Snape fugiu.


_ Ah, tinha que ser o Snape!


_ Bom, vou lá para recuperar a profecia e... Eu queria saber se você quer ir comigo! E então, Harry? Quer vir comigo? Quer me ajudar a tentar salvar o mundo ou prefere ficar aqui na segurança de Hogwarts?


_ Eu posso mesmo ir, professor?


_ Claro, Harry! Se você quiser...


_ Sim, eu quero!


_ Então, vamos!


_ Agora?


_ Sim, o quanto antes melhor.


O mestre convocou a capa e a vassoura de Harry, entregou-a ao garoto e falou:


_ Você vai precisar delas.


Em seguida, saiu de Hogwarts acompanhado de Harry.


Alana e Gina foram para o Salão Principal. Elas esperavam que Abel jantasse primeiro. Contudo, não viram o professor. Gina comentou:


_ Ah, não... Ele já deve ter ido...


_ Sim... Ele deve ter lido sua mente...


_ Ah, desculpe-me...


_ Não, você não tem do que se desculpar... Ele teria lido a minha também...


_ E agora?


_ Agora, só nos resta esperar... pelo melhor ou pelo pior.


Abel e Harry voavam, em uma direção que Potter desconhecia. Em um determinado momento, o professor fez sinal para que eles pousassem. Abel de Oliveira brandiu a varinha e abriu um portal polidimensional. Em seguida, falou:


_ Prepare-se, Harry, vamos atravessá-lo!


_ Tá...


O mestre usou o teletransporte para atravessar o portal e fez com que seu aluno também o atravessasse. Fora de Hogwarts, o teletransporte não era impedido.


Os dois bruxos se acharam em uma decida íngreme e um caminho de pedras pontiagudas. Abel pediu:


_ Tome cuidado, Harry, esse caminho é muito perigoso.


_ Sim, professor. _ Harry respondeu.


O garoto sentia uma segurança e uma coragem que não sabia possuir. Aquilo era tão bom! Voltar a lutar, a duelar, a enfrentar perigos... Essa foi a vida dele e, para falar a verdade, ele já até sentia falta. E, sabendo que a pessoa que ele amava estava segura, ele enfrentaria qualquer coisa!


Abel não sentia nada de especial. Ele sabia que seria difícil, que ele poderia morrer, mas, não se preocupava com isso; afinal, já passou por essa situação várias vezes e, até que tudo parecia bem tranqüilo, até ali.


Aos poucos, o caminho ia ficando mais plano e a escuridão aumentava. O professor Oliveira retirou a varinha do bolso e enunciou:


_ [Lumus Maxima!]


Harry fez o mesmo, para ajudar a clarear aquele breu:


_ [Lumus Maxima!]


As varinhas clareavam uma pequena parte do caminho. Não havia mais luz, em lugar algum. O docente recomendou:


_ Harry, fique atento, ok? Varinha preparada!


_ Tudo bem, professor! Estarei atento!


_ Ah, que bom, Harry!


Eles caminharam pelo caminho plano, de pedras pontiagudas, por mais algum tempo, em linha reta. Tudo era breu, tudo ali lembrava morte. De repente, porém, um clarão apareceu, ofuscando as vistas dos dois bruxos por algum tempo. O que seria? Os dois apagaram as varinhas e tentaram se acostumar rapidamente com aluz... Precisavam fazer isso! Afinal, se um inimigo aparecesse ali, naquele momento... Pouco a pouco eles se acostumavam com a claridade. Então, avistaram um imponente lago de fogo. Harry ficou abobado... O lago era enorme! E, parecia que lavas vulcânicas queimavam ali. O garoto perguntou:


_ E agora, professor? Como é que vamos passar?


_ Vamos voando, Harry. Pegue sua vassoura e vamos!


_ Tá! _ Disse Potter, pegando sua vassoura e levantando vôo.


O mestre fez o mesmo. A vassoura de Abel era uma vassoura de cor dourada. Ela voava muito bem! Era rápida, flexível e na medida para ele. Havia sido um presente dos pais... Não havia outra igual.


