ENTRE HORRORES E AMORES

ENTRE HORRORES E AMORES



CAPÍTULO 4

ENTRE HORRORES E AMORES


(***) NOTA DO AUTOR:


Meus estimados leitores: agradeço-os por lerem a fic e peço que continuem lendo; se possível, peço que façam comentários! Podem mandar e-mail! Sei que algumas coisas ainda não estão claras na história. Um exemplo é a diferença entre o Teletransporte e a Aparatação. Contudo, ao longo da história, creio que tudo _ ou quase tudo _ será esclarecido (a diferença entre Teletransporte e Aparatação, por exemplo, será esclarecida mais adiante). Então, por favor, tenham paciência! Outra coisa: sei que minha fic é dinâmica; gosto dela assim. Sei também que, em algumas cenas, o dinamismo é interrompido. Afirmo: isso é proposital e, na minha opinião, importante. Gosto de “parar o tempo” nas cenas que julgo muito relevantes, primeiro para descrever detalhadamente os sentimentos dos personagens; segundo, para mostrar o quão é repetitiva a mente humana, o quão ela pode trabalhar freneticamente na hora do aperto e, também, o quão triste ou feliz pode ser uma situação; por fim, amplio o tempo, a fim de dar uma “segurada” na história e criar uma expectativa em você, leitor. Então, nos momentos em que tudo parecer estático, só faço um pedido: paciência! Isso é necessário e, talvez, nos momentos de “repouso” da história, pistas podem ser lançadas... Agradeço a todos os que estão lendo! Agradeço a todos os meus leitores no site Aliança 3 Vassouras e aos mais de trinta leitores no site Floreios e Borrões. Valeu mesmo! E, continuem lendo! E, claro, se possível, comentem! Valeu! Agora, vamos à história!


(***) FILOSOFIA:


Bons inimigos nos trazem enormes problemas e, junto com as peripécias,
Acabamos por encontrar aqueles que realmente nos amam. Então... Será que devemos mesmo odiar nossos inimigos?


(***) NO CAPÍTULO ANTERIOR...


Os Defensores de Hogwarts conseguiram vencer a batalha contra os Invasores. Abel esteve muito próximo da morte, mas, surpreendentemente, Gina Weasley o salvou no último momento. Alana de Oliveira, poucos momentos após afirmar que jamais usaria uma Maldição Imperdoável, lançou a Maldição Cruciatus em Lúcio, porque este havia atentado contra a vida de Abel de Oliveira (lançando a Maldição da Morte). Alana tentou matar Lúcio com um “Avada Kedavra”; todavia, Abel a impediu, estuporou Lúcio e terminou a batalha, transportando Lúcio, os comensais e Voldemort de volta para o inferno. Uma checagem será feita em Hogwarts, em busca de inimigos remanescentes. Abel divide as tarefas entre ele, sua irmã, Harry Potter, Ronald Weasley e Hermione Granger; contudo, Gina Weasley reivindica sua participação na aventura, o que desagrada muito Rony. Abel, então, propõe um desafio: para participar da checagem, Gina teria de lançar a Maldição da Morte numa cobra conjurada pelo professor e o “Avada Kedavra” teria que ser eficiente. A checagem trará perigos, mas também evidenciará alguns sentimentos...


(***) HISTÓRIA:


Gina queria participar. Ela não queria ser deixada de lado novamente, não queria ficar isolada da batalha, como uma criança, e não queria deixar duas das pessoas que mais amava ir pra guerra sem ela! Ela se concentrou. Sabia que lançar o “Avada Kedavra” em uma criatura que tinha um olhar de quem implora pela vida não seria algo fácil. Contudo, ela participaria da guerra a qualquer custo! Então, concentrou-se mais ainda. Abel ainda não havia ensinado como lançar a maldição, mas já havia demonstrado como fazê-la, então Gina tentou se lembrar. Em seguida, ela fez os mesmos gestos que Abel fizera na aula, concentrou-se o máximo que pôde, reuniu a maior determinação que conseguiu, fixou seu objetivo (matar a cobra para poder participar da guerra) e reuniu o maior amor que tinha, pela pessoa que a desafiava, o motivo de ela querer entrar na guerra, e então, lançou:


_ [Avada Kedavra!]


Abel ainda disse à cobra, na linguagem dela, é claro:


_ Desvie-se para a direita!


Entretanto, ela não teve tempo: a luz verde saiu como um raio da ponta da varinha de Gina e atingiu o réptil no ato. O animal morreu, sem nem saber que morreria. A caçula Weasley falou, em tom sarcástico:


_ Bem... Isso significa que eu também poderei participar, não é?


Ronald fechou a cara e Abel respondeu, em um tom totalmente cínico:


_ O que você acha?


Gina sorriu e o professor disse:


_ Potter, onde está a Granger?


_ Na Ala Hospitalar, professor. _ Harry respondeu.


O mestre, então, executou um Feitiço Convocatório e, em menos de um minuto, Hermione estava levitando na frente do docente. O professor de D. C. A. T. murmurou um feitiço e Hermione Granger acordou e se sentiu tão boa, como se não tivesse sofrido nada! Harry Potter perguntou:



_ Hermione... Você... Você está bem?


_ Sim, estou! _ Granger respondeu.


_ Bem, _ Abel falou _ vamos ao trabalho, então. Lupin, coordene os demais professores numa checagem interna; verifiquem cada canto do interior do castelo. Granger e Potter... Vocês ficarão com as estufas. Sejam muito observadores, por favor... Não deixem nada passar! Senhor Weasley, o senhor ficará com o resto... Ou seja, todas as áreas que não forem designadas a ninguém. Eu não acho que você vá encontrar nada; então, após fazer sua checagem, vá ajudar na checagem do lago. Oliveira, você ficará com o lago. Tome muito cuidado, porque você enfrentará grandes perigos. Eu ficarei com a Floresta Proibida. Agora... Vão!


_ E eu, professor? _ Gina questionou.


_ Você virá comigo, vai me ajudar na checagem da Floresta Proibida. _ Abel respondeu. Agora... Quanto aos demais... Vão! Rápido! Vão!


Todos se iam, quando Abel gritou:


_ Weasley, use sua vassoura!


Rony foi para seu quarto, pegou sua vassoura e foi fazer o que o professor pediu. Harry e Hermione foram para as estufas, Alana para o lago, e os professores para o interior do castelo. Abel e Gina continuaram parados no lugar. Gina perguntou:


_ E nós, não iremos?


_ Sim, iremos, mas daqui a pouco. _ Abel respondeu.


_ Por que temos que esperar?


_ Não temos que esperar, é que eu preciso lançar feitiços anti-teletransporte em toda a escola e pretendo fazer isso daqui mesmo; então, preciso me concentrar e, por isso, não posso ir agora.


_ Ah, desculpe-me...


_ Não há do que se desculpar... Você só estava tirando uma dúvida.


_ Bem... Posso ir na frente? Digo... Eu poderia começar a checagem...


