O ANJO DO INFERNO



CAPÍTULO 2:

O ANJO DO INFERNO


(***) Nota do autor:


Quero dizer que, qualquer lembrança colocada por mim aqui nesta fic sobre a luta direta entre Harry Potter e Voldemort (a última luta) é totalmente arbitrária. Ou seja: totalmente da minha cabeça.

Isso significa que não tem nada a ver com o que a autora vai escrever no sétimo livro. Só estou dizendo isso porque, talvez, a fic ainda esteja sendo escrita após o lançamento do sétimo livro e eu pretendo evitar confusões, não é? Bem, se for necessário, depois escrevo a minha versão para o sétimo livro em uma outra fic. Mas, por ora, contento-me que vocês saibam que possíveis citações de lembrança da busca pelos Horcruxes e da luta final entre Harry e Voldemort são invenções minhas (tudo o que ocorrer após o livro 6 será invenção minha nesta fic). Bom, é isso.


Agradeço aos sete leitores que tive até agora no site Floreios e Borrões e também a todos os leitores que tenho no Aliança Três Vassouras. Valeu mesmo, galera! E, por favor, comentem!


(***) Filosofia:


O que são conflitos? Dissidência de idéias, ou só mais uma das maneiras que o amor tem para se manifestar? Ah, ora, conflitos são conflitos...


(***) No capítulo anterior...


Harry e Rony encontraram Hermione. Eles chegam a Hogwarts e viram que tudo estava como antes, exceto por umas poucas mudanças. Potter, todavia, descobre que não é mais o mesmo. Eles conheceram finalmente o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, que surpreendeu a classe, mostrando que sabia bem mais do que aparentava. Malfoy foi duramente derrotado em um duelo contra o mestre e, quando a aula prática acabou, apareceu Lord Voldemort. O docente, no entanto, tratou o Lord das Trevas como um nada e continuou sua aula. A aula prática continuaria, então. Será que o professor é mesmo bom, ou é só mais um enganador? A luta entre Abel e Voldemort poderá nos responder.


(***) História:


Voldemort apontou a varinha para o peito de Abel e se concentrou. Ele olhava fixo nos olhos do docente. Parecia que ele estava concentrando todos os seus poderes, todos os seus maléficos poderes. Após algum tempo, Lord Voldemort lançou seu feitiço mais forte:


_ [Avada Kedavra!]


O jogo de luz verde saiu da ponta da varinha de Voldemort. Esse jogo era muito mais rápido e forte que aquele lançado por Draco Malfoy. A turma estava apavorada. Agora sim, todos torciam por Abel. Se o Lord das Trevas vencesse, Hogwarts estaria perdida. O jogo de luz verde foi lançado velozmente na direção do peito do mestre. Entretanto, Abel de Oliveira barrou facilmente a forte magia de Tom Riddle. A admiração da turma por Abel só aumentava. Tom não acreditou. Como era possível? Aquele era seu feitiço mais forte! Como aquele professorzinho conseguiu barrar tão fácil? Abel falou:


_ Tom Riddle! Você é fraco!


_ O quê? _ Voldemort não acreditava.


_ Eu vou te mostrar como se lança um verdadeiro Avada Kedavra!


_ Acha que vai conseguir? Rá, rá, rá, rá, rá! Vamos ver quem vai vencer este duelo!


Voldemort apontou sua varinha para o Professor Oliveira e lançou:


_ [Crucio!]


Abel desapareceu. Novamente ele usou o teletransporte e agora estava atrás de Riddle.


_ Ah? O quê? Onde está você, covarde? _ Tom bradou enfurecido.


_ Estou aqui, Riddle, atrás de você!


_ Ah, interessante! [Crucio!]


Novamente Abel usou o teletransporte. Voldemort se virou e lançou:


_ [Expelliarmus!]


O docente foi atingido, contudo continuou segurando sua varinha. O Lord das Trevas não acreditou. Abel satirizou:


_ Será que um “Lord” pode ser tão fraco assim? Acho que as trevas estão mesmo desesperadas, não é?


_ Maldito! Eu vou destruí-lo, idiota!


_ Vai mesmo? E... Eu poderia saber como?


_ Assim! [Sectusempra!]


O jogo de luz saiu da ponta da varinha de Tom Riddle e foi em direção ao mestre. Abel deu vida a algumas pedras, as quais formaram um escudo na frente dele, que barrou o feitiço de Tom.


_ [Serpensortia!]


Voldemort, então, conjurou uma cobra, que atacou o professor. Entretanto, Riddle não obteve sucesso, porque Abel a destruiu imediatamente. O Lord das Trevas, então, chamou sua cobra de estimação _ Nagini e a ordenou que o atacasse. Abel de Oliveira apenas deu um passo para trás, apontou a varinha para o réptil e lançou:


_ [Crucio!]


A cobra parou o ataque, caiu no chão e se contorceu de dor. Abel disse:


_ Voldemort! Você sabe o que Nagini está falando agora, não sabe? Assim como eu, você também é Ofidioglota. Então, sei que você sabe; ela está pedindo, implorando para que eu pare, sabia? Ela está sofrendo, Riddle!


Era verdade. Tom Riddle sabia que o professor falava a verdade. Nagini, sua querida cobra, estava sofrendo. Ah, ele não agüentava mais ver aquilo. Sem pensar, ele pediu:


_ Pare! Sua luta é contra mim, não contra ela! Pare!


_ Oh! _ Abel zombou: _ Classe, como vocês podem perceber, não há mal nem bem absoluto; as pessoas boas, às vezes, fazem coisas más e, os maus também têm coração.


_ Pare! _ Voldemort insistiu.


_ Ajoelhe-se! _ O docente falou. _ Peça isso de joelhos!


O Lord das Trevas, antes tão forte, antes tão seguro de si, ajoelhou-se e pediu:


_ Pare! Pare! Pare!


O mestre disse:


_ Bem, como vocês podem ver, ninguém é inatingível. É tudo uma questão de descobrir o ponto fraco do inimigo, antes que ele descubra o seu. Bem, Riddle, vou acabar com o sofrimento da sua querida cobra. E, vou lhe mostrar como se lança um verdadeiro Avada Kedavra.


Abel parou o Crucio e conjurou:


_ [Avadaaaaaaaaaaaaaaa.... Kedavraaa!]


_ Nãããããããoooooooooooo!!! _ O grito de Tom Riddle foi alto e carregado de tristeza e ódio.


Um jogo de luz verde saiu da ponta da varinha dourada do docente com uma força e velocidade incomparáveis. Rapidamente, a cobra foi atingida. O corpo dela caiu inerte no chão. Nagini estava morta. Morta! Morta? Sim, morta. O Lord das trevas não acreditava. Ele gritou, em um grito desesperado, cheio de ódio, tristeza e dor:


_ Naaagiiniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!!!


Riddle enlouqueceu. Ele gritou:


_ Eu vou matar você, maldito!


Abel apenas ergueu a varinha e lançou, enquanto Tom se levantava:


_ [Expelliarmus!]


Foi um tiro certeiro. A varinha de Lord Voldemort foi destruída. Tom Riddle perdeu as duas coisas que mais prezava. Agora seu ódio era imenso. Com os olhos vidrados na direção do professor, Voldemort lançou, gritando o feitiço:


_ [Crucio!]


Dessa vez, Abel deu vida à porta de seu armário _ a qual estava na sua sala _ e fê-la vir até onde eles duelavam. Ela serviu de escudo e ficou em cacos. Em seguida, o docente lançou:


_ [Sectusempra!]


Voldemort foi atingido em cheio. O sangue lhe escorria pelo rosto, a ferida aberta ia se aumentando a cada minuto, era horrível a cena! Depois disso, Abel, impiedosamente, continuou a tortura:


_ [Crucio!]


Tom caiu no chão. Ele nunca havia sido torturado antes. É verdade que ele já torturou muita gente, mas, ser torturado daquela maneira... Nunca! Ah, como doía, como era triste, como era terrível! Tom Riddle estava agora ali, no chão, sofrendo, humilhado, indefeso. Ele jamais pensou que se sentiria assim algum dia. Só lhe restava uma coisa, mas seu orgulho o impedia de fazê-lo. O mestre falou:


_ Tom Riddle! Isso dói, não é? É bom, quando é você quem lança, você não acha? Ah, Riddle, é a primeira vez que você é torturado assim, não é? Pois bem, faço isso por Dumbledore. Eu o conheci! E você mandou matá-lo covardemente, não foi? Agora você morrerá! Morrerá novamente, voltará para o inferno!


