SEGREDOS EM XEQUE



CAPÍTULO 8

SEGREDOS EM XEQUE



(***) NOTA DO AUTOR:


Quero agradecer a todos os meus leitores! Valeu mesmo! Obrigado a todos os leitores do Aliança 3 Vassouras e também aos mais de 60 leitores do Floreios e Borrões! Valeu pela paciência comigo! Kkkkk!!! Valeu mesmooooo!!! E, bem, recebi mais um comentário... Como de costume, vou publicá-lo e respondê-lo. Vamos lá, então?


Comentário: “olá!! olha eu de novo aki!! fiquei feliz com a sua resposta!!!
realmente sua fic está ótima e eu ainda mais curiosa.
espero ler o próximo capitulo logo.
eu não sabia q essa fic estava no Floreios e Borrões, eu escrevo também e tenho uma fic lá, se você quiser ler vou ficar muito feliz.
Ela se chama " Meu amigo meu grande amor"; ela é H/H e é a minha primeira fic.
você escreve muito bem, não demore a atualizar! beijos!!!

Lyly”.


Resposta: Ah, Lyly, você é um anjo!!! Eu só tenho a agradecer pelos seus comentários e pelos elogios! Não estou menosprezando leitor nenhum, mas... Se eu tivesse dez leitores como você... Estaria feito!!! Bom... Espero não ter perdido leitor com isso... Kkkkk!!! Sou grato a todos os meus leitores. Mas, a você, o agradecimento tem que ser especial, porque um leitor que comenta é sempre muitíssimo valioso! Obrigado mesmo!!! E, que bom que você está curiosa, a intenção foi essa mesma... Kkkkkk!!! Quero que você fique cada vez mais curiosa! Kkkkk!!! Quanto à sua fic... É claro que eu quero lê-la!!! Mas... Procurei por ela desesperadamente, sabe? Porém, não encontrei. Não encontrei mesmo! Então, procurei por você lá no Floreios... Encontrei lá uma Lyly, contudo, ela não tinha nenhuma fic... Bom, mande o seu nick lá no Floreios e o nome da sua fic que eu leio sim. E, continue lendo e comentando, ok? Valeu!!!


Vamos à história agora? Vamos lá!



(***) FILOSOFIA:


Quando nos submetemos ao domínio de alguém é porque temos medo de nos dominarmos a nós mesmos.


(***) NO CAPÍTULO ANTERIOR...


O Hexágono Protetor foi feito com sucesso. Gina Weasley começou suas aulas de Oclumancia. E, na aula, ela se deparou com uma lembrança que não queria revelar ao professor... Será que ela vai conseguir?


(***) HISTÓRIA:


_ [Legilimens!]


Abel a pegou no momento de maior fraqueza, como ela esperava. O feitiço foi, pelo menos, dez vezes mais veloz e mais forte que os anteriores. E agora? O que ela faria? Ela já até imaginava o que viria...


Gina estava no Salão Comunal da Grifinória. Ela acabara de conquistar o campeonato de Quadribol. Então, eis que Harry Potter, até então grande amor e sonho de Gina Weasley, entrou no salão. Os olhares dos dois se encontraram... Ah, aquele seria o momento! O momento de realização do sonho! E, com num passe de mágica, Gina estava pendurada no pescoço de Harry. Ah, seria agora... Seria agora...


Não, não, não! Abel de Oliveira não podia ver aquilo! Não mesmo!


Gina tentou se livrar dos seus pensamentos... Tentou se livrar dos seus sentimentos... Tentou afastá-los, bloqueá-los... Mas toda vez que ela começava a tentar, a cena que ela vivia ficava cada vez mais forte. Certamente o professor estava aumentando a energia mágica utilizada. Ela sabia, sabia que era isso! Mas a caçula Weasley precisava conseguir expulsar o mestre de sua mente! Ela precisava! Ele não podia ver aquilo, não mesmo! A cena ia ficando cada vez mais forte... Mais forte... Ela não estava na sala de aula, não via nem ouvia o amado professor... Não, ela não conseguiria! Ah, que triste era! Ela não conseguiria! Não conseguiria!


Os lábios de Gina e Harry se aproximavam... Era bom, sim, aquilo era bom... Os lábios quase se tocavam...


Ah, ela não conseguiria... Não conseguiria...


Em um daqueles raros momentos em que a gente tira forças do nada, Gina Weasley conseguiu uma façanha: ela lançou o feitiço expulsório mais forte que já conseguiu em toda a sua vida até então! Ela pensou:


_ “Essa não, Professor!”


A força do feitiço foi tão grande que Abel quase se desequilibrou; contudo, ele conseguiu se manter de pé. Gina perdeu as energias e ia cair no chão, quando ouviu uma voz que enunciou:


_ [Mobilicorpus!]


Ah, aquela voz salvadora!!!...


A caçula Weasley só percebeu quando já estava sentada em um sofá, provavelmente conjurado pelo mestre. Abel estava sentado ao seu lado. Ele disse:


_ Incrível, Gina! Parabéns! Você foi demais!


Ela queria, porém não conseguia agradecer. O docente falou:


_ Não, não diga nada... Descanse um pouco. Você precisa recuperar suas energias. E... Por hoje chega. Amanhã continuamos, ok?


Gina confirmou com a cabeça. Abel deu uma poção à garota; ela tomou e se sentiu melhor. O Professor Oliveira explicou:


_ Essa poção vai te ajudar a recuperar mais rápido suas energias. E vou te dar também uma outra poção que evitará dores de cabeça... É que, quando temos nossa mente invadida, sentimos dores de cabeça... É um sintoma, sabe? Mas eu tenho uma poção que vai, no mínimo, amenizar essas dores e, se você tiver sorte, não sentirá nada! Tome...


Abel de Oliveira deu a poção à sua aluna, que bebeu toda. O mestre então disse:


_ Muito bom seu feitiço expulsório! É isso que você precisa fazer: expulsar com força e fúria todos os que tentarem entrar em sua mente. Bem... Você já está um pouco melhor?


_ Sim, professor, estou... _ Gina Weasley respondeu.


_ Ah, que bom! Por hoje é só, então. Amanhã continuamos.


_ Tá...


Os dois foram até o Salão Principal, porque estava na hora do almoço.


Hermione e Alana, após a saída de Gina, permaneceram conversando _ sobre livros...


Como Harry não se interessava pelo assunto, ficou aéreo. Ele só observava Hermione... Alana notou e comentou em voz baixa:


_ Olha... Olha como ele fica olhando pra você...


_ Quem? _ Hermione perguntou.


_ Ora, Hermione, quem seria?


_ Não sei...


_ Ah, tá... Jura mesmo que não sabe?


_ E eu deveria saber?


_ Bom, se você olhasse pra frente _ e eu sei que você já olhou várias vezes _, você saberia!


_ De quem você está falando, Alana?


