Tal padrinho, tal afilhado
Filho de Bruxo, bruxinho é
Capítulo 3
Tal Padrinho, tal afilhado
E nem para me avisarem de que estavam narrando os melhores momentos do meu querido afilhado né? Pois bem, já que é assim, eu vou me convidar para narrar o terceiro momento especial do Harry, e eu digo, é claro, que é o mais importante. E ai de quem contestar isso. E vocês já devem estar imaginando qual acontecimento é esse, não? Mas para aqueles que não têm o cérebro tão desenvolvido como o meu, eu direi do que se trata essa fabulosa narração: O primeiro afilhado. Tem momento mais lindo do que esse?
Antes que um certo casal tenha um enfarto aqui, eu vou começar narrando esse maravilhoso, esplendoroso e não sei mais o que “oso” acontecimento.
Fazia mais de duas semanas que Harry e Gina estavam em lua de mel – esses sim sabem o que é aproveitar a vida – quando o dito casal aparatou no povoado não mais pacato de Hogsmeade, mais precisamente, na frente do mais novo doce-lar do casal: um lindo apartamento de dois quartos, suíte, sala, cozinha, banheiro...
Harry pegou a chave de dentro do bolso do seu casaco – será que ele esqueceu que é um bruxo? Que coisa mais ultrapassada ficar usando objetos trouxas... tinha mesmo que ter puxado ao sogro amante dos trouxas... pensaram que ele tinha puxado esse defeito por mim né? Mas como ele poderia herdar defeitos de mim, se eu não tenho um sequer? – e então a colocou na fechadura, abrindo a porta logo em seguida.
Gina entrou com um brilhante sorriso nos lábios quando se deparou com o aconchegante apartamento escuro. Ao notar esse detalhe, Gina acendeu as luzes do apartamento, enquanto Harry, carregado de malas, adentrava o apartamento e derrubava as mesmas malas no chão. Sim, derrubava, pois o susto que ele levara foi o suficiente para deixar seus cabelos mais arrepiados ainda.
-BEM VINDOS DE VOLTA! – um grupo pequeno de quatro pessoas gritou estendendo uma faixa na frente de seus olhos. Céus, o que era aquilo? Nem Tiago conseguia ter uma idéia tão... tão... fantástica? Não, idiota mesmo.
-Mãe, pai! – Gina que finalmente conseguira entender o que estava acontecendo em seu doce-lar, falou olhando seus pais que andavam até ela e a envolviam em um caloroso abraço. E quando eu digo caloroso é porque eu sei qual a força que o abraço da senhora Weasley tem...
-Minha menina... como vocês foram de viagem? – Molly perguntou quando o marido se distanciara para ajudar o meu afilhado a arrumar as malas que ele havia derrubado antes.
-Maravilhosa mãe...
-Que bom que vocês voltaram... acho que alguém enfartaria aqui se vocês não chegassem antes de amanhã. – a matriarca falou lançando um olhar divertido – os gêmeos tinham a quem puxar – ao Remo.
-Qual o problema, precisam de mim na escola? – Harry, quando conseguiu se livrar das malas, perguntou ao ex-professor e atual chefe que estava sentado ao lado de sua esposa que tinha as mãos sobre o redondo ventre.
-Não, eu preciso de você! – Remo, isso pode soar muito, mas muito estranho, não comprometa o meu afilhado... – Digo, eu e a Tonks precisamos de você e de Gina, é claro. – Remo completou olhando de relance para a ruiva que havia conseguido se livrar do abraço da mãe – eu sempre soube que aquela menina era forte, mas não sabia que era tanto.
-Claro... eu e o Harry vamos ajudar no que vocês precisarem... – Gina disse mostrando os lugares vagos para seus pais sentarem.
-Ótimo... mas sobre isso falaremos depois. – Tonks disse remexendo-se em seu lugar. – Afinal ainda temos um dia inteiro antes da cesariana...
-Cesariana? - Harry e Gina e eu também dissemos juntos o método que Tonks havia escolhido para dar a luz ao seu bebê.
-Pensei que seria parto normal...
-Minha querida Gina, quando você estiver na minha situação, você com certeza vai preferir cesariana ao invés de... bem, você sabe.
