Tais avós, tais netos



Filho de Bruxo, bruxinho é.

Capítulo 4

Tais avós, tais netos


Sentiram minha falta? Aposto que sim... Como eu narrei muito bem a formatura do meu filho, eu fui o escolhido para narrar o melhor momento e disso acho que todos irão concordar comigo, pelo menos aqueles que já foram pai...

E mães... afinal de contas, o Harry nasceu de mim, você não o fez sozinho, Tiago. Pois bem, Tiago e eu narraremos, ou melhor, contaremos como foi o nascimento do bebê do meu bebê...

Por favor Lílian, Harry já é casado, está se tornado pai e você ainda o chama de bebê? Quem usa óculos aqui sou eu, não você... portanto enxergue o nosso menino como um adulto, não como um bebê...

Tudo bem... vou começar a chamá-lo de “menino”, já que você o chama assim... Mas chega de falar sobre isso, vamos logo ao que interessa.

Concordo...

Harry lia o seu planejamento de aula distraidamente quando ouviu uma batida na porta o tirando de sua concentração. Levantou-se espreguiçando-se e andou até a porta abrindo-a logo em seguida. Teria sido mais fácil ele ter pedido para a pessoa abrir a porta ao invés dele levantar-se e...

Tiago, os fatos...

Quando o Harry abriu a porta, um homem de seus quase 40 anos entrou sorridente na sala colocando alguns livros sobre a mesa de Harry.

-Desculpe... queria ter trazido esses livros antes, mas não pude. Tive que levar Rômulo para, como os trouxas dizem, Creche.

-Vocês colocaram o Ro em uma creche? – Mas que pais desnaturados. Eu me lembro muito bem que, mesmo eu trabalhando, eu conseguia cuidar do meu bebê sozinha, sem que nenhuma professora de creche me ajudasse...

Lily... aqueles eram outros tempos e além do mais você trabalhava em casa, não? O que facilitava muito mais a vida de todos nós, já a Tonks é um auror, e aurores não trabalham em casa...

Que seja... mas que é muita crueldade, isso é.

Voltando...

Remo olhou para o seu estagiário com o cenho franzido. Pela cara que o aluado estava fazendo, era porque ele não havia gostado de ser contrariado ou que ele não devia mais se intrometer.

-Harry... eu adoro toda essa sua preocupação com o meu filho, mas... às vezes você exagera e... eu não vou conseguir educar o Rômulo, se você e a Tonks continuarem o mimando...

-Desculpe, não era essa a minha intenção... eu queria apenas ajudar... – O Remo não precisava ter falado aquilo para ele. Harry gosta da criança e eu sei que ele não estragaria o Rômulo... que injusto isso... Tiago? Está me ouvindo?

Deixando esse pequeno contratempo de lado...

Remo sorriu compreensivamente e então colocou uma mão sobre os ombros do meu filho que retribui o sorriso e então olhou para os livros sobre sua mesa.

-E para que esses livros?

-Bem... sobre isso eu preciso falar muito sério com você... está chegando a semana que você terá que me substituir novamente Harry e eu trouxe esses livros para você planejar a aula...

-Mas o senhor não vai planejar esse mês? Eu não vou conseguir sozinho...

-Claro que vai Harry... eu quero ver como você se sai sem mim... e eu tenho os meus motivos para fazer com que você planeje a aula sozinho desta vez... – Remo falou sentando-se em uma cadeira, assim como o meu filho, que, diga-se de passagem, parecia estar tremendo dos pés à cabeça.

Você precisa ficar dizendo isso? Tiago... não seja tão insensível você também... o nosso menino está passando por um momento que ele nunca passou antes...

Lily... nós nunca passamos o mesmo tempo, sempre um é diferente do outro e, além do mais, eu não falei nada de abominável. Apenas relatei que o Harry parecia nervoso...

Sei... mas não importa... eu vou contar o que aconteceu agora...

Fique a vontade...

Continuando...

-E quais seriam esses motivos, senhor? – Harry perguntou abrindo um dos livros na sua frente.

