Quando a porca torce o rabo...
- Então está combinado. Você me ajuda e cinqüenta por cento da grana é sua – disse Margot apertando a mão do homem – Nos vemos na segunda ent... Mas que droga é essa?! - os dois passavam pela sala de estar quando as luzes acenderam.
- Olá Margot! – disse Gina levantando da cadeira onde esteve sentada por vinte minutos, aguardando a assistente. Sua varinha estava escondida no bolso de sua calça – Então quer dizer que você vai ganhar uma boa grana! Que bom!
- É... é Gina! Nós vamos nos associar a...
- Ah, para de enrolar! Eu ouvi a conversa de vocês sua vagabunda! – gritou Gina, seu rosto estava tão vermelho quanto seus cabelos – Você quer me destruir e já tem até seu plano não é?
O homem que estava junto a Margot saiu correndo, tentando escapar pela porta da cozinha que estava aberta mas esta se fechou sozinha.
- É mesmo! Você estragou minha carreira! Se não fosse por você, seu vermezinho, eu estaria morando em um apartamento como este e você seria minha vassala! – Margot gritou, quase espumando pela boca.
- Mas o que eu te fiz? – perguntou Gina com lágrimas caindo de seus olhos, não eram lágrimas de tristeza, mas sim de raiva por ter acreditado naquela mulher por tantos anos.
- Foi o primeiro teste que eu fiz para o cinema, era o seu primeiro teste também... Eu era uma garotinha simples e envergonhada, mas você chegou com seu jeito sexy de andar e com esse corpo...
- Querida, esse corpinho é só pra quem pode! – Gina disse desfilando na frente de Margot.
- Ah eu vou acabar com você sua piranha! – Margot gritou e pulou em cima de Gina, puxando os cabelos ruivos da moça, que começou a arranhar a cara da assistente com suas unhas compridas.
- Parem! Parem vocês duas! – o homem que havia tentado fugir se manifestou e puxou Margot para trás, dando tempo a Gina de dar um soco no olho direito da mulher – Margot! Vamos! Depois vocês conversam com calma... Venha! – ele puxou a mão de Margot, que não queria sair do lugar, até ela ceder e ir embora com ele.
- Vá mesmo sua cretina! E agradeça por eu não usar minha varinha! – Gina gritou e jogou um vaso, que passou rente à orelha esquerda da ex-assistente – Agora chega! Eu preciso de férias... – ela falou a si mesma e se jogou na poltrona onde estava sentada anteriormente.
Thomas e Hermione chegaram em Londres quando o sol já se punha. Tinham saído do hotel de manhã mas resolveram conhecer algumas vilas que ficavam no caminho de volta para a cidade.
Ele a levou até o apartamento dela e prometeu que voltaria em uma hora para jantarem juntos em um restaurante no centro da cidade. Hermione entrou em casa satisfeita pela maravilhosa viagem que tinha feito com o namorado, mas havia algo que a incomodava e ela não sabia o que era.
Ele chegou para buscá-la um pouco atrasado e os dois seguiram para o Le Lobster, um restaurante especializado em lagostas, comida preferida de Hermione. O restaurante estava vazio, nenhuma mesa ocupada por clientes e todos os garçons estavam parados em frente à porta, como se aguardassem a chegada dos dois.
- Isso aqui deve ser um lixo – Hermione comentou em voz baixa – Olhe! Não há ninguém jantando...
- Amor... Tenha calma... – ele respondeu pacientemente.
Os dois jantaram calmamente ao som de violinos, Hermione nunca tinha comido um prato de lagosta tão gostoso em toda sua vida. Quando os dois estavam satisfeitos, Thomas pediu uma fatia de bolo de chocolate para a namorada.
- Mione... Hoje eu recebi uma ligação do meu chefe... – ele começou a dizer, enquanto ela se deliciava com o bolo – E aparentemente eu vou ser promovido a sub-gerente da companhia!
- Amor! Que boa notícia!
- E eu não teria conseguido nada disso sem sua ajuda... Então eu queria fazer um pedido...
- Faç... Eca! O que é isso?! – Hermione gritou tirando um anel dourando de dentro da boca – Por isso que não há ninguém nesse restaurante! Agora eu só preciso encontrar o dedo aqui também e posso colocar em exposição!
- Não... Amor, esse é...
- Garçom! Garçom! A aliança de alguém caiu aqui dentro... Você pode me dizer que foi o infeliz que fez esse bol...
- Quer casar comigo? – Thomas perguntou interrompendo a bronca de Hermione.
- O... que...? Então essa aliança era... – ela não tinha palavras, nunca tinha esperado um pedido como esse.
