Capítulo 3



3) Capítulo 3

Harry aparatou no apartamento. Chamou Hermione, enquanto a procurava pela casa, mas ela não respondeu. Pensou que ela já tivesse partido, e que nunca mais a veria. Contudo, ao entrar no antigo quarto da morena, e vê-la sentada na cama, deu um pequeno sorriso de alívio.

- Por um momento pensei que nunca mais a veria novamente. – ele falou, mas Hermione não se moveu para encará-lo.

- Desculpe se te decepcionei. Se quiser vou para a casa da Gina.

- Não seja boba. Eu estou feliz por ainda ter você comigo. – Harry se aproximou, sentando-se ao lado dela – Tenho uma notícia para te dar.

- E o que seria?

- Eu tirei uns dias de férias. – contou sorrindo, porém Hermione não se animou.

- Que legal, mas não precisava fazer isso só porque eu te pedi.

- Eu não estou fazendo isso só porque pediu. – ela finalmente o olhou nos olhos – Estou fazendo isso porque quero. Acho que eu ainda não tinha “caído na real”, Mione. Ainda não tinha “caído a ficha”. Eu não terei mais a minha melhor amiga ao meu lado...

- Ah, Harry... – ela deu um sorriso triste. Encostou sua mão na face dele, embora soubesse que não poderia senti-lo. Ele, contudo, sentiu frio na região em que ela “acariciava”.

- Eu sinto muito, Mione. Se houvesse qualquer coisa nesse mundo que eu pudesse fazer, eu faria para te trazer de volta.

- Eu sei...

- Então... Para onde quer ir? – ele questionou.

- Para qualquer lugar, Harry.

Harry a levou até um parque da cidade, o qual fora recentemente inaugurado. Para as pessoas que passavam por eles era estranho, porque viam Harry conversando e rindo sozinho. O moreno, porém, não se importava. Ele sabia que não estava sozinho e isso era suficiente. Passaram quase que o dia todo ali, apesar de Hermione ter protestado por ele só ter comido bobagens. Depois do pôr-do-sol, eles voltaram para o apartamento.

******************************

Rolou na cama algumas vezes, tentando retomar o sono perdido. Parecia inútil conseguir dormir novamente. Mirou o relógio sobre o criado-mudo, eram três horas da manhã. Suspirou, e desistiu de tentar dormir. Fechou os olhos e um som melancólico chegou aos seus ouvidos. Já tinha percebido a música antes, mas só agora a ouvia nitidamente. Ela estava sentada em frente ao piano, o qual tocava sua canção preferida; para o moreno era uma melodia triste e deprimente, não sabia como ela gostava.

- Como isso é possível? – ele perguntou, se aproximando.

- Eu não sei. Sentei aqui, e após algum tempo começou a tocar sozinho. Estava com muita vontade de ouvir essa música.

- Ainda não consigo entender seu gosto musical. – ele disse, fazendo-a sorrir.

- Eu prefiro as minhas músicas a ouvir aquele barulho que você chama de música.

- Pelo menos elas são alegres.

- Eu gosto de músicas tristes. – Harry sentou ao seu lado, mas de costas para o piano.

- Você é maluca. – Hermione riu.

- Te acordei?

- Não. Mione... Se eu fizer uma pergunta, você promete que responde sinceramente? – ela o encarou, e o piano parou de tocar.

- Claro.

- Por que você foi até mim no Ministério?

- Porque não queria ficar sozinha. – respondeu como se fosse óbvio.

- Não é isso. Eu quero saber por que eu. Poderia ter ido até a sala do Ron; poderia ter passado a tarde com ele, mas não foi isso que você fez, você... Procurou a mim.

- Não consegue pensar em uma resposta? – Hermione questionou.

- Sim, eu consigo, mas eu gostaria de ouvi-la de você.

- Harry... – ela desviou o olhar.

- Não, não vai fugir de mim de novo. Por favor, você prometeu sinceridade.

- Não adianta mais.

- Mas eu preciso e quero saber, Mione.

- Porque eu amo você. – ele sorriu – Eu te amo há muito tempo, e sinto muito só te dizer agora, mas eu não pod...

- Eu também amo você. – a morena parou de falar.

