capitulo I



Harry e Rony já estava dormindo quando um barulho soou da janela, o ruivo não se importou e virou para o lado, tivera um dia muito cansativo e nada iria fazê-lo levantar daquela cama. O moreno percebendo a reação do amigo viu que ele mesmo teria que ver o que estava acontecendo, conhecendo Rony do jeito que conhecia, nem que mil corujas começassem a bicar a janela ele iria se levantar. Pegou seu óculos na cabeceira de sua cama, levantou e seguiu para a sala, não antes de esbarrar sem querer na cabeceira ao lado da cama de Rony para ver se ele acordava, recebeu como resposta um ronco. O ruivo nunca mudara, desde os tempos de Hogwards. Chegou a sala e como esperava viu uma coruja parada na sua janela, é Kimy a coruja de Hermione deixou o bicho entrar e pegou o pergaminho que se encontrava em seu bico “Obrigado Kimy, o que sua dona quer a essa hora?” . Sem mais delongas começou a ler, a medida que lia seus olhos ganharam um outro tom, mais escuros e o sono, antes quase o dominando, fora logo mandado embora substituído por um nervosismo sem tamanho. Saiu correndo para o quarto e a carta fora esquecida no meio da sala.

“ Harry,

Desculpe incomodá-lo a essa hora, mas acho que invadiram a minha casa, se forem vocês eu juro que vai ter volta hein, essas brincadeirinhas suas não são tão agradáveis de madrugada, quando eu quero descansar um pouco. De qualquer modo, só queria avisar, caso não forem vocês, é um pouco preocupante, mas eu dou um jeito.

Beijos
Mione”

“Rony, Rony! Acorda!” balançava o ruivo incessantemente até que o mesmo acordasse, já acendera a luz do quarto e se preparava para trocar de roupa e ir direto para a casa da amiga.

“Que foi cara, tá de noite ainda, vai dormir!” e virou para o lado, não queria ser incomodado a essa hora sendo que amanhã teria que acordar cedo para finalmente prenderam aqueles pilantras dos Holdines.

“ Rony, você não entendeu, levanta!” Deu um berro e pelo menos isso deu resultado fazendo com que o ruivo levantasse de uma vez só com um susto estampado na sua face “ a casa da Mione foi invadida, temos que ir lá agora” o moreno já estava trocando de roupa e avisando a agência de aurores da possível invasão enquanto Rony trocava de roupa, em cinco minutos eles estavam aparatando no jardim da casa.

Nada anormal parecia ter acontecido, a porta estava fechada e as luzes apagadas, murmurou a senha e pressionou o dedo na alavanca da porta para que esta destravasse, só ele e Rony possuíam a senha da casa de Mione e nunca contaram a ninguém. Os dois entraram e se não fosse os cacos de vidro no chão diriam que nada aconteceu, fizeram uma inspeção por toda a área e não encontraram sinal de intrusos e também não encontraram Mione. Perto do vaso recém enfeitiçado para voltar ao normal, encontrava-se a varinha da morena, caída na porta da cozinha.

Sem saber o que falar, fora Rony que se pronunciara primeiro “ Mione foi seqüestrada !”

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Dor, muita dor. Era isso que Hermione estava sentindo quando seus sentidos voltaram, sentia seus braços e pernas ardidos e com um leve formigamento, como se estivessem muito tempo na mesma posição, tentou abrir os olhos, demorou um pouco, mas conseguiu por fim focalizar sua visão anteriormente embaçada, ela estava presa, seus braços, estendidos acima de sua cabeça, estavam algemados por algum tipo de energia que envolvia seus pulsos, olhou para baixo e percebeu que seus pés também estavam presos com a mesma energia envolta a seus tornozelos, a prendendo assim a parede. Olhou de novo para o seu corpo, não estava de camisola como se lembrara antes de desmaiar, trajava um vestido longo branco, com detalhes dourados, se não se enganara parecia um vestido egípcio utilizado por esposas de faraós. Levou sua vista para a sala aonde se encontrava, era um lugar amplo, uma sala bonita, bem detalhada e cheia de hieróglifos gravados em suas paredes, mas algo chamara sua atenção, não estava sozinha, ao contrário, assim como ela diversas mulheres estavam presas da mesma forma a uma distância de alguns metros umas das outras, pelo que pôde contar eram no total dez, diferentes umas das outras e percebeu que cada uma deveria ser originária de regiões distintas do mundo.

“Hum, parece que a novata acordou... Olá bela adormecida” Voltou sua atenção para a garota ao seu lado direito, era uma mulher alta, magra, cabelos negros e olhos da mesma cor, pelo seus cálculos ela deveria ter a mesma idade que a morena, 21 anos, ou pelo menos nessa faixa.

“Onde estamos?” Percebeu que até para falar sentia um pouco de dificuldade, como resultado disso sua voz saira um pouco rouca.

“Boa pergunta, quando souber a resposta não esqueça de nos avisar, todas aqui também querem saber, estávamos nas nossas casas e quando acordamos nos encontramos aqui, presas como animais e servindo de testes para esses idiotas malucos que nos seqüestraram” seu semblante era de revolta, Hermione pôde perceber, mas ainda estava confusa, precisava tirar o máximo de informações daquela garota.

“Testes? Quem são esses de quem você fala? Por que eles fizeram isso?”

“Para uma novata você até que é muito curiosa, lembro que quando cheguei aqui só sabia gritar e tentar me soltar, em vão é claro, antes que tente fazer o mesmo, isso envolto a seus pés e pulsos são campos de força, se tentar se soltar eles comprimiram mais e mais e lhe darão um choque de brinde” Soltou um sorriso.

“Obrigado por me avisar...” Olhou para os pulsos da garota e percebeu marcas vermelhas profundas, com toda a certeza não tentaria se soltar, provavelmente seria inútil, só iria piorar ainda mais as coisas. “Mas... poderia responder as minhas perguntas?”

“Ah claro, bom, não sabemos quem são eles, só sabemos que de tempo em tempo aparecem por aqui e simplesmente apagamos, quando voltamos a nossa consciência estamos do mesmo jeito que antes, só sabemos que saímos daqui pelo fato de não estarmos na mesma posição que estávamos antes, mas não ficamos presas por muito tempo, eles nos soltam e ficamos algumas horas livres, se é assim mesmo que nós deveríamos nos sentir aqui...Ficamos soltas por um tempo e logo depois de desmaiarmos mais uma vez nossa rotina volta” ela deu uma pausa, parecia cansada e visivelmente abalada, uma lágrima rolou por seus olhos “ sabe, hoje fazem 6 meses que estou aqui, todos devem ter me dado como morta, isso é um pouco... triste... Meu nome é Nadia e o seu?” abriu um pequeno sorriso, esforçando o máximo que conseguia para não tornar o estado mais desagradável que estava.

“Hermione Granger, não se preocupe, sairemos dessa, irei fazer de tudo para nos tirar daqui, só preciso de um pouco de tempo para pensar um pouco” Não sabia o que fazer, estava numa situação totalmente nova, não sabia sua localização, não tinha sua varinha em mãos e estava sem nenhum contato com alguém fora daquela jaula, precisava pensar, iria achar alguma resposta, iria sair dali. Não teve muito tempo, depois de um minuto caiu num sono inexplicável e quando acordou estava desorientada de novo, estava solta na mesma sala que antes e todas as outras mulheres estavam acordando assim como ela, seria um longo dia.

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