Harry não podia negar que estava gostando daquilo. Seu professor estava fazendo o que ele nunca conseguiu fazer. Era bom! Era muito bom ver que o responsável pela morte das pessoas que Potter mais amava agora estava pagando por isso! Era incrível e assustadoramente bom! Abel lançou:


_ [Avadaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Kedavraaaaaaa!!!]


Voldemort engoliu seu orgulho e gritou, com todas as forças restantes:


_ Ajude-me, mestre!


A turma não acreditou. O Lord das Trevas estava... Pedindo ajuda? A quem? Ah, não! Se existisse alguém mais poderoso que Tom Riddle... então eles estariam perdidos! Abel falou:


_ Adeus, Tom Riddle!


Uma voz, vinda de algum lugar, porém, retrucou:


_ Ainda não, Abel, ainda não!


Todos se assustaram. Nesse momento, Voldemort desapareceu. O feitiço que deveria atingi-lo bateu no espelho refletor e se voltou contra Abel. Uma gargalhada foi ouvida. Agora o feitiço voltava velozmente contra o dono. Foi então que Abel lançou um feitiço em si mesmo:


_ [Protego!]


Bem, a classe pensou que seria inútil, pois todos tinham aprendido que o Protego só barrava pequenos feitiços. Todavia, o que Abel conjurou barrou a Avada Kedavra, lançando-a novamente contra o espelho refletor. Isso lhe deu um tempo maior. Ele, então, deu vida a uma estátua que havia dentro de sua sala, convocando-a ao local do combate. Quando o feitiço se voltou novamente contra o docente, a estátua o protegeu. Ela ficou em cacos, é claro. A turma não acreditava... Vários _ “ohs!” eram ouvidos.


Com um aceno de varinha, o professor desfez o espelho refletor. Em seguida, ele disse:


_ Pronto, a aula prática acabou: voltem todos para a sala de aula.


Todos voltaram para a sala, incluindo Abel.


Já na sala, Abel fechou a porta e falou:


_ Então, classe, vocês têm três tarefas: a primeira será pesquisar sobre a Profecia Apocalíptica; a segunda, a narração detalhada dos acontecimentos da aula prática e a terceira será pesquisar sobre o feitiço Animus Nocendi. Bem, como vocês não vão encontrar nada sobre esse feitiço na biblioteca de Hogwarts, nem que vocês pesquisem na seção restrita... eu os autorizo a perguntar sobre o feitiço a quem vocês quiserem. Isso inclui todo mundo, todo mundo mesmo! Sobre a Profecia Apocalíptica, vocês podem... Pois não, Senhorita Granger, o que a senhorita quer saber?


_ Professor, de quem era aquela voz... Aquela que falou “Agora não”... Ou... Sei lá... Algo parecido... _ Hermione checava suas anotações, procurando a frase correta.


_ Ah, sim: aquela voz era de Lúcifer.


_ De quem?


_ Lúcifer, Senhorita Granger. Ele é o pior dos inimigos, o mais maléfico. Se você disser esse nome para algum trouxa, ele tremerá de medo. Isso prova que os trouxas não são tão ignorantes quanto nós, bruxos, pensamos. Isso, srta. Granger, tem a ver com a Profecia Apocalíptica. Bem, como eu dizia, vocês poderão encontrar sobre ela no mais lido livro trouxa: a Bíblia.


_ Ah, agora vamos estudar também em livros trouxas, é? Que tipo de professor é você?


_ Tinha que ser da Sonserina, não é? Bem, senhorita Parkinson, eu sou do tipo de professor que busca a sabedoria, esteja ela onde estiver e, se a sabedoria estiver em um livro trouxa, sim, vocês o estudarão. Mais alguma perguntinha, srta. Parkinson?


A aluna não respondeu.


_ Melhor assim, porque minha paciência com a Sonserina já acabou há muito tempo! Muito bem, turma, essas são as três tarefas que vocês têm para amanhã. Sugiro a todos vocês que amenizem o preconceito que tenham em relação a mim. Sou jovem, sim, mas tenho algum conhecimento a transmitir, ou não estaria aqui, não acham? Como eu já disse, não adianta me testar, porque eu leio pensamentos; então, acho bom aceitarem que, mesmo que não queiram, eu sou o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Agora... Bem, vai tocar o sinal. _ Realmente, o sinal tocou. O mestre concluiu: _ Então, vocês estão dispensados por hoje. Até amanhã.


A turma estava saindo. Harry, Rony e Hermione juntaram o material e já iam em direção à porta quando Abel interrompeu:


_ Potter, você fica.


_ Eu? _ Harry não acreditou.


_ Existe mais algum Potter nesta sala?


_ Não, professor...


_ Então, eu acho que é você mesmo.


Hermione e Rony olharam para Harry, com um olhar solidário. Eles iam saindo, quando o professor falou para Hermione:


_ Granger, não se esqueça disto: não fique presa à biblioteca, você pode e deve perguntar a quem quiser _ e isso inclui todo mundo mesmo _ sobre o feitiço Animus Nocendi, porque na biblioteca não tem.


Hermione ouviu, mas não acreditou. Abel ainda completou:


_ Você pode pedir ajuda, Granger, não é vergonha nenhuma.


Hermione foi embora da sala. Abel perguntou a Harry:


_ Você acha que ela ouviu?


_ Sei lá... _ Harry respondeu.


_ Vai ficar em pé, Potter?


_ É...


_ Eu sei que você tem outra aula e, não se preocupe: você chegará a tempo. Sente-se.


_ O que eu fiz, professor?


_ Nada. Eu só quero lhe dar uma coisa.


_ Me dar... Uma coisa?


_ Sim.


_ o QUE É?


_ Isso.


Abel entregou um relógio a Harry. Este, falou:


_ Ah, obrigado... Bem, eu...


_ Não, você não tem; pelo menos um como esse não. Esse é o meio de comunicação mais eficaz para os bruxos, Potter. Isso aí que eu te dei não é só um relógio. Ele é tudo. Você pode usá-lo como... bem, é semelhante àquilo que os trouxas chamam de Computador, entende? Você pode ver livros de outras escolas, pesquisar... Pode se comunicar com quem você quiser... desde que a pessoa também tenha isso, é claro. É simplesmente fantástico!


_ Obrigado, professor.


_ De nada. Eu estou lhe dando isso por um motivo...


_ Qual?


_ Qualquer coisa que acontecer, fale comigo, tudo bem?


_ É... Tudo...


_ Isso é sério, Potter! No expresso você contou para Hermione sobre a dor da sua cicatriz e ela não acreditou; bem, como pudemos ver, Voldemort realmente está de volta. Não sei se Hermione vai acreditar em você, porque ela é muito racional, mas sempre que sua cicatriz doer, ou sempre que você tiver algum sonho estranho, fale comigo que eu acreditarei em você. E, falando comigo, você me ajudará a me antecipar aos ataques do mal. Isso é sério, Potter, isso é muito sério! Dumbledore não está mais aqui e é por isso que eu vim: quero proteger Hogwarts das investidas de Lúcifer. Bem, quando você fizer uma boa pesquisa (e com esse reloginho aí você vai poder pesquisar bem mesmo), você entenderá melhor do que eu estou falando.


_ Sim, Professor Oliveira.


_ Bem, é isso. Quando quiser falar comigo, olhe para o relógio e diga: “Professor Abel de Oliveira”.


Harry pensou:


_ “Nossa! Hermione ia adorar isso!”


_ Potter, _ chamou o docente _ você tem razão. Hermione vai adorar esse reloginho aí, então... toma: dê a ela.


Abel entregou um relógio igual ao que tinha dado a Harry Potter. Potter agradeceu:


_ Obrigado, professor.


_ De nada. Ah! Diga a ela que é para ela usar, hein?


_ Tudo bem, professor.


_ Agora vá.


_ Sim, professor.


Harry correu até a sala da próxima aula. Por sorte ele não encontrou nada no caminho que o atrapalhasse. Logo chegou na aula de Feitiços. O professor Flitwick, após um longo discurso sobre os Niens, fez outro discurso dando boas-vindas e, só então começou de verdade a aula. Ele começou a ensinar sobre Feitiços Conjuratórios.