-Creio que eu não posso falá-los agora. Não quero te dar esperanças falsas Harry e eu preciso saber como você vai se sair semana que vem... portanto, nada de perguntas ainda. – Remo falou e então sorriu enquanto pegava um dos livros daquela pilha. Como o conteúdo será sobre as maldições imperdoáveis, acho que esse livro aqui é o mais indicado para isso, embora eu saiba que você não precisará de muitos livros para planejar esse conteúdo. - Remo falou e então entregou o livro ao Harry que pegou imediatamente.

-Obrigado... – o meu filho falou antes que Remo pudesse sair.

-Sem problemas... só não diga que eu o ajudei, afinal a idéia de você planejar a aula sozinho foi de Dumbledore. Digamos que ele ainda se lembre da AD.

-Claro... não direi absolutamente nada...

-A propósito Harry... como está a Gina? Nynphadora me falou que ela não se sentiu bem ontem...

-Ela está bem, eu espero. Acho que só foi um alarme falso. O que eu acho tão estranho. Ela acabou de completar 8 meses de gestação... – Harry falou mais para si do que para o homem a sua frente que sorriu de canto.

-Não se preocupe... não deve ter sido nada de mais. Tonks vivia me pregando esses sustos. Mulheres são mulheres afinal... – Tem certeza que esse era o Remo? Não era o Sirius não?

Lily, não incomode o Sirius... deixe ele descansando em paz. E qual o problema agora?

Esse machismo todo... eu não admito isso Tiago. Ainda bem que Harry não tem essa parte suja dos homens.

Você que pensa... mas eu não vou discutir isso agora, porque é a minha vez de narrar!

Após Remo ter saído da sala do meu filho, este começou o árduo trabalho de planejar as próximas aulas, enquanto o nosso amigo aluado passaria por seu temeroso ritual de sempre.

Passaram-se algum tempo e então Harry olhou para fora constatando que já era hora de se recolher. Ainda mais que estava preocupado com Gina e então sabia se ela não tinha tido outro problema, ou dor durante a tarde.

Arrumou sua mesa, empilhou os livros e guardou parte dos planejamentos das aulas e então andou até sua lareira. Tirou o pó de um vaso sobre a lareira e jogou nesta dizendo

“Gemialidades Weasley”, a loja de seus cunhados, que sua esposa gerenciava, enquanto estes apenas fabricavam e inventavam novos produtos; então seu mundo pareceu rodar e ele pousou delicadamente no chão da loja apenas para gritar o nome de sua esposa.

-Gina Potter! – a mencionada, que carregava várias caixas do mais novo produto da loja, juntamente com sua barriga de oito meses, derrubou os produtos no chão, por causa do susto, e então olhou para o marido indignada...

-Por que gritou dessa maneira? Espero não ter quebrado nada! – a ruiva falou colocando a mão no que antes era uma cintura e olhou furiosamente para o meu filho. Eu tinha que concordar com Harry, aquela ruiva devia ser terrível e isso eu digo por experiência própria.

O que você tem contra as ruivas? Eu não era terrível...

Ainda é terrível?

Tiago! A Gina deve ser assim por causa do excesso de cuidados de Harry. Ninguém gosta dessa superproteção. De alguém 24 horas por dia no nosso pé, ainda mais quando já se tem alguém 24 horas junto com a gente. Carregar um bebê não é fácil, e ter que carregar o marido junto fica humanamente impossível!

Se acalmou agora? Posso continuar?

Você ouviu o que eu disse?

Ouvi, mas sobre isso discutimos outra hora...

Então...

-Gina... eu não disse para você ficar em casa?

-Mas eu falei que eu ia vir trabalhar e você concordou...

-Desde que você não carregasse peso e só atendesse atrás do balcão.

-Mas isso são apenas caixas vazias...

-E por acaso você esqueceu que é uma bruxa?

-Não esqueci... acontece que esses produtos são frágeis demais e como o meu humor está alterado, minha magia não sai perfeita...

-E por que não chamou outra pessoa para ajudar...

