Descobertas e Reencontros
Após ter reservado o quarto do hotel, o feriado chegou rapidamente. Mary Anne já tinha arrumado as malas e os dois estavam prontos para viajar.
Rony chegou mais cedo do Ministério, tinha pedido uma licença especial ao chefe da sua área para poderem pegar a estrada cedo.
- Ai Ninico, eu não sei porque nós não podemos aparatar no hotel! – Mary Anne reclamou, enquanto Rony tentava colocar a quinta mala de sapatos da esposa no porta-malas.
- Por que? Porque você fez questão de reservar o quarto em um hotel de trouxas e, ainda por cima, nós vamos passar três dias mas você está levando roupa para morarmos lá até ficarmos velhos e vestirmos nossos filhos com suas blusas! – ele gritou dando um chute na mala, que rasgou e derrubou seus tênis.
- Viu Ninico! Derrubou suas coisas!
- Ironicamente, entre quinze malas suas, uma das minhas duas tinha que rasgar! – ele pegou os tênis e jogou para dentro do carro de qualquer jeito – Agora entre no carro Mary Anne!
Os dois partiram no carro voador, o plano era voar até algum lugar próximo ao hotel e descer antes de encontrar algum trouxa.
Mary Anne dormiu até a metade do trajeto e Rony foi dirigindo tranqüilamente ouvindo os “Duendes Albinos Tocadores de Gaita” no rádio. Quando Mary Anne acordou, o sol já estava se pondo.
- Ai Ninico... – disse ela com voz de cansada – Não quer colocar o carro no piloto automático e ir para o banco de trás com essa gata aqui? – ela mostrou o sutiã por baixo da blusa.
- Ah, você sabe que eu não confio no piloto automático – Rony respondeu sem jeito – Você sabe o número de acidentes causados diariamente por carros voadores, Mary Anne? São milhões, não bilhões! – ele empurrou a cara dela, que estava tentando dar um beijo em seu pescoço.
- Ah amor, não exagera.
- Eu não exagero Mary Anne! Eu aumento a verdade para não correr risco de duvidarem de mim! – ele disse apontando para ela – Agora me deixe dirigir em paz que eu quase atropelei uma pomba, um pássaro e uma galinha que voavam por perto.
- Mas galinhas não voam Ninico...
- Ah, é mesmo! Eu acho que é o nervoso que me faz ver coisas... Agora chega Mary Anne! Tome cuidado, senão eu te ponho de castigo lá no banco de trás.
Mary Anne, emburrada, virou para o lado e fingiu que dormia. Tirou a varinha da bolsa e apontou para a janela de Rony sem ele ver.
- UMA ARANHA VOADORA MARY ANNE! – Rony gritou ao olhar para o lado.
Gina chegou cansada naquele dia, tinha ido até o centro de Los Angeles para gravar dois comerciais mas descobriu que haviam sido cancelados e também não conseguiu tirar as fotos para uma revista de moda porque o fotógrafo estava doente. Hollywood era tudo que ela tinha sonhado mas exigia muito dela, principalmente com atrasos, cancelamentos. Há anos que pensava em tirar férias dessa vida, mas sempre ficava presa a algum trabalho.
Margot tinha tirado folga naquele dia para visitar uma amiga doente, então ela estava sozinha com Nina e Maria.
- Ai fofuxa... Eu não estou bem hoje! – ela se jogou em sua cama – MARIA! Faça um café bem forte pra mim! – ela gritou para a empregada, que parecia ficar mais surda a cada dia – MARIA! CAFÉ!
- Sí señora! – a empregada gritou em resposta.
Meia hora depois ela entrou no quarto com uma enorme bandeja e uma pequena xícara de café no centro dela.
- Que demora! Perdi até a vontade de tomar meu café... – ela falou para a empregada, que ficou com a cara vermelha de raiva e saiu do quarto resmungando em espanhol.
A campainha tocou quando Gina acabou de vestir a camisola. Ela pegou Nina no colo e seguiu até a porta, Maria já devia estar dormindo.
Gina abriu a porta e abriu um sorriso sem graça, num misto de surpresa e chateação.
- Harry! Quer dizer, Henry! – ela falou, tentando segurar o sorriso.