_ De quem seria? Ora, do Harry!


_ O Harry? Olhando... Pra mim?


_ Não... Olhando pra alguma coisa que tá na frente dele, e que por acaso é você? _ Alana gargalhou e continuou: _ Olhe pra frente, Hermione! Olhe pra frente e você vai ver um rapaz de olhos verdes te encarando e quase babando...


Hermione olhou... Nesse momento, o olhar dos dois se encontrou... Ah, aquilo era bom, tão bom! Eles ficaram um bom tempo ali se olhando, perdidos. Alana zombou:


_ Alô! Alô! Terra chamando Hermione Granger! Você está aí? Ou será que não tem ninguém na nave?


_ Ahn? O quê? _ Hermione se assustou.


_ Ah... Desculpe-me... Eu te acordei dos seus sonhos, não é?


_ Sonhos?


_ Ah... Talvez eu esteja errada... Acho que você ainda não acordou.


Devagar, e bem devagar, Hermione olhou para Alana. Então, quando ela viu a expressão zombeteira no rosto da irmã de Abel, foi que Hermione Granger percebeu o que acontecia. Ela tentou se explicar:


_ Eu... Eu... Eu não estava...


_ Babando? Sonhando? Ou... Apaixonada por um certo garoto de olhos verdes?


_ Ah... É que... _ Granger ficou sem graça.


_ Não negue, Hermione! Você estava toda derretida aí por Harry Potter!


_ Eu...


_ Não se preocupe! Isso não é ruim! E eu não vou contar pra ninguém, embora eu ache isso desnecessário, já que, como você esconde muito bem seu amor incondicional pelo “menino que sobreviveu”, toda Hogwarts já deve estar sabendo...


_ O quê? Todo mundo... Sabendo que...


_ Ah, fique calma! Não há nada de mau nisso, há?


_ Ah... Eu...



Nesse momento, entrou no salão um Rony bem sonolento.


_ Bom dia... _ Cumprimentou o rapaz, com um bocejo.


_ Bom dia, Rony! _ Alana cumprimentou, animada.


_ Bom dia... _ Hermione cumprimentou também.


_ Ele não é bonitinho quando está com aquela carinha de sono? _ Alana disse a Hermione.


_ Bonitinho, é? _ Hermione gargalhou. _ Eu não acho.


_ Ah, é que você tem muito mau gosto... E... Isso é bom! _ Alana também sorriu.


Rony se sentou do lado de Harry.


O almoço foi servido. Nenhum dos presentes percebeu o passar do tempo: Harry ficou olhando para Hermione o tempo todo e Hermione ficou conversando com Alana. Agora Rony e Harry conversavam:


_ Ah, Rony, você dormiu demais hoje, hem? _ Harry falou.


_ É, eu tava morrendo de cansaço!


_ Ah... Entendo.


_ Harry... Há uma coisa nisso tudo que eu não compreendo...


_ O que é?


_ Por que mataram a Trewlaney?


_ Não sei, Rony... E, é muito estranho que não tenha tido um funeral... Ninguém comentou nada. Eu nem vi mais o corpo!


Nesse momento, entrou no salão o Professor Oliveira, o qual acompanhava Gina Weasley. O docente ouviu a conversa e interveio:


_ Trewlaney não terá um funeral aberto a visitantes curiosos, senhores! Ela não era uma das professoras mais queridas e eu não vou permitir que haja falsidade num momento tão sublime! Quem gostava mesmo dela participará do funeral. E, só aos participantes interessam a data e o local do enterro. E, Weasley, quero você na minha sala depois do almoço, pra cumprir seu primeiro dia de detenção! E sem atrasos, ouviu? Agora... Quanto ao motivo da morte dela... Bem, isso sim é interessante... Isso sim interessa a todos nós.


Abel foi para a mesa dos professores. A conversa entre Harry e Rony continuou. Harry falou primeiro:


_ Então, será que o professor não sabe o motivo?


_ Parece que não, Harry.


_ Ah... Deve ser grave mesmo, não? Digo... A Trewlaney não fazia muitas previsões acertadas, mas, previa as principais coisas, os principais acontecimentos... Ela previu sobre mim e Voldemort e previu o retorno de Ton Riddle... Será que ela fez alguma outra previsão interessante?


_ Deve ter sido...


Enquanto isso, Gina cumprimentava as amigas:


_ Olá, meninas!


_ Oi, Gina! _ Alana cumprimentou, animada. _ Como foi a “detenção”? _ Alana gargalhou após falar, de modo sarcástico, a última palavra.


_ Ah, foi excelente!


_ Aprendeu muito? _ Alana questionou, sarcástica.


_ Claro! _ Gina respondeu. _ Você acha que o Professor Oliveira não é profissional, Alana?


_ Não... Eu sei que ele é profissional. _ Alana respondeu, agora séria.


_ Eu aprendi muito de Oclumancia.


_ É, dá pra perceber. _ Alana falou. _ Você já consegue fechar parcialmente sua mente.


_ Ah... Mas... Com você, isso não adianta, não é?


_ Não. Conheço a técnica vampírica de leitura de pensamentos.


_ Sim, Abel me contou sobre isso.


_ Mas isso não é segredo!


_ Eu sei... Você fala pra todo mundo sobre isso... _ As duas sorriram.


O almoço foi tranqüilo. Em seguida, Harry e Hermione foram para o Salão Comunal da Grifinória. Alana e Gina foram para a biblioteca, onde ficaram lendo e conversando. Rony foi para a sala do professor de D.C.A.T., a fim de cumprir sua detenção. Quando chegou, o Professor Oliveira já esperava por ele.


_ Muito bem, Weasley. Hoje será o primeiro dos sete dias de detenção que você terá de cumprir. Acompanhe-me!


Abel abriu uma porta que há pouco estava invisível. Eles adentraram e Rony viu uma sala cheia de coisas interessantes. Abel de Oliveira apresentou:


_ Seja bem-vindo à minha Sala de Detenções! Espero que você se divirta muito, porque eu vou me divertir vendo você sofrer aqui!


Nesse momento, surgiram uma mesa e uma cadeira. Abel convidou:


_ Sente-se, Weasley!


