Tal mãe, tal filho



Filho de bruxo, bruxinho é.

Capítulo 2

Tal Mãe, tal filho

Desculpe-me. Não queria ter que começar essa narração dizendo isso, mas eu estou um pouco envergonhada pelo o que houve na formatura do Harry. Eu não sei onde eu estava com a cabeça de deixar o Tiago narrar a formatura do Harry. Era para ser o primeiro momento mais lindo da vida do nosso filho e, para variar só um pouquinho, Tiago teve que arrumar confusão. Tudo bem, eu sei que deve ter fãs - mulheres é obvio – que vão dizer que ele não fez nada e que ele apenas teve má sorte de aquilo acontecer. Mas eu não vou ficar utilizando todo o meu tempo para falar das confusões que o meu marido arruma, eu tenho trabalho a fazer agora... narrar o segundo momento importante na vida do meu filho: o casamento.

Tem momento mais lindo do que esse? Pelo menos, na vida de uma mulher, essa fase é a mais bonita de todas. E é por isso que a mais capacitada para narrar isso aqui sou eu. Pareço até o Tiago agora...

Eu já posso até imaginar o quão apreensiva a minha futura nora não deve estar... eu posso dizer isso porque senti na pele esses momentos angustiantes, principalmente na hora de escrever meus votos do casamento, mas sobre isso eu vou falar mais tarde...

Aquela decoração estava muito linda, perfeita demais, agora se tem alguém aqui que não acha uma festa de casamento algo maravilhoso ainda mais quando a festa é realizada em um jardim muito bem decorado, então por favor retire-se.

Ao ver aquele jardim daquela forma, com cadeiras expostas em fileiras ao redor do enorme tapete branco com pétalas de rosas vermelhas sobre este que se seguia até o altar decorado também com rosas vermelhas e brancas, lembrei do meu casamento com Tiago. As flores eram lírios brancos, os meus preferidos e o tapete era vermelho.

Notei que no começo de cada fileira de cadeiras estava um arranjo de flor e algumas luzinhas flutuavam sobre as rosas iluminando mais o local – ficava ainda mais lindo quando o casamento era durante a noite.

Faltavam poucos minutos para a cerimônia começar e o céu já estava numa cor azul escuro quase negro. Harry e Gina fizeram questão de consultar um professor de astrologia para saber qual seria o melhor dia para se casarem e quando não haveria lua-cheia, já que o Remo seria seu padrinho de casamento juntamente com Tonks. Quem diria que o Remo, depois de tantos anos, seria padrinho do meu filho, sendo que ele fora padrinho do meu casamento com o Tiago...

Algumas pessoas já começavam a chegar em seus trajes elegantes, depois que Artur – sogro do meu filho – virou ministro, aquela família começou a melhorar seu estado financeiro e se tornou uma das famílias mais influentes. Gina era uma menina de uma ótima família. E eu não digo isso por causa do dinheiro, Harry também não é de ostentar riqueza e isso ele certamente puxou por mim. Mas eu falo do jeito que essa família trata o meu filho, como se Harry fosse um filho... e eu agradeço imensamente eles por terem cuidado da minha cria e terem o tornado uma pessoa brilhante.

Eu queria tanto dar esses créditos para a minha irmã e para aquele porco que ela chama de marido, mas eu simplesmente não consigo, é inadmissível pensar em fazer algo desse tipo.

Enfim, acho melhor para de afogar essas minhas magoas, tenho que aproveitar a chance que estou tendo e apreciar o casamento do meu menino, o meu bebê – ainda bem que Harry não pode me ouvir.

Mas como eu ia dizendo, muitas pessoas já começavam a se acomodar em seus lugares e uma música muito baixa já imperava no local enquanto as pessoas observavam com encantadores sorrisos a bela decoração feita por Molly e Fleur Weasley – mulher de Carlinhos, filho da primeira. As duas realmente fizeram um ótimo trabalho. Souberam me substituir muito bem... embora às vezes eu pareça insubstituível...- de novo as influências de Tiago tomando conta de mim.

Enquanto era esperado o casamento começar, Harry esperava – isso é se caminhar de um lado para o outro significa esperar – arrumado na sala do Remo que o olhava de maneira curiosa.

-Você está parecendo o Tiago... – Era para mostrar as semelhanças entre o Harry e eu, não entre ele e o Tiago... Harry tem mãe também, oras...

-Mesmo? – Harry perguntou sem parar de andar. Algo me dizia que ele não estava nervoso apenas com o casamento. Mas sim com algo que ele deveria ter feito, porém não fizera... como eu no dia do meu casamento...