_ Não mesmo! Você acha que isso é uma brincadeira, é?


_ Não, mas...


_ Isso é sério, menina! A Floresta Proibida é, certamente, o lugar mais perigoso a ser checado! E, com certeza, lá terá criaturas que você nunca viu na sua vida! Eu não sou tão irresponsável a ponto de deixá-la ir sozinha, sabia?


_ Desculpe-me...


_ Não, você não tem do que se desculpar. Agora... Sugiro que você faça um feitiço convocatório para chamar sua vassoura, porque vamos precisar.


_ Tá...


Gina fez o feitiço convocatório e chamou sua vassoura. O professor se concentrou e lançou os feitiços que queria. Em seguida, convocou sua vassoura e disse:


_ Pronto: agora podemos ir. Você está pronta?


_ Sim, estou.


_ Então... Vamos?


_ Vamos! _ Gina respondeu, animada. Afinal, ela estaria do lado do bruxo mais forte do universo e, também, do melhor poeta que há! Isso na opinião dela, é claro.


Abel e Gina voaram na direção da Floresta Proibida.


Harry Potter e Hermione Granger foram para as estufas. Na entrada da estufa 1, Hermione perguntou:


_ E então? Vamos dividir as estufas?


_ Não! Vamos fazer isso juntos! Eu não quero que você se machuque, não quero que sofra mais, porque você não merece!


_ Harry, eu... Eu não sou criança...


_ Eu sei que não é! Mas, mesmo assim, não vou deixá-la sozinha! Você é muito importante pra mim e... Eu não vou deixar que nada de mau lhe aconteça!


_ Harry... Eu sei me cuidar...


_ Sabe mesmo? Então... Por que Bellatrix conseguiu deixar você daquele jeito? Por que você não reagiu?


_ Ora, Harry! Francamente! Como é que eu ia reagir? Fui pega desprevenida! Como queria que eu reagisse?


_ Pois é! E se te pegarem... “desprevenida”... De novo?


_ Harry! Já chega! Eu não sou uma idiota!


_ Eu não disse que você era!


_ Você está me tratando como uma criança! E isso eu não vou admitir!


Hermione saiu correndo para a estufa 13 e lá entrou. Harry Potter correu até lá também. Quando ele entrou no local, viu uma aranha gigante agarrar a menina e erguê-la no ar. Potter gritou:


_ Hermione!!!


Ele não sabia o que fazer. A amiga estava sendo erguida cada vez mais alto e, certamente, a aranha lançaria o pior veneno na garota. Harry Potter não podia permitir aquilo, não mesmo! Então, ele bradou, apontando a varinha para as garras da aranha:


_ [Expelliarmus!]


Deu certo: as garras do asqueroso animal foram arrancadas; contudo, Granger estava despencando de uma altura considerável. O “menino que sobreviveu”, então, decidiu fazê-la levitar até ele:


_ [Wingardium Leviosa!]


Hermione foi levitando e Harry fê-la pousar suavemente na frente dele. Então, o garoto disse:


_ Hermione... Quando você vai entender que eu me preocupo com você? Quando você vai entender que eu gosto demais de você para deixar que você se machuque? Quando você vai entender que é importante pra mim?


Hermione não sabia o que dizer. Ouvir aquilo a deixava feliz; mas... Por quê? Ora, é sempre bom ouvir que alguém se importa com você, não é? Não, não era só isso. Ela gostava do olhar dele, o olhar que ele tinha quando dizia aquelas coisas... Ela gostava do jeito como ele falava _ determinado, firme, protetor _, ela gostava da voz dele e, sobretudo, ela gostava dele! Ah, não, não podia! Ela estava namorando Rony! Como podia gostar de Harry daquela forma? Ah, como ela queria que o rapaz à sua frente a tomasse nos braços e... Não! Não mesmo! Não era certo! Ela não podia trair Rony! Hermione sabia que Harry jamais faria o que sua mente insana desejava e, estranhamente, isso a deixava triste. Ao menos ele havia dito que a menina era importante pra ele, não é? Ah, Hermione não sabia o que fazer! Ela tinha as pernas bambas. O encontro com a aranha não foi nada legal. O que ela não sabia é que o aracnídeo estava ali, inexplicavelmente com garras enormes, atrás dela, pronto para lançar o mais letal dos venenos. Harry, porém, percebeu, mesmo sem entender o porquê de aquele animal asqueroso ter garras enormes novamente, já que ele as havia tirado há pouco. Em um pulo, ele se jogou na frente da amiga e gritou:


_ [Aranha Exumai!]


O animal pegou fogo e desapareceu. Harry se virou para Hermione e perguntou:


_ Hermione... Você está bem?


_ Estou, Harry...


Ela o olhava de modo agradecido e terno...


Harry encarava a garota... Será que Harry Potter estava ficando louco, ou Hermione Granger o olhava com... Amor? Não, não podia ser! Harry torcia há um bom tempo para que Hermione o amasse da forma como ele a amava, mas... Ela estava namorando Rony _ seu melhor amigo! Ela amava Rony, certamente! E ele, Harry Potter, estava só confundindo as coisas, estava só sendo insano!


Hermione notou o olhar do amigo... Ele tinha descoberto o amor que ela guardava por ele, mas, não acreditava, ou, tentava não acreditar. Ela sabia, sabia que Harry não faria nada enquanto ela estivesse com Rony; ela sabia também que o amigo não era muito bom em revelar seus sentimentos para garotas... Ela sabia, porque o conhecia melhor do que ele mesmo! Ah, o que ela faria? Continuaria a farsa que vivia com Rony? Não, não mesmo! Ela daria uma chance à felicidade dela e dele também! Afinal, parecia que, finalmente, Rony havia encontrado seu grande amor! Hermione não podia negar que Alana era uma boa pessoa; afinal, mesmo após um duelo, Alana a salvou. Ah, agora Hermione estava certa, certa do que devia fazer, certa do que faria: terminaria tudo com Rony, no outro dia mesmo, na primeira oportunidade que surgisse!


A menina obrigou seus olhos a saírem dos olhos de Harry Potter e o cenário (a estufa) despertou-a de seus devaneios. Então, ela disse:


_ Harry... Desculpe-me... Eu fui uma idiota... Eu... Eu não pensei que você se preocupasse tanto assim comigo... Desculpe-me... E... Obrigada... Obrigada por tudo...


_ Ah, Hermione, você não tem do que agradecer! De nada! E... Bem... É... An... É... Vamos... Vamos... Vamos fazer isso juntos?


_ Ah, Harry, claro! Vamos fazer isso juntos!


Harry sorriu e Hermione acabou por acompanhá-lo.


Enquanto isso, Abel e Gina entravam na Floresta Proibida. Abel disse:


_ Gina... _ A menina sorriu, porque era a primeira vez que o professor a chamava pelo primeiro nome e, isso significava muito para ela. O mestre continuou: _ Obrigado... Você salvou a minha vida hoje.


