O da Chegada!



/ Lily: EGITO porque te quiero! /


Olhei bem para a foto, visualizei o beco e repeti comigo o dificílimo nome do lugar. Aparatar por fotos é uma das coisas mais perigosas que tem. Você pode visualizar de uma forma diferente e ir para um outro lugar.

É foda.

O problema-mor é que não saberei de fato se estou no Egito. Pode ser qualquer lugar no mundo inteiro!

É foda.

Segurei a alça de minha mala com TODAS as forças, respirei fundo e fechei os olhos.

Senti garras metálicas cercarem minha pança e me puxarem pro redemoinho. Dá licença? Preciso recitar:

EGITO EGITO EGITO EGITO EGITO EGITO EGITO EGITO EGITO EGIIIIIITO

Parei de ordar e as garras metálicas me soltaram. Uma brisa quente e seca bateu em meu rosto. Abri meus olhos e só vi o escuro.

Um escuro gélido e pacato. Silencioso se não fosse os ruídos que sei não vir de minha frente.

Virei-me lentamente e vi que um pouco mais longe nascia uma luz e que, com ela, podia-se ver o movimento.

O fundo da loja; atrás do muro; era exatamente um beco entre duas construções inacabadas. Ao término da parede pude ver a rua, e a loja no outro lado.

Segurei minha mala esticando sua alça, coloquei meus óculos escuros com bordas esverdeadas e atrvessei a rua em direção a loja.

Na vitrine tinha artefatos estranhos. Era uma vitrine MUITO estranha. Já perto da porta pude ver detalhes no seu interior. No balcão, ao fundo, havia um velho de olho embaçado e cheios de tiques, me olhando.

Uma loja trouxa MUITO estranha. Prefiro não entrar.

Virei-me para olhar a paisagem: As pessoas ali, realmente, andam embrulhadas. As mulheres, na maioria, andam com um véu sobre a cabeça, vestidos longos e feios. Tinham outras que seus véus eram tão fechados que só dava para ver seus olhos.

Por que andam assim?

Olhei para meu traje: uma calça preta justa, uma blusa prateada longa; aquelas que cai pelos ombros, um cinto preto em que sua “fivela” é enorme e prata, combinando com minha bota prata, de salto fino e cano curto.
Estava de óculos, bolsa preta, cabelos amarrados num rabo de cavalo e puxando uma mala vermelha de tamanho médio.

As mulheres que por mim passavam, me olhavam com cara estranha. Um homem passou por mim, parou e me olhou. Por um instante pensei que me confundir com um manequim, mas começou a gritar e a gesticular.

Gritava algo que eu não entendia. Ele fala o quê? Grego?

Aos poucos outras pessoas que passavam ali paravam e aglomeravam. Umas só me olhavam; outras afirmavam com a cabeça o que o homem a minha frente gritava.

O que está havendo?!

Tirei meus óculos e olhei para o homem:

--Desculpe-me. Eu não falo a sua língua!

O homem parou por um momento e vi que sua feição ficava cada vez mais...Enlouquecido.

Ele é doido?!

E começou a berrar novamente.

--Com licença. – olhei para trás e vi o homem velho de olho embaçado e ataques epilépticos dirigir-se a mim. –Me acompanhe por favor.

--Oh, espere. – disse, olhei para o homem que berrava para mim. – O que ele diz?

--Que você é uma mulher de vida.

Hã?

Vi de relance alguém chegar correndo e levantar a mão para o alto. Alguma coisa bateu em meu cabelo e senti algo gosmento escorregar.

ERA UM TOMATE!

Percebi então que tinha uma GAMBADA ao redor de mim. E lá vinham outros correndo com tomates na mão, e não era só um homem mais que gritava comigo.

--VENHA. –gritou o velho.

Senti mais um tomate me acertar. FILHO DA PUTA!

--Não! VENHA! – senti meu braço ser puxado com violência. Cai pra dentro
da loja, sentindo minha cabeça bater com força na parede.