- Minha ruivinha! Meu nenenzinho ruivo! – ele disse apertando as bochechas de Gina e deu um beijo em seus lábios.
- O que você faz aqui Henry? – ela perguntou, ainda espantada com a surpresa.
- Ora! Sou seu namorado! Tinha que passar aqui para te ver... Não gostou da surpresa neném?
- Namorado? Ta louco? Nós jantamos juntos faz um mês, e você broxou depois! – ela gritou, tentando tirar a mão dele da sua bochecha.
- Foi o vinho! – ele ficou vermelho – Sua danadinha...
Gina tinha conhecido Henry em uma festa beneficente, gostou da cantada que ele passou mas se decepcionou logo no primeiro encontro e achou que não havia mais nada entre os dois.
- Henry, se eu não disse antes, digo agora. Nós não namoramos, eu não tenho mais nada com você e nem quero ter! – ela gritou, nervosa.
- Ah neném!
- Neném é a tua mãe! – ela gritou mais alto ainda, pegou um prato que enfeitava a parede da porta e quebrou na cabeça dele – Você me pegou num dia ruim! Mas, não queira ver como é meu dia péssimo! – e fechou a porta na cara do homem, que caiu desmaiado no corredor.
Mais calma, Gina foi para seu quarto dormir.
- Por que será que eu o chamei de Harry? – pensou antes de deitar-se.
Margot entrou no estúdio de gravação logo que viu Gina sair. Usava óculos escuros enormes e um vestido preto, não podia ser reconhecida. Entrou na sala do diretor sem falar com ninguém.
Conversou rapidamente com o homem e jogou um pacote com dinheiro em cima da foto de Gina, na escrivaninha dele. Ele sorriu e apontou para a porta, por onde ela saiu apressada em direção a seu carro.
Após a noite com Lianne, Harry voltou a beber. Tinha tido esperanças de conhecer uma mulher que o fizesse esquecer de Gina, mas não conseguira.
Naquele dia Harry foi a um bar trouxa, queria mudar um pouco a bebida e aquele bar vendia a melhor cerveja de Londres.
- Eu quero uma Logging, por favor – ele pediu ao barman.
- É pra já! – e o homem colocou uma garrafa à sua frente. Harry bebeu cinco garrafas sem falar com ninguém, uma atrás da outra.
- Marca na minha conta... Que agora eu vou pra casa, se eu achar o caminho... – ele disse meio tonto.
- Senhor, aqui nós não marcamos. O senhor tem que pagar agora – disse o barman segurando o braço de Harry.
- Ah, num enche tampinha! – respondeu Harry ao homem que media quase dois metros de altura – E me larga! – Harry tentou dar um soco no homem, mas errou e acertou o rapaz que estava sentado ao seu lado. O rapaz e o barman começaram a discutir, então Harry aproveitou para sair correndo sem pagar e aparatou na frente de todos.
- Para onde aquele filho da mãe foi?! – o barman perguntou, segurando um bêbado pela gola da camisa.
Hermione e Thomas chegaram no fim da tarde ao chalé do hotel, que tinham reservado para passar o feriado. Era um quarto agradável, com uma grande lareira em frente à cama, uma saleta com poltronas e televisão e um banheiro enorme.
Os dois passaram a noite apenas conversando, nunca tinham se sentido tão bem na companhia um do outro. Quando dormiram o sol já nascia e o dia estava apenas começando.
- Ninico! Sai desse banho! – gritou Mary Anne – Nós nos atrasaremos para o café da manhã!
- Calma Mary Anne! Você ficou duas horas embaixo desse chuveiro, agora me deixe tomar banho em paz! – ele respondeu, jogando água na esposa que se olhava no espelho do banheiro do quarto.
Rony e Mary Anne chegaram tarde no hotel e dormiram sem se falar, Rony estava bravo pela brincadeira da aranha voadora e não quis olhar para a cara de Mary Anne pelo resto da noite.
Quando chegaram ao restaurante do hotel, os funcionários já estavam recolhendo o buffet e só restavam alguns pães e um pouco de leite.
- Viu Mary Anne! Ninguém mandou você resolver bater o recorde de banho mais longo exatamente hoje! – ele falou no ouvido dela.
- Ah Ninico! Não brigue comigo... – ela disse fazendo beicinho – Já sei! Nós pedimos serviço de quarto! – disse ela pulando na frente do marido e puxando-o de volta para o quarto.