- Era! Então, aceita?
- Aceito meu amor! – Hermione levantou da mesa e se jogou nos braços do noivo, colocando a grande aliança no dedo.
- Então, você precisa que eu te esconda? – Rony sentou ao lado de Harry no sofá de sua casa. Harry já havia vestido algumas roupas emprestadas do amigo e havia explicado sua situação, a fuga da polícia e até o problema com Lianne.
- É, só por um tempo... Depois eu resolvo esse probleminha... – Harry respondeu, sem graça por ter reencontrado seu companheiro de aventuras naquela situação.
- Tudo bem... Mas você não vai ficar aqui. Não quero Mary Anne e você no mesmo lugar – Rony disse ainda desconfiado das intenções de Harry.
- Ok! A escolha é sua... Só digo que nunca aconteceria nada mas...
- É melhor assim Harry – Rony assumiu um tom sério. Ele levou Harry até um apartamento perto dali.
Rony tentava alugar aquele apartamento há anos mas nunca tinha conseguido alguém que quisesse reformar aquele lugar que estava em ruínas.
Harry aceitou sem falar nada sobre o estado do apartamento, achou melhor ficar quieto pois sua reconciliação com Rony ainda estava no início. Dentro do apartamento havia uma cama, uma escrivaninha, um fogão e uma mesa com a perna bamba.
- E seus pais Rony, como estão? – Harry perguntou, consertando a perna da mesa com a varinha.
- Estão bem... eu acho... – Rony respondeu sem olhar para Harry.
- Como, você acha?
- É que... eu não falo com eles há um bom tempo. Desde... desde aquele incidente com a Mary Anne, ele ficaram do seu lado, não ficaram?
- Ah... É... – Harry respondeu e foi até janela, para não precisar olhar na cara do amigo – Linda vista, não? – ele comentou.
- Harry! Essa janela dá vista para o lixão da cidade... Olha, não precisa fugir do assunto, já disse, são águas passadas – Rony falou, colocando a mão no ombro do amigo – Agora eu tenho que ir, preciso resolver alguns assuntos no Ministério.
- Está tudo aqui! – Mickey jogou uma papelada na mesa em frente a Neville – Entrei com o pedido de soltura, e já consegui os documentos – ele sussurrou – Agora preciso que você assine aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui – ele apontou para vários documentos com espaços para assinaturas.
- E quando eu poderei sair? – Neville perguntou enquanto assinava os vários papéis.
- Agora mesmo!
Neville e Mickey saíram duas horas depois do presídio, uma meia de Neville havia sumido e ele quis entrevistar cada prisioneiro atrás da meia velha. Quando a encontrou junto ao facão do prisioneiro “Machadão”, desistiu dela.
Seguiram diretamente para o aeroporto, onde Mickey havia conseguido passagem livre de burocracia e de revista com seus contatos, e logo eles estavam dentro do avião com destino a Londres.
- Agora me responda: Por que você vai comigo até Londres? – Neville perguntou quando os dois já estavam sentados em suas poltronas.
- Eu tenho assuntos a resolver lá, e caso você precise de mim...
- Hum... – Neville estava desconfiando dos motivos do advogado, mas logo esqueceu o assunto e dormiu ouvindo música clássica no rádio do avião.
Hermione entrou no Ministério, algo que não fazia desde uma época onde tudo era maravilhoso e ela só precisava se dedicar aos estudos e aos amigos. Lembrava daquele saguão como se fosse ontem o dia em que foram para lá atrás de um monstro que acabou com muitas famílias, inclusive a sua.
Ela balançou a cabeça, como se isso fizesse com que essas lembranças fossem embora, e seguiu para o balcão de informações. Um anão estava em pé, sobre um degrau de madeira, atrás do balcão.
- Oi... É que eu queria saber...
- Então assine aqui – ele respondeu entregando um documento a ela.
- Por que preciso assinar para pedir informações? – ela perguntou lendo o documento, que apenas pedia a assinatura para que os atendentes pudessem passar informações.
- Burocracia... Assine logo! – ele respondeu nervoso – Mulher tonta... – ele resmungou enquanto pegava o documento das mãos de Hermione.
- Eu ouvi isso! – Hermione gritou, apontando o dedo para a cara do homem – Mas, como eu estou com pressa, vou ser direta. Eu vou me casar com um trouxa e preciso de...
- Uma autorização para dizer a ele que você é uma bruxa e que ele é, de fato, um trouxa – ele completou, deixando Hermione nervosa.
- É!
