O RECOMEÇO
CAPÍTULO 1
O RECOMEÇO
(***( Filosofia:
Quando achamos que tudo acabou, que nossas lutas cessaram, percebemos que não é bem assim. Não há fim para nossos combates, porque, se houvesse, a vida seria muito sem graça. O que existe, na verdade, é apenas um recomeço.
(***) História:
Harry passou as férias na Toca. Ele se divertiu um pouco, contudo não tanto quanto das outras vezes, porque não estava muito bem. Todavia, agora, estava na hora de voltar para Hogwarts e terminar seus estudos. Ah, mas... O bom é que seria um ano tranqüilo _ pelo menos era o que ele pensava. Afinal, o que podia acontecer? Voldemort havia sido destruído! Não poderia haver mal algum, não é? Harry Potter estava errado. Entretanto, ele só descobriria isso mais tarde. Agora ele estava ali, acompanhado de Rony, na Plataforma... Perto do Expresso de Hogwarts. Harry estava ansioso... Para quê mesmo? Ah, ele queria rever... Bem, Rony havia passado as férias com ele, mas... Ah, ele queria rever Hermione! Rony também queria; afinal, Hermione e Rony estavam namorando. Harry não tinha namorada. Após o término do namoro dele com Gina, Potter não se interessou por mais ninguém e... Nem teve tempo para isso, teve? Ele passou as férias com Gina, mas, incrivelmente, não aconteceu nada. Harry caminhava calmamente e lentamente. Ele caminhava de cabeça baixa, meio triste... Ah, Dumbledore, seu padrinho... Por que todos tiveram que morrer? Por quê? Ele não entendia! Será que a morte deles valeu a pena? Ah, sim! Harry Potter derrotou o “Lord das Trevas”; todavia... O que sobrou para o herói? Uma vida despedaçada? De que adiantou a vitória de Potter, se ele não conseguiu nem salvar Dumbledore e seu padrinho, pessoas tão importantes para ele? Ah, pelo menos ele salvou a vida de Hermione! E também de Rony e toda a família Weasley, é claro. A vida de Draco Malfoy também foi salva, mas... Isso não importava. É verdade que Draco não merecia, mas... Deixa pra lá: pelo menos Harry não estava sozinho, ele tinha Hermione e Rony com ele. Harry Potter continuava a caminhar de cabeça baixa. Toda aquela batalha, toda a responsabilidade, todas as mortes, tudo isso pesava sobre ele. Ele estava triste e, apesar dos esforços da Senhora Weasley, Potter estava magro. Sim, magro e com uma cara pálida. Ele continuava a caminhar, o Expresso ficava cada vez mais próximo. De repente, Harry sentiu como se pudesse voar! Ele não estava mais pesado, nem triste, estava muito feliz! Potter até sorriu, talvez pela primeira vez... Ou pela segunda... Depois daquela batalha horrível! Harry sorriu, sorriu muito! E, na sua frente, Hermione também sorria. Ele cumprimentou:
_ Oi, Hermione! Tudo bem com você? É tão bom te ver de novo!
_ Harry! É bom ver você também! Mas... Por que você está tão magro, Harry? Não está comendo direito?
_ É que... É que... Eu... Eu... Eu não consigo...
_ E por quê? Tudo acabou agora, Harry, tudo acabou! Você venceu! E... Agora, você poderá continuar estudando e, o melhor, sem aventuras, né?
_ Eu sei, Hermione...
_ Não me diga que você vai sentir falta delas?
_ Eu... Eu... Eu acho que não.
_ Se sentir, podemos... Sei lá.... Fugir de Hogwarts... Aprontar alguma coisa... _ Hermione sorriu.
_ Você jamais faria isso.
_ É, não mesmo. Mas... Pense pelo lado bom! Teremos novos professores, aprenderemos coisas novas...
_ É, é verdade.
_ Ei _ disse Rony _ vamos entrar no Expresso logo, hem?
_ Sim, vamos _ responderam Harry e Hermione ao mesmo tempo.
Dentro do Expresso, Rony disse:
_ Ah! É mesmo! Oi, Hermione!
_ Oi _ respondeu Hermione, secamente.
_ Não sentiu saudades de mim?
_ Não sei... Será que você sentiu saudades de mim?
_ É claro! _ Rony a abraçou e lhe deu um beijo na boca.
Hermione ficou ali, parada. Em seguida, ela apenas disse:
_ Vamos procurar uma cabine, antes que não haja cabine que caiba a nós três.
_ Sim, vamos _ disse Rony.
Eles procuraram uma cabine e acharam. Logo estavam os três sentados: Harry de frente para Hermione e Rony do lado esquerdo de Harry. Hermione disse:
_ É tão bom voltar pra Hogwarts! Aprender coisas novas... Esse ano vamos ter que estudar muito, porque os testes serão muito difíceis!
_ Eu discordo _ disse Rony _ nós vencemos Voldemort e... Não temos mais nada de interessante pra aprender!
_ Então você acha, Rony, você acha mesmo _ disse Hermione, franzindo a testa _ que não temos mais nada pra aprender?
_ Acho.
_ Pois você está enganado! Sempre temos coisas pra aprender e... Aqueles que pensam como você... Bem, o resultado é o fracasso.
_ Ah, então você acha que serei um fracassado? Engana-se! Eu não preciso saber trezentas magias pra ser um bom jogador de Quadribol! Eu não sou viciado em estudos como você! E... Quer saber? Nem quero ser assim, nunca!
_ Até os melhores jogadores de Quadribol precisam saber magia, Rony.
_ Eu não preciso mais de saber magia nenhuma, já chega!
_ Então, por que não sai de Hogwarts, Ronald Weasley?
_ Ah, e você acha que vou deixar você sozinha lá? Acha que vou deixá-la lá, para qualquer um pegar?
_ O quê? Então você acha que vou sair por aí dando pra qualquer um, Ronald Weasley? É isso mesmo que você pensa?
_ Eu... Eu... Eu...
_ Não, não precisa se explicar! Talvez você tenha razão, afinal, eu aceitei ser sua namorada e... Você deve ser qualquer um, não é?
_ O quê? Cala a boca, Hermione! Eu não sou qualquer um!
_ Então... Devo supor que você me chamou de...
_ Eu não te chamei de nada!
_ Ah, não? Então, o que você quis dizer com...
