A INVASÃO DE HOGWARTS
CAPÍTULO 3
A INVASÃO DE HOGWARTS
(***) FILOSOFIA
Onde está o amor? Nas amizades que fazemos? Nas pessoas que conhecemos? Nas pessoas que não conhecemos? Na guerra? No ódio? Na paz? No Céu? No inferno? Nas estrelas? Nos oceanos? Ora, é fácil! O amor está no lugar onde menos esperamos...
(***) NO CAPÍTULO ANTERIOR...
O Professor Oliveira demonstrou toda a sua técnica, derrotando facilmente o “Grande” Lord Voldemort. Hermione descobriu que agora tem uma rival e perdeu um duelo contra Alana. Contudo, a irmã do professor de D. C. A. T. não pareceu querer brigar. Os Anjos do Inferno invadiram Hogwarts e Hermione não deu conta de enfrentá-los. Quando tudo parecia perdido, Alana de Oliveira chegou para enfrentar as criaturas maléficas. Será que os “Defensores de Hogwarts” conseguirão vencer os invasores?
(***) HISTÓRIA
Um belo patrono saiu da varinha dela, mas, ele foi absorvido em um segundo. As forças de Granger estavam se extinguindo. Hermione caiu de joelhos. Ela tentava, em vão, gritar: _ “Expecto Patronum!”. O máximo que acontecia era sair um pequeno patrono, o qual era avidamente absorvido pelos Anjos do Inferno. Hermione caiu sentada agora. Ela não tinha mais forças. Ela nem conseguia falar... Morreria ali? Não. Alana chegou no local e viu a situação. Então, ela decidiu por entrar na frente de Hermione e lutar contra aquelas criaturas horríveis. Ela nunca havia lutado contra tantos Anjos do Inferno de uma vez, mas, tinha que tentar. Não tinha tempo para avisar seu irmão, não tinha tempo pra nada. Se ela perdesse, Hermione estaria morta e agora ela, Alana, também.
Alana pensou nos momentos felizes que viveu... Nos momentos felizes que poderia viver se ganhasse aquela luta contra aquelas criaturas abomináveis. Ela pensou na vitória de seu irmão sobre Lúcifer, pensou que seu irmão conseguiria, finalmente, se livrar do grande fardo que carregava... Ele finalmente passaria a bola... Ah, ela pensou na felicidade que seu irmão teria, após a vitória... Alana pensou que ela poderia formar uma família, com alguém especial... Então, ela abriu os olhos e decidiu lutar com garra e determinação. E, claro, um objetivo: destruir o mal. Então, ela encheu os pulmões e, com a maior determinação e felicidade que conseguiu, lutou por tudo aquilo que ela amava, gritando:
_ [Expecto Patronum!]
Uma imponente águia saiu da ponta da varinha de Alana e enfrentou todos os inimigos, vencendo-os com uma facilidade inesperada. A águia foi o escudo de Alana contra a energia maléfica gerada na grande explosão daquelas criaturas horrendas. Sim, Alana conseguiu. Ela venceu e brilhantemente! A menina se virou para Hermione e perguntou:
_ Tudo bem com você, Granger?
Hermione estava fraca. Ela olhava para tudo, via tudo, mas não conseguia fazer nada. Ela viu a irmã do professor de D. C. A. T. vencer de forma fenomenal aquelas criaturas do mal e agora via a vencedora se virar para ela e perguntar se ela estava bem. O caso é que Hermione não sabia se estava bem ou não. Bom, pelo menos ela estava viva, não é? Viva, como ela jamais imaginou que estaria, depois de ter caído sentada no chão! Viva, sim, viva! Hermione Granger estava viva! Ela, então, fez o maior esforço da sua vida para dizer, com a voz fraca e trêmula:
_ Sim, eu estou bem.
_ Não, não está! _ Alana replicou. _ Mas, agora que tudo acabou... Bom, você vai ficar bem. Toma: coma isto, vai ajudar!
_ Chocolate ajuda também contra Anjos do Inferno?
_ Ah, sim, claro! Muitos bruxos não sabem, mas o chocolate tem propriedades incríveis para nós! Ele nos fortalece, nos devolve o vigor...
Hermione pegou e comeu o chocolate. Enquanto comia, ela ouvia a explicação de Alana. Granger jamais imaginou que ouviria, algum dia, a explicação de um colega de classe; todavia, era sempre bom aprender mais, não é? Alana explicava feliz! Pela primeira vez, alguém _ que não era seu irmão _ se interessava pela explicação dela sobre algum assunto. E... Não era qualquer um! A interessada na explicação da irmã de Abel era, nada mais nada menos que Hermione Granger _ uma das mentes mais inteligentes de Hogwarts! A explicação de Alana foi interrompida por uma sensação muito estranha que a menina sentiu. Era como se houvesse mais Anjos do Inferno por ali. Hermione percebeu a cara de susto de Alana e perguntou:
_ O que houve?
_ Não sei, mas... Eu acho que tem mais Anjos do Inferno por aqui...
_ Mas... Não é possível! Como é que... Como é que eles conseguiram invadir Hogwarts?
_ Bem, só há uma resposta e ela é bem óbvia: Lúcifer!
_ Mas... Mas...
_ Sim, Granger, Hogwarts possui feitiços anti-aparatação, mas não possui nenhum feitiço anti-teletransporte!
_ Teletransporte? Quero dizer...
_ Sim, o teletransporte existe mesmo e deve estar sendo usado agora por Lúcifer. Ele deve estar teletransportando essas criaturas desprezíveis pra cá.
_ Mas... Mas... Mas... O que... O que vamos fazer, agora?
Nesse momento, Alana se virou de uma vez só e gritou:
_ [Expecto Patronum!]
O patrono de Alana derrotou não cem, mas pelo menos uns trezentos daqueles inimigos! Alana disse:
_ Vamos ter que enfrentá-los! Aliás... Eu vou enfrentá-los! Você, por favor, vá até a sala do meu irmão e chame-o! Precisamos da ajuda dele!
_ Eu não vou sair daqui e...
_ Ah, Granger! Então você quer me ajudar, é?
_ Bem, eu não disse... Eu não disse isso!
_ Não disse, mas pensou! Acho muito nobre da sua parte, Granger, mas não vou aceitar sua ajuda! Vá até meu irmão e conte tudo a ele! Você não vai conseguir ajudar se ficar aqui!
_ Então... Você acha que não sou capaz de vencê-los?
_ Bem, pode ser que você consiga. Contudo, seria um risco deixar que você os enfrente, uma vez que já ficou provado que sou mais resistente a eles, não é? Agora, vou mandá-la para a porta da sala do meu irmão, porque ninguém consegue teletransportar nada para dentro da sala dele e... Não ouse voltar aqui sem ele!