Rony se sentou. O Professor Oliveira, então, explicou:


_ Na sua frente, você pode ver três vasilhas e uma bacia. Na bacia, você tem arroz, feijão e ervilha. Você deve colocar tudo o que for arroz na vasilha branca, todos os grãos de feijão na vasilha azul e toda a ervilha na vasilha verde. Bem, a bacia está cheia até a boca e ela é bem grande; então, suponho que você terá muito trabalho... Ah! Tome cuidado: às vezes, as vasilhas gostam de brincar e mudar de cor sozinhas... Os grãos também brincam muito, sabe? Alguns grãos de arroz fingem ser de feijão, uns grãos de ervilha se transfiguram sozinhos em grãos de arroz... Enfim, é uma bagunça! Eles são muito desobedientes, sabe? Bom, sugiro que você use sua varinha e as magias corretas para colocar cada coisa em seu lugar. Afinal, se você colocar um grão errado, todos os grãos voltarão para a bacia, mesmo aqueles que você tinha colocado certo. Então, cuidado com as vasilhas e com os grãos, que todos gostam muito de brincar aqui... E... Para que você não se sinta pressionado, vou deixá-lo sozinho. Sua concentração não será atrapalhada, já que não há janelas... Então, bom trabalho! Não tente sair, porque a porta se trancará assim que eu deixar esta sala e só se abrirá quando você cumprir a tarefa. Bom trabalho e, boa sorte, Weasley!


Dizendo isso, Abel saiu e a porta da sala se trancou.


O docente se sentou em sua mesa. Nesse momento, o relógio de Abel tocou... Alguém o chamava. Quem seria? O mestre olhou e viu: era Adan Silva, seu melhor amigo. Abel atendeu:


_ Fala, Adan! Como vão as coisas por aí?


_ Depende... _ Respondeu Adan, com o costumeiro tom seco. _ O que exatamente você quer saber?


_ Quero saber como vão as coisas por aí, oras!


_ Ah... Tão simplista, você... Há dois pontos de vista, sabia? Bem, para Lúcifer, ta tudo excelente! Para você... Creio que não.


_ E... Por quê?


_ E sou eu quem deve responder?


_ Não é?


_ Ah, tá... Bom, deixe-me ver se estou bem informado... Morreu uma professora aí em Hogwarts, não é?


_ Sim, morreu.


_ E... Por acaso ela era professora de Adivinhação?


_ Sim, era.


_ Ela se chamava Trewlaney, não é?


_ Sim...


_ E, muitos diziam que ela era uma charlatã, certo?


_ Certo...


_ Ah, sim... Estou bem informado, então. Bem, o que acontece é que nossa coleguinha de profissão não era charlatã... Afinal, ela previu, talvez, duas das coisas mais importantes que aconteceu no mundo bruxo nos últimos tempos: a Profecia de Harry Potter e Tom Riddle e a Profecia da Volta de Voldemort.


_ Ora, Adan! Disso tudo eu já sei! Conte-me algo que eu não saiba!


_ Sim, claro, tudo o que eu disse, naturalmente, você já sabe. O que você não sabe é que nossa companheira fez uma nova previsão!


_ Ah, entendo...


_ E, dessa vez, a previsão foi escrita, e não falada.


_ Ah... Então... Foi por isso que ela morreu, não foi? Ela previu onde serão escondidas as sete bestas quando forem soltas, não é?


_ Ah, Abel! Você é sem graça demais! Como adivinhou? Por acaso pode ler meus pensamentos de tão longe?


_ Sim, posso, primeiro, porque estou olhando pra você; depois... Ah, deixa pra lá. Porém, eu não precisei ler seus pensamentos para deduzir isso... É óbvio demais!


_ Ah, tá... Eu não conseguiria chegar tão longe em tão pouco tempo, mas... Eu me esqueço sempre que você é a mente mais brilhante do universo...


_ Não exagere, Adan! Agora, minha dúvida é... Snape conseguiu pegar a Profecia?


_ Ah... É... Bem... Infelizmente, sim.


_ Oh, não! Droga! Eu nunca perdi uma profecia antes... Ainda mais quando estava na minha cara! Droga! Bom, Adan, volte o mais rápido que puder, ok?


_ Tudo bem, Abel, mas... Acho melhor que eu volte só na data combinada.


_ Lúcifer desconfia de você?


_ Não... Acho que não. Ele estranha que não pode ler a minha mente, mas acha que você me ensinou a fechar a mente para ele... Ele não sabe que você bloqueia minha mente e não o deixa ler meus pensamentos... E... Que bom, né? Se ele soubesse, eu estaria morto agora! Mas... É sempre bom ter cautela, não é?


_ É, é sim. Bom, preciso recuperar essa profecia.


_ O que pensa em fazer, Abel?


_ O que mais eu poderia fazer, a não ser invadir o inferno?


_ O quê? Você está louco?


_ Há outra opção?


_ Não sei, mas... Invadir o inferno é loucura! Abel, pense... Todas as criaturas maléficas estão aqui... Como você vai entrar? Não vai sobreviver por um segundo sequer!


_ Adan, eu já fiz isso outras vezes.


_ Eu não vou conseguir impedir você, vou?


_ Não.


_ Então... Boa sorte! Eu só lhe recomendo não trazer sua equipe aqui... Lúcifer está com ódio dela... Vocês tornaram Hogwarts um lugar muito seguro, sabe?


_ Sim, eu sei. E agora Lúcifer pensa que você será o espião dele aqui, não é?


_ Sim, é isso aí.


_ Grande tolo! Bom, não vou levar minha equipe: não se preocupe! O único que irá comigo, se quiser, será Harry Potter.


_ Vai mesmo fazer dele seu sucessor?


_ Se ele quiser, sim.


_ Eu ainda acho que você podia fazer de Alana uma boa sucessora...


_ Está louco? Eu jamais faria isso!


_ Irmão protetor... Entendo.


_ Bem, Adan, mais alguma novidade?


_ Não, é só isso mesmo. Ahn... Quer que eu prepare um caminho aqui pra você? Digo... Posso lançar alguns feitiços que impeçam as criaturas de irem a alguns lugares... Dá pra criar um bom caminho.


_ Não, é arriscado demais. Não quero perder meu espião! Só quero que você faça uma coisa, se puder...


_ O que é?


_ Faça um mapa, com a localização da Profecia.


_ Tudo bem: você terá esse mapa na próxima Segunda-Feira!


_ Obrigado, Adan e... Tome cuidado!


_ Sim, tomarei! Mas, se eu morrer, não me importo! Quando eu decidi entrar nessa guerra, Abel, eu disse que estava disposto a dar a minha vida! Eu sempre fui um aluno medíocre! Eu só conseguia um feito: ser o segundo melhor em Poções. Mesmo assim, eu nunca pude fazer nada... Nada... O único que acreditou em mim foi você, e eu quero fazer alguma coisa para o mundo, algo de que toda a humanidade possa se orgulhar de mim! E, dar a minha vida para que o “Escolhido” vença Lúcifer me parece um grande feito... Se preciso for, Abel, eu darei a minha vida! E, se eu morrer, saiba que eu escolhi assim! Como você mesmo diz, toda guerra cobra seu preço aos que lutam e, o preço da guerra é a vida. Bem, eu jamais conseguiria fazer alguma coisa honrada na vida... Então, ajudarei a pagar o preço da guerra, se necessário. Eu darei a minha vida, com orgulho, com gosto e com alegria!