- Você precisa marcar uma audiência aqui no Ministério e a relação entre você e o trouxa será avaliada.
- E para quando posso marcar a audiência? – perguntou Hermione colocando as mãos sobre a bancada.
- Bom... – ele pegou um livro enorme e jogou em cima da bancada, quase esmagando as mãos dela – Hoje há um horário às duas e meia da tarde.
- Mas já são quinze para as três! – ela falou olhando em seu relógio de pulso.
- E você já está atrasada! Venha... – ele puxou a mão dela e a levou até o elevador – Suba até o quinto andar, quando sair vire à direita e entre na quarta porta.
- Mas e o que... – ela tentou perguntar mas a porta do elevador fechou – Mal educado! – ela gritou.
- Me desculpe! Você aceita? – um homem que estava junto a ela no elevador ofereceu seu copo de café a ela.
- Eu estava falando com o duende, não com você... – ela nem havia percebido a presença dele até aquele momento.
- Hermione? – ele perguntou, arregalando os olhos.
- Rony?! – ela olhou para ele e surpreendeu-se com a coincidência – Nossa! Nós passamos anos sem nos vermos e agora já te encontrei duas vezes só nessa semana. Ta me seguindo, é? – ela brincou, apertando o botão que marcava o número cinco.
- Eu trabalho aqui... Mas e você?
- Eu? Ah... – ela não sabia se contava ou não a ele sobre seu casamento, não sabia se ele ainda nutria algum sentimento por ela ou não – Eu vim resolver alguns assuntos para Hogwarts...
- Problemas com trouxas? É o Tomate?
- Que Tomate?
- Seu namorado! Se você nem sabe o nome dele, imagino como deve ser o namoro...
- É Thomas! – ela respondeu sem paciência – E como você sabe que o problema é com trouxas?
- O quinto andar... Assuntos relacionados a trouxas... – ele explicou.
- Não, não é nada com o Thomas! É o Hagrid... Está namorando uma trouxa, aí eu tenho que resolver os problemas entre os dois... Sabe como é... – ela inventou uma desculpa, e rezou para que Rony não tivesse mantido contato com o semi-gigante após sair de Hogwarts.
- Ah sim... Faz tempo que não falo com Hagrid... Preciso ir visitar Hogwarts um dia desses – ele começou a olhar sua agenda, procurando um dia vago para a visita – Nossa! Como estou atarefado hehe...
- Há algum tempo atrás eu estive olhando aquela foto que nós cinco tiramos no último dia de aula e fiquei pensando se não conseguiria reunir os cinco no último dia de aula desse próximo ano. O que você acha? – ela perguntou, olhando fundo nos olhos do antigo amigo.
- Seria ótimo! Mas Gina e Neville não estão mais em Londres. E se não estão em Londres, não estão por perto. E se não estão por perto, complica tudo!
- É mesmo! Agora é que a porca torce o rabo! Nós precisaríamos trazê-los... – ela tentou pensar numa solução, mas a porta do elevador abriu indicando o quinto andar – Tenho que ir! Depois nós nos falamos – ela gritou e saiu correndo, antes que a porta se fechasse.
- Que rápida... – ele disse a si mesmo enquanto o elevador subia novamente – Tem gente que não muda mesmo... Que bom que eu fiquei assim, tão eficiente – ele disse em voz baixa, olhando-se no espelho do elevador e arrumando sua gravata.
- Alô? Oi! Sim, aqui é Gina Weasley – Gina falou ao homem do outro lado da linha, era a quinta ligação que recebia em uma hora – O teste? Ah, esqueci. Eu tive problemas com minha assistente e estou tentando controlar meu próprio tempo... O que? Você quer que eu controle o que? COMO VOCÊ OUSA FALAR ASSIM COMIGO! EU SOU UMA ESTRELA! Enfio a estrela aonde? Oh, como você ousa?! – Gina desligou o telefone e o jogou pela janela.
- Não é à toa que a Margot me odiava! Se eu tivesse que atender tantas ligações de alguém também odiaria a pessoa... - ela pensou.
Sua empregada, Maria, veio correndo com Nina no colo. A cachorra estava toda suja de chocolate.
- Ah Ninoca boboca! – ela começou a brincar com a cachorra, enquanto Maria saía do quarto chamando-a de louca – Você entrou na cozinha da Maria de novo? Ela fica muito brava... – ela apontou sua varinha para a janela e o telefone voltou para sua mão.
Gina ligou para o pet shop, que veio buscar Nina quinze minutos depois. A atriz desligou o telefone dos fios, mas seu celular começou a tocar.