_ Quem você pensa que é pra... _ Hermione não teve tempo de concluir o que queria, já que foi teletransportada para a porta da sala do Professor Oliveira.
Quem aquela garota pensava que era para dar ordens? Hermione não queria admitir, mas sabia que Alana estava certa. Se Granger ficasse lá, provavelmente morreria nas mãos daquelas criaturas. Então, decidiu fazer o que era preciso. Bateu na porta da sala de Abel e ouviu uma voz dizer:
_ Pode entrar!
Ela abriu a porta e entrou. Encontrou o professor sentado em sua mesa, lendo um livro muitíssimo grosso. Sentiu inveja do professor... Nunca havia lido um livro tão grosso quanto aquele! Abel continuava absorto na leitura. Hermione não queria interromper, mas, o caso era urgente e sério. Ela chamou:
_ Professor? Professor? ... Professor!
_ Ah, é você, Granger! _ Abel levantou os olhos e encarou a menina. _ O que você quer?
_ Professor, Hogwarts está sendo invadida por Anjos do Inferno!
_ O quê? Mas...
_ Sua irmã está lá, lutando contra eles, mas... Parece que são muitos!
_ Nossa! Granger, faça-me um favor: chame Potter e também o Weasley e... Quando vocês estiverem todos reunidos, quero que corram para... Onde eles estão?
_ Perto da floresta proibida, professor...
_ Então, quero que vocês vão pra lá ajudar, tudo bem?
_ Mas, professor... O senhor acha que...
_ Sim, Granger, tenho certeza de que vocês são capazes! Agora vá!
_ Sim, professor!
Abel chamou sua coruja e mandou uma mensagem para todos os outros professores e para Lupin, pedindo para que fossem ajudar também. Em seguida, correu para onde Alana estava. A menina enfrentava bravamente mais de dois mil Anjos do Inferno. Ela gritava:
_ [Expecto Patronum!]
A imponente águia destruía todos os inimigos. Contudo, mais e mais Anjos do Inferno apareciam e Alana não parecia mais tão bem quanto antes. Agora eram mais de dez mil daquelas criaturas e Alana parecia estar desesperada. Ela pensava:
_ “Droga! Eu não vou conseguir lutar sozinha por muito mais tempo!”
Abel se aproximou, apontou a varinha para o enorme grupo de inimigos que avançava e gritou:
_ [Expecto Patronum!]
Uma fênix poderosíssima saiu da ponta da varinha de Abel e destruiu todas aquelas criaturas. Ele então perguntou:
_ Você está bem, Lana?
_ Sim, estou... Eu só não tenho mais a mesma força de antes, mas... Vai ficar tudo bem.
_ De onde vêm aqueles Anjos do Inferno?
_ Ah, Abel! Não é óbvio?
Agora o grupo que vinha tinha mais de trinta mil deles. Abel falou:
_ Toma, coma esta barra de chocolate. Vai ajudar! _ Abel entregou a barra a Alana, que a comeu rapidamente. Ela queria continuar ajudando.
Abel, novamente, conjurou seu patrono:
_ [Expecto Patronum!]
Novamente o grupo inimigo voou pelos ares. Abel falou:
_ Droga! Não consigo ver de onde vêm aquelas criaturas malditas!
_ Abel, isso é óbvio! Essas criaturas só podem estar vindo do...
Mais um grupo veio na direção deles, só que agora o bando tinha mais de cinqüenta mil Anjos do Inferno. Abel se preparou para conjurar novamente o patrono, mas foi impedido. Alana segurou sua mão e gritou:
_ Não, não faça isso! Não vai adiantar destruir o grupo de Anjos do Inferno! Você tem que destruir a fonte! Deixa que eu cuido destes grupos... Concentre-se em lançar esse seu patrono lá no inferno!
_ O quê?
_ Ora, Abel! É de lá que essas criaturas vêm! Eu jamais conseguiria lançar um patrono lá, mas, você... Bem, você é o bruxo mais poderoso do mundo, não é? Então, acho que consegue. Vamos!
Alana se concentrou e conjurou:
_ [Expecto Patronum!]
Ela lutava contra os inimigos, cada vez mais numerosos. Abel, então, ergueu a varinha, sacudiu-a, abrindo um portal polidimensional. Em seguida, lançou:
_ [Expecto Patronum!]
A bela fênix de Abel atravessou o portal e foi para a dimensão mais inferior que existe. Alana, embora lutasse contra os inimigos, não deixou de observar admirada. O patrono de Abel invadiu o inferno e fê-lo tremer. Aquela fênix destruía todos os Anjos do Inferno que encontrava no caminho. Alana destruiu o grupo que Lúcifer havia mandado. Ela esperava por um novo grupo, mas ele não veio. Certamente, todo o bando de Anjos do Inferno estava tentando, inutilmente, expulsar a fênix de Abel do inferno. Uma voz gritou:
_ Abel, seu maldito, é melhor parar com isso!
_ Vamos lá, Lúcifer _ Abel provocava _ você pode fazer melhor que isso! O que foi? Está com medo do meu patrono?
_ Ora, seu idiota! Eu só mandei essas criaturas amistosas para que você viesse me enfrentar!
_ Ah, que bom! Eu já até estava ficando decepcionado! Então, o que espera pra mandar os inimigos verdadeiros?
_ Eu espero a hora certa, Abel, a hora certa!
_ Tudo bem, então. Minha fênix vai ficar aí, fazendo uns estragos, tudo bem?
_ Eu vou destruí-la!
_ Vai mesmo? Quero ver!
Abel sacudiu a varinha e fechou o portal, deixando a fênix lá. Ele mantinha o contato mental com seu patrono e, por isso, a fênix lutava bravamente. Lúcifer lançou uma grande quantidade de energia maléfica no patrono de Abel; a fênix pegou fogo, mas, rapidamente, renasceu, tanto quanto ou mais imponente que antes! Os Anjos do Inferno eram destruídos impiedosamente. Foi ouvida a voz que gritava:
_ Maldição! Maldição! Maldição!
_ O que foi, Lúcifer? Está tendo problemas com o meu patrono? _ Abel provocou.
_ Eu vou acabar com você, maldito!
Alana falou:
_ Abel, eu acho que sei como ele conseguiu mandar aquelas criaturas!
_ Como? _ Abel perguntou. Sua irmã era mesmo incrível, porque ele não tinha nem pensado nisso ainda.
_ Um portal, Abel! Ele criou um daqueles portais... Igual ao que você criou pra mandar seu patrono, sabe?
_ Ah, pode ser mesmo! Mas... Onde?
_ Bem, isso eu não sei, mas creio que o portal deve estar na floresta proibida.