-Porque eu sei me virar sozinha e não vai ser por causa dessa barriga que eu não vou trabalhar... poxa Harry... – Gina falou tentando se abaixar para pegar os objetos novamente do chão, porém Harry fora mais rápido e conseguira fazer as caixas levitar e sobrevoarem até o balcão.

O meu filho andou até a esposa e então a envolveu nos braços tentando desculpar-se pela aquela pequena discussão.

-Que bom que você está aqui... – Gina murmurou.

-Algum problema?

-Não... eu só preciso te contar algo que eu estou adiando há um bom tempo... mas antes eu queria que você me levasse para casa... – Harry a olhou de maneira curiosa, mas resolveu não perguntar nada e então a ajudou a aparatar até o apartamento deles...

...Chegaram lá e então Harry abriu a porta sem muita cerimônia ajudando a esposa com sua enorme barriga.

Tiago, eu não estava tão gorda assim, estava? Céus... pobre Gina... aquele bebê parece ser gigante...

Amor, continua narrando, sim?

Ok...

Gina andou até a sala de estar e aconchegou-se em meio as almofadas do sofá, de maneira de sua coluna ficasse de forma mais confortável, eliminando a dor que ela provavelmente estaria sentindo.

Harry, meu filho, por sua vez, andou até a esposa sentando-se ao seu lado e a servindo com um copo de água.

-O que você queria me contar?

-Promete que você não vai ficar zangado por eu não ter contado antes? – Por que vocês mulheres sempre são essas caixinhas de surpresa? Seria tão mais fácil se vocês fossem mais abertas. Nós, homens, saberíamos ajudar vocês melhor, mas não... vocês são teimosas...

E vocês insensíveis... não falamos nada, porque vocês são uns medrosos e precisam de um tempo antes para aceitar o possível fato. Até o Harry, meu querido filho, que eu jurava não ter defeitos, tem esse pequeno defeito, que é obvio, puxou por você...

Voltando ao que interessa...

Tiago, não me deixa falando sozinha...

Harry a olhou de forma curiosa. Aquela pergunta estava o deixando preocupado. O que será que Gina falaria ao meu filho que era tão importante assim?

-O que foi amor, pode falar...

-Bem... eu fiquei sabendo disse há pouco tempo, na verdade eu descobri isso quando fui com Tonks levar o Rômulo ao pediatra...

-...O que você descobriu querida?

-Que... bem o nosso bebê...

-Você descobriu o sexo da criança? – E novamente os homens atacam com as suposições. Incrível, vocês podiam agir com mais naturalidade não?

-Não, mas descobri outra coisa...

-O nosso bebê tem algum problema? – E depois dizem que as mulher é que são dramáticas demais...

Lily, eu estou tentando narrar aqui, pode ficar quieta?

Desculpe...

-Não, Harry, nós vamos ter gêmeos! – Gina falou finalmente e então olhou para o marido que apenas sorriu balançando a cabeça... Coitado do meu filho, já estava ficando biruta com aquela mania de todos lhe pregarem sustos...

-Ótima piada, Gina... imagina nós com gêmeos... eu não sei nem cuidar de um afilhado, como eu vou cuidar de dois filhos?

-Não sei... o que está feito, está feito, não podemos mudar mais não? – Gina falou apontando para a própria barriga. – A mulher consegue ser tão insensível as vezes, e isso não é implicância minha...

Tudo bem Tiago, não vou brigar com você... apenas porque estou sentindo uma peninha do meu bebê. Tão jovem para assumir aquela responsabilidade. Está certo que eu e você também éramos, mas... para ele é mais difícil... dois ainda por cima.

Amor, ele já é adulto, sabe se cuidar agora e cuidar dos seus filhos, portanto sem choradeiras e narra agora ...

-Sei que não podemos mudar... mas eu não sei criar um filho, Gina!

-Por isso se existe pai e mãe. Quando um não sabe o outro sabe.

-E quando os dois não sabem?

-Não se preocupe... minha mãe sabe. – Eu jurava que a Gina soubesse cuidar de uma criança. Ainda bem que os meus netos terão a Sra. Weasley por perto.