-Sim... mas o nervoso dele era porque tinha medo de que a Lily não gostasse dos votos dele. E, Harry, acredite se puder. Seu pai escreveu esses votos uma semana antes do casamento. – Céus, isso me deixa ainda mais culpada...

-Bom para ele, porque eu nem fiz os meus! – Sim! Ele nasceu de mim, ele não foi trocado na maternidade! Bem... acho que deu para perceber que eu também não fiz os meus votos, né?

-Como é? – Remo, o chefe, amigo, professor, padrinho e mais outras coisas, perguntou ao meu filho com extrema surpresa e – eu podia jurar – uma enorme vontade de rir.

-Isso que o senhor ouviu. Eu não fiz meus votos!

-E o que você ficou fazendo no dia que eu te dei folga para isso?

-Tentando escrever, mas parece que tudo o que eu escrevia ficava uma porcaria! – Concordo meu filho. Por mais que a gente tente se esforçar, parece que a coisa fica mais horrível ainda. Sei, eu devia estar incentivando-o, mas como eu faria isso se ainda não sei escrever um voto de casamento!

-Acalme-se Harry, você precisa escrever o que sente apenas. – Como se fosse muito fácil... não dá para transformar o que sentimos em palavras... e se Harry puxou por mim, ele deve pensar a mesma coisa.

-Eu não sei como escrever tudo o que sinto, não tenho palavras o suficiente... – eu não disse?

-É um bom começo para um voto Harry... mas acho que você não tem mais tempo para escrevê-lo, é hora de se casar... – Remo falou tentando o consolar. Grande consolo, não?

Harry olhou-se uma última vez no espelho analisando se estava tudo perfeito – Ele estava mais do que perfeito e eu acho que isso eu não preciso dizer, né? – e então seguiu Remo até os jardins iluminados de Hogwarts.

Enquanto eles se encaminhavam até lá, Gina terminava de retocar sua maquiagem e repassar seus votos com Hermione, sua madrinha de casamento juntamente com Rony que esperava do lado de fora.

Hermione passava uma última camada de pó-de-arroz no rosto de Gina enquanto esta murmurava incansavelmente seus votos.

-Você podia ficar quieta? Na consigo terminar! – Hermione, que estava vestida em um lindo vestido verde claro que lhe desciam até os pés e que era amarrado apenas por uma tira em volta do seu pescoço, falou levemente irritada – o que eu posso fazer se mulher é detalhista?

-Mas eu tenho que decorar os meus votos...

-...e por acaso você teve que decorar o seu amor pelo Harry? – não é por acaso que a Hermione é considerada a melhor aluna. Ótima pergunta, não?

-N-não! Mas eu não quero que tudo saia errado.

-Então se acalme, você já deve estar muito atrasada! – Hermione falou largando o produto sobre a mesa e dando alguns passos para trás para poder visualizar Gina por inteiro.

Não é porque dentro de alguns minutos ela seria minha nora, mas eu nunca vi uma noiva tão linda como essa. Meu filho desmaiaria com certeza.

Gina usava –e lá vamos nós com os detalhes – um vestido branco que lhe descia até os pés e atrás seguia em uma longa calda. O vestido era tomara-que-caia – mas não vai cair-, e até a cintura ele era decorado com brilhantes. Seu cabelo estava amarrado em um coque que estava preso com uma tiara que combinava com os brilhantes de seu vestido, enquanto que alguns cachos encaracolados lhe desciam pelo rosto...

-Maravilhosa... – Hermione finalmente disse e então Gina sorriu dando uma volta em torno de si.

-Espero que o Harry goste... – ele vai amar!

-Vamos?

-Claro.

Gina andou até sua madrinha e então as duas saíram do quarto dos monitores, onde encontraram Rony as esperando.

-Pensei que você estivesse com o papai. – Gina disse ao ver o irmão, enquanto esse a olhava admirado. Parecia Pedro quando havia me visto com o meu vestido quando eu estava indo em direção ao altar... está certo que eu estava bonita, mas ele não precisava ficar daquela forma e conseqüentemente, Rony não precisava ficar daquela forma com Gina... se adimiram com tão pouco esses homens...

-Você está linda! – foi a única coisa que o ruivo conseguiu dizer antes de ser puxado por uma sorridente Hermione que andava ao lado de Gina.

Enquanto eles se encaminhavam até o senhor Weasley, Harry ainda andava de um lado par o outro – o que custava ficar quieto? Ele não aprendeu isso? Com certeza são as más influências do Tiago! – porém, desta vez, sobre o altar e sobre os olhares dos convidados que sorriam.