Abel agradeceu e saiu correndo para a floresta. Contudo, foi barrado por um grupo já bem conhecido dos alunos de Hogwarts: Voldemort e seus comensais. Abel viu de onde eles saíam e, brandindo a varinha naquela direção, fechou o portal. O bando de comensais correu, na direção da entrada do castelo. Alana apontou a varinha para o grupo e lançou:
_ [Impedimenta!]
Ela fez o gesto de ampliação do feitiço e todos os comensais _ ou quase todos _ foram atingidos. Lúcio, porém, ficou ali, parado, na frente de Abel. Ele disse:
_ E então, nos reencontramos, não é, Abel?
_ Ah, é mesmo! Então, agora, você escolheu a família Malfoy pra receber sua forma humana, Lúcio?
_ É a melhor família de bruxos, você não acha?
_ Não, Lúcio, não! A melhor família de bruxos é a família Oliveira! [Expelliarmus!]
A varinha de Lúcio foi destruída. Ele falou:
_ Acha que preciso da varinha pra fazer magias, Abel?
_ Sei que não, Lúcio, mas a varinha fortalece um bruxo! Então, prefiro que você não use a sua!
_ Bela teoria, Abel, mas eu vou acabar com você com ou sem varinha! [Avada Kedavra!]
_ [Protego!]
_ [Impedimenta!]
_ [Difindo!]
Os jogos de luzes se chocavam no ar. Os professores e o grupo de alunos chegaram para ajudar Abel e Alana. Uma verdadeira guerra estava sendo travada:
_ [Crucio!] _ Lúcifer lançou.
_ [Protego!]
_ [Incendio!]
_ [Lacarnum Inflamare!][Protego!]
_ [Crucio!]
_ [Estupefaça!]
As luzes que saíam das varinhas iluminavam o céu. A guerra estava intensa. Não havia ainda pares de duelo, mas um grupo que defendia a escola de magias e outro que a atacava. Os jogos de luzes partiam dos dois lados e se chocavam no ar, desfazendo-se em seguida. Lúcio e Abel duelavam num canto à parte. Em um determinado ponto do duelo, Lúcio disse:
_ Abel, eu sei que você também é capaz de odiar. Você me odeia, Abel! Só que o ódio é um sentimento que eu conheço melhor que você!
_ É verdade, Lúcio, eu odeio sim, porque sou ser humano e, conseqüentemente, imperfeito. Sinto amor, mas também ódio; tenho esperança, mas também me sinto na escuridão; sou solidário, mas também egoísta; sou bom, mas há momentos em que também sou mau. Sim, Lúcio, eu também sinto ódio e, às vezes, muito ódio! Especialmente de você! Mas, assim como eu sinto ódio, você também é capaz de amar. E, bem, nesse caso, eu conheço melhor o amor que você.
_ Então, você acha que sinto... “Amor”? Ridículo! Eu jamais sentiria esse sentimento tão débil!
_ Ah, não? Interessante... Sabia que seu herdeiro foi duramente torturado por mim?
_ O quê?
_ Foi até bonitinho! Aquele rapaz... Ou pelo menos ele parece homem, não é? Bem... Aquele cara... Tão grande... Tão adulto... Chorando! Ele gritou muito, sabia? Gritou como uma menina! Foi lindo!
_ Ah, Abel, seu maldito! Você vai pagar por isso! [Crucio!]
_ [Protego!]
A maldição lançada por Lúcio bateu no escudo feito por Abel e foi revertida. Lúcio caiu no chão e se contorceu de dor. Abel falou:
_ Ah, Lúcio, é por isso que eu digo: você também sente amor! Bem, agora... [Estupefaça!]
Lúcio foi atingido e caiu no chão desacordado. Abel se teletransportou para dentro da escola. Lá, ele ordenou que todos os alunos fossem para seus dormitórios. Em seguida Abel voltou para a luta.
Muitos Anjos do Inferno ainda estavam espalhados pela escola. Além deles, Lúcifer também contava com todo o bando de dementadores. Os comensais da morte, Voldemort e Lúcio (representação humana de Lúcifer) completavam o terrível cenário. Os professores e o “Quarteto Mágico” de Abel defendiam Hogwarts, além, é claro, do próprio Abel de Oliveira. O resto dos alunos estava em seus dormitórios, trancados e protegidos.
Harry Potter estava no meio do fogo cruzado. Ele corria, procurando um ponto estratégico, de onde poderia ver quem eram os inimigos, lançar magias e evitar as magias lançadas por eles. Harry estava correndo, quando ouviu uma voz:
_ Harry Potter! É tão bom te encontrar novamente!
_ Voldemort? _ Potter não acreditou.
_ Exatamente! Eu vou vingar o que você fez comigo!
_ Vai mesmo?
_ Você vai ver! [Crucio!]
Harry se abaixou e o feitiço passou raspando em seus cabelos rebeldes. Em seguida gritou:
_ [Expelliarmus!]
A varinha de Tom Riddle voou das mãos dele e foi parar longe. O Lord das Trevas ironizou:
_ Ah! Então, quer dizer que o grande Harry Potter acha que eu preciso de varinha para fazer feitiços? Ha, ha ha ha! Grande idiota! Eu posso fazer magia sem varinhas, Potter! E... Você sabe por quê? Porque eu sim sou um bruxo poderoso! [Crucio!]
O menino que sobreviveu se desviou para a direita e lançou:
_ [Tarantallegra!]
Voldemort foi atingido. As pernas dele tremiam como geléia. O “eleito” aproveitou para lançar:
_ [Estupefaça!]
Lord Voldemort caiu no chão, desmaiado. Harry saiu dali.
Nesse momento, Bellatrix via Hermione Granger correndo. Lestrange parou Granger, da pior forma possível:
_ [Impedimenta!]
Como Hermione não esperava por isso, ela foi atingida e foi ao chão. Bellatrix se aproximou e falou:
_ Oh! É tão bom encontrar uma sangue ruim! Agora, eu vou matá-la lentamente, menina desprezível! [Crucio!]
Hermione se contorcia de dor, mas decidiu por não gritar: agüentaria quieta, afinal, ela não daria à sua oponente o gostinho de vê-la sofrer. Bellatrix disse:
_ Oh, incrível! A sangue ruim aqui é bem forte! Então, vamos ver até quando você agüenta, garota insignificante! [Crucio!]
A dor era terrível! Hermione Granger sentia que não suportaria mais. Seu corpo parecia que iria se despedaçar! Ah, não, ela não conseguiria mais! Bellatrix se irritou com a bravura da menina:
_ Ora, ora, ora! Você é mesmo uma sangue ruim inútil e petulante! Eu odeio pessoas que não gritam ao receber a maldição Cruciatus! Bem, vamos ver se você agüenta... [Sectusempra!]
Hermione foi atingida em cheio. O sangue lhe escorria pela face e pelo peito. Certamente ela morreria ali mesmo. Lestrange continuava a tortura, impiedosamente:
_ Eu vou torturá-la e matá-la lentamente, sua sangue ruim inútil! Você vai sofrer! [Crucio!]