- Eu nunca conseguirei minhas férias aqui... Preciso ir para outro lugar – ela olhou para o celular, cuja tela indicava uma ligação do “Produtor resmungão 2”.
- ... e é verdadeira a afirmação de que a senhorita e o trouxa já começaram e terminaram essa relação três vezes? – o juiz de relações bruxo-trouxa perguntou a Hermione, lendo um documento que havia acabado de receber.
- É que nós demoramos em nos acertarmos. Ele não entendia o porquê de eu sumir por nove, dez meses e só voltar para alguns meses aqui em Londres – Hermione tentou explicar-se com a boca tremendo – Mas agora já nos entendemos!
- Senhorita Hermione Jane Grange...
- É Granger. Não Grange, senhor! – ela corrigiu o homem, que a olhou de lado.
- Sim... Hermione Jane Granger, a senhorita se compromete, sob pena prisão em Azkaban, a manter longe de toda e qualquer relação com a magia e a manter este compromisso para que não haja um comprometimento entre o segredo da mágica?
- Eh... – Hermione estava hesitante, começou a pensar se aquele casamento realmente duraria – Sim! Eu me comprometo – ela falou, sentindo calafrios.
- Ótimo! – ele falou, batendo a varinha em um pedaço de pergaminho e um contrato apareceu – Agora assine essa declaração de compromisso e está liberada.
Neville não agüentava mais ficar sentado na poltrona do avião. A viagem estava demorando muito e ele tinha muitos assuntos para resolver.
Ele pensou seriamente em aparatar quando foi ao banheiro, mas ficou com medo de não conseguir e acabar caindo do avião. Estava enferrujado e precisava treinar, ele não sabia que tipo de bruxos precisaria enfrentar para conseguir o que queria.
- Neville! NEVILLE! – gritou o advogado, batendo em no ombro do homem que estava perdido em pensamentos.
- O que foi, estrupício? – Neville perguntou, despertando de seus devaneios.
- O aviso de atar cintos! – Mickey apontou para uma placa luminosa que indicava que eles precisavam atar seus cintos.
- Ah... Certo... – Neville passou o cinto pela cintura e fechou os olhos, tentando fixar seus pensamentos em seu próximo passo.
Agora precisava marcar a reunião com o advogado da avó, que lhe daria todo o dinheiro que precisava para fugir. Afinal, a avó havia ganhado uma boa quantia de dinheiro com a morte de seu avô e esse dinheiro deveria ter rendido muito.
- Quando chegarmos, ligue para o advogado da minha avó e marque a bendita reunião. E dê um jeito de ser logo! – ele ordenou ao advogado.
- Posso lembrá-lo de que sou seu advogado, e não seu secretário?
- Posso lembrá-lo de que você só vai tirar algum dinheiro de mim se eu receber essa herança? – ele respondeu rispidamente, fazendo Mickey calar-se.
Já era noite quando Harry ouviu o barulho de Edwiges, que batia o bico na janela do apartamento. A rua estava escura, e ele só via pela janela os olhos brilhantes da coruja.
- Edwiges! Que bom que você me achou... Fiquei preocupado! – disse abrindo a janela para a coruja entrar. E junto dela entrou o cheiro do lixão que ficava do lado do prédio – Nossa! E o Rony ainda se pergunta porque nunca conseguiu alugar essa porcaria...
A coruja piou e mostrou um pergaminho que trazia.
- O que é isso? – ele desamarrou a mensagem e viu que estava marcado com o símbolo do Ministério da Magia.
“Prezado Sr. Potter,
Chegou ao nosso conhecimento que o Sr. usou feitiços e aparatou em uma área habitada por trouxas .
Segundo as leis do Novo Estatuto de Sigilo em Magia da Confederação Internacional de Bruxos, pedimos para que o senhor compareça a uma audiência no Ministério da Magia às dez horas da manhã, no dia três de agosto.
Atenciosamente,
Marylin Thipkin
Seção de Controle do Uso Indevido da Magia
Ministério da Magia.”
- Agora é que a porca torce o rabo, Edwiges! – ele não conseguia parar de ler a mensagem – Agora eu me ferrei!
Harry estava quase chorando quando a porta do apartamento abriu num estrondo e Rony entrou correndo, apontando para um pedaço de papel que trazia consigo. Parecia que tinha subido os nove andares do prédio correndo.
- Harry! Harry! Sua besta! – ele gritou – Você vai ser convocado para ir ao Ministério, você usou magia na frente de trouxas... Ainda bem que eu cheguei a tempo para contar isso a você com calma...
- Eu já sabia... – ele falou desanimado, mostrando o pergaminho – Edwiges trouxe há pouco tempo...