Qual a graça Tiago?

Já se imaginou sendo avó Lílian? Imagina você com os cabelos grisalhos e alguns pirralhos a sua volta lhe chamando de vovó?

E chamando você de vovô enquanto brincam de cavalinho em suas costas, ou de quadribol, sendo que você é a vassoura da década passada!

Não achei graça.

Ótimo, porque eu também não.

Voltando de onde eu parei...

-Gêmeos... eu espero que não sejam como os tios...

-Digamos que um pouquinho eles vão ser, afinal são do mesmo sangue... mas não se preocupe, mas maroto que o seu pai eles não vão ser, Harry. – Assim que se fala norinha querida! Mais marotos, mais marotagens!

-Esse é o meu medo. Sei a fama do meu pai, e sei que o meu avô morreu com os cabelos brancos.

Assim você me ofende meu filho. E eu só não morri com os cabelos brancos, porque você não tinha idade suficiente para deixá-los dessa cor...

Sem manha Tiago e deixa-me narrar aqui...

-Harry... não se preocupe... você vai ser um ótimo pai... viu como o Rômulo, que nem tem 1 ano ainda, já gosta de você?

-Sei disso, eu só espero que eu tenha o respeito deles...

-Vai ter... – Gina falou se aproximando mais do marido e buscando seus lábios apaixonadamente...

Uma semana se passou...

Porque você pulou aquela parte Lily?

Não quero invadir a privacidade do meu filho e eu não sair expondo a intimidade do casal por aí.

Mas isso é uma narração, ou seja, você tem que narrar tudo com os mínimos detalhes...

Eu deixo essa parte para você amor...

Ótimo...

Antes de a semana passar...

Gina afastou-se do marido por um momento e então o olhou nos olhos verdes com um grande sorriso nos lábios.

-Quero que eles tenham os mesmos olhos que os seus...

-E a mesma beleza que a sua... imagina que lindos os nossos bebês não serão... – Harry falou puxando a mulher para cima do seu colo, percorrendo o corpo dela com as mãos, enquanto Gina o enlaçava pelo pescoço e...

Após uma semana...

Lily!

Harry entrou na sala das masmorras um olhar em cada aluno ali presente. Aquele dia ele daria aula para o quarto ano da Grifinória e da Sonserina, o que lhe renderia boas lembranças do passado.

-Bom dia! Como vocês sabem, o Professor Lupim não pode comparecer hoje por motivos pessoais, e, portanto, eu o substituirei. Quero que abram seus livros na página 83.

Um barulho de livros sendo colocados sobre a mesa e folhas sendo viradas foi –se ouvido a seguir enquanto Harry escrevia alguns itens importantes no quadro.

-Falaremos a partir de hoje sobre as maldições imperdoáveis... – Harry sorriu quando ouviu seus alunos murmuraram com os rostos espantados. – Alguém pode me dizer quais são elas?

Um garoto da Sonserina ergueu a mão timidamente, embora ele fosse bem prepotente, e então o meu filho pediu para que ele falasse.

-Professor, existem três maldições imperdoáveis: Cruciatus, imperius e avada Kedavra.

-Muito bem, dez pontos para a Sonserina. Alguém sabe me dizer o que significa cada uma? – seus olhos percorreram pela sala, mas nenhum dos alunos fez menção de erguer a mão, talvez estivessem tímidos, temerosos com sua presença, ou então não sabiam nada, mas este último era impossível. Remo explicava muito e o meu filho sabia muito bem disso, tanto que Remo era seu professor favorito. – Bem... começaremos com a maldição Cruciatus... essa maldição é terrível quando a pessoa realmente quer ferir ou fazer dor na sua vítima, e como eu acabei de falar o Cruciatus causa dor e se for utilizado em excesso em uma pessoa, pode causar loucura...

-Como os pai do Professor Longbottom? – uma garota da grifinória perguntou de trás da sala.