Hermione via seu sangue escorrer e sentia a maior dor do mundo! Ela jamais foi torturada assim, jamais havia sofrido daquela forma! Sua rival a fazia sentir dor e parecia se divertir com isso; Granger só sofria! Hermione já não tinha mais esperanças. Agora ela morreria... Ah, no meio daqueles jogos de luzes, no meio daquela guerra horrível, quem a notaria ali, caída, morta? Certamente ninguém! A dor agora já não era mais tão grande. A morte parecia aliviar tudo, parecia amenizar o medo. Vendo que sua adversária já não era mais capaz de sentir nem dor, Bellatrix bradou:
_ Ah, garotinha ridícula! Nem pra sentir dor você presta? Bem, então... Morra! [Avada Keda...]
_ [Expelliarmus!] _ Uma voz gritou e um jogo de luz atingiu em cheio Bellatrix Lestrange e tirou a varinha das mãos dela.
Era Harry Potter que, ao ouvir a voz de Lestrange correu até ela; Potter viu Hermione ali, caída, nas mãos da inimiga; então, com todo o seu ódio por Bellatrix Lestrange, decidiu por interferir e salvar a amiga. Bellatrix falou:
_ Ora, então o bebê Potter veio lutar comigo?
_ Eu vou vingar a morte de Sírius, Bellatrix! E vou fazer você pagar pelo que fez a Hermione, maldita! Isso é por Sírius! [Crucio!]
Bellatrix caiu no chão se contorcendo. Ela gritava, berrava! A dor era insuportável, maior do que toda a dor que ela já sentiu até ali! Ah, certamente Harry Potter havia se tornado um bruxo muito poderoso! Após um tempo, a dor parou. Potter disse:
_ Agora... Isso é por Hermione! [Sectusempra!] [Sectusempra!] [Sectusempra!] [Crucio!]
Bellatrix não teve tempo para fazer nada! Ela foi atingida quatro vezes em cheio! O sangue espirrava para todo canto e Bellatrix urrava! Os gritos daquela voz horripilante podiam ser ouvidos de longe! Harry ouviu seu professor de D. C. A. T. elogiá-lo:
_ É isso aí, Potter! Muito bem! Parabéns! Agora você precisa aprender a matar, a livrar o mundo de pessoas que jamais deveriam ter nascido! Vamos lá, Potter!
Harry Potter ficou feliz com o elogio feito por seu mestre. Bellatrix continuava gritando de dor, o que Harry não achava ruim... Depois de um tempo, Lestrange ficou fraca demais, então, Potter falou:
_ Ah, Bellatrix! Agora eu vou livrar o mundo de você! Por Sírius e por Hermione... Morra! [Avadaaaaaaaaaaaaaaaaa.... Kedavraaaaaaaaa!]
Um jogo de luz verde saiu da varinha de Harry Potter e, velozmente, atingiu Bellatrix Lestrange. Sim, a comensal mais fiel estava agora morta e a morte de seu padrinho vingada. Potter se voltou para Granger. Ela estava fraca e perdendo sangue. Harry se lembrou do contra-feitiço “Sectusempra” e o lançou várias vezes em Hermione, parando o sangramento. Em seguida, o rapaz pegou a menina no colo e a levou para dentro do castelo de Hogwarts. Harry correu até a Ala Hospitalar e deixou Hermione lá, voltando em seguida para a guerra.
Enquanto isso, Alana se encontrou com Snape, que disse:
_ Ah! Então, você é a irmã do maldito Abel de Oliveira, não é?
_ É, sou eu mesma! E você deve ser... O fraco ex-professor de Hogwarts, não é?
_ Você verá seu engano! [Imobullus!]
Alana pulou e escapou do feitiço. Em seguida, lançou um “tarantallegra” mudo em Snape. O ex-professor foi atingido. Alana, então, lançou:
_ [Incarcerous!]
Ele foi atingido e as cordas o prendiam, completamente imobilizado. Alana então lançou:
_ [Expelliarmus!] ... [Estupefaça!]
Snape foi deixado ali, jogado no chão, sem varinha, inconsciente. Alana ouviu seu irmão lhe dizer:
_ Não vai matá-lo?
_ Por que eu deveria? _ Alana retrucou.
_ Ele é um inimigo!
_ Ele pode ser salvo, Abel! Talvez se nós só o prendermos, ele possa ser regenerado!
_ Ora, é claro que não! Severo Snape já teve chance de se regenerar e não quis. Ele merece a morte, vamos lá! Você sabe lançar as maldições imperdoáveis, precisa usá-las!
_ Não! Eu jamais vou usar uma maldição imperdoável!
_ É necessário, Alana, é necessário. E você vai descobrir isso.
_ Nunca!
_ Bem, faça como quiser. _ Abel se afastou e foi em direção a um enorme bando de Anjos do Inferno que avançava.
De repente, Abel de Oliveira ouviu uma voz distinta daquelas que deveriam estar presentes ali. A voz gritava:
_ [Expecto Patronum!]
O Professor Oliveira olhou e viu Gina Weasley lançando seu patrono contra os Anjos do Inferno, sem obter sucesso algum. Então, o docente ergueu a varinha, aproximou-se e gritou:
_ [Expecto Patronum!]
A fênix imponente investiu contra as criaturas maléficas, destruindo-as. Gina caiu no chão, fraca. Abel falou:
_ O que faz aqui, garota?
_ Eu queria... Eu queria ajudar...
_ Eu disse pra todos irem pro dormitório e isso incluía você também!
_ Eu não vou ficar num dormitório enquanto há uma guerra aqui! Eu quero ajudar!
_ Não! Você não pode!
_ Não importa sua opinião, Professor! _ Gina ficou de pé e completou: _ Eu vou ficar aqui e ajudar!
_ Ah, é mesmo?
_ É!
_ Pois eu lhe digo: você vai voltar para o seu quarto agora!
_ Não mesmo!
_ Ah, vai sim!
_ Por quê? O que vai fazer se eu não voltar? Vai aplicar uma detenção?
_ Não, não será necessário! Eu disse que você vai voltar para seu dormitório e é precisamente isso que acontecerá!
_ Eu não saio daqui!
_ Ah, mais é claro que sai! Você voltará agora!
Dizendo isso, Abel teletransportou Gina para o dormitório dela. Ela não acreditou: por essa ela não esperava! Ah, mas... Como ela poderia esquecer? O Professor Oliveira conhecia a técnica do teletransporte! Ela sabia disso, já lera em livros que falavam sobre o mestre! Ah, mas não importava! Mesmo que o docente a enviasse para o quarto mil vezes, mil vezes ela voltaria! Não deixaria que a excluíssem novamente de uma guerra tão importante, como Harry Potter a excluiu da guerra anterior!