Remo e Nynphadora olhavam meu filho com um certo amor paternal no rosto, embora Tonks fosse muito nova para ser mãe do meu filho – e acho melhor ela parar com aquilo, porque ele é meu filho! Eu posso estar morta, mas ainda sou a mãe dele!

Dumbledore, porém, do outro lado do altar olhava compreensivamente para Harry enquanto esperava a chegada de Gina que já estava há poucos metros do local.

-Acalme-se agora, porque ela já está vindo. – Remo sussurrou para o meu filho, quando viu Rony entrando com Hermione pelo corredor e indo em direção ao altar.

O casal sorriu significativamente para Harry e então todos se levantaram quando a música trouxa e tradicional começara a tocar – mesmo eu já estando casada, ouvir essa música me dava um frio tremendo na barriga!

Gina, acompanhada de seu pai, começou a andar a passos lentos em direção ao altar onde se encontravam Remo e Tonks, padrinhos de Harry, Rony e Hermione, padrinhos de Gina, senhora Weasley à espera de seu marido para representarem os pais de Harry e como os pais de Gina e por fim, Harry, o meu querido e maravilhoso filho.

Todos olhavam maravilhados para a noiva que acabava de entrar, da mesma forma que Harry saía do altar com a senhora Weasley do seu lado para encontrar a noiva. Isso sim que eu chamo de uma cerimônia tradicional trouxa, tanto que fora assim que Petúnia casara com aquilo que ela chama de marido.

Harry e Gina se encontraram no meio do corredor e então Harry e o Senhor Weasley trocaram de par, porém se antes o futuro sogro do meu filho se despedir de sua caçula e a senhora Weasley abraçar carinhosamente o meu filho.

Harry colocou o braço de Gina em torno do seu e então recomeçaram a andar até o altar onde Dumbledore os esperava sorrindo.

-Meus queridos noivos e caros convidados, nós estamos aqui para celebrar a união dessas duas almas apaixonadas. – É tão lindo ouvir isso, é tão linda uma cerimônia de casamento, pena ser tão longa. E se não fosse por Tiago estar me enchendo a paciência para pular essa parte eu continuaria narrando sem problemas algum... mas acho melhor ir direto a troca de alianças.

O diretor virou-se por um breve momento e então pegou uma cestinha com as alianças e entregou uma a Gina para que essa colocasse em Harry enquanto dizia seus votos matrimonias.

-Harry... planejei dizer tantas coisas a você que simplificasse o que eu sinto, o que eu senti desde o primeiro instante em que vi você, mas acho que palavra não serão o suficiente para demonstrar o meu amor por você, as únicas que eu encontrei, por mais simples que possam parecer, são as únicas que realmente possuem esse significado: Eu amo você! – Gina sorriu e então colocou o anel no dedo de Harry que sorriu também. Aquela menina deve ter ensaiado muito tempo aqueles votos...

Dumbledore entregou o outro anel ao meu filho e então este olhou um pouco sem jeito para a noiva a sua frente, talvez ainda pensando no que falaria a ela. Eu queria tanto ajudá-lo, mas não posso, ele precisa caminhar com suas próprias pernas.

-Virginia, por mais que eu tente falar coisas bonitas a você eu não vou conseguir alcançar o que você disse a mim, até porque eu nunca fui muito bom com as palavras. Mas, de certa forma, isso não impediu você de se apaixonar por mim... e eu não vou mudar agora, não quero perder o seu amor, não quero perder você. Quero que você saiba que sempre vou estar ao seu lado, na saúde, na doença, na riqueza ou na pobreza e nem quando a morte nos separar, eu vou deixar de te amar... – alguém tem um lenço aí?

Gina sorriu, porém deixou escapar uma lágrima pelo canto dos seus olhos, enquanto que Harry colocava o anel finalmente eu seu dedo.

-Eu vos declaro marido e mulher. – Dumbledore concluiu a cerimônia e então Harry aproximou-se da ruiva a beijando com paixão enquanto os convidados os aplaudiam euforicamente.

Quando o beijo cessara, Harry e Gina caminharam de mãos dadas até a saída sendo seguidos pelos padrinhos e finalmente pelos pais de Gina que quando os alcançaram fizeram questão de abraçá-los fortemente.

-Ó meu querido, agora sim eu posso te considerar um filho! – Não, quem te deu permissão para tal coisa? Nunca, no meu bebê ninguém toca!

-Espero que seja mais como um filho, do que como um genro...

