Enquanto isso na masmorra do c

Enquanto isso na masmorra do c



Capitulo 3° - “Enquanto isso na masmorra do castelo...”

Absorto em pensamentos, ele caminhava. Suas vestes e capa enfunavam à cada paço. “Mais um ano tentando enfiar algum conhecimento dentro da caixa craniana de um monte de debilóides” – pensou o homem de cabelos cumpridos e sebosos.

Entrou na sala abrindo a porta violentamente, e caminhando para o púlpito de mestre, ele acenou com a varinha para traz e a porta fechou-se com um ranger agudo seguido de um baque surdo.

Ele parou e olhou para os rostinhos à sua frente. “Cada dia aparecem mais remelentos!” – pensou o homem mal humorado.

O recinto estava mergulhado num silêncio de suspense. Quem seria o primeiro com o qual o professor narigudo iria ralhar? – pensavam as cabecinhas insistentemente à sua frente. Sim, ele invadia a mente dos alunos. E ninguém nunca desconfiou desse péssimo habito que ele possuía.

Ele podia ver algumas mentes comparando-o com um morcego, outras com tressálios, tinha também aqueles que não paravam de reparar em seu nariz, e fazer comparações mentais com cabo de guarda-chuvas, ganchos de linha de pescar, e outros objetos tortos. “Hunf’, - pensou ele - “depois reclamam de perder pontos, esse diabos!”. Todas as cabecinhas que pensavam essas coisas sobre ele eram de casas que não a dele.

- Senhor Willian! Porque está respirando tão alto – Chiou o professor – Menos 2 pontos para sua casa! – Completou. “Seu monstrinho, agora pode me comparar à vontade com os ‘diabos da tasmânia’” – Pensou o professor satisfeito.

- Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata no preparo de poções. – falou o professor num quase sussurro. Ele gostava deste discurso inicial, e sempre falava num tom de sussurro, pois achava que sua voz sairia mais letal.

Ele olhou para um garotinho magricela é viu que o garoto se perguntava se aquilo era realmente mágica, já que eles quase não iriam usar suas varinhas. Então começou seu discurso de todos os anos:

- Como aqui não fazemos gestos tolos, muitos de vocês podem pensar que isto não é mágica. – Disse. Ele não tinha de cor a ordem do discurso preparada, mas todos os anos, os ‘cérebros-de-ostra’ pareciam combinar entre si de pensar em ordem conclusões idiotas sobre a sua matéria. Olhou nos olhos de um gordinho louro e viu em sua mente, que o garoto estava desdenhando a importância do preparo de poções, o menino considerava coisa de ‘mulherzinha’ ficar mexendo com ‘panelas’. Então ele lembrou-se do trecho seguinte de sua fala:

- Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos... – Disse o homem reticente ao observar a mente de uma garota que se perguntava pra que afinal ela precisava daquela ‘porcaria’ de aula de ‘culinária’? – Então o professor olhou-a mordaz e disse:

- Posso ensinar-lhes a engarrafar a fama, a cozinhar a glória, até a zumbificar, se não forem o bando de cabeças-ocas que geralmente me mandam ensinar – concluiu o bruxão.

Após o discurso, como sempre, o bruxo escolheu um aluno da grifinolia para humilhar e começou a fazer-lhe perguntas sobre a matéria. Ele via que ninguém sabia nada naquela sala. Era como ele imaginara: Um bando de cabeças ocas, porém, era muito gostoso torturar aquelas ‘coisinhas’ medrosas. – Pensou ele.

Na verdade nunca em sua vida de mestre de poções existiu alguém que já soubesse as respostas antes mesmo dele dar a aula. Excerto uma. – Pensou. – aquela sabe-tudo da senhorita Granger. Na verdade ela, desde a primeira aula já conhecia ingredientes e a combinação destes de uma forma que muitos bruxos adultos nunca imaginaram existir.