- O quê?

- Eu também amo muito você. – Harry levantou e a encarou – Dança comigo?

- Não temos música e... – ele pegou a varinha, e encantou o piano, o qual começou a tocar exatamente a canção que Hermione tocava – Harry, nós não podemos nos tocar.

- E como isso nos impede de dançar? – ela sorriu.

Ficou de pé em frente a Harry, colocou suas mãos envolta do pescoço dele. O moreno envolveu a cintura dela, e os dois começaram a “dançar” lentamente. Se alguém que não pudesse ver Hermione aparecesse naquele momento, viria Harry dançando sozinho, abraçando o “nada”. Estar tão próximo à Hermione o deixava com frio, mas ele não se importava. Olhou bem nos olhos da morena e sorriu. O piano parou de tocar.

- Só falta o beijo. – Harry murmurou.

Hermione fechou os olhos e esperou. Ele aproximou lentamente seus lábios, e estes “tocaram” os da moça. Foi por apenas alguns segundos, porém mais que suficiente para ambos. Harry voltou a encará-la, e sorriu. Ela correspondeu ao sorriso, e então a mesma melodia começou a ser tocada novamente.

- Realmente gosta dessa música, não é? – ele brincou.

- Acho que agora é a nossa música.

- É uma música triste, Mione.

- Querendo ou não, Harry, nossa história é triste. – Hermione disse.

- Tem razão. – ele suspirou.

- Melhor ir dormir agora.

- Vem também...

- Harry, eu não durmo.

- Eu sei, mas... Pelo menos, fica lá no quarto comigo. – ele pediu, fazendo-a sorrir.

***************************

Mais de uma semana se passou, desde o dia em que ela retornou para a Terra como um espírito. Era noite, e estava no quarto de Harry. O moreno dormia ao seu lado na cama, embora a Hermione estivesse acordada, apenas mirando o teto. A noite era a parte do dia que menos gostava, sentia-se sozinha. Mirou a face de Harry por um momento antes de levantar. Aproximou-se da janela; estava uma linda noite, e apesar de não ter lua, as diversas estrelas que brilhavam incessantemente se encarregavam de embelezar o céu.

- Realmente é uma linda noite. – ela disse, surgindo ao lado de Hermione. A moça arregalou os olhos e abafou um grito com as mãos.

- Que susto, dona Morte.

- Perdoe-me. – a Morte riu.

- O-o que faz aqui? – Hermione perguntou.

- Tudo bem comigo sim, Hermione e também fico feliz em vê-la. – ela disse ironicamente.

- Ah, a senhora não esperava mesmo que eu ficasse feliz em vê-la, esperava?

- Você podia fingir, pelo menos. – a Morte revirou os olhos – Ainda mais com a notícia que trago.

- Já tem lugar no céu para mim?

- Sim. – a Morte sorriu, satisfeita.

- Ah... Que bom.

- Com essa empolgação quem nos escuta pensaria que estou te dizendo que vais para o inferno.

- É quase a mesma coisa... – Hermione olhou para Harry.

- Humanos... Quem os entende? – a Morte suspirou, frustrada – Você deveria era agradecer, principalmente depois da confusão que me arranjou.

- Eu realmente sinto muito.

- Eu sei... – ela olhou bem para Hermione – Por isso, eu... Eu vou lhe dar um presente.

- Um presente? – a morena ergueu a sobrancelha.

- Eu vou permitir que fique viva essa noite... – a Morte mirou Harry – Para... Despedir-se desse rapaz.

- V-viva? Em meu corpo? – a outra acenou com a cabeça – Eu vou poder senti-lo novamente?

- Sim, sim... Posso trazer seu corpo para cá, mas quando o sol nascer, ele voltará para o hospital em que se encontra e você irá para o céu. – a Morte concluiu. Ela então fechou os olhos e momentos depois o corpo de Hermione apareceu sobre a cama de Harry – Deite-se sobre o corpo.