_ Adan, poupe sua voz! Eu não quero saber se você daria ou não sua vida, ouviu? Quero você vivo aqui, na próxima Segunda, pra dar aulas de Poções pros seus alunos! Eu não vou te substituir por mais tempo, ok?


_ Tudo bem, Abel, eu estarei aí na semana que vem! _ Adan sorriu. _ Agora... Preciso ir! Até mais!


_ Até!


Abel baixou a cabeça e ficou pensativo. Ah, ir ao inferno tentar buscar uma profecia... Não era nada animador!


_ Droga! Quando minha vida parece ter sentido novamente, a guerra parece ser mais dura! Por quê? _ O Professor Oliveira falou para si mesmo.


O resto do dia foi monótono e não merece relato. No jantar, todos estavam na mesa, exceto Ronald, que cumpria ainda sua primeira tarefa na detenção. Todos notaram que o Professor Oliveira parecia preocupado com alguma coisa, mas... Quem iria perguntar? Ninguém! Todos temiam perguntar e levar a detenção que Rony levou. Bem, ninguém sabia ainda ao certo de que se tratava, mas, certamente não era uma coisa boa, já que Ronald Weasley _ que tanto amava a comida de Hogwarts _ era o único que não foi jantar. Após o jantar, Alana disse a Gina:


_ Preciso saber o que está acontecendo...


_ Ah... É... O Professor Oliveira não parecia nada animado...


_ Eu acho que tem a ver com uma profecia sobre o esconderijo das sete bestas apocalípticas... Eu já li que, em toda grande guerra entre Lúcifer e um “Escolhido”, quando a parte humana de Lúcifer morre, são liberadas sete bestas pelo mundo. Bem... O “Escolhido” sempre tem uma ajuda para achar as sete bestas... Digo... Uma profecia... E a profecia sempre é feita por alguém especialista em Adivinhação. A Trewlaney não era a mais especialista, mas... Ela fez as previsões mais importantes dos últimos tempos. Então, é só juntar dois mais dois e... Teremos o porquê da preocupação do meu irmão. Veja... Trewlaney foi assassinada por Severo Snape _ o maior seguidor de Lúcifer, provavelmente. E... Snape ficou rodando por Hogwarts um tempo razoável... Depois, fugiu. Você acha que ele foi de mãos abanando?


_ Não, Snape é muito esperto...


_ Pois é! Certamente ele levou a profecia para Lúcifer! E... O que me preocupa é... Bem, acho que meu irmão pretende buscá-la.


_ Mas... Como? E... Onde?


_ Gina, só há um lugar onde ele possa buscar a profecia, se Snape a levou. E, esse lugar é...


_ Oh, não! É o... O... O inferno?


_ Sim, Gina, infelizmente sim. E o pior é que eu acho que ele pretende ir sozinho lá.


_ Mas... É perigoso!


_ Eu sei! Por que você acha que estou preocupada? Preciso falar com ele!


_ Se Hermione perguntar por você... Ou... Qualquer outra pessoa... O que digo?


_ Bem, Hermione não vai perguntar por ninguém enquanto o Harry estiver ali, olhando pra ela e ela pra ele. Mas, se alguém perguntar por mim, diga que fui falar com meu irmão... Não há nada estranho nisso, há?


_ Não, não.


Alana se levantou e rumou para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Chegando lá, ela bateu na porta. Não houve resposta. Então, ela abriu e entrou. Não havia ninguém na sala. Certamente, o irmão estaria no escritório. Ela entrou no escritório e o viu escrevendo alguma coisa... O que seria? A garota tinha autorização para entrar quando quisesse; Abel não barrava a entrada dela. Fosse outro aluno, a porta do escritório não apareceria; contudo, na sala havia magias que reconheciam as pessoas a quem Abel de Oliveira dava autorização para entrar em seu escritório a qualquer momento. Alana chamou:


_ Abel?


_ Ah, Lana... É você... Está tudo bem?


_ Comigo sim. Mas... Com você, acho que não.


_ Você se enganou. Comigo está tudo ótimo.


_ Não parece...


_ Você está confundindo preocupação com “estar mal”. Eu estou preocupado, mas, estou bem.


_ Ah, tá... Claro... E... Sua preocupação tem a ver com a profecia, não tem?


_ Sim, tem.


_ Abel... Você não está pensando em ir sozinho buscar a profecia lá no inferno, está?


_ Não, Lana, eu não estou pensando em ir sozinho, eu vou!


_ Não mesmo! Acha que vou deixar você ir sozinho? Jamais!


_ Ah, eu sinto muito, mas, dessa vez, você não irá comigo! Primeiro, porque é perigoso demais! Segundo...


_ Ora, Abel! Acha que vou ver você sair e não vou te seguir, é?


_ Não acho, tenho certeza! Você ainda não aprendeu a abrir portais, aprendeu?


_ Não...


_ Ah, que bom! Então, você não vai conseguir me seguir!


_ Abel... É arriscado ir sozinho...


_ Sim, é. E é por isso mesmo que vou sozinho! É arriscado ir sozinho, porque posso perder minha vida; contudo, se eu for acompanhado, mais vidas estarão em jogo! Sinto muito, Lana, mas, dessa vez, o máximo que você pode fazer é torcer por mim.


_ Não acho justo, Abel.


_ Eu também não acho. Mas será assim. Não vou permitir que você se arrisque dessa vez. Você terá outras oportunidades para isso, mas, não agora.


_ Quando, Abel?


_ Em breve... Essa aventura será exclusiva minha. Minha e, talvez, do meu sucessor.


_ Ah! Então você acha que Harry vai te ajudar em alguma coisa, é?


_ Não, ele vai só me atrapalhar...


_ Então... Não entendo!


_ Mas ele vai aprender muito, e é isso o que importa.


_ Ah, tá... Eu não vou conseguir convencê-lo a me deixar ir, vou?


_ Não, não mesmo!


_ E, também não vou convencer você a não ir, vou?


_ Não.


_ Então, só me resta ficar de olho em você e, quando estiver indo...


_ Ah, não perca seu tempo com isso... Dessa vez irei sem que você saiba.


_ Não haverá despedidas?


_ Não, porque pretendo voltar. Aliás, não pretendo: eu voltarei! E voltarei com a profecia na mão! E, rápido!


_ Então... Boa sorte!


_ Obrigado.


_ De nada.


Alana saiu da sala onde as aulas de D.C.A.T. eram ministradas com o dobro da preocupação. Ela sabia que não conseguiria fazer nada e, isso a desesperava. A garota subiu correndo as escadas e, em pouco tempo, estava diante da mulher gorda.


_ “Lealdade e coragem!” _ Ela disse a senha e entrou.


Gina a esperava:


_ E aí? Como foi? _ Questionou a ruiva.


_ Ah, nada bem...


_ Por quê?