Infelizmente ela largou uma excelente carreira de bruxa para tentar ‘mudar o mundo’ – pensou o homem com desdém. Aquela sabe tudo sempre entendeu muito de livros e pouco sobre o coração humano. Não consegue entender que enquanto houver mais de um ser humano no mundo, haverá ganância, sede de poder, ódio, rancor, e ambição. E dessa forma haverá sempre um homem querendo dominar ou conquistar o outro em nome desses desejos sórdidos. – Pensou ele. Ela é uma altruísta boboca – concluiu o bruxo sem saber o que o levara a pensar na mulher.

Ah sim...Mulher, a senhorita Granger, que eu conheci, pequenina e de cabelos lanzudos virou uma mulher. Uma bela mulh...- Deteve seu pensamento com um odor desagradável vindo do caldeirão de um moleque sentado no findo da sala.

- Senhor Chan, pelo cheiro que esta vindo de sua carteira só posso concluir que está pensando de mais... – disse o professor maldosamente.

A aula continuou, depois desta vieram mais quatro aulas antes do almoço, e outra quatro depois do almoço. Ele havia concentrado as aulas de poções nas segundas e terças, e as aulas de DCAT de quinta e sexta. Assim tinha a quarta, o sábado e o domingo para corrigir trabalhos e preparar aulas. Não tinha tempo para mais nada. E se sentia ‘feliz’ com isso.

Ele almoçava no salão principal. Sim, ele ainda era obrigado a comer junto de todos, porém dessa vez era Minerva que o obrigava, ela parecia que havia adquirido um certo grau de caduquice parecido com o de Dumbledore depois que se tornou diretora, será que a cadeira de diretor tem alguma magia antiga para deixar os empossados meio malucos? – Pensou Snape preocupado, e logo em seguida concluiu: Ainda bem que eu recusei o cargo de vice-diretor, talvez essa coisa seja contagiosa...

Após esse pensamento, seu cérebro voltou-se sorrateiramente para o assunto em que o havia distraído na primeira aula: A senhorita Granger. Não que ele pensasse à todo minuto na bruxinha, mas é que as noticias sobre seus feitos como ministra trouxa estava tanto em jornais bruxos, quanto nos jornais Trouxas. E hoje especificamente, ele havia lido no profeta que a bruxinha havia ganhado a ordem de Mérlim, por estar realizando um trabalho magnífico de unificação dos mundos Trouxa e bruxo. Não que esse premio significasse muito – pensou o bruxo fazendo pouco-caso, afinal que concedera o titulo foi o ministro da magia, o senhor Weasley, que sabidamente era amante do mundo trouxa – Mas era realmente uma proeza ela ter chego num cargo tão importante do mundo trouxa.

E lembrando-se da ultima vez que tinha visto a bruxa constatou: -“Ela estava realmente bonita aquele dia” – pensou o bruxo em voz alta.

- Quem estava bonita? – perguntou a diretora curiosa.

- Nada Minerva, eu estava apenas pensando em voz alta – falou o bruxo aborrecido. - "Ohoo bruxa futriqueira"- pensou.

- Bom Severo, é muito bom que você ache alguma mulher bonita. Mas espero que não seja uma aluna – Concluiu a mulher em tom seco.

- Ah, não seja ridícula. - Disse o bruxo, na verdade era uma ex-aluna, e não uma aluna.

Agora Granger estava beirando os trinta anos – Pensou o bruxo, não seria errado – E eu beirando os cinqüenta – Concluiu desanimado. “Acho que vou acabar ficando como Dumbledore, McGonagall, Flintwink... Credo, será que isso é uma maldição contra os professore de Hogwarts? E é por isso que eu nunca...” – Pensou parando no meio de sua constatação e ele logo concluiu: - “ não, acho que não, esse fato é merito so de minha pessoa, afinal Hagrid se casou com a gigantona, e Dumbledore sempre se dividiu num caso com madame Ponfrey e outro com Minerva. Ainda bem que nenhuma das duas suspeitavam uma da outra!” – pensou - “Aquele velhote assanhado” – Concluiu Snape com um sorrisinho sarcástico brincando nos lábios ao se lembrar do segredinho do ex-diretor.

