Capítulo 2



2) Capítulo 2


- Harry, você realmente enlouqueceu! – Hermione surgiu ao lado dele no hospital.

- Mione, é a sua única chance. Ninguém permitiria que ficássemos com seu corpo até surgir uma vaga para você no céu. Claro que nem cogitei a hipótese de contar isso a alguém. Porque aí sim, a senhora Weasley ia pensar que enlouqueci!

- Como pretende manter meu corpo aqui?

- Já, já você vai saber... – ele caminhava entre os corredores, com o corpo Hermione nos braços e o espírito ao seu lado. Quando encontrou o primeiro medibruxo, o chamou – Preciso de ajuda.

- S-senhor Potter? – o homem logo o reconheceu.

- Exato. Senhor, eu não vou pedir duas vezes... Preciso de sua ajuda.

- O que deseja? - o homem parecia nervoso.

- Preciso que interne a minha amiga. – ele disse.

- Mas essa não é a senhorita Granger? – Harry assentiu – Ela não morreu?

- Isso não importa. Eu preciso que a interne. Eu sei que há poções para conservar o corpo das pessoas, preciso que use essas poções na Mione.

- Senhor, eu não posso e...

- O senhor vai fazer isso. Eu não sei se lembra, mas há algumas horas Voldemort morreu justamente porque fez isso a Hermione. – ele o olhou seriamente. O medibruxo tremeu – Está realmente me negando ajuda?

- Não, senhor! Perdoe-me! É claro que o ajudarei. – o homem sorriu, forçadamente.

- Ótimo. Isso ficará apenas entre nós. Vai dizer que se enganaram e ela não estava morta. Manterá seu corpo em perfeito estado, em um quarto, como se estivesse viva, porém em situação crítica. Não permita que ninguém a veja, a não ser eu, é claro.

- Sim, senhor Potter. – Harry sorriu para Hermione.

- Até que é uma boa idéia! – ela comentou.

- Uma ótima idéia. – Harry consertou, mas ela deu de ombros.

- Como? – o medibruxo pensou que Harry estava falando com ele.

- Esqueça. Onde devo deixá-la?

- Por aqui, senhor. – eles caminharam pelos corredores, seguidos por olhares curiosos e desconfiados. O homem abriu uma porta, e após entrarem, indicou uma cama. Harry colocou o corpo de Hermione nela, e mirou o medibruxo ajeitar os aparelhos. Após proferir algumas palavras e balançar a varinha, os aparelhos começaram a funcionar.

- Tudo certo?

- Sim, a senhorita Granger receberá a poção que conservará seu corpo. – ele disse – Além disso, eu usei um feitiço para fingir batimentos cardíacos. Assim, quem entrar aqui pensará que ela está realmente viva.

- Perfeito! – Harry sorriu – Muito obrigado, senhor...?

- Gray. John Gray! – o medibruxo respondeu.

- Eu realmente agradeço sua cooperação, senhor Gray.

- É uma honra ajudá-lo. - Harry ficou ligeiramente corado – Senhor?

- Sim?

- Posso pedir algo em troca da ajuda? – o moreno ergueu a sobrancelha.

- Claro...

- Poderia me dar seu autógrafo? – Hermione começou a gargalhar ao lado de Harry, deixando-o ainda mais envergonhado – Eu ficaria maravilhado se tivesse seu autógrafo e meus filhos, então... Eles são seus fãs, senhor.

- Er... Tudo bem. – ele concordou. John estendeu um pedaço de pergaminho, o qual foi assinado por Harry.

- Muito obrigado.

- Eu que agradeço. Por favor, lembre-se... Ninguém deve saber da nossa conversa.

- Pode deixar! – ele balançou a cabeça. Juntos, deixaram o quarto.

- Agora preciso ir, até logo. – Harry se despediu, e desaparatou.

Quando apareceu em seu apartamento, Harry encontrou Ron e Gina. Poucos instantes depois, Hermione também apareceu ao lado do rapaz. A ruiva deu um pequeno sorriso para a amiga.

- Estão loucos conosco, Harry. – Ron contou.

- Não se preocupe, eu já ajeitei tudo!

- Como? – Gina quis saber.

- Ele deu um autógrafo ao medibruxo. – Hermione provocou, deixando o moreno vermelho.

- Hahaha. – ele revirou os olhos – Eu o convenci a dizer que a Mione está viva... Vai conservar o corpo dela com poções. Ele me garantiu que não deixaria ninguém saber a verdade.