_ Droga! Eu não quis dizer nada! Entendeu? Nada!
_ É só o que você sabe dizer mesmo, não é? Nada! Acho que é por isso que você precisa estudar, pra ver se aprende a dizer alguma coisa, pra ver se aprende a fazer alguma coisa!
_ Então, você acha que eu não sei fazer nada, é isso?
_ É isso mesmo, Ronald Weasley!
_ Pois está enganada!
_ Ah, é? Então... O que você sabe fazer?
_ Além de jogar Quadribol muito bem?
_ Isso não conta! Qualquer um faz isso!
_ Ah, é mesmo? Então, por que você não vai lá e joga, hem?
_ Porque eu não gosto!
_ Não é por isso, Hermione, é porque você não sabe! E, sim, além do Quadribol, sei fazer uma outra coisa sim.
_ Ah, é mesmo? E o que seria?
_ Isso!
Após falar, Rony deu um beijo na namorada. Hermione ficou sem ação. Após alguns segundos, ela disse:
_ Não é assim que as coisas se resolvem, Rony. Você não pode consertar o mundo com um beijo.
_ Mas... Será que posso consertar nosso amor com um beijo? Se eu puder, não me importa o resto.
_ Vou aceitar seu pedido de desculpas, Ronald Weasley, mas não vai ser sempre assim, ouviu?
_ Você já disse isso várias vezes, mas...
_ Nunca tomei uma atitude, não é? Talvez você tenha razão, talvez eu devesse...
_ Chega, não diz nada. Estamos bem e... É isso o que importa.
Ah, não! _ “Estamos bem”... Ah, Rony podia estar bem, mas, Hermione não estava. Como ela estaria bem, depois de ouvir aquilo? Ela não queria passar a vida inteira ao lado de um jogador de Quadribol, que teria que viajar para longe sempre e deixaria a família! Ela não queria passar a vida inteira brigando com seu marido... Seria um inferno! Ela não queria ter que discutir sempre com o namorado, ela não queria ser namorada de quem sempre brigava com ela! Ela não queria, não mesmo! Hermione não estava bem, não mesmo. Ela estava triste.
Harry também não estava muito feliz. Ele estava ali, de cabeça baixa... Ah, ele não conseguia sorrir muito depois daquela batalha! Ele ouvia a discussão dos amigos... Tudo era como antes. Mas, ele, Harry Potter, não era mais o mesmo. Aquela discussão... Por que aqueles dois, mesmo sendo namorados, discutiam tanto? Por quê? Será que eles eram felizes assim? Harry não seria. Potter olhou para Hermione. Ela não parecia feliz. Seria só teatro? Não, ele conhecia a amiga e, ela não parecia feliz, não estava feliz. Mas, o que ele podia fazer? Nada! Nada, pelo menos enquanto Hermione fosse a... Ah, ele não podia fazer nada.
Hermione olhava para Harry. Ela o via ali, tão abatido. Será que Rony não percebia? Como ele podia ficar brigando tanto, enquanto seu melhor amigo estava assim? Não, Hermione não discutiria mais com Rony. Ela chamou, em tom doce, meigo e baixinho:
_ Harry!
Potter ouviu aquele chamado. Era tão doce, tão meigo! Ah! Hermione chamou novamente:
_ Harry!
Esse último chamado foi um pouco mais próximo. O “menino que sobreviveu” respondeu, baixinho também:
_ Oi.
_ Você está bem?
_ Sim, estou.
_ Não minta pra mim, Harry, eu sei que você está triste. O que está acontecendo?
_ Nada... Eu...
_ Harry, você não pode se culpar pelas mortes que aconteceram, não foram sua culpa. O que você fez foi evitar que mais mortes acontecessem! Imagina se Voldemort tivesse vivo! Você acha que eu estaria viva?
_ Não... Ah, Hermione, por favor, não diga...
_ Harry, você evitou muitas mortes! E tem que se orgulhar disso! Não deve ficar pensando nas pessoas que morreram, porque não foi sua culpa, você deve pensar nas pessoas que sobreviveram, porque, isso sim, foi mérito seu!
_ Ah, Hermione eu...
_ E, além disso, agora nós estamos voltando pra Hogwarts e... Você vai ver o Professor Lupin, sabia?
_ O lupin? _ Harry sorriu.
_ Sim, ele agora é o diretor!
_ Diretor?
_ Sim, Harry! Você não lê...
_ Não, eu não li nada, eu não queria ter notícia nenhuma... Eu...
_ Entendo. Deixa pra lá. Mas... Nós vamos ser felizes agora, Harry. Muito felizes...
_ Eu sei.
_ Mas, pra sermos felizes, você precisa comer normalmente, precisa levantar a cabeça, precisa voltar a sorrir, voltar a viver, Harry!
_ Eu sei, mas... É que... Eu sinto falta do meu padrinho e também de Dumbledore.
_ Eu também sinto, Harry, mas... Sabe o que me deixa feliz? Estar aqui, com você. E... Se você morrer, eu não vou conseguir seguir em frente. Preciso que você viva, preciso que você seja feliz! Só assim eu vou viver e ser feliz também! Harry, se você não quiser viver por você mesmo, viva por mim!
_ Eu... Eu... Eu prometo pra você que vou viver, que vou ser feliz...
_ Que bom, Harry! Que bom! Então... Por que não começa comendo alguma coisa?
_ Ah, você não tem jeito mesmo, né, Hermione?
_ Você ta muito magro: precisa comer. Vamos? Vamos pedir alguma coisa pra comer?
_ Ta bom, vamos lá. Vem conosco, Rony? _ Harry perguntou.
_ Aonde?
_ Comer alguma coisa, ou... Pedir alguma coisa pra comer... _ Harry Potter disse.
_ Não, eu não vou não.
_ Então, vamos só nós dois mesmos _ disse Hermione.
_ Vamos _ concordou Potter.
Hermione e Harry saíram. Ela disse:
_ Com um pouco de sorte, nós ainda alcançamos o carrinho...
_ É, é sim.
_ Harry, o que você fez nessas férias... Digo... Depois daquela batalha?
_ Ah, eu... Eu fui lá pra casa do meu padrinho e depois pra Toca.
_ E... Não rolou nada entre... Entre... Entre você e Gina?
_ Não, eu não gosto dela como um namorado deveria gostar. Eu adoro a Gina, mas é como uma irmã pra mim, e não como uma namorada, entende?