_ Gina... Ele irá sozinho... E... Eu nem saberei quando! Ah... Isso é terrível... Droga! Ele pode estar saindo agora! Ou, talvez, daqui a uma hora... Ou... Daqui a um dia... Sei lá!


_ Mas... Mas... O que aconteceu?


_ Ele me disse que irá buscar a profecia no inferno sozinho! Ah, Gina... Sozinho! Imagina? Sozinho!


_ Nossa... Terrível, não é?


_ Terrível? Isso é injusto! Por que ele faz isso?


_ Ah, Alana... Provavelmente pra proteger você... Você e também todos nós... Se algum de nós for... Talvez seja perigoso... Talvez o atrapalhe... Sei lá... Mas... Eu também queria ir, sabe?


_ Sim, claro. Bom, não poderemos fazer nada... Nada além de lhe desejar boa sorte. Mudando de assunto... Você viu Rony?


_ Ah, não... Não vi. Ele deve estar cumprindo a detenção ainda...


_ É, deve sim.


_ Bem, Alana, eu vou dormir... A Hermione ainda está no Salão Principal conversando com o Harry... Eu só não sei o que eles conversam tanto... Mas...


_ Não sabe mesmo, Gina? Você nem é capaz de deduzir?


_ Ah... Não sei... Talvez...


_ Eles devem estar fazendo planos para uma vida a dois... _ Alana debochou.


_ Ah, é, deve ser isso sim! _ Gina também sorriu. _ Bom, boa-noite! Você vai ficar aí, não é?


_ Sim, vou.


_ Vai esperar meu irmão, certo? _ Gina sorriu marotamente.


_ Claro! _ Alana respondeu, veementemente.


_ Ah... Pena que meu irmão é um bobão lerdo... _ Gina lamentou.


_ Não, ele não é.


_ Ah, desculpe... Eu esqueço que não devo criticá-lo perto da maior defensora que ele tem... _ Dizendo isso, Gina subiu correndo para o dormitório.


A garota precisava treinar Oclumancia... Ela queria estar pronta para a aula do dia seguinte. Então, a caçula Weasley fechou os olhos, esvaziou a mente e dormiu uma noite sem sonhos.


Harry conversava com Hermione no Salão Principal. Os dois passaram a tarde juntos... Harry teve uma tarde ótima! É verdade que Hermione falava quase o tempo todo sobre livros, mas, depois da batalha contra Voldemort, Harry Potter aprendeu a dar importância aos livros e, como ele precisava se distrair, lia muitos. Além disso, era bom ouvir aquela voz doce e meiga falar sobre qualquer coisa... Era bom olhar para aqueles cabelos... Ver o movimento das mãos dela... Ah, como era bom!


Hermione dizia:


_ Harry... Eu achei muito estranho... Por que a Trewlaney foi assassinada por Snape?


Ah, o garoto estava perdido em algum lugar entre os cabelos e o rosto de Granger...


_ Harry! _ Chamou Hermione... _ Harry! Harry! Está me ouvindo?


_ Ahn? O quê?


_ Harry! Você não ouviu nada do que eu lhe disse?


_ Ah... É que... Eu... Eu estava... Pensando... Sabe?


_ Pensando em quê, Harry?


O rapaz pensou em dizer a verdade: pensou em dizer que estava pensando em pedi-la em namoro, em casamento _ ah! Como seria lindo! _, nos dois ou três filhos que pretendia ter... Ele pensou, mas não disse, porque não tinha coragem suficiente. Afinal... O que a amiga pensaria? Então, ele disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça:


_ Ah... Eu... Eu tava pensando... na... Na... Na morte da Trewlaney...


_ Mas é disso mesmo que eu estava falando, Harry!


_ Ah... Desculpe-me, Hermione... É que...


_ Tudo bem, Harry. Bom, eu não entendo por que a Trewlaney foi assassinada por Snape...


_ Ah... Eu tava falando com o Rony há pouco sobre isso... Digo... Na hora do almoço...


_ E?


_ Bem, nós também não sabemos muito, mas... Talvez... Talvez a Trewlaney previu algo importante... Ela sempre prevê coisas importantes, então...


_ Não acredito, Harry...


_ Bom, não há outro motivo para assassinar a Trewlaney, há? Por que a matariam, se não fosse por alguma previsão brilhante que ela fez?


_ Eu não sei, Harry... Eu não sei. Nossa! Já está tarde!!! Vamos para o Salão Comunal, Harry?


_ Tá...


_ Ah, não! Tenho que fazer minha ronda! E... Cadê o Rony?


_ Ah... Tá cumprindo detenção com o Professor Oliveira...


_ Ah... Eu... Eu não queria ir sozinha, mas... Preciso fazer a ronda...


_ Quer que eu a acompanhe?


_ Ah... Tudo bem, Harry... _ A resposta dada por Granger não condizia com sua cara de extrema felicidade.


Harry acompanhou Hermione na ronda. A monitora deu bronca em alguns alunos, apreendeu alguns objetos proibidos, aplicou algumas detenções e, quando acabou, _ sempre acompanhada por Harry Potter _ seguiu para o Salão Comunal da Grifinória. Quando viu Alana, Hermione ficou apreensiva. O que a irmã do Professor Oliveira diria? Talvez... _ “Olha o casal de pombinhos! Que lindo!”; talvez... _ “Vai ficar com dor de pescoço, Hermione! Olha pra frente!”; ah, não... Ela não podia fazer isso!


Hermione se surpreendeu, porque Alana não disse nada. A garota lia um livro e nem olhou para o casal. Agradecida, Granger se despediu de Potter:


_ Harry... Eu... Eu vou dormir, ok? Boa-noite!


_ Boa-noite, Hermione!


_ Alana... Você vai ficar aí? _ Questionou a monitora-chefe.


_ Vou... Boa-noite, Hermione.


_ Então tá... Boa-noite!


Harry subiu e também foi dormir.


Alana ficou ali, lendo. O relógio marcava duas horas da madrugada, quando um garoto alto e ruivo entrou pelo buraco do retrato da mulher gorda. Alana cumprimentou:


_ Olá, Rony, bom-dia!


_ Alana? Você ainda tá aí?


_ É, eu fiquei esperando você. Bom... Não é nada legal cumprir uma detenção e... Com o meu irmão é ainda pior, eu acho.


_ Ah... É terrível, mas... Acho que não deve ser a pior detenção que eu já tive... As detenções de Snape eram muito ruins também...


_ Meu irmão te fez de Cinderela, não é?


_ Quê?


_ Ah, Rony... Deixa pra lá... Mas... Tá tudo bem?


_ Ah... Tá... Tá tudo bem sim. Eu só tô cansado, mas... Tá tudo bem.


_ Então, boa noite, Rony!


_ Ah... Boa-noite...


Alana se levantou e subiu as escadas, na direção do dormitório feminino. Rony ficou ali, olhando na direção em que a garota foi... Ah, como ela era linda!!! Como podia ser tão bonita assim???