_ Para conjurar alguma coisa, é preciso seguir alguns procedimentos. Na verdade, três coisas são necessárias para conjurar. Alguém saberia me dizer quais são?


As mãos de Hermione se ergueram, mas, surpreendentemente, não foram as únicas. Alana também havia erguido as mãos. O professor se surpreendeu: era a primeira vez que tinha outra mão erguida, diferente da de Hermione. Flitwick falou:


_ Ah, que bom que mais alguém, além da Senhorita Granger, quer responder! Bem, diga, Senhorita Oliveira...


_ Para conjurar alguma coisa é preciso ter concentração, força de vontade e objetividade.


_ Nossa! Incrível! Certo, Senhorita Oliveira. Dez pontos para a Grifinória. Bem,quanto maior é aquilo que se deseja conjurar, mais difícil é. A dificuldade também aumenta de acordo com a complexidade da coisa a ser conjurada. Assim, conjurar uma pedra pequena é bem mais fácil que conjurar uma mesa e, conjurar uma mesa é bem mais fácil que conjurar um cachorro. Conjurar um ser humano é... Bem, até hoje... Impossível. Alguém saberia me dizer por que a dificuldade de conjurar aumenta de acordo com o tamanho e complexidade do que se quer conjurar?


Novamente, as duas mãos voaram no ar: a mão de Hermione e a mão de Alana. Flitwick disse:


_ Pois não, Senhorita Granger...


_ Para conjurar alguma coisa, o bruxo precisa se dispor de grande energia. A energia necessária para conjurar uma coisa pequena, é menor que a energia necessária para conjurar uma coisa grande. Então...


_ Sim, Granger; mas... Por que isso acontece? Por que a energia necessária para conjurar uma coisa pequena, também é pequena? _ O professor Flitwick questionou.


_ Bem, professor, isso tem a ver com a materialização...


_ Senhorita Oliveira, poderia complementar, por favor? _ Flitwick cortou Hermione e passou a palavra para Alana, que continuava com a mão no ar.


_ Sim, professor: conjurar é apenas a arte de materializar a energia em algum objeto ou ser. Dessa forma, fica fácil entender por que a energia necessária para conjurar aumenta de acordo com o tamanho do que se quer conjurar, não é? Quanto maior é o objeto inanimado que se quer materializar, maior é a energia necessária. Com relação aos seres vivos, a coisa fica ainda mais complicada, pois é necessário conjurar o corpo inanimado, a vida do ser, ou seja, sua alma, e conectá-los. Almas como as de aves, répteis, peixes e outros seres simples, são fáceis de serem materializadas e conectadas. Porém, a alma humana _ a mais complexa que existe _ é quase impossível de ser materializada, porque para isso demandaria mais energia do que provavelmente o corpo do bruxo possui. A conexão também consome muita energia. Portanto, conectar o corpo humano _ complexo e quase inconjurável _ à sua alma, se torna quase impossível.


_ Excelente, Senhorita Oliveira, excelente! Nem eu explicaria tão bem! Vinte pontos para a Grifinória pela resposta da Senhorita Granger e cinqüenta pontos para a Grifinória pelo complemento da Senhorita Oliveira. Fantástico! Incrível! A senhorita deveria pensar em dar aulas, Senhorita Oliveira.


_ Ah, obrigada, Professor Flitwick _ Alana respondeu, sorridente.


_ Bem, como corretamente afirmou a Senhorita Oliveira, a arte de conjurar é nada mais que a arte de materializar. E, para isso, precisamos de muita concentração, determinação (ou, como disse a Senhorita Oliveira, força de vontade) e objetividade, para se conjurar o que se quer. Vamos começar a conjurar coisas pequenas; depois, passaremos para coisas maiores. Sugiro que tomem um café bem reforçado, porque vão ficar com fome quando formos conjurar coisas muito grandes. Vamos começar com uma pequena pedra. Vou demonstrar como se faz: vejam.


O professor demonstrou como conjurar a pedra. Depois, ele mandou que os alunos começassem a praticar. Alana chamou o professor na sua mesa e disse:


_ Veja, professor, isso é fácil!


Ela conjurou uma pedra perfeita. Flitwick não acreditou. Nenhum outro aluno havia sequer começado e Alana já havia conseguido. Incrível! Rony olhava com uma admiração incrivelmente grande. Ele nem entendeu direito como fazer e ela... Hermione comentava:


_ Que garotinha exibida, não? Tudo o que ela disse está no livro! Eu já sabia daquilo tudo e poderia ter dito...


_ Então, por que você não disse, Hermione? _ Rony defendia Alana, ou, talvez, apenas implicasse com Hermione.


_ Ora, o professor ficou igual a você, Rony, babando naquela garotinha idiota! Não tive oportunidade de falar nada!


_ Eu acho, Hermione, que você está com inveja. Por que você não mostra a pedra que você conjurou? Ah, desculpe-me! Você ainda não conseguiu!


_ Ronald Weasley, por acaso você conseguiu?


_ Não, e também nem entendi muito bem. Mas... Alguém conseguiu e, primeiro que você, Hermione. E isso te incomoda, não é?


Hermione não disse nada: ela começou a tentar conjurar a pedra. Harry e Rony também estavam tentando agora. A coisa era mais difícil do que parecia. Rapidamente, Alana já mostrava ao professor uma estátua que havia conjurado. O Professor Flitwick ficava cada vez mais animado: ele nunca havia visto uma aluna tão boa! Certamente a Escola de Magias Brasileira ensinava muito bem. Flitwick até pensou em fazer um curso lá, assim que possível.


_ Você é demais, garota!


_ Ah, professor, eu já passei por várias coisas, sabe? Já precisei, no aperto, sem treinamento nenhum, conjurar coisas muito mais complexas que essa bela estátua...


_ Ah, é claro! Você é a irmã do Professor Oliveira... Ele é muito bom... Me contaram...


_ É sim, ele é fantástico!


_ Bem, Oliveira, eu vou dar uma volta pela sala, para ver como o resto da turma está. Você já fez até mais do que o que eu queria, então... Se quiser dar uma volta por aí... Fique à vontade.


_ Posso mesmo?


_ Claro! E... Você vai querer levar a estátua?


_ Não, professor, ela é sua.


_ Ah, obrigado!


_ De nada... Ah! Tenho outra coisa pra você, professor!


_ O que é?


Alana conjurou um pedestal. Em seguida, disse:


_ Esse é um pedestal magicamente encantado para seguir suas ordens. Ele substituirá a pilha de livros na qual o senhor fica de pé. Quando quiser se mover, pense na direção e na velocidade que deseja, e, o pedestal irá.


Alana levitou o professor e o colocou no pedestal. O Professor Flitwick ficou maravilhado. Ele agradeceu mil vezes e Alana sempre dizia que não era nada. Por fim, saiu da sala e foi dar um passeio pelos jardins da escola. Nunca o professor havia deixado uma aluna sair antes do tempo; Flitwick nem sabia se isso era certo ou não, mas Alana merecia, porque ela era fantástica! E aquele pedestal era simplesmente incrível!


Hermione resmungou:


_ Ah, bem legal... Comprando o professor...


No final da aula, Hermione conseguiu conjurar a pedra; dos que estavam na sala naquele momento, ela foi a única. Flitwick concedeu dez pontos para a Grifinória por isso. Hermione Granger não ficou muito satisfeita, porque o professor havia concedido mais de cinqüenta pontos pelas conjurações de Alana, mas não teve nem como falar nada, porque a “Senhorita Oliveira” havia conjurado muito mais que uma pedrinha.


Enquanto nossos quatro heróis tinham aula de Feitiços, o Professor Abel recebia, em sua sala, os sextanistas. Gina e Luna entraram na sala juntas; Luna se sentou nos fundos, mas, como D. C. A. T. era a matéria de que Gina mais gostava, ela se sentou na cadeira mais próxima à mesa do professor. Ela estranhou ao notar que ele era jovem. Na verdade, ela já tinha visto fotos daquele professor... Ele era...


_ Bom dia, turma. Eu sou o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Meu nome é Abel de Oliveira.


_ Você é... Abel de Oliveira? _ Gina perguntou exclamando.