Rony duelava com alguns comensais. Ele lutava brilhantemente e deixou-os estuporados. Mas um grupo de dementadores surgiu na frente dele. Ronald nunca foi muito bom em patronos, mas tinha que conseguir agora. Ele precisava de uma lembrança feliz. Ah, uma lembrança feliz... Uma lembrança feliz... Qual seria? Weasley se lembrou de sua família, do ano em que ganhou a taça de quadribol para a Grifinória com uma defesa fenomenal, da derrota de Voldemort... Ah, nada daquilo era realmente uma lembrança tão feliz! Aquelas lembranças não eram capazes de produzir um patrono tão grande quanto ele precisava naquele momento. Foi então que algo lhe veio à cabeça: um dia, no Expresso de Hogwarts, ele conheceu uma garota... Uma garota que tinha um sorriso tão bonito como ele jamais viu... Uma garota com uma voz tão doce quanto mel... Uma garota tão delicada, tão meiga e tão legal! Conhecê-la sim foi uma lembrança feliz! Com aquela lembrança, certamente um bom patrono seria produzido. Sim, Ronald Weasley lutaria, produziria o patrono mais forte por ela! Rony, então, apontou a varinha para o grupo de dementadores e gritou:
_ [Expecto Patronum!]
O patrono de Rony destruiu todos os dementadores. Então, um enorme grupo de Anjos do Inferno atacou Ronald. Ah, não importava! Por aquela menina, ele venceria tudo! E então, ele bradou:
_ [Expecto Patronum!]
O patrono de Rony investiu contra o bando. Alguns Anjos do Inferno foram destruídos, mas, outros fugiam. Rony decidiu correr atrás deles. Ele corria, não sabia para onde, mas seguia aquelas criaturas. Ah, mal sabia ele que aquilo era uma armadilha. Aquele bando se reuniu com outros e, surpreendentemente, as criaturas se suicidaram, explodindo. A energia maléfica era enorme e atacava Rony. Ele jamais conseguiria produzir um escudo tão forte que pudesse barrá-la. Mesmo assim ele tentou:
_ [Protego!]
A enorme bola de energia maléfica consumiu o patrono de Ronald e também seu escudo protetor. Ele pensou: _ “Vou morrer aqui.”. No entanto, ouviu uma voz muito próxima, que o acalmou:
_ [Protego!]
Um belo, forte e resistente escudo se formou, barrando a grande bola de energia. Ronald Weasley se virou para o lado, a fim de ver quem o tinha salvado. E, quando olhou, viu Alana à sua direita. Ela perguntou:
_ Você está bem?
_ Sim, estou. Obrigado...
_ De nada!
Nesse momento, uma voz foi ouvida:
_ [Expelliarmus!]
Era Voldemort, o qual tentava desarmar Alana de Oliveira. Rony lançou em Alana o escudo protetor:
_ [Protego!]
O feitiço de Riddle bateu no escudo e se voltou contra o feiticeiro, arrancando-lhe a varinha das mãos. Alana, então, lançou em Tom Riddle:
_ [Estupefaça!]
Tom caiu no chão estuporado.
Abel observava a guerra, procurando se alguém estaria em apuros. Tudo parecia correr bem: embora os defensores de Hogwarts estivessem em ampla desvantagem, os invasores não estavam avançando. Lupin duelava brilhantemente contra Rabicho. Os outros professores também lutavam bravamente. Parecia que tudo ia bem, mas, de repente, Abel viu-se cercado por um grupo enorme de comensais e Anjos do Inferno. Então, ele usou as duas mãos para lançar, ao mesmo tempo, dois feitiços:
_ [Expecto Patronum!] [Avada Kedavra!]
Abel levitou, para usar também os pés:
_ [Protego!]
Cada membro exercia uma função: três deles lançavam magias e um fazia os gestos de ampliação dos feitiços. O patrono de Abel destruiu o bando de Anjos do Inferno, mas, ao ser atingido pela energia gerada na explosão das criaturas, dissolveu-se. O escudo conjurado pelo mestre barrou todos os jogos de luzes verde que o atacaram, mas, acabou também por dissolver-se. Muitíssimos comensais morreram, atingidos pela maldição da morte lançada pelo docente. Contudo, Abel foi surpreendido! Lúcio se aproveitou do enorme esforço feito pelo mestre e da pequena desatenção e lançou:
_ [Avada Kedavra!]
Quando Abel percebeu, o jogo de luz verde já estava próximo demais: não daria tempo para se concentrar e executar um feitiço. Seria o fim?
Alana se virou rapidamente, à procura de um outro comensal. Ela olhava para todos os lados, a fim de verificar se alguém precisava da sua ajuda. E foi nesse momento que ela ficou estática, assustada, paralisada! A cena que ela viu foi terrível! Ela via um jogo de luz poderoso e veloz, um jogo de luz verde, indo na direção de seu irmão (este, estava terminando de executar seis coisas, sendo três feitiços simultâneos e três gestos de ampliação). Ah, Abel não conseguiria fazer nada para se defender! Alana também não teria tempo. Mesmo que ela lançasse um escudo, não conseguiria fazê-lo a tempo de barrar a maldição da morte lançada por Lúcio. Ah, não! Não podia ser! Seu irmão morreria, ali, tão perto dela e, ela não poderia fazer nada? Nada? Nada! Alana se lembrou da morte de seus pais. Ah, que triste foi! Seus pais morreram na frente dela, nas mãos de um vampiro e, ela viu tudo, viu a lenta e dolorosa morte! E não pôde fazer nada! Agora tudo acontecia novamente! Novamente, um ente querido morria ali, na frente dela, perto dela e, ela ficava ali, sem poder fazer nada! Ah, como dói a grande impotência humana! Ah, como é torturante não poder ajudar aqueles que amamos! Ah, nessa hora, Alana preferia enfrentar mil maldições cruciatus, mil torturas bem piores que isso, mil mortes, mil infernos, mil condenações! Naquele momento, ela preferia estar no lugar de Abel! Mas ver seu irmão morrer, sem poder tomar uma atitude, sem poder salvá-lo, era bem pior do que a morte! Alana sentiu o chão sumir debaixo dos seus pés; ela se sentia pior do que se um bilhão de Anjos do Inferno a tivessem atacando, tirando toda a sua alegria e toda a sua energia! Alana se sentiu frágil, sem chão, sem alegria, sem energia, sem vida! Alana não mais se sentia, ela apenas morria, cada vez mais! Alana de Oliveira sentia a petrificação de sua alma, a realização de seus piores pesadelos e a extinção de sua vida! Ah, leitores, como é triste! Pudesse eu, jamais descreveria essa cena. À medida que o jogo de luz verde se aproximava do impotente Abel, Alana perdia mais e mais a vida que há muito já não era mais sua! Não, não, não! Não, não podia estar acontecendo! Aquilo era impossível! Não podia ser, não! Como podia o “Escolhido”, o bruxo mais forte do mundo, ser derrotado? Não, não, não! Não era possível! A mente de Alana, a parte racional de seu cérebro sabia, mesmo que seu coração e sua alma quisessem o contrário, que Abel de Oliveira, seu irmão, em alguns segundos estaria caído, morto, inerte, no chão de Hogwarts. Ah, realidade cruel e dura! Ah, tristeza infinita! Ah, ausência de vida! Ah, que dor no coração!