- Então... É verdade o que o Ron contou? – Gina perguntou, mudando de assunto.

- Sim. – a morena disse, enquanto se sentava – Estou “presa” aqui, até ter uma vaga no céu.

- Você... Não se arrepende? – ela questionou. Harry olhou para Hermione, e se ela não fosse um espírito, provavelmente coraria.

- Não. Eu não tinha como imaginar que o feitiço não seria mortal para Harry... E entre aquele que iria derrotar Voldemort e a amiga CDF... A vida dele era mais importante.

- Nossa! – Gina sorriu, deixando-a ainda mais encabulada – Você realmente tem sorte, Harry... Quero dizer... Teria sorte.

- Como assim? – Harry ergueu a sobrancelha, confuso. Hermione balançou a cabeça freneticamente.

- Nada... Esquece. Será que eu posso falar em particular com a Mione? – eles concordaram, e as duas se afastaram um pouco – Você morreu sem contar a ele?

- Eu não tive tempo, Gina. – ela baixou a vista.

- Não acredito, Mione.

- Agora nem adianta mais... Para que contar isso a ele, se logo eu irei embora? – a ruiva revirou os olhos.

- Deveria ter contado bem antes. E pelo visto o Harry nem percebeu... Que cara tapado! – Gina bufou de raiva.

- Talvez ele tenha percebido, mas ele não corresponde... – as duas olharam para Harry, e ele deu um sorriso.

- Eu duvido! Aposto que não sabe de nada. – a ruiva suspirou – Ah, Mione... Eu não posso acreditar nisso.

- Está tudo bem, Gina. Acho que é até melhor. Assim, quando eu partir, ele não ficará tão triste.

- Se nada disso tivesse acontecido, e vocês ficassem juntos, o Harry seria mesmo um homem de sorte... – ela sorriu para a amiga – Porque eu nunca conheci alguém que o amasse mais que você.

- Eu vou sentir falta de vocês...

- Nós também. – a ruiva queria abraça a amiga, mas sabia que não poderia – Bem, eu... Eu acho que já vou.

- Não quer ficar para o jantar? – Hermione perguntou.

- Não, melhor ir ver como estão as coisas lá em casa.

- Está bem. – Gina voltou-se para os outros dois – Até mais. – então, desaparatou.

- Nossa... Essas últimas horas foram as mais loucas de toda a minha vida! – Ron comentou – Eu vou tomar um banho para jantarmos.

- OK. – Harry concordou. Quando se viu sozinho com Hermione, ele a olhou bem nos olhos.

- O que foi? – ela indagou, aproximando-se. Sentou ao lado dele.

- Mione... O que ia dizer antes de morrer? – a morena arregalou os olhos – Eu lembro que você queria me dizer algo.

- Eu? – fingiu-se de desentendida.

- Sim, você mesmo!

- Não lembro. – ela sorriu, nervosa.

- Não minta... Eu tenho certeza que sabe do que estou falando! – ele insistiu.

- Harry, esqueça... Não deveria ser importante!

- Não quero esquecer, quero saber o que é! – ele começou a se aproximar. Se Hermione não fosse apenas um espírito e tivesse certeza que não poderia tocá-lo, ficaria nervosa com a proximidade.

- Não seja bobo. Já disse que não deveria ser importante. – ele estava ainda mais perto. Seu coração dispararia se estivesse viva, e provavelmente estaria suando e corada.

- Para mim é importante.

- Por favor, Harry, esqueça isso. – ela pediu. O moreno ia insistir um pouco mais, porém desistiu. Por fim suspirou e deu um pequeno sorriso.

- Está bem!

************************

Não estava conseguindo dormir, por isso, levantou. Iria até a cozinha tomar uma água, mas parou na sala, quando seu olhar recaiu sobre Hermione. Ela estava de pé, em frente à porta de vidro que dava para a varanda do apartamento. Chovia forte naquela noite.

- Não consegue dormir? – ela sorriu, ainda olhando a chuva.

- Harry, eu não durmo.

- Ah, é mesmo. – ele suspirou – É que eu esqueço que você... Bem... Que você...

- Que eu estou morta. – Hermione completou por ele – Tudo bem. Até eu esqueci. Fui para meu quarto, deitei... Só depois me perguntei, “Por que estou fazendo isso?”. Isso é tão estranho...

- Não imagina o quanto. – Harry se aproximou – O pior é que... Eu preferia que ficasse assim para sempre; preferia que ficasse comigo, mesmo só como um espírito, a te ver partindo.