O povo continuava a gritar. O velho tentava fechar a porta.

Meu Deus.


Terceiro Capitulo
O da Chegada!



/ Severus Snape: Marrocos /


Estávamos caminhando já havia cinco minutos. Em repleto silencio.

De todos os tempos que nos conhecemos, a primeira vez que a vejo acanhada. Andava com as mãos nos bolsos de seu casado marrom, de cabeça baixa e pensativa. Na rua, além dos ruídos dos carros trouxas e gente conversando, se ouvia o ruído de sua bota de salto alto. Que ela, que você pode ter certeza disso, adorava fazer.

--Então... –em fim, ela teve a iniciativa de puxar o assunto. –Vamos para África.

--E isso te anima?
Ela me olhou com seus rubis brilhantes, com suas sobrancelhas arqueadas.

--Não acho tão animador assim. – ela voltou a olhar a rua. Sabia que não adianta se convencer que esta viagem será como ir a esquina e comprar um pão. É a áfrica, com MILHARES de pessoas famintas, desabrigadas e analfabetas, teremos que nos isolar, e naquele mundo ir a busca Dele.

Ela parou a minha frente, segurando meu braço. Esperei com que ela falasse, mas parecia que ela escolhia as próprias palavras.

Olhei pra os lados em busca de alguém conhecido, já que a sede da ordem já estava próxima.

--Severus... –ela cochichou pegando a minha mão e me encarando.

--Lílian... Não precisa disso. –disse quando vi ela encaminhar minha mão para seu corpo. Ela me fitou surpresa. O vento jogava seus cabelos a seu rosto.

--Hoje pode ser a nossa ultima estada juntos. Eu realmente gostaria que você soubesse disso... Eu...

--Eu sei. Lílian. – tirei seu cabelo do rosto e a abracei fortemente. Senti seu corpo, seu cheiro. O seu abraço.


Senti o vento quente em meu rosto. Sai de meu devaneio e percebi que já havia caminhado bastante por Rabat.

A mulher vestida por sua burca passou por mim, me olhando curiosa. A rua estava vazia, se não julgar os periódicos grupos de pessoas que passavam por ali. Homens com a cabeça enfaixada. Mulheres cobertas inteiramente por panos. Parei junto a quina de uma estande de uma loja com vários lenços pendurados. Abri a pasta de Dumbledore e vi a foto de uma loja velha, com artefatos estranhos. Era ali o ponto de encontro.

Olhei em volta em busca da loja, e percebi que Gabrielle atravessava a rua e entrava em uma loja. Igual a fotografia.

Atravessei a rua e entrei na mesma loja.

O homem logo olhou para mim. Gabrielle olhou-me por cimas dos ombros.

--De qual Ordem? – perguntou o homem.

--Fenix. –Respondi. O homem sorriu e indicou a porta ao lado. – Sigam-me, por favor.

Ele abriu a porta revelando um salão oculto onde tinha mais 20 pessoas sentadas em cadeiras enfileiradas. Um homem em pé, a frente das cadeiras, nos olhou satisfeito. –São os últimos! Sentem-se.

Eu e Gabrielle sentamos nas duas cadeiras vazias logo perto da porta. O Homem da loja fechou o salão, trancando a porta.

--Muito Prazer. Chamo-me Samuel Cohen e serei o guia de vocês.


[2ª Parte]


--Ai que ódio.

--Se você ficar amassando, ele não vai para doer. – Como se amassa cotovelo? – Fique quieta, Lílian, para que eu consiga tirar o sangue!

--Que ódio.

--Nem no Egito você não consegue chamar atenção, não é?

--Eu não sabia que aqui tem essas frescuras! – Disse pegando meu cotovelo das mãos de Anne que tentava conter o sangue.

--Está escrito no dossiê que Dumbledore lhe entregou. – olhei para frente para olhar para o dono da voz. Vi um homem alto com cabelos pretos e olhos claros. Seus braços estavam escondidos em baixo de um camisão que se estendia até os pés. Como se fosse uma burca masculina. Parece ser MUITO bonito. – Eu sou Michael Moretti. O seu guia.