Harry e Abel atravessaram o longo lago de fogo. Abel comentou:


_ Acho que já deve ser umas nove horas da noite lá em Hogwarts.


_ Professor... E se nos procurarem? _ Harry perguntou, temeroso.


_ Não se preocupe, Lupin e Minerva foram avisados.


_ Ah....


Após o lago, os bruxos encontraram um enorme e firme portão de aço e chumbo. O portão era pesado e forte e, na frente dele, havia muitos trasgos. Abel disse:


_ Eu cuido disso.


O professor apontou a varinha para o grupo de trasgos e enunciou, veementemente:


_ [Avada Kedavra!]


Em seguida, fez o gesto de ampliação do feitiço. O feitiço de Abel de Oliveira foi fortíssimo e certeiro! Todos os trasgos desmontaram no chão. Harry Potter jamais se acostumaria com a forma com a qual o mestre lançava uma Maldição Imperdoável... Ele fazia isso com tanta calma e naturalidade, que nem parecia errado. Abel, então, apontou a varinha para o portão, concentrou-se o máximo que pôde e lançou:


_ [Reducto!]


A energia mágica usada foi tão forte e densa que o portão não resistiu. No entanto, assim que foi atingido, liberou vários raios que voaram na direção de Harry e Abel. Abel, então, conjurou um escudo fortíssimo e compacto:


_ [Protectus!]


O escudo barrou todos os raios, toda a energia adversária. Nesse momento, vários Anjos do Inferno vieram na direção dos dois.


Sem perder tempo, Harry pensou nas lembranças felizes que tinha e lançou:


_ [Expecto Patronum!]


Abel fez o mesmo:


_ [Expecto Patronum!]


O Servo e a Fênix investiram contra as criaturas e as destruíram. Não foi uma batalha fácil, mas também não demorou muito. Então, uma quantidade enorme de energia maléfica veio na direção dos dois. Abel conjurou:


_ [Protectus!]


Contudo, dessa vez, a energia explodiu o escudo. Abel se jogou no chão e gritou:


_ Abaixe-se, Harry!


Potter também se jogou no chão e enunciou:


_ [Protego!]


Abel lançou:


_ [Protectus!]


Os escudos dos bruxos foram destruídos, mas, nenhum deles foi atingido. Então, ambos se levantaram. Abel falou:


_ Bom, Harry, pronto para entrar? Pronto prá batalha verdadeira? Se quiser voltar, esse é o momento, porque lá não há como teletransportar ninguém...


_ Não, professor, eu não quero voltar, quero ir com você!


_ Muito bem, Harry, então, vamos!


Harry Potter e Abel de Oliveira entraram no grande castelo. Eles estavam no enorme pátio. O castelo era sombrio, escuro, horrível. O pátio não guardava muita coisa. À direita, havia um cemitério, à esquerda, um enorme lago de fogo, o qual continha muitos espíritos que, por não obedecerem a Lúcifer, eram castigados ali. Abel e Harry continuavam andando, sempre em linha reta. Tudo corria bem, quando, de repente, um Plasma Demoníaco saiu do lago de fogo e voou na direção deles; ou melhor, na direção de Harry. Abel gritou:


_ Abaixe-se, Harry!


O garoto não entendeu muito bem, mas se jogou no chão, a tempo de escapar da investida da criatura horrenda. Antes que o monstro tivesse tempo de fazer qualquer coisa, o docente gritou:


_ [Plasma Exumai!]


A criatura foi destruída. Entretanto, várias outras criaturas iguais saíam do lago, voando na direção deles. Nesse momento, ouviu-se a voz de Lúcifer, que dizia:


_ Sejam bem-vindos ao meu mundo! Espero que gostem da comitiva de boas vindas! Há Há Há Há Há!!!


Abel berrou, em meio à balbúrdia:


_ Corra, Harry, corra!


E os dois começaram a correr, sem parar para respirar, sem olhar para trás. As criaturas, leves, voavam rápidas. Não havia como escapar. Abel apontou a varinha para o grupo mais próximo e gritou:


_ [Plasma Exumae!]