- Eu também preferia ficar. - ela o encarou, finalmente – Eu não precisaria ir para o céu para me sentir no paraíso, porque aqui... Com você, o Ron... Bem... Para mim, é perfeito, principalmente agora que Voldemort se foi. Aqui seria meu verdadeiro céu.

- Queria poder te tocar agora. – a morena sorriu – Acariciar seu rosto e depois te abraçar forte. Queria poder sentir sua respiração, eu queria...

- O quê?

- Nada. Eu queria que estivesse viva. – ele suspirou. Hermione voltou a mirar a chuva que ainda caia do lado de fora.

- Eu também. Deveria ir dormir...

- Estava sem sono.

- É tarde.

- Eu sei... Por acaso está me expulsando da sala? – ela sorriu.

- Claro que não, seu bobo.

- Ótimo. Eu quero ficar aqui com você. – Hermione o encarou.

- Você precisa dormir, Harry. Não precisa ficar acordado só para me fazer companhia.

- E se eu quiser?

- Não vai conseguir. – ele riu.

- Veremos! – ela balançou a cabeça negativamente, sorrindo. Eles ficaram conversando, até que Hermione sentou, porque percebeu que Harry estava quase caindo de sono.

Ele tentou resistir ao máximo, mas acabou adormecendo no sofá. A morena riu do amigo, e ficou alguns minutos apenas admirando-o. Ele poderia não saber, mas o amava bem mais que poderia imaginar. Passou a mão por seus cabelos, um velho hábito. Agora, contudo, seus dedos passavam através dele. Ela deu um sorriso triste ao vê-lo tremer de leve. A única reação que podia causar nele agora era calafrio.

Não mentiu para Gina; não se arrependia do que fez. Contudo, queria poder viver novamente, só para tocá-lo mais uma vez. Questionava-se como seria quando tivesse que partir. Se pudesse chorar, certamente alguma lágrima já teria escapado de seus olhos. Sentou na poltrona perto de Harry, e ficou a mirá-lo.

**********************

- Bom dia, dorminhoco. – ela cumprimentou ao vê-lo abrir os olhos.

- Droga! Eu dormi.

- Claro, Harry... O espírito sou eu, não você. – ele resmungou algo inaudível.

- Bom dia. – Ron apareceu – Ainda de pijamas, Harry? Vai se atrasar para o trabalho.

- Essa não... – Harry correu em direção ao banheiro para tomar banho. Os outros dois riram.

- Não muda nunca. – ela comentou.

- Vamos tomar café?

- Ron, eu não como.

- Ah... É mesmo. – ele corou – Desculpa, Mione.

- Tudo bem. – a morena sorriu – Mas posso te acompanhar até a cozinha. – Ron correspondeu o sorriso, e seguiram para a cozinha. Estavam conversando sobre algo qualquer, quando a campainha tocou. Eles se entreolharam; Hermione soltou um muxoxo ao imaginar que teria que repetir tudo que aconteceu, se não fosse a Gina.

- Deve ser a Gin... – ele foi interrompido pela voz da Sra. Weasley.

- Ron? Harry? Queridos, vocês estão em casa?

- O que fazemos?

- Abra a porta, claro. – Hermione falou.

- E você? Se ela puder te ver?

- Eu vou me esconder.

- Ronald? – Molly insistiu.

- Agora vá abrir a porta...

- OK! – Hermione desapareceu.

Os quartos não pareciam uma boa opção, visto que Molly poderia resolver entrar em algum deles, então, o único lugar seguro que conseguiu pensar foi o banheiro. O banheiro em que Harry estava. Surgiu perto da pia, podia ouvir a água caindo, e o corpo de Harry, através do box embaçado. Não conseguiu conter um sorriso travesso, ao observar o bumbum do rapaz. “E que bumbum!”, disse mentalmente. Ele desligou o chuveiro, e pareceu procurar algo.

- Droga, cadê o xampu? – ele perguntou para si mesmo. A moça olhou em volta, e encontrou o frasco sobre a pia.

- Aqui na pia. – Hermione respondeu.

- Ah sim, obrigad... – ele abriu o box para pegar o xampu, mas arregalou os olhos quando viu Hermione – AAAAAA!

- AAAAAAAA! – ela gritou também, assustada – Harry! Por que gritou?