_ De nada!


_ Eu não sabia que você era uma bruxinha tão poderosa!


_ Eu... _ Gina ficou sem-graça.


_ Não, não negue isso: você tem um poder incrível! É, certamente, uma das minhas melhores alunas; é a melhor sextanista e, atrevo-me a dizer, não deve nada à grande maioria dos setimanistas.


_ Ah, professor, eu... Eu sou só uma aluna normal...


_ Não, não é. Uma aluna normal do sexto ano não cria um escudo tão poderoso quanto o que você criou há pouco.


_ Bem... Aquilo foi... Aquilo foi... Foi... Foi sorte...


_ Não, aquilo foi competência! Você tem um poder enorme, certamente!


_ Ah, não, professor... Se eu tivesse tanto poder assim, já teria inventado um feitiço pra ter sorte no amor! _ Gina brincou.


_ Ah... Bem, nem que você tivesse todo o poder do mundo, conseguiria isso. Não há feitiço para ter sorte no amor, Gina. No amor, você não precisa de sorte, você só precisa encontrar alguém com quem você compartilhe um amor mútuo, sincero, desinteressado, amigo e de igual intensidade. E, isso, não depende de sorte, mas sim, de destino.


_ Ah, professor! Eu... Eu não sei... Eu amei Harry Potter, mas... Não sei por que não deu certo! E... Agora... Eu amo novamente alguém e... Não sei se sou correspondida... Bem, eu acho que não. Acho difícil que a pessoa a quem amo me corresponda, porque... Eu não sou ninguém.


_ Bom, seu relacionamento com Harry Potter não deu certo, porque o amor não era de mesma intensidade; você o amava muito mais do que ele a amava e, bem... Potter percebeu que o amor da vida dele é outro. E, você, por sua vez, acabou por deixar de amá-lo, porque o amor é como uma planta, que precisa ser regada; Potter não regou o amor que você sentia por ele; então, você deixou de amá-lo. Quanto ao seu outro amor... Digo que você confia muito pouco em si mesma. Por que acha que não é correspondida?


Gina pensou se o professor estava lendo seus pensamentos... Se ele estivesse... Ela sabia que o docente podia fazer isso, mas não podia dizer se ele lia ou não seus pensamentos naquele momento. Ela respondeu:


_ Bem... Eu penso que não sou correspondida, porque... Bom... Quem sou eu? Ninguém! E ele... Ele é o melhor dos seres humanos!


_ Ah... Não acredito muito que ele seja melhor pessoa que você. Você é um grande ser humano! Como você, só conheço mais um ser humano... Só mais uma pessoa que seja como você eu conheço...


_ Quem?


_ Minha irmã. Vocês duas são grandes pessoas e eu as invejo; jamais serei tão bom assim! E... Eu duvido que a pessoa de quem você gosta seja um ser humano tão incrível quanto você e minha irmã.


_ Ah, pra mim ele é sim, bem melhor do que eu!


_ Você se subestima demais, sabia?


_ E é por ele ser tão bom que eu acho que ele não gosta de mim... Afinal... O que eu tenho a oferecer?


_ Uma enorme capacidade de amar... Um amor incondicional, fiel... Um amor enorme! Duvido que alguém seja capaz de amar alguém com tanta intensidade quanto você! E... Você acha isso pouco? Eu não acho! Bem, Gina, eu acho que você ainda não parou e tentou perceber as sutilezas.


_ Sutilezas? Como assim?


_ Bom... Algumas vezes, o amor não pode ser demonstrado, embora ele exista. Sendo assim... Bem, talvez seu amor seja sim correspondido, mas talvez ele não possa ser demonstrado, para o seu próprio bem. Então, se for assim, você só descobrirá que é correspondida se prestar muitíssima atenção nas sutilezas.


_ Mas... Como assim... Sutilezas?


_ As sutilezas são acontecimentos que poucas pessoas percebem; são coisas que ninguém, além de você mesma, pode perceber.


_ Professor... Você já amou alguém?


_ Bem... Antes de responder, terei de explicar uma outra coisa... Mas... Bom... Vou fazer uma pergunta: você conhece a lenda do escolhido?


_ Sim, claro! Dizem que, de mil em mil anos, aparece um ser humano de bom coração, que precisa enfrentar o pior mal do mundo: Lúcifer. Então, o Escolhido luta, provavelmente vence, vive uma vida normal e morre... Ou melhor... Vai para o paraíso.


_ Ah, legal! _ Abel sorriu. _ Essa lenda é mentirosa!


_ O quê?


_ Não há paraíso para o escolhido. O que acontece é apenas uma simulação de morte.


_ O quê? _ Gina ficou perplexa.


_ É isso mesmo! Todo espírito passa por reencarnações, passa por diversas vidas para evoluir. Só que, ao começar uma vida nova, o espírito não se lembra das anteriores. O escolhido faz um trajeto semelhante, só que ele se lembra de todas as outras vidas. O pior é ter que simular mortes, sabendo que tudo é uma simulação! Bem, não vou contar tudo agora, porque eu levaria um tempo enorme, mas... Bem, nesses mais de três mil anos, passei por várias supostas vidas, simulei várias vezes minha morte e... Digo a você, não foi nada legal! E, agora, respondendo à sua pergunta... Na minha primeira vida... Isso é... Quando tudo começou, sim, eu amei duas pessoas: uma menina, que era minha amiga de infância e que, depois, tornou-se minha namorada e uma irmã que tive, e que me traiu, passando para o lado de Lúcifer. A menina _ a que foi minha namorada _ foi morta por Lúcifer e minha irmã eu mesmo a matei com um “Avada Kedavra”, para que ela pagasse pela traição. Não foi nada fácil, mas... Fazer o quê, não é? Bem, depois disso, eu nunca mais amei alguém de verdade... Jamais amei alguém com a mesma intensidade com que amei aquelas duas... Isso é... Até esta vida. Nesta vida, eu consegui amar algumas pessoas com uma intensidade até maior que antes. Essas pessoas são meus pais e, principalmente, Alana. Quanto a amar garotas... Digo... Pra ter namoradas... Até hoje não amei ninguém.


_ Ah... Difícil, não é? Digo... Deve ser difícil, porque... Viver tantas vidas sem amor... E... Você não se casou em nenhuma dessas vidas?


_ Sim, eu me casei. Mas foi tudo fachada! A única coisa que eu sentia era nojo daquilo tudo... Eu acho que só amei mesmo (por pouco que fosse) meus herdeiros. Mas nada muito significativo.


_ Deve ter sido duro demais, não é?


_ Ah, foi sim...


_ Professor... Você acredita em destino?


_ Sim, acredito, mas não como a maioria acredita. Para mim, o destino não é aquela linha única que vamos seguir independentemente da nossa vontade. Para mim, o destino é um mapa repleto de caminhos! Nós não podemos sair do mapa, ou seja, não podemos ir para lugares que não estão no mapa, mas, dentro do mapa, temos vários caminhos a escolher e, cada caminho nos leva a um lugar diferente. Isso é o destino pra mim, entende?