_ Sim, sou eu mesmo...


_ Você é...


_ O Escolhido.


_ Ah, não... Não estou falando disso... Sei que é o Escolhido, mas... Você é mesmo o poeta que escreve para o Poesia de Bruxos?


_ Oh, Senhorita Weasley, que surpresa agradável! É a primeira pessoa que não me conhece como Escolhido, mas sim como Poeta! Bem, sim, sou eu mesmo que escrevo para o Poesia de Bruxos.


_ Nossa! Que legal! Eu adoro suas poesias! Leio todas!


_ Obrigado.


_ Professor...


_ Pois não...


_ O senhor poderia... No final da aula... Escrever uma poesia sua no quadro?


_ Bem, não é um pedido muito comum, mas... Bom, se você for uma boa aluna, eu te dou um poema meu.


_ Sério? _ Gina perguntou, sorrindo como nunca havia feito antes.


_ Sim _ respondeu Abel, sério. _ Bem, vamos começar a aula. As trevas são caminhos fáceis para quem quer ir em sua direção. É muito fácil ser do mal. Contudo, enfrentar as trevas é realmente difícil. Isso exige muita força de vontade, determinação, objetividade e, principalmente, amor. _ A turma ficou alvoroçada com a última palavra do professor. Ele continuou: _ Sim, classe, o amor que vocês estão imaginando serve para enfrentar as trevas, mas, não é o único. Há várias formas de se manifestar; há o amor entre apaixonados, entre irmãos, há o amor de pais e filhos, de amigos e, às vezes, até mesmo entre inimigos. Mas, voltando ao assunto inicial, as trevas são muito piores do que aparentam. Voldemort _ novamente a baderna foi instalada e Abel continuou aumentando a voz _ Voldemort é só um amador. _ Agora sim, foi uma algazarra! Abel prosseguiu: _ Silêncio! Silêncio, por favor! Já chega! Silêncio! Muito bem: as trevas não se resumem a um bruxinho ridículo que aspira ao domínio do mundo! Elas são bem piores que isso! Enfrente as trevas de verdade e o Avada Kedavra será o MENOR de seus problemas! Bem, eu vou prepará-los para enfrentar as trevas de verdade; quem tiver o dom aprenderá mais; quem não o tiver, que abandone este curso. Vocês são livres para isso. Quem estiver nesta sala, que fique em silêncio e que tenha vontade de aprender; quem não tiver isso, desista, porque não vai passar comigo. Vocês são livres para sair da sala a hora em que quiserem: eu não tirarei ponto de suas casas por isso. No entanto, se optarem por ficar aqui, terão que ser ordeiros, porque falar junto comigo é um motivo muito bom para perder pontos. _ Gina estava adorando aquele professor. Ah, ele era, além de lindo, muito bom! E era poeta, também, é claro. Abel falava: _ Bom, hoje nós vamos começar o curso com o básico: as Maldições Imperdoáveis. Alguém saberia me dizer quais são elas?


A mão de Gina voou pelos ares. Abel autorizou:


_ Diga, Senhorita Weasley...


_ As três Maldições Imperdoáveis são: Imperius _ a maldição do domínio, do controle de mentes _, Cruciatos _ a pior tortura _ e a Maldição da Morte _ a Avada Kedavra. Para lançar a Maldição Imperius o feitiço é: “Imperio”; essa maldição dá a quem lançou o controle sobre a pessoa atingida. Voldemort a lançou em várias pessoas, a fim de obter o controle sobre elas e fazê-las obedecê-lo. Mas... Bem, quando um Comensal era preso, ficava um pouco difícil saber se ele agira por vontade própria, ou se estava sob a Maldição Imperius. Para lançar a Maldição Cruciatus o feitiço é: “Crucio”; quem é atingido por essa maldição sofre a pior tortura de sua vida. É horrível! Voldemort usou várias vezes essa maldição. O feitiço para lançar a Maldição da Morte é: “Avada Kedavra”; não há como escapar dessa maldição, ela é, sem dúvida, a pior.


_ Excelente, Senhorita Weasley! Trinta pontos para a Grifinória! Eu até daria cinqüenta, mas a senhorita cometeu dois erros básicos: em primeiro lugar, a Maldição Cruciatus não é a pior tortura, embora os livros digam isso; em segundo lugar, sim, é possível escapar da Avada Kedavra, ou o senhor Potter já estaria morto. Mas, Weasley, não fique triste, você foi muito bem.


Um aluno levantou a mão e perguntou:


_ Professor, como escapar da Avada Kedavra?


_ Basta usar o Protego.


_ Mas, professor, o Protego só barra pequenos feitiços!


_ Isso é o que dizem os livros, meu caro. Entretanto, nem tudo o que está em um livro é verdadeiro. Alguém aqui sabe lançar a Avada Kedavra?


Um aluno levantou a mão.


_ Por favor, venha aqui, então.


O aluno foi até onde o professor estava.


_ Bem, lance a Avada Kedavra em mim _ disse o mestre.


_ O quê? _ O aluno não acreditou.


_ Lance a Avada Kedavra em mim: vou dar uma demonstração prática aqui.


_ Mas... Mas... Mas.... Professor...


_ Rápido, ou vai levar detenção!


O aluno apontou a varinha para Abel. Gina tremia de medo. Ela já havia visto aquela maldição muitas vezes e, nunca viu alguém revertendo e, ainda mais com um simples Protego... Ah, Gina estava preocupada, tensa. O aluno lançou, com muito medo:


_ [Avada Kedavra!]


_ [Protego!] _ Abel lançou em si mesmo e depois teletransportou o aluno para trás dele.


O jogo de luz verde bateu no escudo de Abel e se voltou na direção em que o garoto estava. A Avada Kedavra atingiu a parede da sala, fazendo um barulho horrível. A turma soltou um “Ó!” de admiração. Gina fez muito mais que isso: ela aplaudiu de pé a exibição do professor. O aluno respirou aliviado. O docente se virou para ele e disse:


_ Muito bem, garoto! Dez pontos para a Corvinal pela sua coragem!


O aluno foi se sentar sorridente. Abel falou:


_ Sente-se, Weasley. Eu agradeço suas palmas, mas acho que minha exibição não foi tão boa assim...


_ Foi fantástico! _ Gina disse.


_ Ah, bom... _ Abel se voltou para a turma, sorridente _ classe, eu acho que tenho uma fã, não é? _ Todos riram, incluindo o mestre. Abel prosseguiu: _ Bom, eu vou demonstrar as três maldições na prática. _ Abel conjurou uma cobra e continuou: _ A primeira... [Imperiu!] Bem, agora eu a controlo. O que eu a mando fazer? Bem, vou mandá-la se morder, porque eu odeio cobras! _ A cobra se mordeu e todos riram. _ Bom, vou aproveitar esse mesmo animal repugnante para mostrar a outra maldição. Vamos lá: [Crucio!] Bem, é isso aí. _ A cobra se contorceu de dor. Todos ficaram assustados. _ Esse é o efeito esperado... Quem lança essa maldição, ou quer obter alguma informação, ou quer assustar alguém, como eu os estou assustando agora. Bem, vamos dar um fim à miserável vida desse asco? [Avada Kedavra!] _ Um jogo de luz verde saiu da ponta da varinha do professor e acertou a cobra. Ela caiu no chão, sem vida. _ Bem, é isso. A Avada Kedavra mata, assim, sem dor, sem deixar vestígios. Mas, como nada é perfeito, a falta de vestígios é um indício de que ela foi usada, não é? Pois bem: quero que vocês aprendam a usar essas três maldições, não para sair usando em qualquer um, mas para usar corretamente. Não se pode vencer o mal sem conhecê-lo, sem saber usar suas técnicas; mas, aprender o mal não significa ser mal, mesmo que a linha que divide esses dois caminhos seja tênue. Quero que vocês aprendam o mal, mas, não quero que vocês sejam maus. Saibam usar Imperius, Cruciatus e Avada Kedavra, mas só usem em quem for realmente mal. Bem, nas próximas aulas vamos praticar essas maldições e vamos aprender como evitá-las. Alguma pergunta?


Gina levantou a mão.


_ Pois não, Weasley?


_ Como é que o seu “Protego” ficou tão grande e forte, professor?