- Ah... Isso é ruim... – Rony disse, tentando se livrar da coruja que dava bicadas em sua mão pedindo carinho.
- Ruim?! Isso é péssimo! E se eu for para Azkaban?
- Harry, não se preocupe... Eu posso garantir que...
- ... você vai me livrar dessa? Eu sabia! – Harry correu até Rony e abraçou o amigo.
- Eu só ia dizer que eu podia garantir que Azkaban não está tão ruim quanto antes... Não tem mais dementadores, tem comida decente – Rony falou, tentando livrar-se do abraço.
Harry sentou-se em uma cadeira, sem saber o que poderia acontecer dali para frente. Agora, mais do que nunca, precisava de alguém especial, precisava de Gina.
- Mas vai dar tudo certo amigão! Eu vou te ajudar... tenho meus contatos no Ministério.
- Ah tem? – Harry animou-se ao ouvir tais palavras do amigo.
- Tenho sim... tem Tobby McHoy, ou é Tibbos McHoy? Ou será que é McBick?
- To perdido! – ele falou, deixando-se cair de costas no chão.
- Ai Gina! Ta chegando! – disse Hermione à amiga do outro lado da linha – O anel é tão lindo... Você tem que vir para o casamento!
- Eu não sei se vou chegar a tempo, Mione... Não reservei avião, nem hotel nem nada... – a ruiva respondeu do outro lado da linha – Mas vou fazer de tudo!
- Que bom que você me ligou Gi... Eu não tinha seu endereço nem seu telefone... Não ia conseguir enviar seu convite!
- Então, dia quatro de Agosto! Você convidou mais alguém de Hogwarts?
- Só você e o Harry... Mas ele não confirmou se irá ou não... – Hermione disse, sem prestar atenção no nome que havia acabado de falar.
- Ah... o Harry...
- Ai desculpa Gi... – Hermione bateu em sua própria testa.
- Imagina... Bom, depois te ligo pra confirmar... Tenho que ir agora! – e desligou o telefone.
Hermione levantou-se no sofá e foi até a janela da sala.
- E o Rony... Será que devo convidá-lo? – perguntou a si mesma – Esqueça Hermione...
Harry acordou naquela manhã com uma coruja piando em sua janela, era Edwiges que havia saído para caçar e queria que Harry levantasse para acariciá-la.
Ele levantou-se e a coruja voou em seu braço. Após dar uma bicada pedindo um pouco de carinho, jogou um envelope no chão. Harry abriu o envelope branco, onde Hoermione o convidava para seu casamento com Thomas Belfor.
- Hum... É no dia seguinte à minha audiência... Ai! – a coruja bicou sei braço, pedindo mais carinho. Harry passou a mão na cabeça da ave – Agora vá! – ela voou até sua gaiola e ele voltou seus olhos para o convite – Se eu não estiver preso no dia, posso até pensar em ir...
- Hum... Será que o Rony sabe? – ele pensou, e escondeu o convite embaixo da almofada de seu sofá – Só para garantir...
- Maria! Pegue minha mala! – gritou Gina para a empregada – Eu vou para Londres!
- Gracias a Dios! – Maria agradeceu enquanto pegava a enorme mala.
- Não Maria, essa é a de maquiagem, eu vou arrumá-la depois. Eu quero a menor, de roupas... – Gina respondeu, jogando a mala gigante em cima de Maria, que caiu sentada no chão – E ande logo, minha viagem é em quinze dias e se quero chegar à tempo no aeroporto tenho que começar a arrumar tudo agora!
Alguns dias depois...
- Nem acredito! Daqui a poucos dias serei a Senhora Thomas Belfor! – Hermione gritou na janela de seu quarto quando acordou, fazendo alguns vizinhos a xingarem – Ah! Calem a boca! Eu vou me casar!
- É amanhã Harry... Mas não se preocupe. Eu serei sua defesa – disse Rony parado em frente ao Ministério da Magia, pondo a mão no ombro do amigo – Tudo vai dar certo!
- Eu espero... – Harry respondeu, sentindo calafrios.
- Ginevra Weasley, é você? – perguntou a balconista, enquanto Gina fazia o check-in na área VIP do aeroporto.
- Shhh! – Gina fechou a boca da mulher – Nunca mais repita isso! Meu nome é Gina Weasley, GINA! – Gina falou em voz baixa.
- Então a reunião está marcada? – perguntou Neville a seu advogado no celular – Ótimo! O quanto mais cedo eu resolver este impasse, mais cedo vou poder sumir do mapa.
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