_ Sim, entendo... Bem, eu nunca me convenci que o destino existia, mas... Agora, vendo como você vê, sim, o destino existe.


_ Ah... Que bom que você gostou da minha teoria sobre o destino! _ Abel sorriu.


_ É... Você é mesmo um poeta! Só um poeta explicaria o destino como você explicou... _ Gina sorriu também.


_ Bem, Gina, estamos entrando em zona perigosa. Então, vamos ficar mais atentos, ok? E... Sobre o amor... Só tenho uma coisa a dizer pra você: a resposta da sua dúvida está nas suas mãos. E... Pra ser mais preciso, está na sua mão direita. Agora, vamos ficar mais atentos!


Gina não entendeu, mas, decidiu por não dizer mais nada e se atentar.


Como o professor havia dito, Rony fez sua checagem e não encontrou nada. Então, decidiu ir ajudar Alana no lago.


Alana estava verificando o lago. Estava sendo uma tarefa bem chata, porque ela não encontrava nada e, já tinha um bom tempo que ela estava naquela situação. No entanto, de repente, algo gélido a segurou pelo braço e tentou puxá-la para o fundo do lago. Alana sentiu suas energias serem sugadas. Ah, aquela criatura! Era um Plasma Demoníaco, na certa! Alana não conseguia se soltar, e cada vez ficava mais fraca. Ela queria lançar a magia que poderia destruir aquela coisa nojenta, mas, enquanto aquilo a segurasse, ela não poderia fazer nada. Alana foi ficando fraca... Fraca... Fraca... Ela já não tinha mais a vitalidade de antes, não conseguia mais resistir! A criatura, aos poucos, ia conseguindo puxar a irmã do professor de D. C. A. T. para o fundo do lago. Alana já estava quase toda submersa, só faltava um pouco... Ela ainda conseguia respirar, mas, sabia que isso não seria por muito tempo.


Rony chegou e viu Alana ser puxada por aquela criatura desconhecida para o fundo do lago. Que criatura seria aquela? Ele não conhecia. Ah, mas... Alana parecia pálida, fraca e, Rony não deixaria que aquela criatura a puxasse! Não mesmo! Alana era especial e muito importante para ele, desde a primeira vez que a viu ele soube disso. E, agora, ela estava sendo vencida por uma criatura horrenda! E Rony estava ali! Ah, ele não a deixaria morrer! Rony empunhou a varinha, apontou-a para a criatura e gritou, com fúria:


_ [Estupefaça!]


O feitiço atravessou a coisa nojenta, mas a criatura soltou Alana. A menina, rapidamente, nadou para longe da criatura. O Plasma Demoníaco, então, avançou na direção de Rony. O menino lançou:


_ [Impedimenta!]


O feitiço atravessou o Plasma Demoníaco, mas, não surtiu efeito nenhum. A criatura nojenta agarrou Rony e, aí, ele entendeu porque Alana estava tão pálida: o Plasma Demoníaco sugava a energia da pessoa que segurava. É claro que Rony não sabia que aquilo era um Plasma Demoníaco, nem tinha certeza se sua conjectura sobre aquela coisa sugar a energia do oponente estava correta; mas, ele supunha que devia ser isso. Rony foi ficando fraco e, aos poucos, foi sendo puxado para o fundo do lago. Ele não podia respirar, não tinha mais forças para nada! Ah, que triste! Ele morreria ali!


Alana estava muito fraca. Ela não tinha vitalidade para fazer nada mais. Contudo, viu Ronald Weasley naquela situação... E ele havia salvado a vida dela! Não, ela não deixaria o Weasley morrer, não mesmo! Alana pegou sua varinha, apontou para a criatura e se concentrou: ela precisava mesmo reunir toda a energia que lhe restava! Após um tempo, a garota fez o gesto do feitiço capaz de destruir aquele monstro e lançou:


_ [Plasma Exumai!]


A criatura foi extinta do mundo. Finalmente Rony pode subir e respirar. Alana apenas ficou ali, quieta, deitada de costas na água. Ela não tinha forças para se levantar. Foi aí que a menina pensou no seu irmão... Ele precisava dela, precisava que ela fosse forte, que concluísse a missão! Ele não conseguiria carregar aquele fardo sozinho! Com o maior esforço do mundo, Alana apontou a varinha para si mesma e lançou:


_ [Rennervate!]


Em seguida, Alana de Oliveira retirou de sua capa especial uma poção que trazia consigo e tomou. Após isso tudo ela conseguiu se sentir melhor. Então, ela se levantou e foi até Rony. Ele estava bem mais fraco que ela e, agora, certamente, não seria possível teletransportar nada em Hogwarts, porque Abel já havia lançado os feitiços que impediam tal prática! Alana não tinha mais daquela poção que tomou; então, apenas lançou em Rony:


_ [Rennervate!]


O feitiço fez efeito, mas Rony não se sentia totalmente bem. Alana, então, perguntou:


_ Rony? Tá tudo bem com você? Digo... Você consegue se levantar?


Ah, ouvindo aquela doce voz, Rony faria tudo! Era como se ele estivesse sob o efeito de uma maldição “Imperius”! Ele se levantou e respondeu:


_ Sim, tá tudo bem...


_ Ah, que bom! Rony, eu quero que você volte para dentro do castelo e vá para a Ala Hospitalar, tudo bem? Volte e vá direto para a Ala Hospitalar! Lá cuidarão de você e você ficará bem.


_ Não, Alana, não me peça isso! Eu não posso fazer isso! Não posso deixá-la aqui, sozinha!


_ Rony... É necessário!


_ Não, eu não vou pra Ala Hospitalar nenhuma! Eu vou te ajudar a fazer o que tem de ser feito!


_ Rony... Você se acha em condições de ajudar?


_ Eu...


_ Você não consegue nem lançar um feitiço! Por favor, Rony, volte!


Ah, sim, era como uma maldição “imperius”: Ronald Weasley não conseguia resistir àquela voz doce e meiga! Ele convocou sua vassoura, montou-a e foi embora, para a Ala Hospitalar, mas não sem antes ouvir Alana dizer:


_ Obrigada, Rony! Obrigada por ter salvo minha vida!


_ De... De... De nada! _ Rony balbuciou e ficou olhando para a menina, enquanto a vassoura voava para longe...


Alana terminou a checagem, encontrando apenas alguns Anjos do Inferno no fundo do lago, o que facilmente ela destruiu. Em seguida, foi direto para a Ala Hospitalar ver como Rony estava. Vendo que ele estava bem e que até já havia sido liberado, foram para o Salão Comunal da Grifinória.


Harry e Hermione estavam checando as estufas. Eles já tinham checado quase todas, só faltava a Estufa 1. Eles entraram lá. A princípio, tudo estava normal. Os dois conversavam... Harry falava:


_ E eu que esperava um ano tranqüilo... Acho que isso é impossível pra nós, não é?