_ Determinação, concentração, objetividade e amor. Mais alguma pergunta? ... Bem, então, quem quiser ir embora, pode ir. Senhorita Weasley, a senhorita ganhou o poema: foi a melhor aluna de hoje. Vou escrevê-lo no quadro para quem quiser copiar, mas, a Senhorita, Senhorita Weasley, não precisa copiar: vai ganhar ele escrito num pergaminho. Toma. _ Abel entregou um anel para Gina. _ Depois eu explico como ver o poema com esse anel. Mas, primeiro...


Abel de Oliveira tocou o quadro com a varinha e o seguinte poema apareceu:


{ Estamos juntos!
Não importa onde você esteja,
Ou quão grande a distância seja,
Pois o meu amor vai te encontrar!


Estamos juntos!
Grudados, coração, coração!
Minha alma toca a tua e então,
O meu corpo começa a voar!


O tempo insiste em levitar,
E minha mente insiste em me lembrar,
Que a minha vida é te amar!}


Abel explicou:


_ Bem, este poema eu escrevi há um ano para um amigo meu que queria dar à namorada. Ele no Brasil e a namorada estava morando no Japão. Eu achei bem legal, não sei se vocês gostaram.


A classe ficou dividida. Os homens, metidos a durões, saíram da sala. As garotas... Ah, ficaram bem agitadas... O sinal tocou e todas deixaram a sala, exceto Gina. A menina disse:


_ Excelente, professor! Adorei!


_ Weasley, o anel se usa assim...


_ Não, professor, pode me chamar de Gina mesmo...


_ Certo... Bem, quando você quiser ver o poema, toque no anel com sua varinha e diga seu nome. Sairá do anel um pergaminho que você e só você poderá tocar. Pegue-o e leia. Quando não quiser mais, toque com a varinha no pergaminho e ele voltará para o anel.


_ Obrigada, professor!


_ De nada.


Gina se foi, sonhando com o “impossível”!!!...


Todos foram almoçar. Aquele banquete de Hogwarts era mesmo fantástico! Até Abel ficou impressionado. Harry entregou o relógio para Hermione. Ela disse:


_ Isso é... Só um relógio...


_ Não, Hermione, isso é também uma excelente ferramenta de pesquisa e comunicação. Dá pra ler os livros de outras escolas com ele e...


_ Isso é sério, Harry?


_ Sim, por isso o professor pediu para que eu te desse... Ele achou que você ia gostar.


_ Nossa! Que legal! Obrigada, Harry...


_ De nada, mas... Acho que você tem que agradecer é ao professor, não é?


_ Sim, vou agradecê-lo amanhã.


Hermione almoçou rápido. Em seguida, foi para a biblioteca pesquisar sobre o trabalho do Professor Abel. Depois, voltou para onde os amigos estavam e eles foram para a aula de Herbologia. O resto do dia foi normal para todos, nada que mereça relato.


Após o jantar, Harry Rony e Hermione foram para o Salão Comunal da Grifinória. Rony reclamava:


_ Aquele Professor Oliveira é louco? Eu não sei onde achar sobre aquele feitiço...


_ Nem eu _ disse Hermione _ não tem nada na biblioteca! Droga! Como ele quer que a gente faça um trabalho sobre alguma coisa que não tem na biblioteca?


_ Ele deve ser um louco! _ Rony bradou. _ Além disso... Droga! Resumo detalhado da aula prática... Pesquisa sobre a Profecia Apocalíptica... Três deveres para amanhã e tudo dele! Droga! Eu odeio esse cara!


Os três foram dormir sem conseguir fazer o trabalho sobre o feitiço “Animus Nocendi”.


No outro dia eles acordaram e, como tinham um horário vago, foram pesquisar. Todavia, não encontraram nada. Hermione reclamava:


_ Droga! Não tem nada aqui!


Bem, a hora da aula de D. C. A. T. chegou. Eles tiveram que ir para a sala. Quando chegaram, perceberam que não foram os únicos indignados. Só Alana estava tranqüila ali. Abel entrou na sala, fechou a porta e começou:


_ Bom-dia, turma! Quero ver os trabalhos de vocês sobre o feitiço “Animus Nocendi”. Quem gostaria de ler para mim o seu trabalho?


Alana jogou a mão no ar. Abel autorizou:


_ Pois não, Senhorita Oliveira: leia.


_ “Animus Nocendi” _ Intenção de prejudicar. É um feitiço semelhante à Maldição Cruciatus, mas é pelo menos mil vezes pior. Quem usa esse feitiço pode prejudicar o alvo de várias maneiras: causando ferimentos simples ou graves, internos ou externos. Mas, para causar danos no oponente, deve haver a intenção de prejudicar, porque é isso que o feitiço mede. Dessa forma, o “Animus Nocendi” é bem mais preciso que o “Crucio”.


_ Muito bem, quinze pontos para a Grifinória. Mas... É só isso?


_ É...


_ Deixa eu ver isso aí... [Accio!] _ O pergaminho de Alana voou para as mãos de Abel.


_ Mais alguém? _ Ninguém. _ Então, entreguem o trabalho sobre “Animus Nocendi” para mim agora.


Ninguém colocou pergaminhos sobre a mesa. Abel se irritou:


_ Ah, não é possível! Onde estão os trabalhos de vocês?


A turma indignada reclamava, todos ao mesmo tempo. Abel gritou:


_ Calem-se! Basta! Quanta incompetência!


_ Mas, professor... Como vamos fazer um trabalho sobre uma coisa que não tem na biblio...


_ Senhorita Parkinson, eu disse que poderiam perguntar a qualquer pessoa! E ainda reforcei, dizendo que isso incluía todo mundo mesmo! Ou seja, vocês poderiam ter me perguntado! Mas, como são incompetentes... Isso é um absurdo! O que vocês estão fazendo na minha sala? Brincando? Eu não tenho tempo pra brincar! Bem, a incompetência de vocês é terrível! Mas, teve um aluno que me decepcionou de verdade! Granger _ Hermione estremeceu _ eu te dei a melhor ferramenta de pesquisa e disse duas vezes para que você não se prendesse à biblioteca! Você não usou a ferramenta de pesquisa que eu te dei, não foi?


_ Eu... Eu... Eu...


_ Cale-se! Não quero ouvir suas desculpas! Você me decepcionou de verdade! Ora, nem você leva a sério minha matéria?


_ Eu le...


_ Cale-se! Não me venha com palavras! Eu queria uma atitude. E você, Potter... Será que dá pra deixar de abominar as pesquisas?


_ Mas... Mas...


_ Eu te dei a mesma ferramenta, Potter! E você não pesquisou! Quanta estupidez! Nós só tivemos uma aluna que fez o trabalho e... Oliveira, da próxima vez que fizer um trabalho pra me entregar, faça um trabalho decente!


_ O quê? Mas meu trabalho está...


_ Um lixo!


_ Não está não!


_ Ah, não? Então me responda, por exemplo... Quem criou esse feitiço?


_ Eu...


_ Qual é o movimento de varinha para usá-lo?


_ Eu...


_ Como evitá-lo?


_ Eu... Eu não sei...


_ Aprenda a fazer pesquisa, Oliveira! Toma aqui esse lixo! Sua nota é dois.


_ Mas...


_ Chega! Você não tem argumentos, Oliveira! Se me entregar outro trabalho desses, vai pegar detenção! Uma semana! E o resto da turma... Se deixar mais um trabalho sem me entregar... A detenção será de um mês! Vocês não estão levando esse curso a sério! Mas hoje eu vou mostrar que vocês não sabem nada, vou mostrar que vocês ainda têm muito para aprender! Vamos: quero ver os patronos de vocês. _ Abel, com um aceno de varinha, jogou todas as mesas e cadeiras para o fundo da sala e conjurou dementadores, um na frente de cada um dos alunos. _ Vamos lá! Eu não vou ajudar ninguém.


Muitos conjuravam patronos, outros desmaiavam. No final de tudo, só Harry, Hermione, Rony e Alana conseguiam produzir patronos. Os outros, ou estavam fracos demais, ou desmaiados. Com um aceno de varinha, o professor fez desaparecer os dementadores e os alunos desmaiados e/ou fracos recuperaram suas forças. As cadeiras foram colocadas no lugar. Abel falou:


_ Ridículo! Quatro pessoas conseguiram produzir patronos aceitáveis. Quero os quatro aqui na frente: Harry Potter, Hermione Granger, Ronald Weasley e Alana de Oliveira. Os quatro, aqui, na frente, agora!