Abel via o jogo de luz verde cada vez mais próximo e sabia: era o fim. Ele não podia fazer nada, tinha que aceitar a morte. Ele havia falhado: deixaria o mundo em ruínas, descumpriria a promessa que fez a seus pais, de proteger sua irmã. Ah, era triste! Mas, ele não podia fazer nada: fora burro demais, fora desatento demais, fora um retardado! Ah, agora, como um perdedor, como alguém que não cumpre sua promessa, como um fraco, impotente, Abel de Oliveira tinha que aceitar a morte, a derrota. Fora burro, negligente, fraco! Fora idiota, incompetente, débil! Agora só lhe restava a morte e, quem sabe, se ele merecesse, um lugarzinho no inferno. Ou, talvez, ainda, a destruição de sua alma... O sofrimento perpétuo! Agora, só lhe restava a morte.... Era só esperar. Agora, só a morte... A morte? Sim, a morte. A morte! Morte! Morte! Abel viu passar diante de seus olhos toda a sua existência. Ele viu seus erros, seus acertos, suas vitórias, suas tristezas, suas glórias; Abel viu toda a sua vida e, sobretudo, via o jogo de luz verde cada vez mais próximo. Ele olhou rapidamente para todos os lados e viu: Rony estava de costas e, portanto, não sabia o que estava acontecendo. Harry Potter devia estar ainda na Ala Hospitalar, junto com seu grande amor _ Hermione Granger. Bem, e... Ali, olhando para ele, com a cara mais pálida e triste que Abel já viu, estava sua irmã, Alana! Ah, ele não queria e nem podia deixá-la! Ele prometera aos pais proteger a irmã! Mas a deixaria, descumpriria a promessa porque era um fraco, incompetente e retardado. Abel tentou transmitir por telepatia uma única mensagem: _ “Cuide-se!”. Todavia, não sabia se a irmã recebeu ou não a mensagem que ele mandou. Naquele momento, aquela mensagem era tudo o que ele podia fazer por ela. Abel de Oliveira via o jogo de luz verde bem próximo dele e decidiu que não morreria com aquela cara de espanto... Ele morreria sorrindo. Sim, morreria sorrindo, sorrindo para sua irmã! Ele queria que a última imagem que Alana teria dele vivo fosse dele sorrindo! Ah, seria agora! Abel colocou o melhor sorriso que conseguiu e se preparou para a morte.
Nesse momento, todas as lutas cessaram. Todos olhavam para a cena em destaque. Todos os comensais queriam ver a morte do bruxo mais forte do universo! Todos os defensores de Hogwarts _ os quais não podiam fazer nada para ajudar _ esperavam, torciam ansiavam por um milagre! Mas, milagres não existem, existem?
Ah, era agora! Nada poderia salvar Abel da morte! Era agora, agora! Ah, era agora! Agora? Sim, agora. Agora! Era a hora da morte! Morte? Morte... Morte. Morte!
Nesse momento, o jogo de luz verde se aproximou; ele estava a poucos centímetros do peito do professor. Nenhum escudo seria capaz de barrá-lo. Nessa hora de desesperança, um grito foi ouvido... Era um grito de amor e desespero, mas um grito determinado... Era um grito de desespero, determinação e, principalmente, amor... Um grito de uma voz doce, meiga, determinada e amorosa, que dizia:
_ [Protego!]
Impossível, tarde demais, ou será que não?
Um escudo se formou em torno de Abel. Não era um escudo comum... Era um escudo de amor, forte, firme e indestrutível! Era, talvez, o que grande parte da humanidade chamaria de... Milagre! Sim, milagre!
O jogo de luz bateu violentamente no escudo protetor e incrivelmente se voltou contra Lúcio. Ele apenas fez com que Rabicho fosse erguido e conduzido (contra a própria vontade, é claro) até o local do duelo e, assim, Rabicho serviu de escudo para Lúcio. O corpo de Rabicho caiu, sem vida, no chão.
Abel não acreditou: estava... Vivo? Sim, estava vivo. Vivo! Então, ele voltou ao chão, de pé. O professor olhou para todos os lados, buscando seu salvador. Quem teria feito aquilo? Há pouco Abel tinha olhado para tudo e, ninguém estava em condições de fazer nada! Então ele se lembrou da voz que lançou o feitiço e... A voz lhe lembrava alguém... Quem? Era alguém familiar... Alguém que o mestre já tinha visto há pouco tempo... Era... Mas... Não podia ser! Será que era... Não podia! Podia? Abel de Oliveira olhou para todos os lados e viu, ao seu lado direito, Gina Weasley apontando a varinha para o peito do docente, mantendo ainda o escudo protetor intacto. Incrível! Será que Abel estava enxergando direito? Ele abriu bem os olhos, fechou-os, abriu-os de novo e via sempre a mesma imagem. Mas... Como? Gina era uma sextanista! Tudo bem que ela era a melhor sextanista, mas, mesmo assim, era uma sextanista e, não tinha, teoricamente, nem base de conteúdo nem poder suficiente para criar um escudo tão poderoso! Como ela conseguiu? Abel via Gina sorrindo para ele e ainda mantendo o escudo intacto. Era, realmente, excepcional!
Alana viu tudo e, quando ela viu a “impossível” reversão da maldição da morte acontecer, não acreditou. Certamente a pessoa responsável por tal reversão tinha, na alma e no coração, um amor ilimitado e infinito pelo seu irmão. Foi quando Alana reconheceu a responsável por tal boa ação... Gina Weasley! Era a sextanista predileta de Abel... Ah, Alana não pensou em mais nada: em um pulo, ela estava dando um forte abraço em Gina e agradecendo:
_ Obrigada! Você salvou a pessoa mais importante da minha vida! Muitíssimo obrigada mesmo!
_ Ah, não foi nada! _ Gina respondeu, sorridente.
Alana, então, jogou-se nos braços de Abel e disse, com lágrimas nos olhos:
_ Ah, Abel! Você está bem?
_ Sim, estou incrivelmente bem... E vivo! _ Abel sorriu.
_ Ah, Abel, não faz mais isso, tá? Nunca mais me dá um susto como esse! Por favor, não me deixe nunca!