_ Ah, parece que é, Harry... Eu não acreditava que alguma coisa pudesse acontecer depois... Bem... Depois da morte de Voldemort...


_ Nem eu...


_ Mas... Bom, pelo menos vamos ter emoções fortes esse ano! _ Hermione sorriu.


_ É! _ Harry também sorriu.


_ Ah, Harry! Eu gosto tanto das nossas aventuras! Eu até me sentiria com medo, mas... Sinto-me segura e... Você sabe por quê?


_ Não...


_ Sinto-me segura, Harry, porque estou com você! E... Sei que, com você, nada de mau me acontecerá!


_ Nossa... Que bom que você confia em mim! ... Olha... Hermione... Você tá sentindo isso?


_ O que, Harry?


_ Esse frio... Esse gelo... Isso me lembra muito...


_ Ah, não, Harry! Não pode ser...


_ Fique atrás de mim, Mione! São Anjos do Inferno!


_ Tá... _ Hermione não contestou. Ela tinha horror de Dementadores e, também tinha horror de Anjos do Inferno.


Harry fechou os olhos. Ele precisava de uma lembrança feliz. Mas... Qual seria? Ah, ele começou a ouvir o grito de sua mãe... Começou-lhe a invadir aquela sensação de tristeza eterna... Suas energias começavam a ficar escassas... Foi então que se lembrou dos olhares de Hermione enquanto eles faziam a checagem... Ele se lembrou dela dizendo há pouco: _ “Sabe por quê? Nada de mau pode acontecer comigo, Harry, porque estou com você!”. Ah, ela confiava nele! E, isso, era uma lembrança mais que feliz! A garota de quem Harry Potter gostava parecia também gostar dele e, principalmente, parecia confiar nele! E, agora, Hermione Granger estava ali, atrás dele, esperando, confiando que ele venceria aquelas criaturas! E ele venceria!


Harry Potter abriu os olhos, apontou a varinha para o grupo de Anjos do Inferno e gritou:


_ [Expecto Patronum!]


O belo patrono de Harry saiu da varinha e avançou na direção dos inimigos. Incrivelmente, a batalha foi fácil! Os Anjos do Inferno foram duramente atacados e sucumbiram, liberando a energia infernal que foi barrada pelo servo de Potter. Acabou! Tudo havia acabado! A checagem terminou e tudo estaria bem agora. Harry se virou para Hermione, seus olhos verdes encontraram os belos olhos da menina e, então, Potter questionou:


_ Mione... Tá tudo bem com você? _ A voz do garoto soou tão doce!


_ To excelente, Harry! _ Hermione respondeu no tom mais meigo e doce que conseguiu. Definitivamente, Harry Potter era bem sedutor e, o melhor era que ele não fazia isso de propósito, era tudo tão ao acaso!!!...!!!


Ah, Granger queria se largar naqueles braços fortes, ela queria deixar se levar pelo tom doce daquela voz, pelo olhar daqueles olhos verdes! Harry falou:


_ E então? Vamos voltar para o Salão Comunal da Grifinória?


_ Ah, sim... Vamos.


_ Você consegue caminhar até lá? Digo... Aquelas criaturas não sugaram sua energia?


_ Ah, Harry... Eu não sei... _ A verdade era que, se ela quisesse, Hermione conseguiria caminhar até a torre; todavia, ela queria que ele a carregasse.


Bem, o plano de Granger deu certo: Potter interpretou aquele “não sei” como um “não” e pegou-a no colo, carregando-a até o Salão Comunal da Grifinória.


Abel e Gina voavam pela Floresta Proibida. Agora eles estavam na parte mais escura da floresta, atentos a qualquer coisa. Eles não viam nada; então, Abel murmurou:


_ [Lumus Maxima!]


Gina viu o que o professor fez e o imitou:


_ [Lumus Maxima!]


_ Excelente! _ Elogiou o mestre.


Nesse momento, um grupo de criaturas horríveis surgiu das sombras. Que criaturas seriam? Gina Weasley não sabia. Ela perguntou:


_ O que são aquelas criaturas? Eu não as conheço!


_ São Anjos do Inferno _ respondeu o docente _ e são criaturas realmente horríveis! Elas agem de modo similar aos Dementadores, só que, além de sugarem a felicidade do oponente, sugam também sua energia. Dessa forma, quando se enfrenta um Anjo do Inferno, além de se sentir aquela sensação de infelicidade total e desesperança, também se sente uma enorme fraqueza. Uma exposição de dez minutos a essas criaturas é suficiente para provocar um estado de coma quase irreversível. Bem, mas... Não é muito difícil vencê-los. Para isso, basta conjurar um patrono perfeito. O patrono tem que destruir as criaturas. Mas... Deve-se tomar cuidado, porque, quando são destruídos, os Anjos do Inferno explodem e liberam uma enorme quantidade de energia negativa contra o oponente; se você for atingida por essa energia, será enfraquecida e poderá ficar inconsciente. Para escapar dessa energia, precisa-se de um escudo protetor perfeito, ou, talvez, de um patrono resistente o bastante para barrar a energia negativa.


_ Nossa! Que horrível! Eles são muito feios!


_ Ah, sim, são mesmo! Você quer tentar destruí-los?


_ Quero!


_ Então, vá em frente! Pense numa coisa realmente feliz e, mande seu patrono!


Gina avançou voando na direção dos Anjos do Inferno. De varinha em mão, apontando-a para as criaturas horrendas, a caçula Weasley fechou os olhos e tentou buscar na sua memória uma lembrança feliz o bastante para produzir um patrono capaz de aniquilar aqueles monstros. Ah, mas... Que lembrança seria tão feliz assim? Gina pensou em todos os momentos de alegria que teve; ela se lembrou de quando conheceu Harry Potter, de quando jogou no time de Quadribol da Grifinória, da A.D., da aventura no Ministério da Magia, do namoro com Harry, da vitória do “Eleito” contra o Lord das Trevas... Não, nenhuma dessas lembranças produziria um patrono forte o bastante! Droga! Ela não conseguiria! A bruxa se desesperou: o que faria? Ela começou a se lembrar do seu primeiro ano... Lembrou-se dos momentos em que fora possuída pelo pedaço da alma de Voldemort... Ela se lembrou do diário de Tom Riddle... Lembrou-se de quando abrira a Câmara Secreta... Ah, como fora fraca! Ela não conseguiria fazer nada, não mesmo! A garota se sentia fraca agora... Ela se sentia cada vez mais fraca... Cada vez mais fraca... Cada vez mais infeliz... Cada vez mais incapaz... Então, ouviu uma voz que dizia:


_ Vamos, Gina! Você consegue! Pense numa lembrança feliz!