Os quatro foram para a frente. Abel perguntou:


_ Alguém sabe me dizer quais as funções do patrono?


Granger e Alana levantaram as mãos. Abel disse:


_ Fale, Granger.


_ Os patronos servem para afugentar dementadores e enviar mensagens.


_ Fale, Oliveira...


_ Os patronos servem para afugentar e/ou destruir dementadores, para enviar mensagens e para enfrentar algumas outras criaturas também.


_ Cite uma.


_ Ah, eu não me lembro...


_ Ah, claro. Bem, ninguém sabe, então, todas as funções dos patronos, não é? Patrono é magia básica, sabiam? Bem, os patronos servem para todas aquelas baboseiras que as duas lá disseram. Contudo, a função mais importante do patrono é: destruir Anjos do Inferno. Alguém sabe me dizer o que são Anjos do Inferno? Ninguém? ... Ninguém mesmo? ... Pois não, Oliveira...


_ Os Anjos do Inferno são criaturas parecidas com dementadores, mas sugam não só a felicidade das pessoas, como também a vida e a energia.


_ Bem, vamos à prática, então. Vocês quatro terão que destruir Anjos do Inferno com seus patronos. Vocês poderão fortalecê-los com determinação, concentração, objetividade e, principalmente, amor. As lembranças felizes servem apenas para a produção do patrono; mas, se vocês não tiverem os quatro elementos que eu citei, o patrono será fraco e inútil contra os Anjos do Inferno. Eles são perigosos. Quando explodem, lançam uma energia maléfica que pode reduzir bastante as forças de quem os atacou. Portanto, quando conseguirem destruir um Anjo do Inferno, tomem cuidado. Vou proteger meus incompetentes alunos que estão sentados nas cadeiras com o Espelho Refletor; entretanto, vocês quatro estão numa guerra: terão que resolver tudo sozinhos. Bem, vamos lá!


Abel de Oliveira conjurou um Anjo do Inferno na frente de cada um dos quatro alunos. Eles tentavam produzir patronos fortes, mas, só Alana conseguiu. Ela destruiu o Anjo do Inferno com seu patrono e ficou toda sorridente. Abel falou:


_ Ah, Senhorita Oliveira, então acha que produziu um patrono decente? Ridículo!


_ Ei! Eu produzi um patrono que destruiu esse Anjo do Inferno que você conjurou!


_ Ah, claro! E quando você estiver enfrentando um bando de Anjos do Inferno, você certamente vai chegar pra eles e dizer: “Anjinhos, venham me enfrentar um por um, porque meu patrono decente não pode enfrentar todos de uma vez!”, não é isso?


_ Olha... Eu fui a primeira que conseguiu...


_ E daí? Quer ser a melhor aluna? Então, tem que aprender a suportar a maior cobrança também! Agora, Oliveira, produza um patrono decente!


Dizendo isso, Abel conjurou dez Anjos do Inferno na frente de Alana. Agora Hermione tinha gostado; ela tinha se sentido feliz. Hermione pensou nessa lembrança recente e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


Ela tinha que conseguir também. Contudo, o patrono dela foi sugado pelo Anjo do Inferno. Harry Potter tentava produzir um patrono forte. Ele estava quase desistindo, por estar muito fraco, pensava que ia morrer, que jamais veria a luz do dia novamente. Tudo era escuridão, tudo era tristeza, tudo ali lembrava morte. Mas, Harry Potter jamais desistiu de alguma coisa. Ele se lembrou da luta contra Voldemort, das vezes em que esteve em situações difíceis, da Avada Kedavra que Tom Riddle lhe lançou... E ele reverteu novamente a Maldição da Morte contra o Lord das Trevas. Depois, correu para ver se Hermione estava bem e, ela estava! Aquilo era felicidade suficiente! Potter viu que Hermione tinha dificuldades: o patrono nunca foi sua especialidade. Ele tinha que ajudar Hermione, tinha que salvá-la novamente! Harry se preparou. Pensou na felicidade que sentiu ao ver que, no final daquela guerra horrível, Hermione estava bem. Ele apontou a varinha para o Anjo do Inferno e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


O Servo saiu da ponta da varinha dele e cresceu, ficando enorme! Em seguida, o patrono de Harry Potter investiu contra o Anjo do Inferno e o destruiu. O patrono de Harry o protegeu da energia lançada contra ele na explosão do Anjo do Inferno. Em seguida, o servo de Potter investiu contra o Anjo do Inferno que atacava Hermione, que também foi destruído. Mais uma vez, o patrono de Harry serviu de escudo contra a energia lançada pela explosão. Abel disse:


_ Parabéns, Potter! Você foi brilhante! Agora quero ver como se sai...


O docente conjurou dez Anjos do Inferno na frente de Harry Potter. Em seguida, conjurou outro na frente de Hermione. Harry viu seu patrono ser sugado. Ele não tinha mais forças. Hermione sabia disso. Ela tinha que conseguir. Hermione se lembrou de quando viu Harry Potter ganhar a guerra contra Voldemort; depois, ele veio ver se ela estava bem e lhe deu um beijo no rosto. Nada demais, coisa de amigo, mas, aquilo significou muito para ela. Foi, talvez... O que mesmo? Não importava agora: ela o salvaria. Hermione apontou a varinha para seu Anjo do Inferno e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


Um patrono saiu da ponta da varinha de Hermione e investiu contra o Anjo do Inferno que a atacava. O Anjo do inferno foi destruído. Mas, Hermione não conseguiu escapar da energia lançada pela explosão. Ela via Harry ali, sendo vencido. Todos os patronos que ele lançava eram sugados. Abel conjurou dez Anjos do Inferno na frente dela. Ela tentou criar novos patronos, mas, sem sucesso. Potter viu que Hermione foi atingida pela energia da explosão. Ela não conseguiria mais lutar, porque, certamente, estava fraca. Ele tinha que ajudá-la. Então, ele ergueu a varinha e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


Os Anjos do Inferno que o atacavam foram destruídos, mas Harry mandou seu patrono investir contra os que atacavam Hermione e, com isso, foi atingido pela explosão dos que ele destruiu. Mesmo fraco, Potter conseguiu fortalecer seu patrono e fazê-lo investir contra os que atacavam Hermione. Alana acompanhava tudo. Ela via que os Anjos do Inferno que atacavam Hermione seriam destruídos, mas, certamente, Harry não teria forças para fazer de seu patrono um escudo para proteger Hermione. Granger seria atingida fortemente e, provavelmente, iria direto para a Ala Hospitalar. O servo de Potter destruiu os Anjos do Inferno que atacavam Hermione, mas, imediatamente, dissolveu-se, porque Harry Potter caiu, sem forças, no chão. A grande explosão aconteceu. Alana usou o teletransporte, agarrou Hermione pelo braço e a teletransportou para outro lugar da sala. A energia gerada na explosão bateu contra o Espelho Refletor e depois contra a parede oposta e se dissipou. Hermione e Alana estavam do outro lado da sala e, não foram atingidas. Hermione, mesmo fraca, disse:


_ Por que fez isso?


_ Ora, Granger, você seria atingida e...


_ Ah, entendi... Quer se exibir, não é? Quer mostrar ao seu irmão que você é boa, não é?


_ Você é muito ingrata, Granger, eu te salvei de um mês na Ala Hospitalar!


_ Eu não permito que você me use para suas exibições, ouviu?


_ Ah, sim, claro.


Alana virou as costas e tomou um susto. Os dez Anjos do Inferno que ela ainda não havia destruído estavam ali, na sua frente. Além disso, Rony estava tendo sérios problemas com o dele. Alana pensou que só haveria uma coisa a se fazer. Então, ela virou a mão esquerda para trás, na direção de Hermione e virou a mão direita na direção de Rony, lançando duplamente a mesma magia:


_ [Protego!]


Um enorme escudo se formou protegendo Rony e outro Hermione. Ah, mas... Não havia mais tempo. Os Anjos do Inferno estavam perto demais. Alana, então, apontou a mão esquerda para seus atacadores e a mão direita _ a da varinha _ na direção do atacador de Rony. Em seguida, em um esforço descomunal, gritou:


_ [Expecto Patronum!]