Depois de algum tempo, assim que Ronald saiu do transe em que se encontrava, ele também subiu as escadas em direção ao seu dormitório e dormiu, quase antes mesmo de se deitar.


No outro dia, Harry Potter acordou. Colocou seus óculos... Ah, pelo menos dessa vez as noites de sono dele estavam sendo tranqüilas! Harry chamou por seu melhor amigo e demorou uns cinco minutos tentando acordá-lo, até conseguir. Ronald estava com um mau-humor terrível! Além, é claro, da cara de sono... Depois de se arrumarem, os dois desceram e foram tomar café. No Salão Principal, encontraram Gina, Hermione e Alana. Ao ver Alana, o mau-humor do jovem Weasley foi para o espaço... Harry comentou:


_ Ah... Seu dia melhorou muito e rápido demais, não é?


Rony fechou a cara para ele e depois voltou a olhar para Alana e sorrir. Gina sorria sarcasticamente para Alana e dizia:


_ Engraçado... Meu irmão parecia bem mau-humorado, sabe? Mas, assim, de repente... Ele está sorrindo! Será por quê?


_ Talvez pelo mesmo motivo do seu bom-humor... _ Devolveu Alana, em tom irônico. _ Você tem aula-dupla de Defesa Contra as Artes das Trevas agora, não é? _ Agora sim a irmã de Abel gargalhava.


_ Ah... É... É sim.


Após o café... Aliás, bem antes do café terminar, Gina saiu da mesa, foi até Luna e perguntou:


_ Vamos?


_ Pra onde? _ Luna questionou... Ora, ainda era cedo, não?


_ Pra sala!


_ Mas... Gina... Ta cedo!


_ Bom... Eu já to indo...


_ Tudo bem... Mas... Eu acho que o seu professor querido não está lá...


_ Mesmo assim...


_ Quer ser a primeira, não é?


_ É...


_ Tá. Então vamos.


Gina e Luna foram para a sala do Professor Abel. A porta da sala já estava aberta, mas, o docente ainda não se encontrava ali. Gina se sentou na frente, como na primeira aula. Dessa vez, Luna se sentou do lado da amiga.


Hermione e Alana acabaram de tomar café. Harry também havia acabado. Rony ainda não. Hermione chamou:


_ Vamos para a aula?


_ Espera um pouco, Hermione! To tomando café ainda! _ Ronald respondeu, seco e com uma voz desanimada.


_ Ah... _ Hermione se virou para Alana e disse: _ Eu nunca consegui domá-lo.


Alana sorriu e respondeu:


_ É, deu pra perceber...


_ Mas... Você... _ Sugeriu Granger.


_ Não... Deixa ele tomar café primeiro...


Após algum tempo, Rony terminou o café. O Profeta Diário já tinha chegado e Hermione e Alana já haviam lido seus exemplares. Alana convidou:


_ Rony... Vamos?


_ Ah... Tá...


Na verdade, Ronald nem sabia para onde, mas, com Alana, ele iria ao inferno! Hermione sorriu, levantou-se e já ia saindo com Alana e Rony, quando percebeu que Harry ainda estava sentado. A garota chamou:


_ Harry! Vamos!


Com um salto, Harry se ergueu e saiu correndo na direção de Hermione e, então, foram todos para a sala. Alana riu-se demais da cena patética...


Não demorou muito para que McGonagal chegasse na sala. A professora cumprimentou a todos:


_ Bom dia.


_ Bom dia _ respondeu a classe, em uníssono.


Minerva começou a aula:


_ Neste ano, vamos falar das transfigurações mais complicadas, que envolvem vidas complexas. Aprenderemos a nos transfigurar... Aprenderemos a transfigurar outras pessoas... Aprenderemos a melhor maneira de alguém se disfarçar. Todos sabem que Rabicho enganou muita gente, por muito tempo, só porque conseguiu se transfigurar em rato! Se você se transfigurar em árvore, pode espionar qualquer coisa que, dificilmente alguém irá perceber! A transfiguração é fundamental na vida dos aurores, é fundamental em uma guerra, é fundamental na vida de um bom bruxo! Este ano, vocês aprenderão técnicas realmente complicadas e úteis!


Hermione bebia as palavras que a professora dizia. Alana lançava um olhar de “ah, falar isso tudo? Perda de tempo!” para a professora. A verdade é que grande parte do que eles aprenderiam Alana já sabia. Afinal, participar das aventuras de Abel de Oliveira traz grandes aprendizados...


Minerva McGonagal continuou:


_ Muito bem, vamos começar, então. Espero que vocês estejam animados, porque este ano é ano de NIEMS para vocês. E, os NIEMS são determinantes nas carreiras que irão seguir. Algum professor já falou isso pra vocês? ... Bem, parece que não, pelo silêncio geral ... Bom, os NIEMS são determinantes porque, sem eles, vocês não serão nada! Ter bons NIEMS abrem grandes possibilidades! Por outro lado, ter NIEMS ruins fecham muitas portas. Então, sugiro a vocês que se esforcem! Bem, vamos começar a matéria, então. Vamos começar o ano aprendendo Animagia. A Animagia é a arte de um bruxo se transformar em animal. Quando um bruxo se transforma em animal, dizemos que ele está praticando Animagia. É claro que poucos conseguem se transformar; poucos têm o dom necessário; poucos se dispõem a treinar o tanto necessário (porque é difícil)... Enfim, pouquíssimas pessoas conseguem. Além disso, tal prática é extremamente controlada pelo Ministério da Magia, exatamente para evitar que animagos não-registrados cometam crimes e se refugiem em suas formas animais... Vamos aprender a teoria checar quem tem dom e disposição para aprender na prática. Quem tiver poderá praticar e, talvez, se tornar um animago. Vamos começar pela teoria, porque ela é importantíssima! A Animagia é perigosa... Praticá-la sem o conhecimento necessário pode ser catastrófico! Então, abram seus livros na página cinco e comecem a ler!


Todos abriram e foram ler, exceto uma pessoa: Alana de Oliveira. Vendo isso, a professora Minerva se dirigiu até a mesa da garota e disse:


_ Senhorita Oliveira! A senhorita não ouviu o que eu disse?


_ Sim, Professora, ouvi.


_ Então, por que não está lendo?


_ Ah... É que nesse livro, Professora, não há nada que eu não saiba! Eu não preciso ler sobre Animagia, não preciso fazer esse teste que tem aí na página trinta e sete, não preciso mesmo!


_ E, posso saber por quê, senhorita Oliveira?


_ Sim, professora, claro! Eu já sou uma animaga!


_ O quê? _ A professora não acreditou. _ A senhorita está de brincadeira comigo, não é, senhorita Oliveira?


_ Não, professora! Se a senhora quiser, faço uma demonstração aqui agora!