A morena fez o que a Morte pediu, e deitou-se sobre o próprio corpo. Não foi uma sensação muito boa, mas Hermione não tinha por que reclamar. A “dona” Morte havia sido muito bondosa por ceder-lhe uma noite. As primeiras vezes que inspirou e expirou não foram muito agradáveis, mas aos poucos foi se acostumando a respirar novamente. Abriu os olhos e mal conseguia acreditar que estava viva, mesmo que por apenas algumas horas.

- Eu... Eu nem sei como agradecer. – Hermione, após levantar, aproximou-se e abraçou a outra.

- Ei, ei... Nada de sentimentalismos. Eu ainda estou muito brava pelo que a senhorita fez há alguns dias. – a Morte se afastou - É melhor eu ir agora... Aproveite a noite. – ela piscou para Hermione, que sentiu as bochechas corarem, e desapareceu.

A morena mirou o corpo de Harry dormindo sobre a cama. Era sua última noite ali. Respirou fundo, mas antes de acordá-lo, resolveu despedir-se de outra pessoa. Deixou o quarto, em silêncio, e seguiu para o quarto de Ron. Abriu a porta, e caminhou até a cama do ruivo. Sentou perto dele, e com uma das mãos acariciou seus cabelos. Sentiria falta dos seus amigos. Beijou-lhe a testa carinhosamente.

- Cuide-se, Ron. – ela sussurrou perto do ouvido dele. Então, puxou as cobertas e ajeitou sobre o amigo – Eu vou sentir saudades.

Hermione o olhou uma última vez, antes de sair. Voltou para o quarto de Harry, aproximou-se do moreno. Porém, o beijou nos lábios e não na testa. Riu ao vê-lo se mexer, mas ainda de olhos fechados. Sussurrou seu nome no ouvido dele, enquanto acariciava seus cabelos. Aos poucos, ele foi abrindo os olhos.

- Mione? Algum problema? – ele perguntou ainda sonolento, não percebera que a moça emanava calor. Ela não respondeu com palavras, apenas o beijou. Harry ficou em choque nos primeiros segundos, mas depois correspondeu ao beijo, abraçando-a – O que aconteceu? – ele perguntou quando se separaram.

- Harry, esta é minha última noite aqui.

- Última? – ele sentou na cama.

- Sim. E a dona Morte cedeu meu corpo para esta última noite na Terra.

- Então, está viva?

- Por algumas horas... – ela deu um sorriso triste.

- Mione, eu... – ela o silenciou, colocando o indicador sobre os lábios dele.

- Não diga nada agora. Esqueça o passado e o futuro, Harry. Aproveite apenas o presente comigo. – Hermione pediu.

- É claro. Eu faço o que quiser, meu amor. – o moreno a beijou, ao mesmo tempo em que girou os corpo, ficando agora sobre ela.

- O que eu quiser? – ele acenou positivamente – Cozinha para mim?

- C-cozinhar? – Harry ergueu a sobrancelha, confuso.

- Espíritos não comem, Harry... E eu simplesmente amo a sua comida. Não vai me negar uma última refeição, vai?

- Claro que não. – ele riu da morena, e a beijou no pescoço, antes de levantar – Eu vou te preparar o melhor jantar deste mundo.

Os dois seguiram para a cozinha, mas antes, Harry lançou um feitiço na porta do quarto de Ron, para que este não ouvisse os barulhos. O moreno pegou os ingredientes, e começou a preparar o jantar, mas como Hermione estava próximo e quase toda hora ele parava para beijá-la, demorou mais que o necessário para terminar. Ela o observava perto do fogão, já sentindo o cheiro maravilhoso do que ele preparava.

Quando o “jantar” ficou pronto, eles comeram na cozinha mesmo. Conversavam e riam de coisas banais, como se tentassem esquecer que aqueles momentos eram os últimos que teriam juntos. Terminado o jantar, seguiram juntos para a sala. Hermione o guiou até perto do piano, e ao entender o que ela queria, Harry enfeitiçou o instrumento e a “música deles” começou a tocar.

- Eu amo você, Harry. – ela sussurrou perto do ouvido dele, enquanto dançavam lentamente a música tocada. Harry a abraçou forte, e aproximou ainda mais os corpos.

- Eu também. – ele começou a distribuir beijos na curva do pescoço dela, provocando arrepios na morena.