_ Claro! Mas... A Senhora Weasley não te obrigou a comer?
_ Ela tentou, mas... Dessa vez, bem... Ela não conseguiu. Eu realmente... Bem, não me sinto bem.
_ E... Por que, Harry? Acabou!
_ Sim, mas... Acho que só agora, depois que tudo terminou, é que... Eu... Eu estou... Bem.... Só agora eu vejo o que realmente aconteceu... Entende? Só agora eu percebo as reais perdas, só agora eu posso sentir falta dos que se foram, só agora eu posso chorar.
_ Ah, Harry, você não deve ficar assim! Olha, nós vamos poder ser felizes agora! Ninguém mais vai morrer, você não vai precisar se preocupar com mais nada!
_ Hermione... Tem uma coisa que me intriga muito...
_ O que é?
_ É que... Tudo parecia bem, mas... Mas... Há alguns dias... Poucos.... Alguns dias atrás... Bem... Minha cicatriz doeu de novo.
_ O quê? Mas.... Mas.... Como?
_ Eu não sei. Sinto como se Voldemort tivesse voltado.
_ Mas... Harry, isso é impossível! Nós destruímos todas as horcruxes e... Destruímos o próprio Voldemort! Como ele...
_ Eu não sei. Mas, tenho medo. E se...
_ Não, Harry, fique tranqüilo: Voldemort está morto e enterrado! Acabou!
_ E se... E se isso for só um recomeço?
_ Bem, Harry, eu não acredito nessa hipótese, mas, se isso for um recomeço, eu quero recomeçar com você. Você nunca estará sozinho, Harry, nunca.
_ Ah, Hermione, é tão bom ter você comigo! Bem... É bom ter também todos os que estão comigo... O Roni... O Lupin...
_ Eu também gosto de estar ao seu lado e... Se tivermos alguma aventura, não importa: vamos estar juntos.
_ Sim, vamos estar juntos.
_ Olha lá, Harry, o carrinho! Vamos!
A conversa continuou enquanto Harry comprava e comia alguma coisa, sentado em uma outra cabine vazia, ao lado de Hermione.
Gina e sua amiga estavam conversando em uma outra cabine. Roni estava sozinho agora, sentado, olhando para o nada. De repente, a porta da cabine de Roni se abriu. Entrou lá uma menina muito bonita. Ela era mestiça, estatura normal para a idade (dezessete anos) e cabelos longos e lisos. A garota disse:
_ Oi... Roni. Tudo bem?
_ Desculpe-me, mas... Eu... Eu acho que não te conheço...
_ Não, você não me conhece mesmo.
_ E... DE onde você me conhece?
_ Eu também não conheço você.
_ Mas, então, como sabe meu nome?
_ Eu leio pensamentos! Ah, não! Não sou legilimista... Conheço as técnicas dos vampiros.
_ O quê?
_ Não se assuste, não sou vampiro. É que eu e meu irmão já lutamos contra muitos e... Bem, aprendemos algumas técnicas, como o teletransporte e a leitura de pensamentos. Bem, eu conheço também a técnica Legilimens, mas não gosto de usar assim, contra qualquer pessoa...
_ Mas... Eu nunca vi você antes em Hogwarts...
_ É que eu sou nova em Hogwarts. Fui transferida da Escola de Magias Brasileira para Hogwarts esse ano, porque meu irmão dará aula em Hogwarts: ele será o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Meu irmão é muito bom!
_ Mas...
_ Você pensou que o novo professor seria Lupin, não é?
_ Bem... Bem.... Bom... Bem... É... É... É isso...
_ Lupin chamou meu irmão pra dar aulas e... Deixa pra lá. A troca de escola... Não é muito boa não. Eu tinha amigos lá na EMB e... Agora, acho que não vou ter nenhum.
_ E... Por quê?
_ Sei que todos vão olhar, me apontar... E dizer: _ “Olha lá a irmã do professor!”. Bem, tenho orgulho disso, mas... Acho que não atrai amizades, não é?
_ Bem, você já tem um amigo: eu sou...
_ Ronald Weasley. E eu sou Alana de Oliveira. Prazer em conhecê-lo, Roni.
_ É... É... Bem... É... É... O... O... O prazer.... O prazer é.... Bem.... O prazer é todo meu!
_ Mas... Sua namorada... A... A Hermione Granger... Ela... Ela não se importa que você tenha amigas?
_ Eu não to nem aí! Se ela se importar... Que se dane!
_ Você a ama?
_ Eu... Eu... Bem... Eu... Eu gosto dela.
_ Você não entendeu minha pergunta. Você a ama?
Roni não respondeu. Alana, então, falou:
_ Tudo bem, não precisa dizer nada. Já sei sua resposta, mas acho que você não. Bom... Mudando de assunto... Como é a Grifinória?
_ É fantástico! É lá que você vai ficar?
_ É, é sim.
_ Que bom!
_ Roni, posso lhe fazer uma pergunta?
_ Claro que pode!
_ Você é monitor, certo?
_ Sim.
_ E... Bem, parece que os monitores tem que ficar nos vagões da frente... Ou... Pelo menos, dar uma passada lá. Mas... Pelo que vejo, você não fez isso.
_ Nossa! É mesmo! _ Roni sobressaltou-se. _ Você é um anjo! Obrigado!
Roni beijou o rosto da menina. Ela falou:
_ Não precisa agradecer. Quer ajuda pra chegar lá mais rápido?
_ Como?
_ Posso mandar você pra lá num segundo!
_ Bem...
_ De nada.
Alana teletransportou Roni para o vagão dos monitores. Em seguida, foi dar uma volta. Ela se sentia sozinha, não conhecia ninguém ali e... Todos a olhavam com caras não muito amigáveis.
Hermione estava conversando com Harry. Os dois estavam voltando para a cabine onde estavam no início da viagem. No meio do caminho, porém, eles foram parados por Draco Malfoy. Ele falou:
_ Ora, ora, ora, Granger! Onde foi parar sua responsabilidade? Será que ficou em casa?
_ De que você está falando, Malfoy? _ Hermione perguntou.
_ Ah, não finja de besta, Granger! Ah, desculpe... Você não se finge, é. Bem, acho que vou ter que contar aos professores que a monitora-chefe não está cumprindo suas obrigações, não é?
_ Nossa, Harry! Eu me esqueci disso! Tenho que ir: nos vemos depois, Ok?