-É bom mesmo eu pegar algumas instruções com você, afinal vocês está oito meses na minha frente! – Gina disse pousando sua delicada mão sobre seu ventre. Será que aquelas pessoas tinham decidido matar o meu afilhado e ninguém tinha me avisado de que eu narraria um enterro?
Harry arregalou os olhos e então olhou de Tonks para sua esposa. Era muito óbvio o que aquilo significava. Não eram oito meses a diferença de idade entre elas, isso era impossível, mas com certeza era a diferença da gestação delas.
-Gina! – Harry gritou de repente como se finalmente a ficha houvesse caído – estão ouvindo o barulhinho das fichas? - andando até a esposa enquanto os que estavam presentes sorriam. Que pessoas mais impiedosas. Como elas conseguem sorrir daquele jeito quando o meu afilhado está passando por um momento difícil como aquele?
-Desculpe não ter te contado antes, mas eu queria fazer surpresa.
-E realmente foi uma surpresa. – tirou as palavras da minha boca querido afilhado.
-Bem querida, eu queria muito ficar mais tempo, mas eu prometi que ajudaria Hermione a escolher o vestido de noiva dela e o Rony deve estar trabalhando nesse horário ainda. – Molly falou depois de algum tempo em que Harry ainda parecia surpreso e Gina e Tonks conversavam animadamente.
-Sim, eu ia perguntar mesmo por eles... e eu não sabia que o casamento seria para tão cedo. – Harry disse voltando do seu estado de torpor.
-Parece que Rony gostou da idéia de se casar. – O senhor Weasley falou se despedindo de Gina e então acompanhou Molly até a porta por onde eles finalmente saíram.
-Podemos conversar agora? – Remo perguntou quando Harry voltou até onde o casal e Gina estavam – Quando o aluado queria ficar sério e temeroso, ele realmente conseguia.
-Claro, professor. – Harry disse franzindo o cenho e olhando de relance para Gina.
-Sem essas formalidades. Harry, eu sou padrinho de seu casamento e, por eu ter sido seu professor e agora ser seu chefe, você poderia me chamar apenas de Remo... principalmente depois do que eu vou lhe pedir...
-Diz logo amor, você está fazendo muito suspense. – É isso aí Tonks... às vezes o Remo precisa desse toque.
-Tudo bem.
-Pode falar... Remo. – Harry disse o incitando. E era dessa forma que Remo ficava mais convencido. Mas eu estou aqui para isso Harry, para lhe ensinar alguns truques, ou eu deveria dizer, estava aqui? Mas não importa. O que a Lily ensinou em um ano, eu posso ensinar de uma maneira diferente em apenas dez minutos...
-Bem... Tonks e eu queríamos que você e Gina fossem os padrinhos do nosso filho. – Eu não disse que esse momento era importante? Harry já é pai! Sim, padrinho é como um pai, segundo pai, como preferir. Era assim que eu me sentia, pelo menos.
-Padrinho do filho de vocês, eu? Não sei se sou a melhor pessoa para fazer isso...
-Qual é Harry... sabemos que você teve ótimas experiências, porém poucas, com o Sirius, e certamente você vai levar isso para o Rômulo.
-Rômulo? – Gina perguntou. Bem, era um bonito nome, mas...
-Sim, o nome do nosso filho. Achei que seria interessante combinar o nome do Remo com o do bebê e afinal esses dois nomes foram os fundadores de Roma. – Tokns falou sorrindo. Bem que eu pensei que aquela idéia não seria do meu querido Remo. Por mais que ele seja ligado com essas histórias todas, ele não colocaria aquele martírio na criança. Sei, o nome é bonito...
-Mas então, aceitam? – Remo disse voltando ao assunto inicial.
-Claro... adoraríamos. – Harry falou e então Remo o puxou para um abraço apertado.
-Obrigado... mas agora nós precisamos ir... Tonks vai ir para o hospital ainda hoje para se preparar. Se vocês puderem, nós e o Rômulo vamos adorar ver vocês lá amanhã.