Nesse momento, Abel se sentiu incrivelmente incompetente, mas na mesma hora ele percebeu: a força dele não vinha diretamente dele, mas sim das pessoas que o amavam. Ele não era incompetente! Não enquanto fosse capaz de amar, não enquanto o amor o salvasse! Então, ele respondeu:
_ Fique tranqüila: eu não vou te deixar!
Alana também sorriu. Depois, ela se virou para Lúcio. Os olhos de Alana ficaram vermelhos; o ódio da menina era infindo. Alana falou:
_ Lúcio! Você é um maldito, desprezível estrume! Você é um desalmado idiota! E vai pagar pelo que fez! Eu vou fazer você pagar muito caro, maldito!
_ E... Vai fazer o quê, Alana? Vai me estuporar? Ou lançar algum outro feitiço ridículo? O que vai fazer?
_ Ora, seu maldito insolúvel retardado! Você vai sofrer como nunca antes! Você vai pagar pelo que fez! [Crucio!]
Abel não acreditou. Aquela garota que sempre o repreendia por lançar maldições imperdoáveis nos adversários, estava agora lançando a Maldição Cruciatus em um inimigo? Seria verdade? Sim, era! E o ódio de Alana era perceptível e amedrontador. Todos os demais comensais, e até mesmo Voldemort, recuaram e procuraram refúgio. Todos temiam o ódio de Alana. Gina recuou... Ela se assustou com tamanho ódio! Ninguém jamais executou uma Maldição Cruciatus com tamanha perfeição! Lúcio sofria, gritava, berrava, urrava, implorava pela morte! Lúcio estava no chão se contorcendo! Ele estava ali, frágil, indefeso, suplicando pela morte _ a qual seria, no mínimo, mil vezes melhor do que aquela tortura. Não, leitores, nem Voldemort, nem o próprio Lúcifer, ninguém jamais executou um “Cruciatus” tão poderoso, tão terrível, tão perfeito! Todo o ódio da irmã de Abel estava naquela magia poderosa, toda a dor que Lúcio sentia era justa, mas indescritível! A tortura durou muitíssimo tempo.
Entretanto, como tudo na vida passa, aos poucos, Alana de Oliveira foi se acalmando. Dessa forma, a dor de Lúcio foi diminuindo e o efeito da maldição foi passando. Depois de um longo tempo, O “Cruciatus” cessou. Lúcio estava no chão, sem forças para nada! Alana, então, disse:
_ Muito bem, Lúcio, chegou a hora da sua morte! Vou livrar o mundo da sua infeliz e indesejada existência! Vou livrar o mundo de você! [Avada Kedavr...]...
_ Não! Não faça isso! _ Com um pulo, Abel se colocou na frente de Alana. Ela estacou e parou a execução da maldição da morte na hora!
_ Por quê, Abel? Por quê? _ Ela perguntou.
_ Se você o matar, os poderes do Lúcifer do inferno aumentarão. É que Lúcifer, ao optar por ter duas vidas _ uma no inferno e outra humana _, divide seus poderes em duas partes. Ter uma vida humana ainda o impede de liberar as sete Bestas pelo mundo. O que ele ganha é apenas a oportunidade de conhecer os sentimentos humanos e espiar de perto... Mas acho que as desvantagens são bem significativas. Bem, se ele morrer agora, as sete Bestas serão liberadas e espalhadas pelo mundo e, eu ainda não estou pronto para enfrentá-las. Por isso, eu peço: deixe-o pra lá.
Abel tocou na mão de Alana e esse gesto fê-la se acalmar. Era incrível como ele tinha o dom de acalmá-la apenas com um toque! Alana, então, abaixou a varinha e recuou. Abel se voltou para Lúcio e disse:
_ Lúcio! Obrigado por me mostrar que a minha verdadeira força não vem de mim, mas sim daqueles que eu amo e que me amam também! Agora, vou terminar esta batalha! Ah! Antes que eu me esqueça de dizer... Seu herdeiro está na Ala Hospitalar de Hogwarts. E... Bem, se continuar ali, ele continuará desacordado por um bom tempo, já que a responsável pelo local não sabe reverter o estado de inconsciência, porque não conhece o feitiço que usei nele. Agora, até a próxima! [Estupefaça!]
Abel fez o gesto de ampliação do feitiço e Lúcio foi duramente atingido. Ele estava inconsciente e sangrando. Abel abriu o portal e teletransportou todos os invasores de volta para o inferno. Em seguida, fechou o portal. Depois, ele disse:
_ Acabou!
Lupin se aproximou do Professor Oliveira e questionou:
_ Bem, já é tarde. O que fazemos agora? Deixamos os alunos descerem para o jantar?
_ Não, Lupin... Precisamos checar se Lúcio deixou algum... Digamos... “Presentinho”... Antes de deixar todo mundo sair dos dormitórios. Vamos fazer o seguinte: quero que todos os professores chequem cada canto de Hogwarts e, você também, Lupin. Como a Senhorita Granger tem medo de voar sozinha, quero que Potter e Granger chequem as estufas. Senhor Weasley, quero que cheque todo o resto da parte externa do castelo, exceto o lago e a Floresta Proibida. Bem, é isso.
_ Professor, _ Gina chamou _ eu também quero participar!
_ Não mesmo! _ Rony falou.
_ Cala a boca, Ronald! _ Gina rebateu. _ Você não manda na minha vida! Quem decide pela minha participação ou não, sou eu! E você não tem nada com isso!
_ Como não? Eu sou seu irmão! E posso dizer aos nossos pais...
_ Eu quero que todos se explodam! Eu não vou ser deixada de lado novamente como fui uma vez! O senhor Potter me fez o favor de me deixar de lado na guerra passada, com o pretexto de me proteger! Mas eu não vou aceitar isso de novo, ouviu? Não me interessa se você, ou qualquer outro concorda ou não: eu quero participar!
_ Mas... Você não pode!
_ E... Posso saber por que, Ronald?
_ Ora, você é pequena demais!
_ Ah, é? E... Será que quando eu fizer sessenta anos eu vou ser adulta o suficiente pra você?
_ Gina, eu não quero que você se arrisque!
_ Vá pro inferno, Ronald! Por que você pode se arriscar e eu não? Por quê?
_ Ora, eu... Eu...
_ Você não é melhor que eu em nada! Você nem sabe produzir um bom patrono... Nem sabe produzir um bom escudo protetor... Nem sabe duelar tão bem quanto eu sei!
_ Ora...
_ Cale-se! Eu quero participar e ninguém vai me impedir!
Rony não tinha mais o que dizer. Abel se aproximou dele e indagou:
_ Ahm.... É... Bem... Você já conseguiu convencer a sua irmã a não fazer uma coisa que ela quer muito fazer?
_ Bem, Professor... Na verdade... Não.
