capitulo II



O centro de aurores estava um verdadeiro inferno, todos trabalhavam incansavelmente por alguma pista do paradeiro da segunda comandante, mas parecia que não iriam chegar a lugar algum, não haviam pistas, digitais ou feitiços detectados, estavam andando em círculos, não sabiam o que fazer, horas já tinham passado desde o ocorrido e nada, nenhum contato, nenhuma pista, nada que pudesse ajudar a encontrar Hermione, Harry estava em verdadeiro desespero.

“Continuem trabalhando! Você, por que esta sentado, faça alguma coisa antes que eu tome providencias” Sua aparência estava cansada, não conseguiria se acalmar até ter Mione ao seu lado de novo.

“Calma Harry estão todos fazendo o máximo para encontrar a Mione, todos estão trabalhando, só que sem suspeitas e sem contatos o trabalho fica um pouco mais difícil, iremos achá-la, e, além disso, ela sabe se cuidar, provavelmente está tentando arranjar um jeito de se libertar ou mandar algum recado.”

“Calma, você me pede calma?! Rony, não sei se percebeu mas a nossa amiga foi seqüestrada e não foram encontrados rastros de magia alguma naquela casa, nenhum trouxa seria capaz de fazer isso, e nenhum bruxo o fez, ninguém saberia lhe dar com isso, por melhor que Hermione seja ela corre perigos e só Mérlin sabe o que estão fazendo com ela agora” Num estalo, o copo de vidro que se encontrava na mesa ao seu lado havia explodido assumindo agora a forma de milhares cacos de vidro pelo chão.
“Eu sei Harry, mas temos que pensar assim temos que confiar nela, a qualquer hora teremos alguma notícia”

“Espero, é que... eu... me sinto... eu perco o chão sem ela, não agüento nem pensar que algo de ruim possa estar acontecendo com Mione”.

“Nós iremos salvá-la, e isso tudo não passara de um pesadelo, deixará marcas, mas será apenas um pesadelo”

“Marcas... Marcas, Rony você é um gênio!” E sem mais falar saiu correndo e aparatou em seu apartamento, deixando um ruivo estático e confuso.

Lembrara-se de quando fez a tatuagem, possuía tanto significado, olhou para seu pulso direito, ali encontrava-se um pequeno e quase invisível “H”.

Flah Back

Estava no lago, acabara de terminar com Gina, não sabia o que fazer, em alguns dias sairia à busca dos Horcruxes e talvez nunca mais voltasse a ver todos os seus amigos, outra pedrinha fora jogada no lago, mas dessa vez o autor dela não era o moreno, não precisava se virar para saber que era ela. Era incrível como Hermione pressentia quando estava mal e logo vinha socorrê-lo, não podia negar, era reconfortante saber que sempre a teria ao seu lado, mesmo ele rejeitando a presença de todos, ela era a única que sempre, não importava o que ele falasse ou o que ocorresse, estaria ali, às vezes sem falar uma palavra, apenas ficando ao lado dele, era uma ligação tão forte a dos dois.

“Harry” o silêncio tão gélido fora quebrado por um simples sussurro vindo da morena

“Sabe, acho que Gina não aceitou muito bem o nosso término” em momento algum se virara e continuava fitando o lago.

“Ninguém aceitaria, ela gosta de você Harry e quer o seu bem,, ela sabe que você gosta dela também...”

“Não, não gosto” olhou para a morena a fim de ver seus olhos e transmitir sinceridade “Pelo menos não como eu pensava, acho que fiquei com ela pelo fato de ela ser a irmã do meu melhor amigo, ou por uma atração, mas não estou apaixonado pela Gina, definitivamente não, e acredito que ela também não esteja apaixonada por mim, Gina ama Harry Potter o menino que sobreviveu, não o Harry, esse garoto aqui que não pára de reclamar e correr para o colo de sua melhor amiga quando tem algum problema” Um pequeno sorriso apareceu no canto dos lábios do moreno, só ela era capaz de deixá-lo a vontade para falar essas coisas, era incrível, nem com Rony se abrira tanto.

“Harry, vamos fazer uma loucura?” Um sorriso maroto tomava conta do rosto da morena.

“Senhorita Granger, se pensa que irei me jogar nesse lago congelante está deveras enganada”.

“Droga! Mas não era isso... Eu estava passeando em Hogsmade outro dia desses... Ei não me olhe com essa cara, eu também tenho direito de esfriar um pouco a cabeça longe de todo mundo, mas continuando, eu vi um lugar que fazia uma tatuagem, não uma trouxa, elas possuem um tipo de feitiço de localização e contato, assim, se quiser falar comigo ou eu quiser falar com você... a você entendeu, e ai o que acha?”.

“Tudo bem, quando faremos?”.

“Como assim, você simplesmente aceita? E eu pensando que teria que usar vários argumentos para convencê-lo”.

“Mione, só pelo fato de ser você me propondo isso, não tenho duvida e medo nenhum, confio em você, se acha que será importante, faremos essa tatuagem”.

Hermione ficou corada com a resposta dele e também feliz “Está esperando o que então, vamos agora”.

Chegando a loja, percebeu que a amiga estava tensa, entrelaçou sua mão com a dela, afim de acalmá-la, sabia que a garota tinha medo de agulhas “Calma, estou ao seu lado” e deu-lhe um pequeno selinho. Ela sorriu para ele, estava mais calma.

Quando saíram de lá, o pulso de ambos estava enfaixado, dois dias depois poderiam ver o pequeno e singelo “H” que se encontrava no lugar. Estava feliz, nunca se sentira tão ligado à amiga quanto agora"

Fim do Flash Back


Riu com a pequena lembrança, quantas e quantas vezes se encontravam ou travaram conversas através daquela pequena marca, ninguém sabia daquele segredo dos dois, nem Rony, que ficara deveras desconfiado com as saídas repentinas ou com risos de um dos amigos vindos sem motivo algum. Gina, depois da guerra, tornou-se uma amiga, mas não tinha mais contato com a ruiva, ela e Draco, sim um Malfoy, se casaram e trataram de morar bem longe de tudo e de todos.

“Mione, Mione, responda!” tocou levemente a tatuagem e aguardava ansiosamente a resposta da amiga.

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