_ Sim, claro _ disse Harry.
_ Ah, Potter _ disse Malfoy _ está querendo roubar a namorada do seu melhor amigo, é?
_ O quê? Ah, Malfoy, será que Lord Voldemort o deixou maluco, é? Ou será que foi a morte do seu pai débil e inútil que deixou você assim?
_ Não fale do meu pai, Potter! Ou...
_ Vai fazer o quê, Malfoy? Vai lançar um Avada Kedavra em mim? Terei o maior prazer em revertê-la contra você, assim como fiz contra Voldemort!
_ Acha que vai ter sorte de novo?
_ Quer experimentar?
_ Bem, acho que vale a pena, não é?
Malfoy tirou sua varinha do bolso, mas Harry já tinha a sua na mão há muito tempo. Harry apontou a varinha para Draco e disse:
_ [Expelliarmus!]
A varinha de Draco Malfoy voou das mãos dele e foi parar longe dali. Em seguida, Harry lançou outro feitiço:
_ [Petrificus Totalus!]
Malfoy ficou ali, sem nada que fazer. Harry deu as costas e saiu. Ele voltou para a cabine onde havia entrado assim que começou a viagem. Agora, porém, a cabine estava vazia. Certamente, Rony teria se lembrado de que era monitor... A viagem prosseguiu normalmente.
Quando o expresso começou a diminuir sua velocidade, Harry trocou de roupa, vestindo o uniforme da escola. Quando o maquinista informou que faltavam cinco minutos para chegar em Hogwarts, Hermione e Rony entraram na cabine onde Harry estava, já vestidos com seus uniformes. O expresso parou e os alunos desceram. Hagrid cumprimentou os três amigos e eles responderam. Tudo estava normal. Os garotos chegaram em Hogwarts. O castelo estava normal, tudo como antes, mas, na cadeira do diretor, em vez de Dumbledore, agora estava sentado Lupin. Os alunos se sentaram nas mesas. Todos conversavam, contavam as novidades _ e tinham muita coisa pra contar, uma vez que ficaram um ano longe dali. Lupin se levantou e todos se calaram. Ele discursou:
_ Bem, é uma honra para mim estar sentado aqui, no lugar de tantos grandes diretores, no lugar que foi ocupado por Alvo Dumbledore. Eu não sei se sou merecedor de tanto, mas... Bem, como todos sabem, eu sou um lobisomem. Então, eu não poderia estar aqui, não fosse uma ajuda que estou recebendo do novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que também é o melhor produtor de poções do mundo. Ele está produzindo uma poção que anula os efeitos da mordida do lobisomem... É um tratamento, com plantas da Florândia _ a floresta bruxa brasileira, a maior do mundo, a que contém maior diversidade de plantas e animais mágicos. A mão milagrosa do novo professor de D. C. A. T. é incrível! Bem, eu sou eternamente grato a ele por isso. Eu queria lhes apresentar o novo professor, ele se chama Abel; porém, ele não pôde vir hoje e, amanhã, ele mesmo se apresenta a vocês, não é? Bem, como vocês sabem, após a morte de Dumbledore, o antigo professor de poções retomou sua aposentadoria. Conseguimos outro, mas ele só chegará aqui na segunda semana. Nessa primeira semana, então, quem dará poções pra vocês será Abel. Agora, vamos separar os novos alunos... Ah! Antes disso, quero saudar a nova aluna de Hogwarts: seja bem-vinda, Alana! Alana veio da Escola de Magias Brasileira e já passou pelo Chapéu Seletor: vai ficar na Grifinória. Espero que a Grifinória a receba bem. _ A mesa da Grifinória toda olhou para Alana e a recebeu com aplausos. Lupin esperou um momento e depois continuou: _ Agora, vamos à seleção dos novos alunos, não é?
O Chapéu Seletor fez a seleção. Em seguida, Lupin disse:
_ Agora, vamos ao banquete! Ataquem!
Dizendo isso, Lupin se sentou e a comida apareceu. Alana se sentou ao lado de Rony; afinal, ele era o único que a garota conhecia. Rony se virou para ela e disse:
_ Seja bem-vinda à Grifinória!
_ Obrigada!
_ De nada! A Grifinória é a melhor casa que existe. Tenho certeza de que você vai gostar! E... Se precisar de alguma coisa... Pode falar comigo, ok?
_ Tudo bem, obrigada.
_ De nada.
_ Quem é aquela menina? _ Hermione perguntou a Harry.
_ Não sei... Deve ser a nova aluna.
_ Ah, entendo!
Após o banquete, Lupin se levantou novamente e falou:
_ Bem, novos alunos, sejam bem-vindos! E... Aos antigos, bem-vindos novamente! Agora, eu não tenho mais nada a dizer e... Suas camas estão esperando! Boa-noite!
Hermione foi guiar os novatos para a torre da Grifinória. Alana perguntou a Rony:
_ Onde é a torre da Grifinória?
_ Eu levo você: vem! _ Rony respondeu e guiou Alana à torre da Grifinória.
Em seguida, Hermione se virou para Harry e disse:
_ Boa-noite, Harry.
_ Boa-noite, Hermione. _ Harry respondeu.
Hermione se virou e foi para o dormitório feminino. Rony gritou:
_ Ei! Eu não ganho boa-noite não? Ei!
Hermione não voltou. Alana disse:
_ Sua namorada não gostou...
_ De quê?
_ Da atenção que você deu a mim.
_ Ah, que absurdo! Isso é muito infantil!
_ Ela está revoltada, porque ela não está namorando quem ela queria de verdade e... Bem, ela acha que você não está retribuindo...
_ Como assim? Ela não está namorando quem ela queria?
_ Não. E... Desculpe-me o atrevimento, mas... Você também não está.
Rony não se irritou. Em vez disso, ele parou e refletiu. Em seguida, perguntou para Alana:
_ Então... Por que ela aceitou ser minha namorada?
_ Pelo mesmo motivo que você a pediu em namoro.
_ Mas... Mas... Mas...
_ Eu acho, Rony, que vocês dois confundiram amor com amizade. Ah, Rony, desculpe-me! Eu não deveria dizer isso... Ah, desculpe-me! Desculpe-me!
_ Não, você não tem que pedir desculpas... Talvez... Talvez... Bem, talvez... Talvez você tenha razão, não é? Não fique assim, você não fez nada de errado, não tem que pedir desculpas não.