Ah, aquela voz... Era do professor predileto da menina! Aquela voz era... Era tudo o que ela queria, tudo o que ela precisava ouvir! Gina então percebeu: a lembrança feliz estava ali, diante dela! A lembrança feliz era justamente aquele momento... Aquela checagem, junto com o Professor Oliveira! A lembrança feliz era a que ela vivia agora... Era o presente, e não o passado! Sim, Gina Weasley se sentia feliz! E... Mesmo que ela parecesse fraca, a única pessoa que importava confiava nela!


Gina abriu os olhos e decidiu lutar: aquele era o momento certo. Ela pensou na lembrança feliz, naquele momento que vivia... Ela juntou toda a determinação que tinha, toda a teimosia Weasley! Em seguida, fixou seu objetivo: destruir os Anjos do Inferno. Depois, reuniu todo o amor que tinha, pela sua família e, principalmente, por aquele que lhe dava força, por aquele que confiava nela. Então, ela gritou:


_ [Expecto Patronum!]


Nenhum outro patrono foi tão eficiente! Incrivelmente, o que saiu da ponta da varinha de Gina Weasley foi... Uma bela e imponente fênix! Incrível! O patrono da menina Weasley avançou contra os Anjos do Inferno e os destruiu com uma facilidade inimaginável. Além disso, ele serviu de escudo para barrar a energia advinda da explosão.


Abel não acreditou... Uma fênix? Só bruxos realmente poderosos conseguiam produzir um patrono em forma de fênix! Ah, aquele escudo protetor incrível e, agora, o patrono em forma de fênix... Isso só podia significar uma coisa: Gina Weasley era mesmo incrível! Abel exclamou:


_ Excelente! Fantástico! Começo a acreditar que você é minha melhor aluna!


_ Ah... O... O... Obrigada... Professor...


_ De nada! Bem, vamos continuar?


_ Vamos... _ Gina respondia, sem-graça com os elogios.


Os dois continuaram a checagem. De repente, Abel parou bruscamente. Gina, assustada, parou também e quase caiu da vassoura. Ela questionou, amedrontada:


_ O que foi? O que...


_ Fique atrás de mim! Rápido!


Nesse momento, uma criatura horrenda apareceu da escuridão. Era horrível! A caçula dos Weasley perguntou:


_ O que... O que... O... O... O que... O que... O que é... O que é... O que é aquilo?


_ Aquilo é uma criatura à qual denominamos... Demônio. _ Abel respondeu.


_ o... o... o QUÊ? De... De... De... Dem... Dem... Demo... Demon... Demônio?


_ Sim, Demônio. É uma criatura capaz de lançar bolas de energias infernais... Se alguma dessas bolas pegar em você, o estrago pode ser enorme! Além disso, quando eles pegam... Ou seja... Tocam no adversário, eles sugam a energia do oponente. Então... Fique longe deles, ouviu?


_ Tá...


_ Ah, droga! Isso vai ser mais difícil do que eu pensava!


_ Professor... Como é que se destrói aquilo?


_ Só há um jeito: congelar a criatura e lançar um “Avada Kedavra” no Círculo Negro que ela tem no meio do corpo... A maldição da morte (ou algum feitiço superior) tem que ser lançada exatamente no centro do círculo. Só há esse jeito. Bem, procure ficar longe dele, ok?


Dizendo isso, Abel de Oliveira avançou contra a criatura. O Demônio, então, começou a lançar bolas de energia contra o professor. Ele se desviava habilmente das bolas e tentava lançar um feitiço de congelamento, mas o monstro se desviava também. Era uma luta incrível! Aos poucos, o Demônio foi fazendo com que Abel saísse da frente de Gina; ele lançava as bolas de energia infernal e fazia com que o mestre se desviasse e fosse para longe da garota.


Então, de repente, o Demônio se lançou contra a caçula Weasley e a agarrou. Gina sentiu como se sua vida estivesse sendo sugada rapidamente... Ela ficava cada vez mais pálida! A menina perdeu a respiração. Ela estava morrendo. Ah, não! Abel não permitiria!


Apontando a varinha para o monstro, o professor lançou:


_ [Estupefaça!]


Não adiantou. A criatura resistiu. Gina estava morrendo, cada segundo ela perdia mais de sua vida. O docente não sabia o que fazer; a única coisa que ele sabia é que não deixaria a garota que salvou sua vida morrer! Não, não mesmo! O desespero tomou conta de Abel: o que ele faria? Só havia um jeito de vencer a criatura, mas, Gina Weasley seria, certamente, usada como escudo. Ele tinha que libertá-la primeiro, mas... Como?


Abel, então, decidiu por tomar uma atitude inusitada: ele apontou a varinha para a menina e lançou:


_ [Mobilicorpus!]


O mestre conseguiu arrancar a aluna das mãos daquele monstro, mas, a criatura lançou uma bola de energia infernal certeira na sextanista, o que lhe abriu um ferimento no braço direito. O olhar de Abel mudou, então, para um tom avermelhado, de puro ódio. Não, ele faria aquela criatura pagar! E caro!


O Demônio lançou outra bola de energia contra a garota, mas, Abel de Oliveira entrou na frente da menina e recebeu o golpe no lugar dela; o braço esquerdo do professor Oliveira foi atingido (abriu-se uma ferida nele também).


Com toda a sua cólera, Abel apontou a varinha dourada para o Demônio e gritou:


_ [Sectusempra!] [Estupefaça!]


O Demônio foi atingido duas vezes em cheio; agora sim, os feitiços fizeram algum efeito: o primeiro abriu um enorme corte no monstro, por onde escorreu uma gosma incandescente e nojenta; o segundo lançou o Demônio alguns Metros para trás. O efeito de estuporamento não aconteceu.


Apesar da fraqueza, Gina continuava montada em sua vassoura. Abel virou-se para ela e conjurou:


_ [Ferula!]


Surgiram ataduras no ferimento da garota. Abel, então, virou-se rapidamente e viu a criatura já próxima dele.


Então, ele lançou avidamente:


_ [Sectusempra!]


Outro corte foi aberto no monstro e mais daquela gosma magmática caiu no chão. Então, a floresta começou a pegar fogo. Abel não tinha como impedir, porque batalhava ferozmente contra o Demônio. Ele tentava congelá-lo, a fim de lançar o “Avada Kedavra”, no entanto, o máximo que o professor conseguia eram cinco segundos de congelamento _ tempo que, naquela circunstância, era insuficiente para lançar a Maldição da Morte (porque o docente estava preocupado e nervoso).


Gina Weasley apontou a varinha para as chamas e gritou:


_ [Aguamenti!]


Um enorme jato de água saiu da varinha de Weasley e apagou as chamas.


Então, ela se voltou para a batalha entre seu professor e o Demônio; ela via que o mestre estava tendo enormes dificuldades. Ela não se sentia bem, não se sentia forte o bastante, mas, decidiu ajudar; bem, ela tinha que fazer alguma coisa! Naquela situação, não seria prudente que a garota tentasse lançar o “Avada Kedavra”, porque ela não se sentia capaz disso, devido ao fato de estar debilitada demais; então, ela decidiu por tentar lançar um bom feitiço de congelamento.