-Sim senhorita, mas esse não é assunto do qual eu gosto de falar, ainda mais se tratando de um professor e de um grande amigo meu. Mas voltando a nossa aula... a outra maldição é a imperius, que é capaz de controlar a mente de seu oponente e por causa desse objetivo, é claro, a maldição é imperdoável e qualquer um que a usar será mandado para Askaban. Há poucos anos atrás essa maldição estava sendo muito usada, o que, conseqüentemente, encheu Askaban e enlouqueceu ou matou muitas pessoas. E por fim, a Maldição Avada Kedavra. – Harry falou e então notou que novamente um murmúrio percorreu a sala, desta vez mais alto, e todos o olharam com extrema curiosidade. Meu filho não era nenhuma atração de circo, mas parece que naquele momento todos achavam que sim.

-Professor... o senhor pode nos contar exatamente como o senhor conseguiu sobreviver a maldição?

-Primeiro eu gostaria de explicá-la melhor. Acho que todos já sabem o que é essa maldição, mas não custa nada explicar. Essa maldição é a pior de todas e aquele que a usar receberá a prisão perpétua. Isto está escrito no livro de vocês e eu posso acrescentar que quem utilizar essa maldição, não perderá apenas a liberdade, mas parte de sua alma também. Mas essa é uma outra matéria que vocês terão mais para frente. Esta maldição é caracterizada por um relâmpago verde e não causa do alguma na vítima e a sua morte é instantânea. E eu não preciso dizer que ninguém consegue sobreviver a ela, apenas um feitiço muito milagroso, como minha mãe executou, pode tirar a eficácia do feitiço. – Eu faria tudo novamente se fosse possível meu filho...

Eu digo o mesmo minha querida. Não me arrependo de ter morrido para dar lugar ao meu filho. Ao sangue do meu sangue que está se tornando um exemplo de amor e responsabilidade.

Ele tem tudo para ser uma pessoa muito feliz e eu posso dizer que foi graças a esse feitiço...

Mas deixando essa tristeza de lado...

-Agora eu acho que vocês tiveram a resposta para a pergunta de vocês... nem eu próprio sem realmente o que me salvou da maldição, apenas sei que foi o amor da minha mãe. Mas vocês não precisam se preocupar com isso, a guerra passou felizmente... – Harry falou sorridente, e então uma batida na porta fora-se ouvida tirando a concentração de todos.

-Pode entrar... – Harry falou, e então Tonks entrou com o pequeno Rômulo nos braços. Algumas meninas deram gritinhos eufóricos enquanto que alguns garotos deram assovios em direção à mulher. – Como a mulher exagerada. Como o homem é assanhado...

-O que houve?

-Se você quiser eu continuou daqui Harry...

-Mas por que?

-Se eu fosse você, eu não iria ficar aqui, enquanto a Gina está em trabalho de parto.

-O que! – Harry praticamente gritou quando Nynphadora lhe falou aquilo e então o meu filho saiu correndo da sala, se antes dizer:

-Façam trinta centímetros falando sobre as três maldições imperdoáveis e quando cada uma delas foi mais utilizado, para entregar na próxima aula! – ao dizer isso, Harry saiu batendo a porta.

-Onde ele parou! – Tonks perguntou sorrindo e então algumas meninas se levantaram indo ao seu encontro para paparicar o pequeno Rômulo no colo da mãe, enquanto os garotos discutiam táticas para o próximo jogo de Quadribol...


Harry aparatou na frente do hospital e então entrou correndo pela porta deste em direção ao andar onde ficava a sala obstétrica. Eu, até hoje, me pergunto por que essas salas têm que ficar tão longe da entrada. Mas é melhor continuar narrando...

Acho bom...

Chegou ofegante na recepção do quarto andar e então andou sem muita força até a recepção, porém, antes que ele pudesse falar com a recepcionista, avistou um grupo de pessoas esperando naquela sala.

-Rony! – Harry falou assim que avistou o cunhado.

-Cara, pensei que não chegaria a tempo. Gina entrou há um bom tempo lá... – o ruivo falou abraçando o amigo e o levando até um dos sofás para o meu filho descansar. Se bem que a partir daquele momento, descanso era o que ele mesmo teria.