_ Ah, Rony, eu... Eu não devia ter...
_ Você me abriu os olhos... Talvez... Talvez eu... Bem, eu preciso refletir sobre isso. Hermione e eu brigamos demais e... Quando você perguntou se eu a amo, eu não respondi e... Eu preciso pensar sobre o que você falou: talvez você tenha razão.
_ Eu acho melhor a gente não se falar por um tempo, porque... Hermione não vai gostar de nada disso e...
_ Não importa! Eu não to nem aí se ela vai gostar ou não! Você é uma amiga minha, uma amiga muito valiosa e... Eu tive a sorte de conhecer você e... Não quero perder sua amizade!
_ Você não vai perder, Rony, não vai perder.
Rony abraçou Alana. Em seguida, ela disse:
_ Bem, Rony, eu preciso ir pro dormitório... Onde é?
_ Por ali _ disse Rony, apontando para o caminho.
_ Sim, claro. Então... Boa-noite, Rony.
_ Boa-noite.
_ Boa-noite _ Alana olhou para Harry e continuou: _ Boa-noite Harry... Harry Potter.
_ Boa-noite.
_ Harry, ela é Alana e... Ela lê pensamentos, sabia?
_ É, eu sou Alana, mas... Pra saber que você apontou para Harry _ é Harry Potter, não preciso ler pensamento nenhum, porque você é muito conhecido em todo o mundo mágico.
_ Ah, _ Harry ficou sem jeito _ prazer, Alana.
_ Igualmente.
A menina se virou e foi para o dormitório. Roni se virou para Harry e disse:
_ Ela é uma grande garota, Harry.
_ Você gostou mesmo dela, hem?
_ Ei! Ela é uma grande amiga! Só isso! Eu não sei por que a Hermione ficou tão brava comigo, porque eu não fiz nada demais!
_ Não sei não, Rony, você estava olhando pra menina com uma cara e um olhar muito estranhos...
_ Como assim?
_ Eu não sei... Você olhou pra ela parecendo que... Parecendo que estava bem interessado... Entende?
_ Olhei?
_ Olhou. A Grifinória toda percebeu e... Eu acho que a Hermione também, Rony.
_ Ah... Eu... Eu... Eu só admiro ela demais, sabe?
_ Sei...
_ Cara, ela lê pensamentos!
_ An...
_ É verdade! Ela sabe tudo o que a gente está pensando... É que... Ela tem a técnica dos vampiros...
_ O quê? Ela é um vampiro?
_ Não, mas ela já enfrentou um monte deles com o irmão dela. Aliás, o irmão dela é o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
_ Sério?
_ É sim.
_ Nossa! Que legal! Será que ele também lê pensamentos?
_ Com certeza!
_ Temos que contar a Hermione!
_ É... Se ela falasse comigo, eu a contaria. Mas... De qualquer forma, amanhã nós vamos conhecê-lo. Você já viu o horário?
_ Não...
_ A primeira matéria é Defesa Contra as Artes das Trevas.
_ Ah, legal.
Harry e Rony foram para seus dormitórios e dormiram. A noite foi tranqüila.
No outro dia, Harry estava dormindo. Calmamente, ele acordou. Não havia sonhado com nada de ruim e isso era bom. Vagarosamente, Potter abriu os olhos. Ele pegou os óculos e os colocou. E aí, tomou um enorme susto! O Sol já batia na janela, clareando o quarto todo. Será que ele estava atrasado? Ele olhou no relógio e viu: a primeira aula já tinha começado há uns dez minutos. Ah, não! Harry Potter olhou para o lado e viu seu amigo dormindo profundamente. Ele acordou Rony; este, sobressaltou-se da cama. Como era possível? Os dois chegariam atrasados no primeiro dia de aula!
_ Será que o novo professor é compreensivo? _ Rony perguntou.
_ Bem, se a gente não pegar detenção, vamos ter sorte. _ Harry não acreditava que o professor fosse entender. Aliás, não tinha nada para entender, não é? Ele dormiu muito e... _ Nossa! Se... E se ele ler nossos pensamentos, Rony? _ Harry disse com uma voz de susto.
_ Nossa! Estamos perdidos!
_ Acho que vamos ter que pular o café da manhã.
_ Você acha, é? Eu tenho certeza!
_ Vamos, rápido!
Os dois saíram correndo.
Hermione chegou cedo na sala, uns vinte minutos antes da aula começar. Onde estaria Harry? E Rony? Ela não sabia. Aos poucos, a sala foi se enchendo. Hermione foi a primeira a chegar... Não, a segunda. Antes dela, aquela menina... Aquela que conversou com o Rony... Já estava lá. Quem seria aquela menina? Hermione não sabia e... Pra ser sincero, ela nem queria saber mesmo.
O professor chegou. Hermione olhou e não acreditou: o professor parecia um deles, ou seja, ele era tão jovem quanto eles! Seria mesmo o professor?
_ Eu sou mesmo o professor, Granger _ disse Abel.
_ O quê? _ Hermione não entendeu.
_ Você estava se perguntando, em pensamentos, se eu era mesmo o professor, não é? Sim, sou eu mesmo. Sei que sou jovem, mas já passei por muitas coisas e... Acho que vou dar boas aulas.
_ Mas... mas... Mas...
_ Não, senhorita Granger, a senhorita não disse nada em voz alta não.
_ Então...
_ Eu leio pensamentos, senhorita Granger. Gostei muito da sua vontade de aprender coisas novas: espero não decepcioná-la. Só vou dar um conselho: não fique presa só à biblioteca de Hogwarts, porque, o que vou ensinar, é muito incomum e... Acho que a biblioteca de Hogwarts não tem nada sobre o que vou ensinar. Bem, pedi ao Lupin pra comprar uns livros novos, mas... Eles vão demorar a chegar. Bem, Granger, vou começar a minha aula. É... Onde está o senhor Potter?
_ Eu...
_ Entendo. Você não o viu hoje. Achei que talvez tivesse visto. De qualquer forma, obrigado.
_ De nada.