-Claro meu querido... – Molly falou fazendo força para não desabar no choro enquanto Gina tentava arrastar o marido para o local onde se daria a festa.

-Mãe, sem choradeiras... hoje você precisa ficar feliz!

-Como se as minhas crianças estão indo embora! – É ruim dizer isso, mas eu concordo. É difícil para uma mãe ver seus filhos indo embora, se bem que no meu caso eu fui embora primeiro, mas... uma mãe nunca gosta de perder o seu bebê para outra pessoa, muito menos para a nora, não que eu não goste de Gina... mas ela está roubando o meu menino de uma certa maneira... isso sim que eu chamo de egoísmo... mas deixando isso de lado.

-Mãe, eu não estou indo embora. Só estou indo morar em outra casa...

-E qual a diferença nisso? Você vai morar aqui em Hogsmeade enquanto eu e seu pai continuaremos na Toca, é uma distância muito grande, minha filha, eu não vou conseguir agüentar!

-Controle-se mãe! – Rony que estava observando a cena ao lado de sua namorada falou um pouco constrangido.

-Não... você não percebeu ainda que é a minha menininha que está indo embora?

-Você faz isso com todos os seus filhos mãe e não seria diferente com a Gina. – Rony tentou acalmar sua mãe. Isso se aquilo podia se chamar de acolhedor.

-Eu sei... farei no seu casamento também, quando você parar de enrolar a minha querida Hermione! – a senhora Weasley falou arrancando sorrisos por parte dos que estavam a sua volta, inclusive ela sorriu também. O único que não gostara muito daquela brincadeira fora Rony. Como ele podia ser tão medroso? Era só um casamento!

-Senhora Weasley, eu vou cuidar muito bem de Gina...

-Eu sei muito bem Harry... não estou assim por você, mas é que a saudade já está fazendo efeito...

Pulando essa parte. Sim, eu já estava começando a chorar junto. Não gosto de despedidas, ainda mais quando a festa ainda nem começou. E falando na festa...

Harry e Gina, que havia tirado a calda do seu vestido, ficando com apenas o próprio vestido rodado, dançavam animadamente embalados pela dançante música que tocava. Os sogros do meu filho conversavam com alguns convidados da família, numerosa por sinal, mas muito simpática.

Rony e Hermione também conversavam, mas pelo que eu pude ver, o assunto era muito mais sério.

-Você só fez esse pedido por causa da brincadeira da sua mãe, não foi?

-Claro que não! De onde você acha que eu ia tirar esse anel? – Rony perguntou apontando para o anel ainda dentro da caixinha que Hermione segurava.

-Você pode simplesmente ter conjurado ele...

-Sim, e ia sair com as nossas iniciais...

-Não é complicado fazer isso, você me provou que é ótimo em feitiços Rony. – Hermione falou ainda emburrada.

Se eu não me engano, era para ser um momento feliz, não? Digo, toda a mulher adora ser pedida em casamento, acho até que a emoção se compara ao dia do casamento, mas então por que ela tinha que complicar a vida do garoto? As mulheres são mesmo complicadas... sim, sou mulher e por isso sei que tenho defeitos, oras.

Enquanto o casal quase-noivos conversava, brigava ou seja lá o que estavam fazendo, meu lindo filho e minha nora ainda dançavam , porém, desta vez, embalados por uma música mais romântica, mais propícia para o momento que estavam vivenciando.

-Se eu disser que te amo vou estar sendo repetitivo?

-Talvez... mas se for para você me dizer que me ama sempre, eu vou querer um marido bem repetitivo.

-Então está bem, só não reclame depois...

-Harry, você ouviu o que eu acabei de dizer?

-Sim...

-Ouviu uma palavra em específico que eu nunca havia utilizado para me dirigir a você? – Gina perguntou olhando nos olhos verdes do meu menino.

-Repetitivo? – Harry perguntou. Digamos que ele não é muito perceptível nesses assuntos, o que comprova que ele é um homem.

-Harry eu te chamei de meu marido...

-E não é isso que eu sou? – Harry perguntou ainda curioso.

-Claro que é... você não percebeu como isso é diferente?

-Claro... claro. Eu ainda não me acostumei.

-Somos casados há poucas horas Harry, é claro que você não se... – minha nora não conseguiu finalizar a frase, pois os lábios do meu filho pousaram sobre os dela a calando.

Ficaram se beijando por um longo tempo ainda envolvidos com a dança e sem prestarem atenção ao que acontecia.

-Gina, porr favorr, porr que você nom jogar o buquê? – Fleur, mesmo não a conhecendo muito bem, aquele sotaque indistinguível me fazia reconhecê-la assim que ela abria a boca.