_ Bom, Senhorita Weasley, eu tenho uma proposta: vou conjurar uma serpente e, se você conseguir lançar a maldição da morte nela e matá-la, deixo você participar; pode ser? _ Abel propôs.
_ Claro! _ Gina respondeu.
_ Então... Vamos lá! [Serpensortia!]
Abel conjurou uma serpente e pediu a ela, em linguagem de cobra, para que ficasse parada, sem atacar, com um olhar de quem implora pela vida. Ele também não queria que Gina Weasley participasse daquela guerra horrível. Rony percebeu e ficou feliz, ele não acreditava que a irmã conseguiria matar aquela serpente.
Gina queria participar. Ela não queria ser deixada de lado novamente, não queria ficar isolada da batalha, como uma criança, não queria deixar duas das pessoas que mais amava ir pra guerra sem ela! Ela se concentrou. Sabia que lançar um “Avada Kedavra” em uma criatura que tinha um olhar de quem implora pela vida não seria algo fácil. Contudo, custasse o que custasse, ela participaria da guerra! Então, ela se concentrou mais ainda. Abel ainda não havia ensinado como lançar a maldição, mas já havia demonstrado como fazer. Gina, então, tentou se lembrar. Em seguida, ela fez os mesmos gestos que Abel fizera na aula, concentrou-se o máximo que pôde, reuniu a maior determinação que conseguiu, fixou seu objetivo (matar a cobra para poder participar da guerra) e reuniu o maior amor que tinha, pela pessoa que a desafiava, pela pessoa que era o motivo de ela querer participar. Então, ela lançou:
_ [Avada Kedavra!]
Conseguirá a caçula Weasley matar a serpente e participar da guerra? O que espera nossos heróis na checagem de Hogwarts? Será que Lúcifer deixou algum... “Presentinho”?
(***) E, NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
Os Defensores de Hogwarts começam a checagem. Os professores (responsáveis pela checagem da parte de dentro do castelo) não encontram nada. Mas, o clima nas estufas pode provocar uma atitude definitiva de Hermione em relação à sua vida amorosa. No lago há perigos também e, como Rony não encontra nada na sua checagem, talvez ele vá dar uma ajudinha lá no lago... Ah, e, na Floresta Proibida, uma criatura poderosa pode ameaçar a vida de alguns de nossos heróis! Não perca o próximo capítulo de “A VIDA EM JOGO”: “ENTRE HORRORES E AMORES”! Você já encontrou o amor, quando buscava por seus inimigos?
(***) PALAVRA DO AUTOR:
Bem, galera, espero que vocês tenham gostado! Por favor, eu lhes imploro: comentem! Será que vou precisar buscar uma capa para a fic, com o desenho do autor ajoelhado no milho, implorando por comentários? Bem, por favor, se alguém além de mim e da minha Beta Reader está lendo esta fic, comente! É claro que, se não quiser comentar, não precisa; mas, eu gostaria que, se possível, vocês comentassem! Assim eu não precisaria usar esse espaço pra pedir comentários! Poderia usar para respondê-los! Pessoal, por favor, comente! Meu e-mail é: [email protected] e vocês podem enviar e-mails à vontade! Comentem!
N/B
uno, é incrível como você tem a capacidade de escrever um capítulo de quase 30 páginas e não cansar o leitor. A fic está dinâmica, com muitos pontos em aberto, que dá no leitor aquela vontade de continuar lendo. E quando você finalmente esclarece alguma coisa cria outros problemas para que continuemos lendo.
Na minha opinião, a parte em que o Abel quase morre (antes da Gina aparecer), eu achei os pensamentos do Abel e da irmã muito longos e repetitivos. Eu acredito que dê para você trnasmitir toda a angústia do momento sem precisar se repetir tanto. A impressão que tenho é de que ao invés de prender a atenção (como em todos os outros momentos conflituosos do capítulo), o leitor vai pular. Sugiro que você reescreva estes dois parágrafos.
No mais, seguem alguns pontos que observei.
a) você mencionou que aparatação é diferente de teletransporte. Sugiro colocar o por quê quando fala isso. Pensei bastante e não consegui chegar a uma conclusão da razão de serem diferentes.
b) Bruno, eu fico me perguntando: o que Dumbledore pensava de Abel? Ele concordava com essa ‘ética’ dele? Estimular a matar não me parece ser a filosofia do bom velhinho.
c) Você disse que a Alana não conseguiria lançar um escudo a tempo para barrar o Avada Kedavra de Lucio em Abel. No entanto, os escudos não protegem do Avada. Esse feitiço é irreversível e não pode ser barrado.
No geral, a qualidade continua a mesma. Percebi que se atentou à questão da repetição de algumas expressões, como havíamos falado. Neste capítulo percebi que reduziram bastante.
Se quiser discutir alguma coisa antes de publicar, estou à disposição.
Abraços,
Belle
(***) RESPOSTA DO AUTOR:
Bem, não gosto de esclarecer coisas antecipadamente, porque a história, por si, esclarecerá. Mas, diante de algumas perguntas, tenho que fazer isso, não é? Bem, eu só afirmo que, de alguma forma, o teletransporte e a aparatação não são a mesma coisa! Como e por que, será explicado mais pra frente, porque Abel ensinará a técnica a um outro personagem. Bem, sendo assim, sabemos que Hogwarts possui feitiços anti-aparatação, mas não possui feitiços anti-teletransporte; então, é por isso que o Professor Oliveira conseguiu usar o teletransporte. Sei que em um ponto da história Alana comenta isso. Quanto à ética de Abel, sim, ela é bem complexa, rica e questionável. Mas... Será que ele está errado? Isso é bem discutível! Acho que, numa guerra, não há como ter muita ética, há? Quanto ao fato do “Avada Kedavra” não poder ser barrado por um escudo, na própria história esse fato é negado; no Capítulo 2, Abel diz que um “Protego” pode barrar a maldição da morte, dependendo, simplesmente, da energia com a qual o bruxo lança o escudo; o Professor Oliveira faz até uma demonstração prática disso. Bem, nesta história, a Maldição da Morte não é “imbarrável” e toda magia pode ser mais fraca ou mais forte, dependendo do bruxo que a lança. Um “Protego” bem executado pode sim barrar até mesmo uma maldição da morte, como Abel já disse no capítulo 2. Se mais alguém tiver, ainda, dúvidas sobre isso, pode me mandar perguntas. Por fim, quanto aos parágrafos... Eles não estão dinâmicos, mas foi intencional. Alguns pontos da história devem ser ressaltados e algumas cenas devem ser bem descritas, às vezes descritas à exaustão. Faço isso com as cenas que julgo mais importantes e, a princípio, elas ficarão assim mesmo. Se mais alguém reclamar, posso pensar na reedição; mas, meus leitores _ se é que existem _ não são muito de conversar comigo, não é? Kkkkk!!! Bem, é isso.
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