_ Senhorita Oliveira, eu espero que a senhorita esteja dizendo a verdade! Se estiver mentindo, vou retirar cinqüenta pontos da Grifinória e lhe aplicar uma boa detenção! Quero ver! Transforme-se, então, em animal!


Enquanto isso, na sala de D.C.A.T., Abel entrou e cumprimentou a turma:


_ Bom dia, classe!


_ Bom dia! _ Responderam todos ao mesmo tempo.


_ Bem, vamos aprender sobre as Maldições Imperdoáveis, como eu havia dito na primeira aula. Vamos começar aprendendo sobre a Maldição Imperius. A Maldição Imperius é aquela que dá o controle a quem a lançar sobre seu alvo. Numa explicação simplória, podemos dizer que quem lança a Imperius é o “Senhor” e o alvo é o “Escravo”. O escravo tem que obedecer ao senhor, mesmo que não concorde com as idéias dele. Isso causa sérios problemas aos dominados... Às vezes, um “Escravo” é obrigado a fazer coisas que jamais faria! Contudo, vejam a armadilha por detrás disso... Qual é a diferença entre a relação que há entre o senhor e seu escravo e a relação entre um governante eleito e seu governado? Em ambos os casos, os “inferiores” obedecem sem questionar os “superiores”. Contudo, na relação senhor/escravo a obediência é obrigatória; na relação “governante eleito”/governado a obediência é livre. Quando Voldemort _ a turma se alvoroçou e Abel se irritou: _ Chega! _ O grito e a porrada na mesa fez todos se calarem. _ Escutem aqui: vocês não devem temer Voldemort! _ Ninguém ousou sequer se mexer. _ Como eu disse, Tom Riddle era apenas um garoto frustrado por não ter tido o amor dos pais! Aliás, mais especificamente o amor do pai! Ele nem era tão poderoso assim! E, quem duvidar disso, quem insistir em temer Tom Riddle... Eu vou provar a essa pessoa, na prática, que Voldemort era só um amador! Ouviram? _ Só o silêncio foi ouvido. Abel, então, continuou: _ Muito bem, vamos continuar. Após a primeira derrota de Voldemort, muitos “governados” se disseram “escravos”, entendem? Muitas pessoas alegaram estar sob o efeito da Maldição Imperius, quando efetivamente não estavam. Bom, o Ministério da Magia foi bem negligente também... Afinal, um Veritaserum resolveria o problema, não é? Era fácil! E, além disso, um bom legilimante poderia também descobrir a verdade. Há outras formas... A pessoa sob efeito de Imperius perde parte de sua Energia Mágica... É uma perda pequena, mas, com um bom aparelho medidor que, no Brasil, encontra-se muito fácil, dá pra descobrir. Mas, aqui... Parece que a tecnologia bruxa ainda não chegou. Bem, vou ensiná-los a lançar a Imperius e a resistir a ela. A Imperius é perigosíssima! Como eu disse há pouco, muitos “Escravos” fazem coisas que jamais fariam se estivessem em seu perfeito juízo! Então, muitos bruxos das trevas a usam em seus opositores, obrigando-os a fazerem coisas terríveis, tais como: matar seus familiares, seus amigos, fazerem Voto Perpétuo para prometer fidelidade às trevas, dentre outras coisas... E, depois, os bruxos das trevas retiram a maldição, só para que suas vítimas saibam o que fizeram e fiquem com a consciência pesada... Com o sentimento de culpa... É horrível! Então, em um período de guerra como esse que nós vivemos, resistir à Imperius é um trunfo importantíssimo! Vou ensiná-los a resistir a ela, então. E saber lançar também é útil.


_ Em que a Imperius é útil a um bruxo bom, Professor? _ Gina questionou.


_ Boa pergunta! Alguém sabe responder? ... Ninguém? ... Ninguém mesmo? ... Bem, a Maldição Imperius pode ser usada, por exemplo, na falta do Veritaserum, para fazer com que o Bruxo das Trevas diga a verdade, revele esconderijos... Ora, turma! Não há ética numa guerra! Na guerra, há apenas duas coisas: sua vida em jogo e sua morte iminente. Aquele que guerreia com excesso de ética morre; aquele que guerreia com falta, perde. Tudo tem que ser na medida certa. Honestidade demais é burrice; de menos, prisão. É sempre assim. Bem, vou ensiná-los primeiro a se defender da Imperius. Então, quero saber se alguém aqui sabe lançá-la... Alguém se habilita?


Um garoto levantou a mão... Era o mesmo que sabia lançar a Avada Kedavra. Abel felicitou-o:


_ Oh! Parabéns! Você é um grande bruxo! Eu só lhe dou um conselho: não use seus conhecimentos para as trevas... Use-os para a luz. Venha até aqui, por favor!


O garoto foi e Abel pediu:


_ Bem, quero que lance a Maldição Imperius em mim e me dê uma ordem.


_ O... O... O quê? E... E... Eu? La... Lan... Lançar... Imperius... No senhor... Professor?


_ Em primeiro lugar, não sou tão velho assim, sou?


_ N... N... N... Nã... Nã... Não...


_ Então, não me chame de senhor... Em segundo lugar... Sim, quero que lance uma Maldição Imperius em mim. Pode fazer isso?


_ Bem... Pó... Pó... Posso...


_ Ah, que bom! Então, lance uma Maldição Imperius em mim e me dê uma ordem! E, quanto ao resto da turma, quero que vejam como se faz pra resistir à Maldição Imperius, ouviram? Lembrem-se das quatro coisas: concentração, determinação, objetividade e amor. Nesse caso, a concentração, a determinação e a objetividade são muitíssimo mais úteis! Vamos lá, garoto!


O garoto apontou a varinha para o mestre e enunciou:


_ [Imperiu!]


O olhar de Abel não ficou perdido, embora ele tivesse sido atingido em cheio. O rapaz pensou que não havia dado certo e lançou novamente:


_ [Imperiu!]


Novamente o docente foi atingido, mas, seu olhar continuava focado no oponente. De novo, o garoto lançou:


_ [Imperiu!]


Tudo igual. Então, o rapaz ordenou:


_ Deixe-nos ir mais cedo!


Nada. Então, o garoto se concentrou, reuniu toda a sua energia mágica e lançou, com força:


_ [Imperiu!]


Então, ele ordenou, novamente:


_ Deixe-nos ir agora!


Abel mantinha o olhar firme e duro no oponente. Então, o Professor Oliveira ergueu a varinha e lançou no garoto:


_ [Expelliarmus!]


A varinha do rapaz voou violentamente da mão dele e foi bater na parede do outro lado da sala e o garoto foi jogado no chão. Abel de Oliveira elogiou:


_ Muito bom, garoto! Com um pouco de prática... Parabéns! Vinte pontos para a Corvinal. Pode voltar para o seu lugar. Bem, vou chamar um por um e quero ver quem consegue resistir! Vamos ver... Quem será o primeiro... Ou a primeira... Ah, sim! Venha aqui, Senhorita Lovegood!