-Claro! – Gina falou feliz e então, saltitante – ela nem parecia uma mulher casada, e era nessas horas que eu achava que meu filho merecia uma moça melhor – andou até algumas mulheres solteiras que estavam agrupadas.

Virou-se de costas para o grupo e então, com as duas mãos, ergueu o buquê de rosas vermelhas acima da cabeça. Depois de contar até três, a ruiva atirou o buquê que, por incrível que pareça, fora cair no colo de Rony Weasley.

Todos olhavam para o pimentão sentado ao lado de Hermione que sorria assim como todos os convidados.

-Parabéns Rony, agora é só esperar alguém te pedir em casamento! – Harry falou enquanto Gina voltava ao seu encontro.

-Ele não precisa esperar, porque alguém já pediu... – Hermione disse ainda muito sorridente. – E ele aceitou.

-Sim, claro... não devemos duvidar disso. – Gina falou abraçando o meu filho pela cintura, enquanto Hermione erguia sua mão mostrando a aliança dourada nela.

Todos riram e então brindaram à felicidade do novo casal de noivos e para a felicidade do casal que começava sua vida matrimonial naquele dia.

-Eu não posso virar as costas um segundo sequer que eu já perco mais um filho? – Molly falou com um sorriso quando voltou da cozinha, onde ela estava acertando alguns detalhes da festa, principalmente sobre o bolo. E aquele detalhe era muito importante, onde já se viu festa sem bolo?

-Lá vamos nós novamente. – Rony disse, porém sem sinal de aborrecimento, já que sua noiva o abraçava carinhosamente.

Quando restavam poucos convidados na festa, Harry e Gina começaram a se despedir deles, pois tinham uma – longa? – viagem pela frente até Paris onde seria a lua-de-mel. Tão romântico. Pena que Tiago e eu não tivemos essa chance. Espero que Harry curta essa parte do casamento melhor que eu e o pai dele que não tivemos essa chance. Embora eu ache que apenas isso eles vão aproveitar isso, já que o amor que eu e Tiago tínhamos – e temos, né – é incomparável e inalcançável. Me desculpem, sei que aqui não é lugar para declarações, mas eu preciso dizer isso em algum lugar público e... esqueçam.

-Harry... – o meu filho virou-se, quando ele e Gina já estavam quase na saída dos portões de Hogwarts para aparatar, quando ouviu uma voz o chamando. – Quanto tempo vocês vão ficar fora?

-Não sabemos ainda... – o meu menino respondeu ao ver a mulher a sua frente. Não que fosse estranho ela lhe dirigir a palavra, mas pelo que eu sei Tonks nunca foi de conversar muito com o meu filho.

-Oh... e será que eu podia pedir um favor a vocês? Sem que o Remo saiba é claro...

-Pode pedir... – Gina falou estranhando aquele pedido.

-Se for possível, para vocês não demorarem muito... Não quero que Remo esteja com muito trabalho quando o bebê nascer. Oh, sim, eu esqueci desse pequeno detalhe. Tonks estava grávida, por isso que ela e Remo estavam um pouco sumidos da festa. Sabe como é, né. enjôos, tonturas não combinam com muita comida e dança.

-Claro... nós não vamos demorar tanto tempo... – Harry falou sorrindo. Com certeza devia estar imaginando como Remo não estaria atordoado com aquele bebê quase chegando, afinal a mulher já devia estar com seus oito meses de gestação. Sei, não me critiquem. Não é tão pequeno o detalhe, mas eu esqueci, oras!

-Ótimo... assim, Remo pode ficar tranqüilo e... Boa viagem! – a mulher disse eufórica e então voltou ao castelo onde Remo certamente devia estar a procurando. Não sei o que esses homens têm que não deixam a mulher um segundo em paz quando estão nesse período. Eu que o diga, Tiago parecia um carrapato. Gravidez não é doença!

-Enfim sós? – Harry perguntou quando cruzaram o portão de Hogwarts.

-Por enquanto! – Gina respondeu e então ambos aparataram de mãos dadas.

Bem, o significado da resposta de Gina eu não posso dizer agora, mas quem sabe eu não faça isso outro dia, quem sabe daqui nove meses.

Continua...

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Comentários (1)

  • Anne_Anônima

    Na verdade, Fleur é esposa do Gui, o mais velho. Quanto à Carlinhos, não se sabe se ele sequer se casou. E o nome de Gina é Ginevra, até apareceu nos livros. Mas a Fic está ótima, parabéns!

    2017-01-19
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