O professor foi para a frente e começou a aula:
_ Bom, turma, façam silêncio, por favor. Quem não quiser assistir à minha aula, pode sair, fique à vontade. Eu não tiro pontos de casas sem um bom motivo e, não querer assistir a uma aula não é um bom motivo. Mas, todos os alunos que estiverem aqui, dentro desta sala, terão que ficar em silêncio. Odeio quando falam junto comigo e, falar junto comigo é um bom motivo para eu tirar pontos. Bem, vamos começar, não é? Meu nome é Abel, Abel de Oliveira.
Hermione se lembrou que já havia ouvido falar desse nome, mas... Onde? Ah, ela se lembrava agora! Abel de oliveira era...
_ Sim, senhorita Granger, eu sou conhecido por muitos como “o Escolhido”, por causa da Profecia Apocalíptica. Na verdade, apesar da minha aparência, tenho mais de três mil anos. _ A turma ficou agitada. Em seguida, todos olharam interessados e o professor continuou: _ Eu leio pensamentos. Sendo assim, não adianta ninguém pensar em fazer alguma coisa errada, porque será pego antes de fazer a coisa. Tenho uma coisa a dizer: Voldemort _ a sala se agitou novamente, mas o professor continuou, como se nada tivesse ocorrido _ Voldemort é só um amador! _ Agora sim, a turma virou uma balbúrdia. Abel falou: _ Silêncio! Já chega! Silêncio! Bem, a Arte das Trevas não se resume a um bruxinho revoltado que quer dominar o mundo, ela é muito maior. E... O que eu vou ensinar a vocês é como vencer realmente as trevas. Este ano será fundamental na luta das trevas contra o amor: a Profecia Apocalíptica acontecerá. _ A turma não entendeu. Abel, porém, não explicou, mas falou: _ Como vocês parecem não entender, eu vou passar o primeiro...
Nesse momento, a porta se abriu. Harry e Rony entraram. Harry disse:
_ Onde está o professor?
_ Não sei _ respondeu Abel _ acho que ele vai se atrasar mais um pouco.
_ E... Quem é você? _ Harry perguntou. _ Eu não vi você ontem aqui!
_ Ah, eu? _ Abel continuou brincando: _ Eu sou um novo aluno e... Bem, eu estava na mesa da Grifinória ontem, você não me viu mesmo?
_ Não... Não... Mas... Lupin não o apresentou...
_ Ah, ele deve ter se esquecido! _ A turma toda ria da piada de Abel.
_ Mas... Por que estão todos sentados e quietos?
_ Ah, é que... É que a Professora Minerva disse que o professor chegaria daqui a pouco e pediu pra todos ficarem sentados, então... Eu acho melhor você se sentar também.
_ Harry _ chamou Hermione, baixinho. _ Harry!
_ Sente-se lá, do lado da sua amiga, Potter; ouça o que ela tem a dizer, talvez seja importante.
_ Mas... E você? _ Harry perguntou a Abel.
_ Ah, Potter, não se preocupe comigo! _ O professor continuou brincando. _ Eu tenho permissão pra sair, porque preciso pegar uma coisa que esqueci.
_ Ah, ta. _ Harry foi se sentar.
Abel saiu da sala e depois entrou novamente. Ele disse:
_ Bem, agora vamos recomeçar a aula, não é? Achei que o senhor Potter não fosse vir, porque achava que não precisasse. Mas... Já que ele veio nos dar a honra da sua presença, vou começar a aula novamente.
_ Ele é o professor, Harry _ disse Hermione sussurrando.
Harry ficou vermelho. Certamente, a detenção dele seria a pior. Malfoy bradou:
_ Não vai tirar pontos da Grifinória?
_ Malfoy _ disse o mestre _ o professor aqui sou eu! E... Não, não vou tirar pontos da Grifinória não, porque não tiro pontos por atraso. O senhor Potter dormiu até mais tarde, só acordou há dez minutos e nem tomou café: veio direto pra cá. Isso significa que ele está pelo menos um pouquinho interessado, não é? E... Por causa da pergunta indiscreta do senhor, senhor Malfoy, a Sonserina perderá cinqüenta pontos!
Harry falou baixo para os amigos:
_ To começando a gostar dele...
Malfoy se revoltou:
_ O quê? A Grifinória não merece perder pontos pelo atraso do Potter, mas a Sonserina merece perder pela minha pergunta? Você não é professor! Qualquer um de nós aqui sabe mais que você! Qualquer um de nós aqui poderia vencê-lo num segundo!
_ Muito bem _ disse Abel _ a Sonserina vai perder mais cinqüenta pontos pela sua ousadia, senhor Malfoy! Mas... Deixa eu ver se eu entendi bem... Você está me desafiando, Malfoy?
_ Estou!
_ Muito bem: eu aceito! Turma, acho que vamos ter nossa primeira aula prática antes do que eu esperava. Levem pergaminho, pena e tinta, porque eu quero, para a próxima aula, um resumo de tudo o que vai acontecer nessa aula prática. E esse fica sendo nosso primeiro dever, nossa primeira tarefa. Quero uma narração detalhada de tudo o que acontecerá na aula prática, quero tudo, tudo mesmo: movimento das varinhas, movimentação dos oponentes, táticas, estratégias, olhares... Enfim, tudo! E... Quanto às regras, Malfoy, vale usar qualquer feitiço, incluindo as maldições imperdoáveis! Será vencedor aquele que deixar o oponente inconsciente. Bem, se você ganhar, Malfoy, eu devolvo os cem pontos que retirei de Sonserina e dou mais cinqüenta; se você perder, retirarei mais cinqüenta pontos de Sonserina. Vamos todos para o pátio!
A turma obedeceu. Todos iam para o pátio. Hermione comentou com Harry:
_ Por que o professor aceitou o desafio do Malfoy? Eu não entendo!
_ Nem eu. Acho que ia ser bem legal se o professor acabasse com o Malfoy.
_ É, ia ser bem interessante mesmo. Quais magias o professor vai nos ensinar? Eu imagino que ele deve saber muitas!
_ É, ele deve saber sim _ disse Rony _ e tomara que acabe com o Malfoy! Imagina se o professor o deixasse inconsciente... Ia ser tão legal!
Enquanto os três conversavam, Alana se deixou ficar para trás, a fim de perguntar a Abel:
_ Você vai mesmo enfrentá-lo? Vai levar a sério mesmo?
_ Vou _ respondeu Abel _ e vou acabar com ele! Depois desta luta, Malfoy jamais voltará a uma sala de aula de Hogwarts.
_ Ah, não, Abel! O que você vai fazer?
_ Você verá.