- Por que está aqui? – Harry ainda não tinha percebido que estava completamente nu, e agora nada impedia que Hermione o visse. Ela não lembrou de responder, porque seu olhar ficou perdido no corpo do moreno. Quando percebeu como estava, ele corou violentamente e fechou o box – Hermione, sua pervertida! Desse jeito, não vai ter mesmo vaga para você no céu.

- Hahaha. Você fica aí se exibindo e a culpa é minha. – ela brincou, enquanto se abanava.

- Eu não estava me exibindo, eu... – ele abriu o box novamente, mas dessa vez, apenas colocou a cabeça para fora – O que está fazendo aqui?

- Harry? – ele ergueu a sobrancelha, confuso – Está bem, querido? Ouvi você gritar...

- Er... Sim, senhora Weasley. Apenas tomei um choque no chuveiro. – ele mentiu.

- Por isso estou aqui. – a morena murmurou baixinho.

- Passei apenas para saber se estavam bem... – a mulher disse.

- Obrigado, eu estou ótimo.

- Certo. Eu já vou. Bom dia para você, querido.

- Até logo. – Harry despediu-se.

- Ela ainda deve estar preocupada pelo que houve ontem. – Hermione comentou, cruzando os braços.

- É... – Harry ergueu a sobrancelha, e a encarou.

- O que foi?

- Vai continuar aqui?

- E por que não?

- Eu estou tomando banho. – ele disse.

- Eu percebi, Harry.

- Não lembro de você já ter permitido que eu te espionasse pelo box enquanto tomava banho.

- Ah, fale sério... Você não está achando que eu sou como uma de suas fãs que morreria para ver o grande Harry Potter nu, não é? Aliás, nem é tão grande assim, você parecia maior vestido. – ele corou e bufou de raiva – Portanto, eu continuei aqui não para te ver pelado novamente, mas para conversamos, porém como não quer conversar, eu vou embora.

Ela desapareceu, deixando Harry estático e sem ação. O moreno balançou a cabeça, e resolveu terminar de tomar banho. Quando saiu do box, mirou-se no espelho, ainda preocupado com as palavras da amiga.

- Será que preciso malhar um pouco? – ele olhou para o peitoral – Ou ela estava falando de outra coisa? - ele balançou a cabeça, negando-se a acreditar – Impossível!

*****************

Ron já tinha ido para o trabalho, e Hermione esperava Harry, sentada no sofá. Primeiro, ela lembrou do corpo dele; não iria admitir, claro, que era um corpo e tanto. Depois, riu sozinha lembrando da cara do moreno quando ela brincou antes de sair. Ouviu passos vindo em sua direção, e tentou permanecer séria.

- Podemos conversar agora, senhor Potter? – ela perguntou.

- Não, estou atrasado. – Harry não a olhou nos olhos, e caminhou para a porta.

- Ah, Harry... Não está bravo comigo, está?

- Não.

- Claro que está. – ela parou em frente à porta, impedindo-o de sair – Olha, me desculpe. Eu fui para o banheiro, porque achei que seria o único lugar no qual a Sra. Weasley não entraria, já que estava lá dentro. Não tinha intenção de lhe espionar.

- Tudo bem. – ele permanecia emburrado. “O que ela quis dizer com aquele comentário?”, perguntou-se, encarando a morena.

- O que foi?

- Nada... – resolveu esquecer aquele assunto.

- A raiva já passou? – ela perguntou com um sorriso travesso nos lábios.

- Talvez.

- Ótimo. Agora é melhor ir, ou vai se atrasar...

- Droga! – ele mirou o relógio – Preciso ir. – quando se aproximou para beijá-la na testa como sempre fazia, simplesmente atravessou seu corpo, e bateu a cabeça na porta. Soltou um gemido de dor, e levou a mão à testa.

- Você está bem? – Hermione riu.

- Sim, tudo OK. Tchau. – ele bateu a porta, e a moça se viu sozinha em casa.

Ela passou as duas primeiras horas tentando se manter ocupada, mas estava sendo difícil. Não conseguia se concentrar em nada, pois sempre seus pensamentos iam até Harry. Então, a morena decidiu fazer uma visita surpresa ao moreno.

Quando surgiu na sala de Harry, no Ministério, ele estava escrevendo alguma coisa, e não notou sua presença. Ela ficou vários minutos de pé, perto da porta, apenas o observando. Até que Harry se afastou dos pergaminhos, ao mesmo tempo em que passava as mãos nos cabelos. Só então seu olhar recaiu na figura de Hermione em sua frente.