Devagar e cuidadosamente, Gina se aproximou do combate; tomando todo o cuidado possível para que aquela criatura horrenda não a visse, ela apontou a varinha para o monstro e se concentrou. O Demônio era rápido demais, mas Gina Weasley conseguia seguir seus movimentos. Perfeito! Agora era só lançar o feitiço de congelamento! Juntando todas as suas forças, a menina lançou o feitiço.


Abel lutava bravamente, mas, até o momento, não teve oportunidade de destruir o Demônio. Droga! De que valiam mais de três mil anos? As coisas sempre eram difíceis! A criatura era veloz demais!


Contudo, de repente, sem explicação alguma, o Demônio parou. Como? Por quê? Seria uma armadilha? Não, não era, o monstro parecia aflito demais para aquilo ser uma armadilha! A criatura estava em desespero! Aquilo era... Ah, só podia ser... Um... Feitiço de congelamento! Mas... Quem o lançou? Será que era... Gina? Não, não podia ser! Ela não estava em condições de lançar um feitiço de congelamento tão poderoso assim, estava? Abel olhou para seu lado direito e viu, ali, apontando a varinha para o Demônio e o congelando, Gina Weasley! Incrível! Aquela garota tinha mesmo talento!


O professor decidiu por acabar com o Demônio rápido, enquanto tinha oportunidade. Seu braço esquerdo sangrava, mas, isso não importava agora, não é? Ele precisava acabar com aquela criatura.


Abel de Oliveira, então, decidiu por usar um feitiço mais forte que o “Avada Kedavra”, para garantir a vitória. Ele apontou a varinha para o Demônio, desenhou uma pirâmide com uma cruz no centro, posicionou a varinha no centro da cruz (a varinha apontada para o centro do Círculo Negro do Demônio) e lançou:


_ [Animus Necandi!]


O Demônio foi pulverizado.


Gina notou que o braço esquerdo de Abel, onde havia o ferimento causado pela bola de energia infernal, estava sangrando. Ela, então, conjurou:


_ [Ferula!]


O ferimento de Abel foi protegido. O professor agradeceu:


_ Obrigado!


_ De nada! _ Gina respondeu, sorridente.


Abel apontou a varinha dourada para a caçula Weasley e lançou:


_ [Rennervate!]


Gina se sentiu muitíssimo bem, bem demais, como não se sentia há muito tempo! Abel brandiu a varinha e as ataduras do ferimento de Gina sumiram, bem como o corte; ela estava bem, bem mesmo, como se nem tivesse participado da batalha. Em seguida, o mestre apontou a varinha para si mesmo e fez o mesmo. Depois, ele falou:


_ Pronto: agora podemos prosseguir. Vamos?


_ Vamos! _ Gina respondeu alegremente. Aquele era, certamente, o momento mais feliz da sua vida.


Eles finalizaram a checagem e não encontraram mais nada.


No Salão Comunal da Grifinória, Ronald Weasley e Alana de Oliveira conversavam. No meio do diálogo, porém, Harry Potter chegou carregando Hermione Granger no colo. Rony ficou preocupado. Ele perguntou:


_ Hermione... Você... Está bem?


Hermione não respondeu. Ela estava apenas curtindo o momento, de olhos fechados.


Alana percebeu e, tentou fazer com que Ronald não prestasse atenção na situação. Ela respondeu a pergunta feita por Rony:


_ Sim, Rony, ela está bem. Ela só está um pouco... Um pouco fraca e assustada... Entende? Isso é normal, depois de tudo que passamos.


_ Ah, sério? _ Rony se voltou para Alana. Ele a olhava com um olhar... Indescritível... Era um olhar... Digamos... De elevado interesse.


_ É, é sim. Ela deve estar se sentindo fraca e assustada, deve ter enfrentado Anjos do Inferno, sabe?


_ Ah, tá... Entendo.


_ Você sabe... Garotas... Nós somos frágeis, às vezes e... Precisamos de proteção.


Rony não via mais nada. Ele não sabia mais nem onde estava, nem quem estava lá com ele; a única coisa que ele sabia era que estava olhando para os belos olhos de Alana e ouvindo aquela doce e meiga voz.


Hermione pensou:


_ “Nossa! Aquela menina é demais! Eu tenho que agradecê-la depois. Afinal, se Rony percebesse... Ah, aprontaria o maior escândalo!”


Harry colocou suavemente o belo corpo de Hermione no sofá e se sentou ao lado dela. Ele perguntou:


_ Tá tudo bem?


_ Tá... _ Granger respondeu.


_ Ah, que bom!


_ Eu só preciso descansar um pouco.


Naquela hora, Gina Weasley entrou no Salão Comunal acompanhada pelo professor de D. C. A. T.. Ela olhou para os dois casais e comentou baixinho com o mestre:


_ Olha... Eles formam belos casais, não é?


_ É, formam sim. _ Abel respondeu. _ Foi por isso que mandei Potter e Granger juntos; e, foi por isso que pedi ao seu irmão que ajudasse Alana no lago, após acabar a checagem dele.


O docente deixou Gina no Salão Comunal e se foi.


Após um tempo, os alunos foram liberados para irem ao Salão Principal, onde o jantar seria servido. Todos jantaram e foram dormir. Hermione pretendia agradecer Alana antes de dormir, já que as duas ficavam no mesmo dormitório; contudo, a irmã do Professor Oliveira entrou rapidamente no dormitório, murmurou algum feitiço que a deixou invisível e saiu. Hermione não deixou de admirar a colega de quarto pela excelente habilidade que nem ela mesma, Hermione Granger, uma das mentes mais brilhantes de Hogwarts, tinha.


Alana foi procurar o irmão: Ela precisava falar com ele. Rumou para a sala de Abel. Chegando lá, entrou, viu-o sentado em sua mesa lendo um livro. Ela retirou o feitiço de invisibilidade e o chamou:


_ Abel, preciso falar com você!


_ O que houve? _ Abel permitiu que ela falasse. A menina sentou-se.


_ Abel, eu... Eu não me sinto bem...


_ O que você tem?


_ Bom... Fisicamente... Nada. Mas... Eu me sinto um monstro!


_ Oh, Lana, um monstro? E... Por quê? _ Abel sorriu.


_ Ah, Abel! Eu lancei uma Maldição Imperdoável! Eu... Eu... _ A voz da garota falhava, as lágrimas corriam pelo rosto dela e ela falava, em desespero: _ Eu torturei... Eu lancei uma Maldição Imperdoável! Eu sou um monstro! _ Agora sim, Alana chorava de verdade.


_ Não, Lana, você não é um monstro! Você é um dos melhores seres humanos que eu conheci! _ Abel disse, com voz acalentadora.


_ Mas eu quase lancei a Maldição da morte! Eu... Eu... Eu teria lançado, se você não... Ah, eu sou um monstro!