O gesto de ampliação tão conhecido e útil ajudou. O grupo foi destruído. Todavia, logo vieram mais e mais criaturas. Abel teve uma idéia:


_ Harry, vá na frente!


_ O quê?


_ Vá, Harry, rápido! Eu os atrasarei! Vá e pegue a profecia! [Plasma Exumae!]. _ Abel lançou mais uma vez no grupo que vinha e obteve sucesso.


_ Mas... Mas... Professor... Eu.... Eu não...


_ Harry, eu confio em você! Vá!


Potter foi na frente, então. Ele ainda ouviu:


_ Daqui a pouco eu te alcanço, Harry!


_ Sim, professor... _ Respondeu o “menino que sobreviveu”, baixinho, mais para si mesmo, para acreditar no que dizia.


Harry Potter corria, corria... Ele olhou para trás e, não viu nenhuma daquelas horrendas criaturas. Então, deduziu que o professor estava levando a melhor, e continuou correndo. Então, ele chegou diante de outro portão. Seria, provavelmente, o que daria acesso à parte interna do castelo. O garoto pegou a varinha, apontou para o portão, mas, antes que pudesse fazer qualquer coisa, ele se abriu e fechou. Apareceu, na frente de Potter, alguém que o rapaz queria muito ver, alguém de quem o “eleito” queria muito se vingar: Severo Snape _ o odiado ex-professor de Poções de Hogwarts.


Snape falou:


_ E então, Potter? Está pronto para lutar contra mim? Ou será que vou humilhá-lo novamente?


Harry apertou a varinha com força e respondeu:


_ Dessa vez, Snape, eu acabo com você! Dessa vez, vou torturá-lo e matá-lo sem piedade! _ O olhar de ódio visível no rosto do rapaz o deixava irreconhecível. Não, não era o Harry que todos conheciam, era outro.


Snape provocou:


_ Ah, é mesmo, Potter? Vamos ver, então!


(***) E, NO PRÓXIMO CAPÍTULO...


Várias lutas são travadas. Harry finalmente tem a oportunidade de se vingar de Snape, mas... Será que ele conseguirá? O que Snape esconde? _ “Eu fui fiel a Alvo Dumbledore, até o último segundo!”. Harry encontra novamente Voldemort. O passado de Abel mais uma vez está presente; será que o professor Oliveira está disposto a reparar um grave erro? E, será que o erro pode ser reparado? O encontro de Abel e Lúcifer não será nada agradável... Não percam, o próximo e eletrizante capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “TRISTE FIDELIDADE”! Por ser fiel demais, você já teve que destruir a si mesmo?


(***) PALAVRA DO AUTOR:


Bom, quero informar que “espírito” e “alma” são usadas aqui na fic como palavras sinônimas. Sei que algum leitor pode questionar o fato de isso ser verdade, mas, afirmo que isso não está em discussão. Essas duas palavras podem representar coisas diferentes para essa ou aquela religião, mas, aqui na fic, são sinônimas, ok? Quero agradecer a todos os leitores que estão lendo e comentando! Muito obrigado! Espero que estejam gostando da fic! Como sempre peço... Continue lendo e comentando! Valeu!


N/B: Oi Bruno, tudo bem? Seguem alguns comentários. Tá até ficando chato, eu só elogio. Vou parar um pouco senão você fica muito convencido. Brincadeira... kkkkk

Poxa, tadinho do Ron, burrice não é defeito. O Professor pegou pesado na aula de poções... kkkkkkk

Na página 16 o Ron diz que não sabe matar aranhas. Mas quando ele foi com o Harry para a floresta eles mataram aranhas. Não fica contraditório?

Eu odeio o jeito como termina seus capítulos... na melhor hora possível!!!! Kkkkkk


(***) RESPOSTA DO AUTOR:


Bem, sim, o Professor Oliveira pegou pesado na aula de Poções, mas, não é nada surpreendente, é? Kkkkkk!!! Ele é assim mesmo... Kkkkk!!! E, que bom que você não gosta do jeito como termino meus capítulos! Kkkk!!! Abraços!



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