- Severo, quero que você me acompanhe no domingo em um almoço na casa do Ministro. –disse a diretora interrompendo a teoria em formulação de Snape.

- O que? – perguntou assustado. De modo algum ele estava tão desesperado à ponto de aceitar um encontro com a velha McGonagall, então respondeu rapidamente de forma que sua aflição transpareceu em suas palavras:

- Não! Não posso ir. Tenho...Tenho...Trabalhos para corrigir. – Disse ele muito satisfeito com a desculpa.

- Hora vamos Severo! Não estou convidando-o para ir em um Motel trouxa! – Disse a bruxa ríspida.

“Safaaaada”- Pensou Severo, esboçando um sorriso mais sarcástico ainda.

- É só para me acompanhar. Alias isso não é um pedido. É uma ordem minha como diretora!

- Eu tenho direito à finais de semana sabia? – Disse Snape com cara de quem chupou limão.

Então, como quem não quer nada a diretora acrescentou:

É uma pena, justo nesse almoço que Harry estará junto com a esposa e as filhas...

Desde o parto de Gina, Severo especulava com a colega sobre o paradeiro das gêmeas, e depois que descobriu que Gina e Potter, tinham o costume de levar as filhas à loja dos irmãos gêmeos Weasley em Hogsmade, ele passou a andar displicentemente em frente à loja todos os finais de semana. E sempre que encontrava as meninas “Marry” e “Bárbara” dava um olhar de nojo para as garotinhas e estas sempre recebiam a careta com alegria. Na verdade a gêmea mais velha, a pequena Bárbara, adorava puxar a barra da capa dele apenas para vê-lo grunhir e puxar a capa de suas mãozinha. E sempre que Snape lhe mostrava uma cara brava ela dizia com a vozinha fina: - “Muiquegão”. A primeira vez que a garotinha o chamara deste jeito, Potter, o entojado-garoto-que-sobreviveu, soltou uma risada abafada. Na ocasião, Snape estava tão abobalhado com a pequena palavra de Barbara, que não conseguiu dizer nada para Potter, alem de: “Andou ensinando uma palavra nova à sua filha mal criada Potter?”.

Aparentemente, o maldito-garoto-que-sobreviveu, havia percebido que ele não ‘desprezava completamente’ suas filha, assumindo, uma postura alheia quando suas gêmeas corriam para ‘atazanar’ seu antigo professor.

- Severo, posso dizer que você não irá comparecer? – Perguntou McGonagall com um estranho brilho cintilante nos olhos.

Ao perceber a peculiar característica nos olhos da diretora, Snape disse impaciente:

- Ah, por favor mulher! Pare de me olhar assim! – Disse ele azedo, e continuou – Tudo bem, tudo bem, eu vou! – Disse o professor impacientemente, como se a Minerva tivesse passado o dia inteiro infernizando-o com o assunto.

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E ai? Que acharam?
Eu disse que eu tava empolgada com a fic!
Que vcs acharam do capítulo engraçado/fofinho?
E ai Barby? O que achou da filhinha mais velha (5 minutos!) do Harry?
Heuheueheuheuheu
Nham, eu escolhi esse nome pro capítulo por causa de um quadro naquele programa “Castelo Rá Tim Bum” , onde tinha dis fadinhas que moravam num lustre lembram. Ai sempre que ia começar o quadro delas o narrador dizia: “Enquanto isso no lustre do castelo”... Bom... sei lá...é referencia da minha infância.
Nham, e o discurso inicial da aula do Snape (estritamente a fala do discurso) é da JKR. Eu copiei e inventei os pensamentos dele com relação à turma nessa hora.

*****Próximo capítulo: Almoço na casa do ministro Bruxo! ( O senhor Arthur Weasley pow!)*****


Espero que tenham gostado...Passei a madruga escrevendo ¬¬’
Bjo pra todo mundo que me incentiva com os posts!

MMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM

Leiam também "Missão impossível?"
Fic SS/PO que segue a história da JKR
Link pra copiar e colar no navegador:
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19541

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