-Claro, Remo. Harry só começa a trabalhar na segunda e eu ainda preciso falar com Fred e Jorge sobre eu ainda ficar com a gerência da loja deles. Portanto, amanhã ainda estamos de folga.
-Ótimo. – Remo disse e então, após ajudar sua mulher a levantar-se, eles saíram do apartamento deixando o casal, finalmente, e põe finalmente nisso, sozinhos.
-Gina... você viu o que aconteceu comigo em menos de uma hora?
-Claro amor... eu estava aqui, não?
-Eu quase morri de susto, eu virei pai e agora eu virei padrinho... que estória é essa... é um complô? – Harry perguntou olhando abismado para a ruiva que não teve outra reação a não ser rir da cara do marido. Que compreensiva. O meu garoto estava quase morrendo e ela ria da cara dele. Meu garoto... se você quer mesmo aprender alguma coisa acho melhor você... morrer? Bem... aqui em cima você terá a mim e, com certeza, aprenderá muito mais comigo do que aí embaixo... Mas deixando isso de lado.
-Então você acha que eu quero o seu mal? Você acha que é um mal ter um filho e um afilhado? – Gina perguntou depois que parou de rir. Sinceramente, ter um filho deve ser muito mal, mas... ter um afilhado é esplendido. Tudo o que você quer ensinar de marotagem ao seu filho, mas não pode por causa da mãe ciumenta – alguém viu a Lily? – você aplica em seu afilhado. Isso não é fantástico? Claro que é... a idéia foi minha, oras!
-Claro que não meu amor... eu não digo pelo bebê, eu digo pelo susto... eu não esperava ser pai tão cedo, ou padrinho... mas pode ter certeza de que eu estou muito feliz.
-Acho bom mesmo. – Gina disse fingindo magoa.
-Sabia que você está mais linda agora? – Harry falou caminhando até a esposa e a envolvendo pela cintura enquanto seus lábios percorriam o pescoço nu de Gina. Esta, por sua vez, enlaçou o pescoço de Harry e... Eu adoraria continuar narrando isso aqui, mas tem uma certa pessoa que me ressuscitaria, apenas para me matar de novo, caso eu continuasse com essa deliciosa cena. Portanto, partiremos para o dia seguinte.
O moreno abriu os olhos vagarosamente e então, com uma certa dificuldade, conseguira pegar seus óculos sobre a mesinha ao lado da cama de casal, e colocá-los finalmente na frente de seus olhos, apenas para constatar que Gina já estava completamente vestida e o acordava com uma linda bandeja de café da manhã. Aquela ruiva estava realmente caída pelo meu afilhado, e esse ar de sensualidade eu tenho certeza que ele herdou do padrinho aqui. Sei, ele não tem meu sangue, mas Tiago passou suas experiências vivenciadas comigo para o garoto. Isso não é fantástico?
-Bom dia! Caiu da cama?
-Eu diria, flutuei da cama... não está um dia maravilhoso? – Gina perguntou sonhadora. E põe sonhadora nisso, porque o céu cinza do lado de fora não era algo muito maravilhoso.
-Mas está nublado Gina... – Harry constatou pegando o copo de suco da bandeja e sorvendo boa parte do líquido.
-Eu não falei do céu, eu falei do dia em si, Harry. Afinal, hoje nos tornaremos pais!
-Como é? – Harry perguntou derramando um pouco de suco em seu abdome – é necessário dizer que o abdome dele se parece com o meu? Definido, musculoso, gostoso... - nu e no lençol branco. – Gina, tem certeza que você está bem? Você está apenas com um mês de...
-Eu não falo de mim, Harry... – Gina o interrompeu tentando não rir. – Hoje a Nynphadora vai fazer a cesariana!
-E-eu... mas... os pais serão eles...
-E nós seremos os segundos pais do Rômulo! - Gina disse batendo as palmas, e olhando divertida para o marido. Eu não disse que ser padrinho ou madrinha de alguém era fantástico? Se Gina está assim agora, imagina quando ela tiver o bebê dela...
-Mas... Gina, nós estamos atrasados! – Eu não acredito que só agora ele se deu conta do fato!