Abel conjurou um sofá, fez com que a irmã levitasse e se sentasse nele; em seguida, o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas se sentou no mesmo sofá, colocando a menina em seu colo, como se ela fosse uma criança. Abel, então, disse, brandamente:


_ Escute, Lana, você precisa entender uma coisa: _ Abel passou a mão nos cabelos dela e continuou: _ não é a magia que usamos que nos torna maus, mas sim como e por que a usamos. O fato de você ter usado a Maldição Cruciatus não a torna má, porque as circunstâncias justificaram. Veja: nós estávamos numa guerra e Lúcio quase conseguiu me matar; então, é natural que você tenha sentido muito ódio dele. Se ele tivesse tentado matar você, eu teria feito bem pior. Você é até bem controlada, sabe? Você só seria má, se tivesse, sem motivo nenhum, lançado um Cruciatus em alguém, como Lúcio faz. Você é excelente, tem uma bondade incomparável, que eu jamais tive, não tenho e, afirmo: nunca terei! Você é a responsável por eu acreditar novamente no amor, então... Não diga que você é má! Não diga isso, porque não é verdade! Você é uma das melhores pessoas que conheço! Você tem um amor que nem eu _ o “Escolhido” _ tenho. Você é incrível!


Alana acalmou-se. Ela gostava quando seu irmão a fazia se sentir bem... Ela gostava daquela proteção, de ouvir as palavras de conforto que só ele sabia dizer nos momentos certos... Ela gostava dele, com um amor puro, desinteressado, um amor inigualável e insuperável! A menina adormeceu ali mesmo, no colo do irmão. Ah, toda aquela guerra, toda aquela luta, tudo aquilo era tão cansativo!


No outro dia, todos estavam no Salão Principal de Hogwarts, tomando café da manhã.


Tudo estava quase normal, exceto por uma coisa: a ausência da Professora Minerva. Lupin comentou com Abel:


_ O que será que está acontecendo?


_ Não sei, Lupin, mas sinto que não é nada bom. Vou ver o que acontece...


Abel se levantou e, quando ia saindo, encontrou-se com Minerva. Ela estava aflita, nervosa, assustada e amedrontada. Ela falou:


_ Ah! Professor Oliveira! Que bom que eu te encontrei!


_ O que houve, Professora Minerva?


_ Hogwarts foi invadida novamente, Professor!


_ O quê? Mas... Como? Eu coloquei os feitiços...


_ Eu sei, Professor! Mas, mesmo assim, Hogwarts foi invadida! Malfoy desapareceu da Ala Hospitalar!


_ Mas... A escola não é protegida?


_ Nós pensávamos que sim, Professor, mas, agora, descobrimos que não. A não ser que...


_ A não ser que a pessoa que entrou aqui conhecesse a proteção, não é?


_ Mas... Quem conheceria... Ah! Severo...


_ Snape!


Nesse momento, Abel de Oliveira voltou para a mesa dos professores, no Salão Principal, junto com a Professora Minerva. Ele ia avisar Lupin.


Todos conversavam tranqüilamente.


De repente, ouviu-se uma voz seca, ríspida, a qual gritou:


_ [Avada Kedavra!]


Um jogo de luz verde voou pelos ares; não era possível, contudo, saber de onde ele vinha nem para onde ele ia. Muitos corpos foram ao chão.


Ah, não! E agora? O que teria acontecido?


Uma voz ecoava na cabeça do Professor Abel de Oliveira: “Avada Kedavra! Avada Kedavra! Avada Kedavra!”... A imagem dos corpos caindo no chão insistia em passar diante dos olhos de Abel, em câmera lenta. E a voz continuava a ecoar: “Avada Kedavra! Avada Kedavra! Avada Kedavra!”...


(***) E, NO PRÓXIMO CAPÍTULO...


Hogwarts foi invadida novamente, mas agora não foi por um portal, mas sim, pela porta da frente! Mas... Como? Ah, como um só “Avada Kedavra” pode causar tanta confusão! Será que alguém morreu? Quem? Os olhos de Abel não conseguiam distinguir nada no meio daquela balbúrdia. As aulas do dia foram canceladas; a busca pelos invasores será uma aventura e tanto e, alguém vai levar uma detenção... Quem? As conseqüências do clima nas estufas aparecem. Será que alguém sairá magoado nessa história? Agora, Hogwarts precisa de mais proteção e um Hexágono Protetor será formado. Como será uma detenção com o Professor Oliveira? Teriam seis pessoas forças suficientes, amor suficiente, para proteger a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts? Não perca, o próximo capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “O HEXÁGONO PROTETOR DE HOGWARTS”! Você já fez amigos na escuridão?


(***) PALAVRA DO AUTOR:


Olá, caros amigos leitores! Espero que estejam gostando da minha fic! Como não há comentários, não sei se está boa (tão boa que ninguém nem tem nada pra comentar) ou ruim (tão ruim que nem vale a pena comentar)! Por favor, alguém aí, diga alguma coisa! Estou no caminho certo? Galera, esta não é minha primeira experiência escrevendo histórias, mas é minha primeira fic e, eu preciso saber como ela está! Portanto, por favor, comentem!




N/B: Bruno, o capítulo ficou muito bom. Quem será que formará este hexágono? Acho que você já deu dicas suficientes... ou vai nos surpreender. Tirando alguns errinhos de português, que mexi no próprio corpo do texto, fiz 2 observações:

a) Na parte em que você lançou o feitiço expelliarmus na aranha, você fez com que as garras dela (que são uma parte do corpo do animal), caíssem. - particularmente, eu sempre achei que esse feitiço só pudesse ser usado com varinhas, mas não encontrei nada que dissesse isso, então achei bem válida a idéia.
b) Na página 13 você chama o monstro que pegou Alana de Plasma Demoníaco. Acho que poderia nos explicar o que é este bicho, pois ele é tão poderoso que a Alana não conseguiu combatê-lo.

Não demora pra mandar o próximo, já estou curiosa...

Abraços,
Belle


(***) RESPOSTA DO AUTOR:


Bem, querida Beta... Alguns erros que você disse foram corrigidos, ok? Quanto ao uso do “Expelliarmus”, creio não ter sido idéia minha. Harry Potter, no livro 4, usa o feitiço de modo semelhante, eu acho. Dê uma olhada! Quanto aos erros gramaticais... Deixei-os pra você de propósito, porque estava com preguiça de corrigi-los! Afinal, pra que serve uma beta, não é? Kkkkkk!!! E, por fim, quanto ao Plasma Demoníaco... Você vai ter que esperar um pouco pra saber mais sobre ele! Se quiser, explico pra você depois via MSN; mas, se quiser saber pela história, é como eu disse no início: algumas explicações serão dadas mais pra frente e, grande parte das suas dúvidas e das dúvidas dos demais leitores serão esclarecidas. Aguarde, porque, no caso do Plasma Demoníaco, por exemplo, haverá explicações sobre ele. Valeu!



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