- Tudo bem Mary Anne! Vai pedindo que eu vou dar uma volta pelo hotel para conhecer a região. Eu só espero não ser picado por nenhuma aranha venenosa daquele jardim enorme, olha Mary Anne! – ele falou apontando para um pequeno gramado próximo a uma janela.
- Ninico! Vá passear e não se preocupe com aranhas, não há nenhuma por aqui...
Rony passeou por todo o hotel e foi conhecer a área externa, onde ficavam os chalés para casais. Ele e Mary Anne não reservaram um porque ele tinha medo que entrassem aranhas ou qualquer outro animal durante a noite. Era um campo lindo, com várias espécies de flores e os chalés eram pintados cada um de uma cor.
Ele passou pelo lago do hotel, que refletiu sua imagem quando ele se aproximou. Ele se viu ali, parado, já era um homem de verdade. Só lhe faltava alguma coisa, que ele não sabia dizer o que era.
- Rony? Rony Weasley é você? – alguém com uma voz familiar perguntou. Quando Rony virou-se, viu a pessoa que havia esperado por toda sua vida, mas nunca tivera uma chance de demonstrar. Hermione havia se tornado uma mulher linda, continuava com a mesma meiguice no olhar de sua juventude mas agora aparentava ser uma mulher forte.
Rony lembrava a última vez em que a vira, foi no baile de formatura em Hogwarts, no dia seguinte ela havia partido logo de manhã para passar alguns meses estudando na Suíça. Na noite do baile, não havia mais ninguém para ele além dela.
- Herm... Hermione? – ele não conseguia esconder a surpresa.
- Sou eu sim! Ah, estava morrendo de saudades Rony! – ela correu em sua direção e o abraçou fortemente – O que você faz aqui?
- Eu? É.. eu estou passando um tempo aqui, descasando sabe? Vida corrida... – ele disse escondendo sua aliança de casamento no bolso – E você?
- Eu... ah, eu...
- Amor! O que você faz aqui? – perguntou Thomas se aproximando da namorada.
- Ah... Rony, esse é o Thomas – Hermione o apresentou sem jeito – Ele é meu...
- ...namorado! – completou Thomas, apoiando a mão no ombro de Hermione – Vamos amor? Estou faminto!
- Foi bom te ver Rony... – ela disse acenando ao ruivo, e os dois seguiram para o restaurante de mãos dadas.
A porta do apartamento de Gina abriu com um chute e ela entrou com um copo de Whisky, trançando as pernas.
- Shh! – ela fez sinal de silêncio para a porta – A Maria está dormindo!
Ela bateu a porta com força, assustando a si mesma.
- Agora é que ela acorda mesmo, hehe... – ela falou novamente com a porta, rindo – Mas ela merece! Aquela vadia sempre me xinga em espanhol e acha que eu não sei... Ou seria em italiano? Ah, não me enche sua porta pentelha!
Gina continuou andando pelo apartamento, procurando seu quarto. Derrubou um vaso da mesa de jantar e dois castiçais que ficavam sobre uma mesa na sala de visitas.
Ela andou tropeçando em seus próprios pés até o quarto que pensava ser o seu, depois de toda aquela bebida, já não se lembrava direito. Quando se aproximou daquela porta ouviu um murmurinho vindo de dentro do quarto, ela fez sinal de silêncio para a grande porta branca e encostou o ouvido na mesma.
- A Gina é muito ingênua... Sabe, no início eu achei que seria muito difícil derrubá-la, mas ela estraga sua própria imagem: bebendo, brigando... – Gina ouviu Margot dizer a alguém.
- Agora me diga a verdade, por que essa necessidade de arruinar a carreira dela? O que ela te fez? – era um homem que falava, mas Gina não sabia quem era o dono dessa voz.
- Por quê?! Simplesmente porque ela me passou a perna no primeiro teste que eu fiz na minha vida para conseguir uma droga de um papel, em uma droga de um filme! – Margot gritou.
- Calma! Você não lembra que nós estamos na casa da ruiva? E se ela te escuta? – o homem falou em voz baixa.
- A essa hora ela já deve estar caindo de bêbada... Ela nunca nos escutaria...