_ Você é professor! Não pode...
_ Sim, posso. Agora, vá!
_ Estou indo...
_ Rápido!
Não teve jeito: Alana foi obrigada a se apressar. Todos estavam no pátio. Após um tempo, o docente também chegou. Num aceno de mão, o mestre conjurou uma bela arquibancada, onde os discentes se sentaram. Malfoy ficou ali, de pé, encarando o professor.
_ Bem, Malfoy _ disse Abel _, vou deixar que você faça o primeiro movimento; quando quiser, pode começar.
Malfoy esperou um momento e começou lançando:
_ [Avada Kedavra!]
A turma ficou assustada. Como Malfoy se atrevia a lançar a maldição da morte em um professor? Ninguém acreditava. A luz verde saiu da ponta da varinha de Malfoy e ia na direção de Abel. A classe soltava gritos: _ ”ó!”. Seria o fim do mestre? Não, claro que não. Abel barrou o feitiço com a varinha dourada, a qual estava em sua mão direita. Ouviu-se um “ó!” mais acentuado ainda. A turma não acreditou. Abel falou:
_ Lição número 1: primeiro, desarma-se o inimigo.
_ Certo; mas, acho que você não devia me dar lições agora, “Professor” _ Malfoy ironizou.
_ E... Por que não? Ainda sou seu professor, Malfoy.
_ Quer que eu o desarme? Então, toma! _ Malfoy apontou a varinha para Abel e disse: _ [Expelliarmus!]
O jogo de luzes acertou a varinha do docente, todavia ele continuou segurando-a. O jogo de luzes não foi capaz de arrancar a varinha da mão do professor e, após um tempo, dissipou-se. Abel disse:
_ Não, não, não, Malfoy, muito fraco! Acha que com isso vai tirar minha varinha? Não mesmo! Bem, por que não tenta de novo?
A classe não acreditava! Aquele jovem professor era mais forte do que todos pudessem imaginar... Como podia? Será que ele tinha mesmo mais de três mil anos? Hermione comentou:
_ Nossa! Que bruxo poderoso!
Malfoy tentou novamente:
_ [Expelliarmus!]
Novamente, em vão.
_ [Expelliarmus!]
Novamente, sem sucesso. Abel disse:
_ Bem, Malfoy, já vi que você não vai conseguir me desarmar mesmo. Então, vou te ajudar. Harry, agarre!
O professor lançou sua varinha para as mãos de Potter e este a agarrou.
_ Segura ela pra mim _ disse o professor para Harry.
A classe não acreditava! Ah, agora sim o professor havia enlouquecido! Ele ia duelar sem varinha? Ia perder! Abel disse:
_ Pronto, Malfoy, vamos lá!
_ Agora será o seu fim! _ Malfoy proferiu essas palavras, no tom arrogante de sempre.
Em seguida, Draco apontou a varinha para o peito do professor e lançou:
_ [Avada Kedavra!]
A turma soltou novos “Os!” e pensou que, agora sim, o mestre morreria. A luz verde saiu da varinha de Draco Malfoy e foi direto na direção do coração do docente. Entretanto, Abel colocou a mão esquerda na frente do peito e, com ela, barrou o feitiço de Draco. Agora sim, foi uma baderna! Todos exclamavam _ “ó!” _ na maior altura. Ninguém acreditava no que via e, com razão, não é? O professor falou:
_ Você é fraco, Malfoy, muito fraco. Mas quero brincar mais um pouquinho com você. Vamos lá!
Draco tentou outro feitiço:
_ [Sectusempra!]
O mestre desapareceu.
_ Onde você está, covarde? _ Malfoy questionou, desesperado.
_ Estou aqui! _ Abel respondeu, com voz firme. _ Estou atrás de você! E... Eu poderia matá-lo agora, caso eu quisesse. Lição Dois: nunca deixe o adversário atrás de você. Lição Três: nunca perca o adversário de vista. Bem, vamos continuar a brincadeira?
A turma não acreditava. O professor estava brincando com Draco Malfoy. Rony perguntou, baixinho:
_ Por que é que o professor não mata essa porcaria logo de uma vez?
_ Fica quieto, Rony _ disse Hermione _ e anota tudo! Você se lembra de que o professor pediu uma narração de tudo? Você precisa anotar!
_ Eu não to nem aí pra redação nenhuma _ retrucou Rony _ eu só quero ver o Malfoy morto!
_ Você não tem jeito mesmo, não é, Ronald Weasley? _ Hermione falou.
_ Ah, não começa, Hermione! _ Rony replicou, nervosamente.
Malfoy lançou mais um feitiço, mas dessa vez sem proferi-lo. Era o “Crucio”. Porém, de súbito, o professor desapareceu novamente. Malfoy se virou e viu, mais uma vez, o professor às suas costas. Abel disse:
_ Pelo jeito você não aprende nada mesmo, não é? Agora é a minha vez!
Malfoy lançou o “Protego” de forma silenciosa. Abel lançou em voz alta:
_ [Finite Incantatem!] [Crucio!]
O primeiro feitiço destruiu o “Protego” e o segundo atingiu ferozmente Draco Malfoy. Draco caiu no chão e se contorceu de dor. Ah, aquela dor era horrível! Muito pior do que a dor que ele sentira naquela vez em que Voldemort usou o “Crucio” nele. Certamente, o professor era forte, era merecedor do cargo! No entanto, Draco Malfoy não daria o braço a torcer. Abel falou:
_ Bem, classe, quero que vocês prestem atenção particular no meu próximo feitiço. É um feitiço bem útil. Ele é muito poderoso e poucos bruxos o conhecem. O nome dele é “Animus nocendi”. Prestem bastante atenção, ok? E, para a próxima aula, quero uma pesquisa completa sobre esse feitiço.
Após falar com seu Corpo Discente, Abel apontou o dedo indicador para Draco. Em seguida, desenhou uma pirâmide com o dedo. Depois, lançou:
_ [Animus nocendi!]
A cara de Malfoy piorou. A dor que ele sentia certamente foi multiplicada por mil. Seu corpo parece que se destruía por dentro. Além disso, tudo doía, corpo e alma. A dor era incrível, insuportável! Que feitiço seria aquele? Nem Voldemort conhecia, Draco tinha certeza! Hermione enlouqueceu. Ela disse, em pulos de alegria:
_ Nossa! Nós vamos aprender magia nova! Olha lá! Eu nunca vi! Que magia é essa? _ Hermione anotava freneticamente tudo em seu pergaminho, para fazer sua narração depois.