-Eu também... eu estava dando aula. Deixei meus alunos com a Tonks...

-Coitados... – Hermione falou de repente. – Digo, aula que é bom eles não tiveram depois que você saiu.

-Sei disso, até porque eu já havia explicado todo o conteúdo, mas e então... não é muito cedo para os bebês nascerem? – Harry perguntou olhando para Molly que apenas balançou a cabeça.

-Quando Jorge e Fred nasceram, eu estava com o mesmo tempo de gestação que Gina, acho que quando se é gêmeos, é um pouco difícil fechar os nove meses... pode ficar tranqüilo querido, Gina está bem...

Hermione sentou ao lado do amigo e o abraçou tentando reconfortá-lo. Aquela espera seria longa... lembro-me muito bem de quando Harry nasceu. Foi um sufoco...

Então imagina para mim como não foi...

Sei... para a mulher é mais difícil, mas nós não vamos ficar discutindo isso quando estamos virando avós, né?

Tudo bem...

Muito tempo se passou, até que um médico andou em direção à família perguntando pelo meu filho.

-Quem é o marido de Gina Potter?

-Eu, Harry... – meu filho falou levantando-se imediatamente.

-Prazer em conhecê-lo senhor Potter. – O médico falou admirado. – O mundo bruxo adorará saber que o menino-que-sobreviveu é pai em um lindo menino e de uma linda menina!

-Um casal! – Harry perguntou sorrindo um pouco abobado. - Será que eu posso vê-los?

-Claro... eles ainda estão com sua esposa... vem... eu o levo até lá... por enquanto só o senhor... – o médico falou puxando Harry pelo braço, enquanto este olhava para Rony e Hermione com um brilho no olhar. Talvez o meu pequeno estivesse lembrando da conversa que o trio teve quando a guerra estava começando...

Pode deixar que eu narro o

Flash Back

Hermione andou até o dois amigos e os olhou nos olhos. A guerra estava finalmente declarada. Agora só restava a eles esperar, lutar e torcer para que um dia tudo voltasse ao normal, e era isso que Hermione também queria.

-Será que seremos felizes e teremos uma vida normal algum dia? – a grifinória perguntou com um brilho diferente no olhar.

-Eu adoraria... mas não podemos saber se isso vai se realizar... – Rony fora o primeiro a responder e então os dois olharam para Harry que tinha a cabeça baixa.

-A minha vida vai recomeçar quando a de Voldemort acabar... e essa é a úncia certeza que eu tenho... minha única vontade é que um dia eu consiga construir um família só minha... uma família que eu nunca tive... – Harry levantou a cabeça e então olhou para Hermione que deixava cair uma lágrima pelo rosto e olhou para Rony que envolveu os dois amigos em um abraço, selando definitivamente aquela promessa de luta.

Fim do flash back

Obrigado querido...

Andaram pelo longo corredor, até que o médico parou em frente a uma porta e a abriu dando passagem para o moreno passar.

-Fique a vontade... apenas não deixe a Sra. Potter fazer muita força...

-Pode deixar... – Harry entrou e então fechou a porta da sala atrás de si. Olhou em direção a cama e então notou sua esposa deitada com os gêmeos, um em cada braço. Estes olhavam admirados para a ruiva que os segurava e esta apenas sorria.

-Que susto que você me deu...

-Eu não consegui te avisar... ainda bem que a Tonks estava comigo...

-Ela foi me avisar em Hogwarts. Entrou na minha sala com o Rômulo, você precisava ter visto como todos adoraram o nosso afilhado...

-Será que vão adorar os nossos filhos?

-Sendo eles nossos filhos... claro que vão... – Harry falou aproximando-se mais da cama de forma que pudesse analisar bem seus filhos.

Olhou para a menina e então percebeu que ela parecia uma versão sua. Seus olhos verdes, assim como o pouco cabelo moreno provavam essa semelhança entre pai e filha. Já o menino se parecia mais com a mãe, com seus cabelo ruivo e seus olhos verdes também.