Gina afastou-se da porta, com lágrimas escorrendo em seu rosto. Ela foi cambaleando até seu quarto e pegou sua varinha.
- Eu posso estar bêbada, mas ainda sei fazer mágica! – ela falou a si mesma, apertando a varinha com força.
Gina seguiu até a sala de estar, passagem obrigatória entre o quarto de Margot e a porta do apartamento; apagou as luzes com a varinha e sentou-se em sua cadeira favorita. Agora era apenas questão de tempo.
Rony e Mary Anne chegaram em casa enquanto o sol ainda nascia, tinham saído de madrugada do hotel porque gerente pediu aos hóspedes para deixarem os quartos o mais cedo possível.
- Ainda não sei por que nós saímos tão cedo de lá Rony Weasley! – Mary Anne ainda estava brava pela teimosia do marido.
- Mary Anne... Você não... – Rony estava tentando levar a mala de cosméticos de Mary Anne para dentro do apartamento - ...ouviu o gerente pedindo para deixarmos o hotel o mais cedo que pudéssemos? Nossa que mala pesada! – ele bufou quando largou a mala dentro do quarto.
- Primeiro, você tem que parar de levar tudo que os outros falam ao pé da letra e segundo, se você quer uma esposa bonita e gostosa como eu tem que agüentar os cosméticos! – ela falou tirando alguns potes de creme de dentro da mala.
- Eu não levo nada ao pé da letra Mary Anne! Eu apenas gosto de ser educado e eficiente – disse ele com um sorriso.
- De educado e eficiente em você não tem nada – ela respondeu quando saiu de dentro do banheiro com a cara cheia de um creme verde.
- Nada mesmo? – ele perguntou olhando apontando para sua calça.
- Nada mesmo!
- Claro! Você parece um trasgo com essa cara verde e com a toalha enrolada na cabeça dia e noite! – ele apontou o dedo para a cara dela – Como você quer que eu funcione! – ele gritou e saiu andando para seu quarto.
- Um trasgo? Eu nunca fui tão insultada! – ela pegou sua bolsa, abriu a porta do apartamento e saiu andando – Quem sabe eu encontro alguém que me queira na rua! – ela gritou entrando no elevador.
- Vai mesmo! Com essa cara verde você pode mesmo encontrar um duende que seja eficiente! – ele respondeu rindo.
Mary Anne voltou para dentro do apartamento, foi até o banheiro e lavou o rosto.
- Esqueci de tirar o creme do rosto – ela falou rispidamente para o marido que caía na gargalhada e saiu novamente.
Dentro da PNY, prisão estadual para onde Neville Longbottom havia sido levado após a descoberta de seus desvios no escritório em que trabalhava, era hora de visita nas alas C e D.
Neville havia sido levado a uma saleta onde havia uma mesa e duas cadeiras, para poder conversar com seu advogado, Mickey Turner.
- Neville, eu tenho quase certeza que consigo um abeas corpus para você. Mas sinceramente, meu amigo, não sei como vou te livrar dessa... – disse o advogado, com sinceridade.
- Não me importo, eu fujo! – Neville estava desesperado para sair da prisão – Você me arranja um passaporte falso e eu volto para a Inglaterra!
- Inglaterra não! Lá os policiais americanos conseguem livre acesso pra te procurar num piscar de olhos! – sussurrou o advogado, com medo de ser ouvido – Você tem que ir pra Patagônia, Uruguai, Buenos Aires! Qualquer país que não tenha fiscalização americana!
- Buenos Aires não é país, inútil! – ele respondeu nervoso – Mas eu preciso primeiro ir para a Inglaterra e pegar a herança que a minha avó deixou para mim!
- Certo... Eu vou acionar meus contatos, quem sabe em cinco ou seis dias eu consigo o abeas corpus e o passaporte – o advogado respondeu com um sorriso de satisfação.
- Cinco ou seis dias não! Preciso disso amanhã! – Neville falou desesperado.
- Mas por que essa pressa? – perguntou o advogado preocupado com essa ansiedade de Neville.
- Querido, te espero lá na cela! – gritou um prisioneiro tatuado e sem dentes que viu Neville dentro da saleta.
- Ah, já entendi... – Mickey caiu na gargalhada.