O patrono da mão direita destruiu o Anjo do Inferno que atacava Rony e também serviu de escudo para proteger Rony da explosão. O patrono da mão esquerda destruiu os dez Anjos do Inferno que a atacavam. No entanto, os dois patronos se dissolveram. A grande explosão perto de Alana ocorreu. Ela não tinha mais forças, porque fez muita magia em pouco tempo. Ela pensou que fosse cair ali, inconsciente, e acordar só na Ala Hospitalar. Entretanto, ouviu uma voz gritando:


_ [Protego!]


Um escudo se formou, protegendo Alana da energia da explosão. Então, Alana olhou para ver quem a tinha ajudado: era Abel, o qual, agora, estava do lado direito dela. O professor disse:


_ Parabéns, Oliveira. Dez pontos para a Grifinória!


_ Mas, professor _ Hermione argumentou _ ela teria tido problemas se você não tivesse...


_ Granger, você também teria problemas, caso a Senhorita Oliveira não tivesse te ajudado. Se isso fosse uma guerra, Granger, Oliveira poderia estar morta, mas teria salvo sua vida! Bem, numa guerra, a nossa vida não vale nada se não pudermos salvar as vidas dos nossos companheiros. É melhor morrermos, para que nossos companheiros vivam, porque, assim, teremos nossa consciência limpa. Mais uma vez, parabéns, Senhorita Oliveira! Bem, turma, quem fez os outros dois trabalhos que eu pedi, entreguem!


Abel desfez o Espelho Refletor de Magias. Em seguida, com um aceno de varinha, o mestre fez com que todos os quatro alunos se sentissem bem novamente. Os quatro, então, que estavam em pé, sentaram-se. Todos os grifinórios entregaram os outros dois trabalhos; os sonserinos não haviam feito nenhum. Abel, então, falou:


_ Muito bem, todos os grifinórios podem me entregar o trabalho sobre “Animus Nocendi” na próxima aula. Mantenho o que eu disse: podem perguntar sobre o feitiço a quem vocês quiserem, isso inclui todo mundo mesmo, ouviram? Senhorita Oliveira, a senhorita, por favor, refaça esse lixo que chamou de trabalho! Bem, quanto aos sonserinos... Não percam tempo com isso, porque a nota de vocês é zero mesmo! E sem reclamações! Vocês tiraram zero nos três trabalhos! Bem, para a próxima aula, quero também um trabalho sobre os Anjos do Inferno. Quero trabalhos completos, ouviram? Os livros que eu pedi para o Diretor Lupin comprar chegarão amanhã; aí a Biblioteca de Hogwarts será uma biblioteca decente e vocês poderão pesquisar nela. Bem, é isso. A aula de poções, hoje à tarde, será ministrada por mim. Peço que levem para a aula muita disposição, porque eu odeio dar poções e também odeio a sala onde as aulas são ministradas. Levem varinha, caldeirão, ingredientes e... Levem também uma vassoura. _ A turma questionou e Abel simplesmente repetiu: _ Levem uma vassoura! É só isso. _ O sinal tocou e Abel disse: _ Vocês estão dispensados. Bom almoço e até daqui a pouco.


Os alunos saíram. No caminho, Hermione se distanciou dos amigos. Rony perguntou:


_ O que ela vai fazer? Será que ela já vai para a biblioteca?


_ Não sei, Rony _ disse Harry.


Hermione percebeu que Alana foi a última a sair da sala e sabia que ela estaria sozinha no caminho. Escolheu um ponto estratégico e esperou. Alana andava tranqüila; de repente, viu que Hermione bloqueava sua passagem. Não tinha jeito: ela teria de enfrentar. Alana simplesmente falou:


_ O que você quer, Granger?


_ Você não vai me usar como marionete, entendeu?


_ Eu não preciso usar você como marionete, Granger, porque, ao contrário de você, se precisar de uma marionete, posso conjurar uma. Mas, eu odeio marionetes! Agora, saia da frente!


_ Você me usou pra se exibir, Oliveira, e vai pagar por isso!


_ Ah, é?


_ [Expelliarmus!]


Alana usou o teletransporte. Em seguida, disse:


_ Estou aqui, Granger, atrás de você!


Hermione se virou e lançou novo feitiço:


_ [Estupefaça!]


_ [Protego!] _ Alana se defendeu.


O jogo de luzes de Hermione bateu no escudo de Alana e se voltou contra a própria Granger. Entretanto, ela se abaixou e escapou por pouco. Em seguida, lançou novamente o feitiço “Estupefaça’, só que sem proferi-lo em voz alta. Alana usou novamente o teletransporte, o que era esperado por Granger; esta se virou e lançou um “Expelliarmus” mudo. A varinha de Alana voou das mãos dela e caiu longe. Hermione sorriu e lançou novamente o feitiço “Estupefaça”, esperando que Alana se teletransportasse; todavia, Alana se protegeu com um “Protego” mudo e o feitiço de Hermione se voltou contra ela; Granger, dessa vez, desviou-se para a direita e lançou o feitiço “Sectusempra” também mudo. Alana usou o teletransporte, mas, quando Hermione se virou, Alana gritou:


_ [Expelliarmus!]


A varinha de Hermione foi destruída. Hermione ficou ali, estática, de cabeça baixa. Agora ela não tinha uma varinha. Alana convocou sua varinha e a guardou. Em seguida, deu dois passos na direção de Hermione e disse:


_ Não se preocupe: não vou usar meus poderes contra você, porque você está desarmada e eu acho injusto isso. Além disso, eu, mesmo sem varinha, posso lutar; você, não. Também, acho duelos de bruxos muito arriscado. Bem, eu não tenho razão para brigar com você, Granger; mas, se você quiser brigar comigo, vamos fazer isso do modo trouxa! Bem, eu só acho que isso mancharia sua fama de certinha e de Monitora Chefe, mas...


Mesmo que Hermione não gostasse disso, Alana tinha razão. Se a Monitora Chefe saísse no tapa com alguém... Perderia o respeito e, talvez, até mesmo o cargo. Granger ficou ali, parada. Após um tempo, ela deu um passo para trás. Não, ela definitivamente não podia fazer nada. E, agora que estava sem varinha, como assistiria à aula? Alana disse:


_ Muito bem, Granger, vejo que você também não quer continuar a briga. Então, eu preciso ir, porque tenho muita coisa pra fazer. Até a próxima aula.


Dizendo isso, Alana saiu. Hermione ficou ali, triste. Como ela explicaria a ausência de uma varinha? Diria a verdade? Não podia! Ah, a próxima aula era de... Poções? Ah, não! Aquele professor exigente que lia pensamentos não a perdoaria! Ela o havia decepcionado e... Ah, e agora? Hermione, talvez pela primeira vez, não sabia o que fazer.


Alana saiu correndo e se dirigiu até a mesa dos professores: ela precisava falar com seu irmão. Chegou até Abel, o qual estava conversando animadamente com todos os professores, e disse:


_ Abel...


_ Alana? O que você quer?


_ Eu preciso de autorização para ir na loja de varinhas do Brasil...


_ O quê? Você está louca?


Usando a telepatia, Alana mostrou ao irmão tudo o que havia acontecido e também sua real intenção. Abel, após ver tudo, disse, em voz alta:


_ Tudo bem, pode ir, mas procure voltar rápido.


_ Sim, claro.


_ E... Parabéns, Alana, sua atitude é muitíssimo louvável!


_ Não, não mereço parabéns: é minha obrigação.


Alana se foi.


Nem Harry nem Rony viram Hermione no almoço. Depois, eles subiram para o dormitório, a fim de buscar suas vassouras. Rony perguntou:


_ Para que será que ele quer uma vassoura na aula de poção?


_ Eu sei lá! Rony... Você tem idéia de onde Hermione está?


_ Não, Harry, eu não tenho nenhuma.


_ Eu já estou ficando preocupado...


Os dois foram para a sala. Acharam muito estranho, porque não encontraram nem Hermione nem Alana e, geralmente, as duas eram as primeiras. De qualquer forma, Alana chegou faltando dois minutos para a aula começar. Ela entrou e se sentou no seu lugar. Hermione só chegou faltando... Não... Ela chegou junto com o professor, na verdade. Correndo, ela se sentou onde sempre costumava se sentar. Abel entrou na sala. Alana olhou para ele, como se quisesse transmitir alguma coisa por telepatia. Abel, então, disse:


_ Boa-tarde. Eu quero que todos peguem suas varinhas.