Harry levantou-se da cama e então correu até o banheiro onde demorou algum tempo até que saiu novamente enrolado apenas em uma toalha, enquanto que Gina ainda devorava o café da manhã de Harry. Se ela come daquele jeito já no primeiro mês, imagina com quantos quilos ela não vai estar quando terminar a gestação! Pobre Harry... mas acho que essa sorte ou azar, que seja, ele herdou de Tiago, já que Lílian também era muito gulosa... mas disso nós falaremos em uma outra oportunidade.
Harry vestiu-se e então parou na frente do espelho tentando arrumar seu cabelo a lá Tiago.
-Harry... nós vamos apenas a um hospital...
-Eu sei... mas eu vou estar na presença do meu chefe e eu sou o padrinho do filho dele que foi meu padrinho de casamento e que era amigo intimo do meu pai... quer saber... acho mesmo que eu deveria parar com todas essas cerimônias...
-Você sempre foi lerdo assim ou foi só agora que eu descobri? – Gina perguntou divertida indo à direção do marido que abotoava sua camisa.
-Se não gostou de descobrir isso, por que não pede o divórcio? – Harry perguntou no mesmo tom que a ruiva.
-Porque se é ruim com você, pior será sem voc... – Gina novamente não pode terminar a frase, pois Harry a calou com um beijo antes. Meu afilhado estava se saindo muito bem. Era disso que as mulheres precisam para calar a boca. Viu... ele conviveu comigo menos de três anos e já aprendeu como lidar realmente com uma mulher.
Depois de algum tempo em que o casal ficou trocando beijos – eles não estavam atrasados? – Gina se afastou de Harry ainda sorrindo.
-Eu deveria gritar com você... isso é a mesma coisa que me mandar calar a boca...
-Mas é bem mais gostoso calar você dessa forma...
-Isso é... mas eu não vou mais falar nada agora porque temos que ir ao hospital... quem sabe depois você não me cala mais algumas vezes...
-Ok, o dever nos chama... – Harry falou voltando a se olhar no espelho.
Depois de mais algum tempo – eita casal que demora em se arrumar. Daqui a pouco a criança vai ter nascido, já vai estar andando e eles nem saíram de casa. Tudo bem... exagerei. – Harry e Gina chegaram ao hospital e foram direto para a ala obstétrica, onde Remo e Nynphadora deveriam estar.
Chegando lá, o casal encontrou apenas Remo que andava de um lado para o outro e de vez em quanto olhava para a porta que levava até a sala de cirurgia.
-Remo? – Harry se aproximou mais do homem, e então este se virou para ver quem havia lhe chamado.
-Harry... pensei que não viriam... Nynphadora entrou faz meia hora na sala e até agora eu não sei o que está acontecendo lá dentro.
-Remo, uma cesariana não vai durar meia hora...
-Eu sei... mas para mim já faz uma eternidade... ainda bem que vocês estão aqui...
-Fique tranqüilo... – Harry tentou acalmar o homem, porém suas mãos pareciam mais tremular do que as do próprio futuro pai. Eu não sabia que o Harry era tão nervoso... tudo bem que essa é uma situação especial, mas... eu não fiquei assim quando ele nasceu.
-Obrigado.
Mais algum tempo passou – vocês não acham que eu vou ficar narrando coisas sem importância, não é? Acho melhor ir direto ao que interessa, o que é bem típico de mim não? – até que, finalmente, um medi-bruxo saiu pela porta que levava até a sala onde Tonks estava e se encaminhou para o trio sentado na sala de espera.
-O senhor é o marido da senhora Lupim? – O médico perguntou ao Remo que imediatamente se levantou.
-Aconteceu alguma coisa? – Que pergunta é essa? É obvio que aconteceu alguma coisa. Estavam em um hospital e lá sempre acontecem coisas, mas... voltando.
-Está tudo bem, não se preocupe.
-Como eu não vou me preocupar, é a vida da mulher da minha vida e do meu primeiro filho, sangue do meu sangue! – Aproveitem que não é todo dia que se vê esse lobinho virando lobo mau.
-Meu senhor... eu o entendo. Sua esposa passa bem e ela já foi levada para o quarto, quanto à criança... ele é um menino muito saudável. – O médico completou e então sorriu ao ver a expressão aliviada do homem a sua frente. Bem, quem não viu o lobo mau perdeu, porque agora sim o lobinho vai ficar manso... – Gostariam de ver a criança?