Luna estremeceu. Ela seria... A primeira? Ah, não! A garota foi até o professor. Abel disse:


_ Pronta?


A menina assentiu com a cabeça.


_ Então, resista! [Imperiu!]


O olhar perdido apareceu em Lovegood. Não que aquilo fosse estranho... A garota sempre trazia o olhar perdido mesmo... Mas, agora ela estava sob o efeito de uma maldição. Abel ordenou:


_ Lamba o chão!


A ordem era ridícula! Luna manteve o olhar perdido, mas, não obedeceu. O docente falou:


_ Bem, estou mostrando a vocês como age um bruxo das trevas idiota... Agora vou mostrar como agiria um inteligente!


Abel se transfigurou na mãe de Luna e, com a voz mais doce que tinha, ordenou:


_ Filha, lamba o chão.


Na mesma hora, Luna Lovegood lambeu o chão e todos riram. O mestre voltou ao normal e enunciou:


_ [Finite Incantatem!]


Luna voltou para o seu lugar e o docente falou:


_ Turma, vocês acham mesmo que o tom autoritário é a única forma de se controlar alguém? Vocês acham mesmo que um bruxo inteligente vai sempre mandar com o tom bravo e autoritário? Mas é claro que não! Há vários tons de voz para uma ordem. Posso camuflar minha ordem... Posso fazer com que ela pareça um pedido... Posso ordenar de forma dura a um covarde, mas de forma doce e terna a um corajoso! Posso fazer o homem mais corajoso do mundo me obedecer, se eu achar o ponto fraco dele! Tudo é uma questão de achar o ponto fraco do oponente... E, claro, a Legilimancia ajuda nisso... É por isso que a resistência à Imperius deve sempre vir acompanhada de uma boa Oclumancia... Contudo, Oclumancia não é uma coisa que se aprende na escola: a gente aprende na vida. Ou, com aulas particulares. Vencer a Maldição Imperius é, pois, muito mais que vencer uma maldição; vencer a Imperius é, antes de tudo, vencer a si mesmo, vencer seus pontos fracos, vencer o comodismo de se obedecer a uma ordem! Ora! Um “Escravo”, antes de se libertar de seu “Senhor”, precisa querer muito a liberdade! E, para querer a liberdade, o escravo precisa estar disposto a vencer a si mesmo, os seus medos, os seus sentimentos e o comodismo de apenas obedecer! Vocês acham que a liberdade é o paraíso? Quem dera fosse! Mas não é! A liberdade implica em responsabilidades, e muitas pessoas acham que não vale a pena. Então, muitos desistem da liberdade e, continuam sendo... Escravos. Se você não quiser mesmo a liberdade, se você não quiser mesmo deixar de ser escravo, você será escravo a vida toda! E, sendo escravo porque quer, você estará agindo como um governado que elegeu seu governante. É por isso que defendo prisão a todos os que seguiram as trevas, estejam sob efeitos de maldições ou não. Bem, se vocês não estiverem mesmo prontos para lutar pela liberdade, sucumbirão sempre à escravidão, sucumbirão sempre à Imperius. Então, quero ensiná-los a lutar de verdade pela liberdade! Quero que vocês estejam dispostos a lutar com tudo mesmo e contra tudo o que os prende! Mesmo que o que os prenda seja um pensamento bom, uma lembrança boa, se isso prende, lute contra! Só assim vocês vencerão os inimigos, só assim vocês conseguirão resistir à Maldição Imperius. Bem, quem será o próximo? Ah... Já sei! Senhorita Weasley, venha aqui! A senhorita será a próxima!


Gina foi até o professor. Então, o mestre perguntou:


_ Pronta?


_ Sim, professor, eu estou pronta!


O olhar determinado... Ah, a teimosia Weasley tinha que servir para alguma coisa, não é? Abel lançou:


_ [Imperiu!]


Em seguida, o professor conjurou um colchão na frente da garota e ordenou:


_ Pule de cabeça no colchão!


O olhar teimoso continuava... A determinação de Gina Weasley era inabalável! Então, no tom mais doce _ um tom de voz que lembrava um galã de cinema _, Abel de Oliveira ordenou:


_ Gina, pule no colchão.


Ah, Gina sempre sonhou em ouvir o professor falar com ela naquele tom! Sim, sim, ela o obedeceria, faria tudo o que ele quisesse!


Concomitantemente, na sala de Transfiguração, a expectativa era geral. Rony olhava surpreso para Alana... Ah, será que ela conseguiria? Minerva falou:


_ Vamos! Quero ver sua transformação, Oliveira!


Alana ignorou a impaciência da professora e se concentrou. Todos estavam apreensivos. Ninguém acreditava que ela fosse conseguir. Será que Alana conseguiria? Ah... Ninguém sabia.


(***) E, NO PRÓXIMO CAPÍTULO...


Será que Alana de Oliveira conseguirá se transformar em animal? E, será que Gina resistirá à Imperius? Vencer o medo... Vencer o amor... Vencer o ódio... Vencer a dor... Vencer a si mesmo... Ah, tudo isso é tão difícil! Em uma nova aula de Oclumancia, Gina se depara com uma lembrança que ela realmente preferia que fosse apagada da sua memória... Que lembrança será essa? E, finalmente, Abel de Oliveira parte para o inferno, em busca da tal profecia... Será que ele irá mesmo sozinho? Quais perigos o aguardam? Não percam, o próximo e emocionante capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “O TERROR ESTÁ NO AR”! Você já venceu a si mesmo???


(***) PALAVRA DO AUTOR:


E aí? O que acharam do capítulo? No próximo teremos já alguma aventura, ok? Atentem-se aos detalhes, porque alguns deles são importantes e, podem perguntar o que quiser, que eu respondo. É só postar um comentário no 3v ou no floreios e borrões, ou mandar um e-mail pra mim!


N/B: Oi Bruno, me desculpe mesmo pela demora!!!! Bom, segue o capítulo revisto, ele ficou muito bom. Não tenho o que acrescentar nem percebi nada incoerente. Mais uma vez parabéns, você consegue conciliar a arte de escrever bem com uma história repleta de emoção e aventuras.

Abraços,
Belle


(***) RESPOSTA DO AUTOR:


Ah, que bom que você gostou!!! Às vezes sou meio desatento, não é? Daí surge cada incongruência... Parece que estou aprendendo agora... Kkkkk!!! Que bom! E eu te dou trabalho, não é? Kkkkk!!! Tantas páginas! Fico realmente muitíssimo feliz que não tenha muitos erros! Fico feliz também que você tenha gostado! E... Valeu por me aturar! Kkkk!!!



Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.