Hermione congelou. Aquilo era sua sentença de morte. Todos pegaram suas varinhas, menos ela. Abel se voltou para ela e disse:


_ Granger, eu disse para que todos pegassem suas varinhas e... Isso inclui você também.


_ Mas, professor... É que... É que...


Alana interferiu:


_ Sua varinha está debaixo da mesa, Granger. Você deve ter se esquecido... Deve ter esquecido dela quando saiu desta sala... Agora há pouco.


_ Mas... Mas... Mas... Eu... _ Hermione ia dizer que não tinha entrado naquela sala desde... Desde a última aula de poção que teve, mas, foi interrompida por Alana.


_ Não, Granger, não diga mentiras! A mim você não engana! Eu vi você aqui agora pouco! Você esqueceu sua varinha debaixo da mesa! _ A turma se interessou pela discussão.


_ Eu não... _ Hermione tentou novamente, mas agora foi Abel quem não deixou.


_ Granger, pegue sua varinha! Vamos! Quer levar detenção?


_ Mas... _ Hermione teve que pegar a varinha que, surpreendentemente para ela, estava debaixo da sua mesa.


Era uma bela varinha: era a Varinha de Prata. Abel olhou para a varinha, depois para Alana, depois se voltou para Hermione e disse:


_ Nossa, Granger, essa varinha é excelente! É a Varinha de Prata, só há três dela! Uma está com Alana, outra eu comprei e guardei e a outra... Bem, agora está com você! Excelente aquisição: parabéns! Essa é a segunda varinha mais poderosa do mundo! A primeira é a Varinha Dourada _ a minha _ e a varinha que o senhor Harry Potter usa. _ A turma soltou um _ “Ó!” de admiração. Bem, quero ver se vocês conseguem levitar seus caldeirões: vamos!


Todos levitaram os caldeirões e Abel continuou:


_ Bem, eu odeio essa sala e não gosto de ensinar poções. Então, nós vamos estudar nos jardins de Hogwarts, perto do lago, que é bem mais agradável. _ A turma aprovou. _ E, para hoje, quero uma poção simples: qualquer uma. Isso será como uma revisão. Quando vocês acabarem de fazer a poção, podem me entregar e podem... Sei lá... Voar um pouco pelos ares de Hogwarts. _ Agora sim, Abel era o professor mais amado da escola. _ Vamos para os jardins, perto do lago!


A aula de poções foi, simplesmente, a melhor. Ninguém naquela sala tinha tido uma aula de poção tão legal. Após a aula, Hermione se aproximou de Alana e perguntou:


_ Por que fez isso?


_ O quê?


_ Ora, Oliveira, não se faça de idiota! Eu sei que foi você quem comprou esta varinha e colocou debaixo da minha mesa! O que eu quero é só saber por que!


_ Bem, isso não importa, importa?


_ Eu não quero esta varinha!


_ Ah, não? O problema é seu! Granger, a varinha é sua: faça dela o que quiser.


Alana deu as costas e foi para o dormitório. Ela queria olhar pela janela, ver o movimento. Hermione foi para perto da Floresta Proibida. Ela queria ficar sozinha. Com a varinha na mão, pensava... Ah, será que... Bem, Hermione teve seus pensamentos interrompidos. Um Anjo do Inferno se aproximou e a atacou. Hermione pensou em uma lembrança feliz e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


O Anjo do Inferno foi destruído e o patrono de Granger serviu de escudo. O que um Anjo do Inferno estava fazendo em Hogwarts? Como ele havia entrado? Hermione não teve tempo para responder as perguntas. Mais de cem Anjos do Inferno avançavam em sua direção. Ela se sentia fraca, não estava muito bem.


Alana pegou sua lupa mágica e foi em direção à janela. Ela adorava olhar pela janela, sentia-se totalmente em paz! O lago, as plantas, tudo transmitia uma paz tão grande! Ah, mas, desta vez, algo não tão pacífico chamou a atenção de Alana: Hermione estava sendo atacada por mais de uma centena de Anjos do Inferno. Rapidamente, pegou sua varinha e sua vassoura e foi até o local.


Hermione estava fraca, ela sentia que não ia mais viver. Aquela sensação de gelo... Ela estava sendo congelada por dentro! Aquilo era horrível! Hermione pensou em uma coisa muito feliz, tentou ter o máximo de determinação possível e, em seguida, encheu os pulmões para gritar:


_ [Expecto Patronum!]


Um belo patrono saiu da varinha dela, mas, ele foi absorvido em um segundo. As forças de Granger estavam se extinguindo. Hermione caiu de joelhos. Ela tentava, em vão, gritar: _ “Expecto Patronum!”. O máximo que acontecia era sair um pequeno patrono, o qual era avidamente absorvido pelos Anjos do Inferno. Hermione caiu sentada agora. Ela não tinha mais forças. Ela nem conseguia falar... Morreria ali? Não. Alana chegou no local e viu a situação. Então, ela decidiu por entrar na frente de Hermione e lutar contra aquelas criaturas horríveis. Ela nunca havia lutado contra tantos Anjos do Inferno de uma vez, mas, tinha que tentar. Não tinha tempo para avisar seu irmão, não tinha tempo pra nada. Se ela perdesse, Hermione estaria morta e agora ela, Alana, também.


Alana pensou nos momentos felizes que viveu... Nos momentos felizes que poderia viver se ganhasse aquela luta contra aquelas criaturas abomináveis. Ela pensou na vitória de seu irmão sobre Lúcifer, pensou que seu irmão conseguiria, finalmente, se livrar do grande fardo que carregava... Ele finalmente passaria a bola... Ah, ela pensou na felicidade que seu irmão teria, após a vitória... Alana pensou que ela poderia formar uma família, com alguém especial... Então, ela abriu os olhos e decidiu lutar com garra e determinação. E, claro, um objetivo: destruir o mal. Então, ela encheu os pulmões e, com a maior determinação e felicidade que conseguiu, lutou por tudo aquilo que ela amava, gritando:


_ [Expecto Patronum!]


Será que Alana conseguirá vencer os Anjos do Inferno?


(***) E, no próximo capítulo...


Alana está lutando bravamente contra os Anjos do Inferno, mas, a cada Anjo do Inferno destruído, surgem mais dez! De onde eles estão vindo e, como conseguem entrar em Hogwarts? Será que Alana, Rony, Harry, Hermione, Abel e um personagem inesperado vão conseguir vencer os Anjos do Inferno? Não perca o próximo capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “A INVASÃO DE HOGWARTS”!


(***) Palavra do autor:


Bem, eu agradeço à minha Beta Reader _ Bele Lestrange _ por corrigir esta fic e... Quanto sofrimento, hem, Bele? Kkkkkk!!! Por favor, galera, comentem! Podem enviar e-mails para: [email protected], podem tentar comentar de outra forma, mas, comentem! Elogiem, xinguem... Mas, comentem! Valeu!


NOTAS DA BETA

1) Bruno, como você está falando do capítulo anterior, que, portanto, já aconteceu, coloquei os verbos no passado.
2) Como os feitiços são conjurados em latim, coloquei os termos em itálico.
3) Bruno, fiz algumas alterações para evitar a repetição de expressões em um curto intervalo de tempo, como observei em alguns lugares.
4) Bruno, eu acabei reescrevendo o parágrafo da resposta da srta. Oliveira, como uma sugestão para você. Na minha opinião, da forma como estava, ficou um pouco confuso. Você ia e voltava na idéia, primeiro definindo, depois para falar dos animais e depois do ser humano, e acabou voltando nos animais. Dê uma olhada na minha sugestão e, se quiser, fique livre para adotá-la.
5) Acho que o resto acabamos nos falando por MSN.


(***) Resposta do autor:


Excelente! Ótima correção! E... Aos leitores... Bem, vocês devem estar achando estranho a publicação da nota da Beta Reader, não é? O caso é que acho bom que vocês possam rir de mim um pouquinho... Quem sabe isso incentive alguém a comentar, não é? Comentem! Valeu, .Belle! Realmente, aquele parágrafo ficou muito melhor!

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