-Eles são lindos...

-Concordo... e pela primeira vez eu vejo um Weasley moreno...

-Você verá outros assim, senhora Potter... – Harry falou sorridente.

-Harry... você já pensou em um nome para eles?

Eu diria que essa é pior parte... nunca fui muito bem em escolher nomes...

Por isso que o nome do nosso filho fui eu que escolhi. E garanto que é um lindo nome...

Sim... claro...

Harry olhou para a esposa e então olhou para seus filhos, balançando os ombros por fim.

-Eu não sei... pensei que você já tivesse escolhido...

-Me dá uma idéia Harry...

-Que tal... Lívia e Thomas...

-Thomas eu achei bonito... significa “Gêmeos” você sabia?- Gina perguntou e então beijou a testa do pequeno Thomas. – Lindo o nome... agora o da menina... por que não a chamamos de Liliana?

-Liliana?

-É... eu queria fazer uma homenagem para a sua mãe... se não fosse por ela, eu não teria conhecido você e eu não seria a mulher feliz que sou hoje... – Tudo bem... linda a homenagem, mas não posso negar que fiquei com ciúmes.

-Tudo bem... dessa forma eu homenageio minha mãe com Liliana e Thomas é bem significativo, já que ele é gêmeo...

-Perfeito...

-Quando tivermos os nossos outros filhos, nós homenageamos o meu pai e seus pais...

-Harry... – Assim eu fico mais satisfeito meu filho... mas será que ele não está exagerando?

-Eu disse que eu queria uma família grande...

Gina não respondeu apenas riu, sendo correspondida pelo meu filho que também riu.

Após algum tempo, em que eles ficaram conversando sobre os bebês e avaliando o melhor dia para batizá-los, Harry perguntou curioso para aa esposa.

-Rony e Hermione serão padrinhos de quem? – o casal, que ainda se preparava para casar, sobre pretextos do Rony de que queria deixar os bebês da irmã nascerem, haviam sido convidados, antes mesmo de eles saberem que eram gêmeos, agora só restava saber de quem que eles seriam.

-Acho que eles combinariam mais com o Thomas... eu quero convidar o Carlinhos e a Fleur para serem da Liliana. Acho que a Fleur se daria melhor com a nossa menininha...

-Também acho... – Harry falou satisfeito.

Ficaram conversando por mais algum tempo, até que os bebês finalmente dormiram e Harry teve que deixar Gina descansar.

O meu filho havia virado finalmente um adulto, embora eu, sendo avó já, ache que ele sempre será o meu bebê.

Dessa vez eu tenho que concordar com você, amor; um pai sempre acha que seus filhos são os seus bebês, mesmo quando seus filhos já têm filhos, como é o nosso caso. Agora só nos resta torcer pela felicidade do nosso filho e torcer para que os nossos netos sejam felizes e, o mais importante, na companhia de seus pais...

Até que nós narramos direitinho dessa vez...

Claro... você finalmente aprendeu comigo...

FIM

N/A: Acabou! Sei que alguns não queriam isso, mas eu não tenho mais idéias no momento para continuá-la, mas eu não descarto possibilidade nenhuma de haver uma continuação para essa fic que eu confesso, adorei ter escrito. Foi algo totalmente sem planejamento, talvez, por isso, que a fic tenha ficado legal, pelo menos eu achei...

E então? O que acharam? Ruim, horríbel, bom, ótimo...

Não sei se vocês gostaram dos dois narrando junto, espero que não tenha ficado confuso...

Agradeço a todos que leram com todo o meu coração. Vocês me deram muita alegria com os seus comentários...

Agradeço aos que apenas leram e não comentaram...

Agradeço aos que porventura vierem a ler isso aqui...

Agradeço aos que me deram idéias para continuar, mesmo que inconscientemente...

Agradeço a J. K. Rowlling por ter criado á série Harry Potter, sem ela eu não seria escritora de fics e não teria idéias malucas como essa...

Hehehehehe

Bjns... Até a próxima

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