O meu guia.

--Prazer, James Potter. –James entrou na minha frente, junto com sirius e levou meu guia para longe.

--Se contenha, Lílian. – sussurrou Anne quando via pela ultima vez o meu cotovelo.

A olhei assustada. Meu cotovelo já se contentou em para se sangrar, e agora todos sentavam quando o Lindíssimo Michael subia a um certo palanquinho a frente. James sentou ao meu lado.

--Sejam bem-vindos, senhores e senhoras. Sou Michael Morreti e serei o guia. – todos prestavam a sua atenção. – Primeiramente tenho que lembrar que não estamos aqui para brincadeira e muito menos para passeio. Ninguém sabe ao certo onde se localiza Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado, porém temos a certeza de que está aqui, na África. Como bem sabem, somo duas equipes, onde uma começa a busca no extremo oeste, e outra, no estremo leste – como nosso caso. Iremos nos encontrar em duas vezes: Zaire e África do Sul. Isto é o previsto, a qualquer hora podemos parar em qualquer lugar. Por hora, ficaremos o resto do dia por aqui, no Egito. Logo de manha partiremos para o Sul e chegaremos a Sudão. Lá estará uma sociedade nos esperando. Volto a repetir, senhores, isto não é passeio. Estamos atrás das pistas e de algum sinal Daquele.
“Estamos instalados em casa comuns espalhadas pela cidade de Cairo. Usem roupas típicas e tentei desfarçar o máximo. O máximo de cuidado é pouco. Vocês estarão recebendo, logo na saída, mais uma pasta contendo o que você deve fazer na casa. Por motivo de precaução não iremos dar algo para comunicação instantânea, por isso sigas as regras a risca. Vocês estarão sozinhos. Em ultimo caso, aparate para este salão. Para este e somente este salão”.

Michael olhava dentro dos olhos de cada um com um tom de seriedade incrível.

--Por hoje é só. Peço que agora ao saírem não se apressem, fiquem alguns minutos na loja, e saiam aos poucos daqui de dentro. Não tentem chamar atenção, de forma alguma. Nos encontramos amanha, as sete, aqui.
Algumas pessoas levantaram e seguiram para a porta em busca de suas pastas. E assim, segui-os. Peguei minha pasta e sai para a loja.
O sol ainda brilhava ao céu e a tarde seca e quente ainda predominava.
Como pode ser tão diferente de onde eu vim?!

--Senhora. – me virei ao lado e percebi que o homem velho de loja me chamava, estendia-me um pano branco. – Peço que vista esta burca para que saia.

Peguei o pedaço de pano muito da contrariada e abri-o. Era longo, sem algo para que destingisse minhas curvas, mangas cumpridas e parecia que tinha um capuz também.

--Que roupa é essa?

--É uma burca. É a roupa típica daqui. E se a senhora não quer chamar a atenção, tem de vesti-la.

Olhei para o sol RACHANTE de fora e me dirigi para o banheiro mais próximo.



PRÓXIMO CAPÍTULO


Pássaros cantavam ao fundo, esquilos a acompanhavam em seu trajeto pelos troncos das arvores. Não muito longe, Lílian pode ver as arvores se abrindo para um vasto campo florido, o céu azul ensolarado com uma brisa aconchegante.

( ... )

O vento batia em meu rosto, o meu coração pulava, minhas pernas tremia. Era uma emoção cada vez maior a cada passo que dou em aproximação a maior maravilha do planeta. Era enorme. Era congeladora.

--Ela é... --tão congeladora, que perdi minha voz, juntamente com minha visão entrando num escuro. Estava frio agora. --CADÊ A MINHA ESFINGE?


(...)

Ele pegou minha mão e a beijou. O arrepio subiu de meus braços para meu pescoço. Ele percebeu. AAAAAAAAAI que vergonha.
--Olá, eu sou Sirius! Namorado de Anne. Tudo bem?
Corno. ¬¬




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