-Claro... mas antes eu quero ver minha esposa. – Remo disse olhando para o médico, o que este consentiu e então virou-se para o casal que apenas analisava a cena. – Vocês podem ver o afilhado de vocês...
-Claro... falaremos com a Nynphadora depois... – Gina disse e então começou a conduzir o marido até a maternidade.
Chegaram lá em poucos segundos e então pararam na frente do berçário onde poucos casais contemplavam seus bebês ou até mesmo padrinhos visitavam ou conheciam pela primeira vez seus afilhados. Vocês nem imaginam quanta emoção eu senti quando vi o pequenino Harry por aquele vidro. Minha vontade era a de pegá-lo no colo e ensiná-lo tudo o que eu sabia... Certamente Harry deve pensar da mesma forma que eu.
-Ela não é lindo Harry? – Gina perguntou ao marido que tinha os olhos fixos na pequena criança que olhava ao seu redor com extrema curiosidade enquanto seus braços e pernas se agitavam sem muita força.
-É adorável... Gina, será que um dia ele vai gostar da gente? – Harry olhou para a esposa com curiosidade e então esta sorriu simplesmente.
-Quem não gosta de você?
-Voldemort... – Harry respondeu e então recebeu um tapa no braço pela sua resposta.
-Você precisa sempre lembrar disso? Acabou Harry... será que você não vê através do Rômulo que finalmente estamos recomeçando uma vida nova? Tanto ele como o nosso filho vão reconstruir o mundo bruxo juntamente com você... você vai ensinar ele – Gina falou apontando para o bebê – a ser valente, a seguir os passos do Remo sempre, vai ajudar o Remo na educação dele... Harry você precisa esquecer o que aconteceu para dar um futuro para o Rômulo e para nós.
-Eu sei... e é porque você está junto comigo que eu vou conseguir ser um ótimo padrinho e pai.
-Nós vamos... – Gina falou abraçando o marido enquanto ainda observava o bebê curtir suas primeiras horas de vida.
... Alguns meses depois...
-Onde está o Rômulo? – Tonks perguntou demonstrando preocupação. Por que toda mãe sempre fica extremamente preocupada quando seus bebês somem? Sei, pergunta idiota a minha, mas se ao invés de ficarem preocupadas, elas fossem procurar, achariam seus filhos mais cedo.
-É a mesma coisa que perguntar onde está o Harry... – Gina falou passando uma mão sobre o pequeno volume embaixo de sua blusa. Embora estivesse com cinco meses ainda, a barriga da ruiva estava consideravelmente grande. Harry teria que ser forte para agüentar o pequeno segredo de Gina.
-Falando nele, lá está o Harry com o Rômulo no colo. – Rony falou apontado para o homem nos jardins. O ruivo segurava um copo de cerveja enquanto conversava com Remo e seu pai sobre assuntos do ministério. Será que nem em um batizado eles não esquecem o trabalho?
-Mas que padrinho mais grudento que eu fui achar... – Remo falou divertido. Não digam que a culpa é minha. Eu não tive muito tempo para ficar segurando o Harry quando bebê. Ele deve ter herdado isso... sei lá de quem, talvez deve ter adquirido agora também. Ser padrinho não é algo simples, tem que se adquirir certos conhecimentos oras...
-Imagina quando ele tiver o filho dele... – Tonks disse apontado para a pequena barriga da ruiva.
-Pobre criança... – Hermione falou sorridente enquanto mostrava algumas amostras de cartão de casamento à Gina.
-Falavam de mim? – Harry perguntou quando se aproximou do grupo, segurando o bebê sorridente em seus braços.
-Desde quando você tem essa terrível mania de seqüestrar o meu filho? – Tonks perguntou apontado para a criança que brincava com a chave do apartamento do Harry.
-Desde que o sue marido tem me dado muito trabalho para fazer na escola... se ele fosse mais ameno comigo, eu não seqüestraria o Rômulo... – Grande tacada Harry, é assim que se faz..