_ Será que isso é Magia Negra? _ Potter perguntou.
_ Não sei, mas parece que é: olha lá a cara do Malfoy, a dor aumentou depois que o professor lançou aquela magia. Deve ser semelhante ao “Crucio”, não é? _ Rony foi quem falou.
_ É, deve ser sim _ disse Harry.
Draco Malfoy estava acabado. Ali, jogado no chão, ele não podia fazer nada. Abel disse:
_ Agora, vou lhe dizer mais uma coisa, Malfoy: a gente não só desarma o inimigo, a gente destrói a varinha dele. Quer ver? _ O professor apontou o indicador da outra mão para Draco (Malfoy ainda segurava a varinha) e disse: _ [Expelliarmus!].
Incrivelmente, a varinha de Draco foi destruída. Hermione exclamou:
_ Nossa!
Em seguida, Abel falou:
_ Bem, Malfoy, você é ridículo! Adoro alunos que me desafiam, mas... Odeio desafiantes fracos e arrogantes como você. Agora, chegou a hora de eu acabar com isso. Você está pronto, Malfoy?
A cara de dor do oponente de Abel era só o que se podia ver. Então, o docente disse:
_ [Estupefaça!]
Abel fez um gesto de ampliação do feitiço e Draco Malfoy foi duramente atingido. Ele ficou com cortes por todo o corpo, além de ficar também totalmente inconsciente. Todos riram. Ver Draco Mafoy _ tão arrogante _ ali, caído, indefeso, derrotado, era a notícia do século, a coisa que todos queriam! Com um balançar de mãos, Malfoy desapareceu, o que aumentou o delírio da turma. Aquele professor era mesmo fantástico! Todos soltavam altas exclamações de aprovação, exceto os alunos da Sonserina, é claro. Abel falou:
_ Bem, Sonserina acaba de perder mais cinqüenta pontos, então. Além disso, quero dizer para que não se preocupem, porque eu teletransportei Malfoy para a Ala Hospitalar, onde ele deve ficar por mais de um mês.
A turma quase toda ria. Ficar livre de Draco por mais de um mês? Era o que todos ansiavam! Mas, de repente, a cicatriz de Harry começou a doer muito forte. O que seria aquilo? Todos pararam o que faziam e se voltaram para Harry. Por que aquilo agora? Harry não entendia. Ouviu-se, naquele momento, uma voz que fez a turma toda estremecer.
_ Que tal uma aula prática de verdade, “professor”? _ Aquela voz apavorante falou, ironizando a última palavra.
A cicatriz de Harry ardia mais e mais. Aquele não podia ser... Podia? Não podia, era. Lord Voldemort se materializou ali, na frente do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. O mestre falou:
_ Ora, ora, ora, Voldemort! É realmente muito bom ter você aqui, para que eu possa comprovar o que eu disse no início da aula _ que você era só um amador! Bem, agora vou provar isso para a turma toda.
_ Vai mesmo?
_ Classe _ disse o docente _ quero que todos permaneçam onde estão, sem se mexer, por favor. E... Harry, vou fazer sua cicatriz parar de doer pra você.
Abel estendeu a mão e disse:
_ [Accio Varinha!]
A varinha do professor, a qual estava nas mãos de Harry, voaram levemente e o mestre a agarrou. Em seguida, o docente acenou com a varinha e a cicatriz de seu aluno parou de doer. Harry não acreditou: ninguém havia conseguido fazer isso antes. Abel disse a Voldemort:
_ Agora, vou proteger meus alunos.
Abel sacudiu a varinha e um enorme espelho surgiu em volta dos alunos. Eles podiam ver tudo, mas estavam protegidos. Abel explicou:
_ Esse é o espelho refletor de magias. Qualquer magia lançada contra ele será refletida. Portanto, não se preocupem: vocês estão seguros. Mas... Continuem anotando tudo, por favor, porque a aula prática ainda não acabou. Eu não contava com a visitinha inesperada de Lord Voldemort. Como eu dizia no início da aula, Voldemort é só um amador, um bruxo revoltado que aspira ao domínio do mundo todo. No entanto, as trevas não são só esses bruxinhos fracos e ridículos. A aparição de Voldemort _ morto por Harry Potter _ aqui, em Hogwarts, marca o início de uma nova guerra, um recomeço: a Profecia Apocalíptica. A terceira tarefa de vocês é pesquisar o que é a Profecia apocalíptica. Bem, agora vou provar para vocês que Voldemort é só um bruxo fraco.
Voldemort ouvia tudo sorrindo. Ele não acreditava no que ouvia. Bruxo fraco? Aquele professor ia ver! Ele falou:
_ Bem, já chega de baboseiras! Vamos ver quem aqui é fraco, então.
_ Vamos lá! _ Abel disse.
Voldemort apontou a varinha para o peito de Abel e se concentrou. Ele olhava fixo nos olhos do docente. Parecia que ele estava concentrando todos os seus poderes, todos os seus maléficos poderes. Após algum tempo, Lord Voldemort lançou seu feitiço mais forte:
_ [Avada Kedavra!]
Será que Abel conseguirá vencer o Lord das Trevas? O que será de Hogwarts agora?
(***) E, no próximo capítulo...
Lord Voldemort invadiu Hogwarts. Como? E agora? Abel e o Lord das Trevas travam uma batalha. Quem vencerá? Fica provado que Harry Potter estava errado quando pensou que a derrota de Voldemort seria o fim; agora, nossos personagens estão diante do “RECOMEÇO”. Mesmo assim, há tempo para conflitos. Hermione agora tem uma rival, ela não é mais, sozinha, a melhor aluna de Hogwarts. Criaturas incríveis invadem Hogwarts... Seriam dementadores? Não, são muito piores! Será que Hermione, Harry e Rony estã prontos pra isso? Não percam o próximo e eletrizante capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “O ANJO DO INFERNO”!
(***) Palavra do autor:
Bem, galera, espero que estejam gostando! Por favor, comentem! Ah! Meus sinceros e enormes agradecimentos a Mariana _ a administradora deste site _, por ter preenchido para mim o arquivo.xls que se deve preencher para a publicação de fics; não fosse isso, esta fic não teria sido publicada. Valeu!
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