- Mione? Algum problema? – perguntou, com o olhar preocupado.

- Não, problema algum. – ela sorriu, após aproximar-se, sentou sobre a mesa dele.

- E o que faz aqui?

- Estava entediada.

- Bom, eu adoraria diverti-la, mas eu preciso trabalhar.

- Poderia tirar uns dias de folga. – ela sugeriu.

- Não posso, Mione, e você sabe disso. Voldemort acabou de ser derrotado, e temos muito trabalho a fazer.

- Sua melhor amiga acabou de morrer e você pensa em trabalho? – ela cruzou os braços, magoada.

- Mione... – ele a encarou.

- Se eu não tivesse voltado, estaria trabalhando hoje? Eu pensei que sentiria mais a minha morte.

- Não seja boba. É claro que não viria trabalhar, é diferente. Você está aqui comigo ainda. – Harry falou.

- Até quando? Eu posso ir embora ainda hoje, Harry. – ele ia responder, mas pausou quando alguém bateu.

- Senhor Potter, eu posso entrar? – era sua secretária.

- Sim, Simone. – Hermione continuou emburrada. Olhou feio para a secretária de Harry que tinha acabado de interromper a conversar – O que houve?

- O senhor Darville pediu que lhe entregasse esses pergaminhos. – a moça caminhou até a mesa, e colocaria os pergaminhos sobre Hermione, se esta não levantasse rapidamente.

- Obrigado. – Harry sorriu. Hermione olhou para a secretária e percebeu como esta havia se “derretido” com o sorriso do moreno.

- Pode ir agora, sua loira falsa! – Hermione disse, irritada. Harry olhou feio para a amiga, como se a recriminasse – O que foi? Tenho certeza que esse loiro não é natural. E essa saia? Que dizer, “projeto de saia”. Como você permite que sua secretária use algo tão curto... Que vulgar!

- Precisa de mais alguma coisa, senhor? – perguntou, passando as mãos pelos cabelos, sensualmente. Hermione rolou os olhos.

- Que sem-vergonha! Como se joga assim para o chefe?

- Você vê maldade onde não há. – Harry disse olhando para Hermione.

- O que, senhor? – Simone olhou, confusa, para Harry.

- Nada. Eu agradeço os pergaminhos, pode ir agora.

- Sim. Ah... Senhor, meus pêsames. – ela se aproximou de Harry e colocou uma de suas mãos sobre a dele. Hermione bufou de raiva – Eu sinto muito pela senhorita Granger.

- Mentirosa. – a morena resmungou – Está é se aproveitando para tocar você, Harry.

- Mione! – Harry reclamou.

- Quer que eu a chame de Mione? – Simone sorriu.

- Não ouse! Mione é só para amigos! – Hermione alertou.

- Meus pêsames pela Mione, eu sei que eram grandes amigos...

- Harry, manda essa mulher ir embora agora!

- Er... Obrigado, Simone, mas a Mione ainda está viva, no St Mungus.

- Ah, é mesmo... Eu soube. Perdoe-me, senhor, mas havia esquecido.

- Tudo bem. Pode ir agora. – ela acenou e saiu.

- Que mulherzinha irritante!

- Ela não é irritante, é uma ótima secretária. – Harry comentou.

- Ah sim... Ótima... Ela e aquela saia minúscula. Francamente, Harry. – cruzou os braços.

- Você só está com ciúmes... – ele brincou.

- Ciúmes? Eu com ciúmes? Claro que não... – revirou os olhos – Eu não tenho ciúmes de você.

- Sei. – Harry riu – Você fica linda quando está irritada, sabia?

- Quer saber? Pode ficar aqui trabalhando e com sua secretária ridícula! – ela disse, antes de desaparecer. Harry suspirou, antes de chamar Simone de volta a sala.

- Sim, senhor Potter?

- Cancele todos os meus compromissos de hoje. Aliás... Todos os meus compromissos da semana.

- Vai viajar? – perguntou Simone.

- Apenas preciso de uns dias de folga. – ele respondeu.

- Certo. Pode deixar, senhor. – Harry sorriu e agradeceu, antes de deixar a sala.

N/A: =D Aeww... Mais um cap da fic, espero que vcs gostemm!! polxaaa... Fiquei mais que feliz quando li os comentários e soube que vcs realmente acharam a fic engraçada!! *olhinhos brilhando*. =D Bom... Agradeço a todos os comentários, e breve volto para postar a última partee!! =D Beijoss!! Pink_Potter : )

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