-Chantagista... – Gina falou fingindo desaprovação enquanto levantava-se e ia na direção do marido. – Será que você ficaria muito chateado se eu o pegasse um pouquinho? – Harry olhou da esposa para o bebê em seus braços e então falou finalmente:
-Você não pode segurá-lo, não quando já está com um aí dentro...
-Você não me engana... você não quer é entregar o bebê para mim... – Gina falou cruzando os braços na frente do corpo enquanto os que estavam presentes riam da situação que se seguia...
-Q-que bobagem... – Harry falou entregando o afilhado para a esposa e indo se juntar ao Remo e os outros.
Gina pegou a criança no colo e então se sentou perto de Tonks. – Acho que eu e Remo soubemos escolher muito bem os padrinhos...
-E nós tivemos muita sorte em sermos escolhidos para ser padrinhos dessa coisa linda! – Gina disse enquanto balançava a chave na frente do bebê, que sorriu com o gesto.
Mais algum tempo se passou, enquanto Harry e Rony jogavam snap explosivo – e depois eles diziam que já eram adultos – quando o meu afilhado foi surpreendido com Gina que colocava o bebê em seu colo novamente.
-Para você não me chamar de ciumenta depois... – Gina falou sorrindo e então tomou o lugar de Harry no jogo enquanto este pegava o bebê e andava em direção aos jardins da grande casa dos Lupim.
-Sabe Ro... acho que eu e você teremos muitos momentos juntos... e acho que você é uma criança bem mais sortuda do que eu. Tem seus pais, tem seus padrinhos, um monte de gente que gosta de você! E você pode ter certeza que todos nós estaremos aqui para te ajudar, para te ensinar, mas principalmente para te apoiar em suas decisões... – Harry colocou o bebê sobre um banco e ajoelhou-se na frente deste, enquanto cuidava para que a criança não caísse. – Mas agora eu vou te contar um pequeno segredo... e eu espero que fique apenas entre nós e, principalmente, que seu pai não saiba, porque eu acho que ele será muito mais rigoroso que sua mãe...e como ele vai estar 24 horas perto de você, até em Hogwarts, você terá que ser bem discreto. Afinal, todo criador reconhece sua criatura, mesmo que esta esteja camuflada. Mas pode ter certeza que eu vou estar em Hogwarts também para te ajudar no que for prec... – o bebê deu um pequeno gritinho interrompendo o moreno que sorriu maravilhado. Que momento mais precioso... será que alguém tem um lenço aí? Não é para mim, é para a Lily, oras! – O nosso segredo será que você herdará o mapa do maroto... eu espero que cumpra as regras, principalmente essa: “Juro solenemente não fazer nada de bom”. Quanto à capa da invisibilidade, essa eu deixarei para o meu filho, creio que vocês serão muito amigos quando o meu bebê nascer, então, vocês poderão se revezar com essas maravilhas... Já imaginou quantas marotagens vocês não vão fazer juntos? Vai deixar seu pai e eu com cabelos brancos antes do tempo... – Harry falou sorrindo enquanto o bebê tentava pegar seus óculos, porém sem muito sucesso. – Então está feito, futuro maroto! Você herdara o mapa... espero que faça bom proveito. – Harry completou dando um beijo na testa da criança que finalmente conseguira puxar os óculos do moreno que riu divertido...
Eu adoraria ficar narrando mais esse momento entre padrinho e afilhado, mas creio que eu não agüentaria por muito tempo, já que isso me faz lembrar de coisas tristes demais. Mas... é melhor deixar essas tristezas de lado, pois como Gina falou... é melhor esquecer o passado para se poder ter um futuro... e que futuro nos espera hein? Cheio de marotagens, aposto...
Quanto às marotagens, espero que o Rômulo herde a melhor parte do Remo, ou seja, a parte marota dele, mas isso eu tenho certeza de que Harry o ajudará a despertar esse lado... afinal, padrinhos são para essas coisas, não? Eu só espero que o Harry dê as mesmas vantagens ao filho dele, mas essa já é uma outra estória e eu como não tive filhos deixarei essa parte para os futuros avôs!
Até a próxima, Mal feito, feito!
Continua...
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