- Não brinca não! – falou Neville envergonhado – Esses estão sendo os dias mais difíceis da minha vida!
Harry estava dormindo quando ouviu alguém bater na porta. Não era May, a dona da pensão, ela não tinha força suficiente para bater daquele jeito.
- Harry Potter, aqui é a polícia. Temos ordem para prendê-lo por roubo – gritaram do outro lado.
- Ai caramba! – ele falou, pulando da cama.
Harry pegou sua varinha, abriu a janela e se jogou tentando fazer algum feitiço para não cair, mas só conseguiu um guarda-chuva que amenizou a queda. Seguiu a rua correndo sem olhar para trás. Quando já tinha passado por mais de três quarteirões, ouviu vários gritou atrás de si.
- Tarado! Tarado! Ele quer me pegar! – gritava uma senhora para alguns guardas que tomavam cerveja em um bar por perto.
- Droga! – Harry gritou para si mesmo, quando percebeu que estava apenas de cueca – Vamos lá! Aulas de transfiguração! Preciso de roupas! – ele falou para sua varinha, apontada para uma árvore, que depois de alguns acenos de Harry com a varinha se transformou em um rato e saiu correndo.
- Pare ou atiramos! – gritaram os policiais, os que a senhora chamou por Harry estar de cueca e os que vinham correndo atrás dele desde a pensão.
- Agora danou-se – Harry pensou por um instante, então uma idéia veio à sua cabeça, ele fechou os olhos e sumiu no ar.
Rony guardava as últimas camisas que estavam na mala em seu armário quando ouviu um estrondo sala, como se alguém tivesse quebrado lago muito grande.
Ele correu até o lugar de onde vinha o barulho e viu a mesa de centro da sua sala de estar quebrada aos pedaços, uma nuvem de poeira tinha tomado conta da sala e de dentro dela saiu um homem.
- Um ladrão meu Deus do céu!- ele gritou, jogando as camisas que estavam na sua mão para cima e saiu correndo.
- Rony! Calma! – o homem gritou. Rony olhou para trás e o viu correndo apenas de cueca atrás dele.
- Ai é um tarado! Um tarado! Por favor, espere a minha mulher voltar para casa para atacar! Ela é muito mais bonita... – ele gritou para o homem, que continuava correndo atrás dele, os dois estavam correndo em volta da mesa de jantar.
- Rony! Sou eu Harry! – Harry parou de correr e Rony que continuou bateu com tudo em suas costas.
- Harry! Você virou tarado agora? Eu sabia! – Rony se levantou e pulou para trás quando ficou cara a cara com Harry – Você quase roubou minha mulher, agora veio para roubar minha virilidade! E ainda destruiu minha sala.
- A sala você consegue consertar! – disse Harry apontando para a varinha que Rony havia tirado do bolso.
- Ah... sim! – Rony apontou para a mesa de centro, murmurou alguma coisa e logo depois tudo voltou ao normal. Rony continuou com a varinha em punhos e apontou para Harry – E você? O que quer?
Harry apontou sua varinha para Rony e os dois ficaram parados, examinando um ao outro.
- Rony, é que a polícia queria me prender e você foi a primeira pessoa que veio à minha cabeça para pedir ajuda! Você tem que me esconder! – ele implorou para o amigo, que olhava para ele desconfiado.
- Você tentou conquistar a minha mulher, quase destruiu o meu apartamento e agora vem me pedir ajuda?! – Rony gritou, quase rindo.
- Rony! Pela última vez, não fui eu que tentei seduzir a sua esposa, foi ela que veio para cima de mim! – ele tentou explicar-se, ainda ajoelhado.
- Fale a verdade e peça perdão! – gritou Rony, apontando a varinha para a cabeça de Harry.
- Ta bom! Fui eu, perdão... Que seja! – Harry levantou-se e estendeu a mão para Rony, que a puxou e deu um grande abraço no amigo que não via há anos.
OBS: Espero que tenham gostado do 1º capítulo... Eu vou colocar algumas músicas ou partes de músicas, em itálico, assim como eu coloquei Fazenda do Milton Nascimento para servirem de fundo musical para as cenas. Se eu não puder colocar o nome da música junto dela como coloquei neste capítulo, vou colocá-lo aqui em baixo. Continuem lendo, e comentem ou votem por favor. =]
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