Harry afastou-se um pouco, para beijá-la nos lábios. Ainda a beijando, ele inclinou-se um pouco para carregá-la. Caminhou até o quarto, com ela nos braços, colocando-a sobre a sua cama. Hermione sorriu ao encará-lo, e ao mesmo tempo corou de leve. Ele começou a beijá-la nos lábios, ao mesmo tempo em que suas mãos percorriam o corpo dela.

- Harry...

- Hum? – ele agora lhe beijava o pescoço.

- Preciso dizer uma coisa...

- O quê? – ele perguntou, sorrindo.

- Bem... É que... Er... – ela olhava para toda as direções, exceto para os olhos dele. Suas bochechas queimavam. Então, ele segurou levemente seu queixo, forçando-a a encará-lo.

- Pode falar, meu amor.

- Eu nunca estive com alguém antes. – ela contou.

- V-você é virgem? – ele ergueu as sobrancelhas, surpreso.

- Sim.

- Mas... Você e o Ron... Quando namoraram... Nunca...? – ela negou, balançando a cabeça.

- Isso é ruim?

- Não, claro que não. Sinceramente, o meu lado machista gostou de saber isso. – Harry sorriu – Eu prometo que vou ser bem carinhoso. E que vou te levar à loucura. – ele sussurrou perto do ouvido dela, fazendo-a sorrir – À propósito...

- Sim?

- O que quis dizer quando falou que... Que eu não era tão grande? – Hermione não entendeu.

- Do que está falando?

- Daquele dia que você me espionou no banheiro e...

- Eu não espionei! Eu estava me escondendo da Sra. Weasley! – ela protestou.

- Como eu estava dizendo... – ele a ignorou – Eu gostaria de saber o que quis dizer com aquele comentário.

- Harry, eu estava brincando.

- Então, realmente acha que é grande? – ele quis saber, apesar de estar tão encabulado quanto ela.

- O quê?

- Bem... Você sabe... Er... O Harry Júnior. – ela riria, se não tivesse com tanta vergonha. “Harry Júnior”? Então tinha nome?

- Para sua informação, eu não fiquei olhando o Harry Júnior. – falou pressionando os lábios para não rir.

- Mentira! Eu sei que você olhou. – o orgulho masculino dele negava-se aceitar aquela resposta. Hermione bufou de raiva. Como ele sabia que tinha olhado?

- Não olhei e pronto! Já disse que estava brincando, e me referia a seu peitoral!

- Eu fico feliz que tenha sido apenas brincadeira, mas eu tenho certeza que olhou o Harry Júnior! – disse, sentindo-se mais aliviado.

- Pára de ficar falando Harry Júnior! – ela disse parecendo irritada, quando na verdade estava cada vez mais nervosa, fazendo-o sorrir – Vamos mudar de assunto, OK?

- Mione?

- O quê?

- Eu te amo. – ela o encarou e sorriu, antes de puxá-lo pelo pescoço para um beijo...

[...]

Harry pensou ter ouvido seu nome, mas a voz estava muito distante e não conseguia identificá-la. Ainda de olhos fechados, ele buscou Hermione com uma das mãos para trazê-la para perto de si, mas não a encontrou. Abriu os olhos, e percebeu que estava sozinho. Já era dia. Fechou os olhos novamente, e abraçou o travesseiro ao lado. Ainda podia sentir o perfume dela nos lençóis. Sem nem perceber, as lágrimas começaram a escapar de seus olhos... Ela partiu.

***************************

- Está na hora de acordar, mocinha... – ela falou. Hermione reconheceu imediatamente aquela voz meio rouca.

- Eu já estou no céu? – perguntou ainda de olhos fechados.

- Claro que não.

- Como não? – Hermione abriu os olhos e ficou de pé. Estava no mesmo lugar em que encontrara a Morte pela primeira vez.

- Você está em lugar nenhum. – a morena revirou os olhos.

- E quando eu vou para o céu?

- Você não vai...

- Eu juro que dessa vez não fui eu! – Hermione disse.

- Você o quê?

- Sei lá... Apenas não fui eu. Juro que fiquei o tempo todo com o Harry. Deve ter sido outra pessoa que bagunçou seus planos.

- Ninguém bagunçou meus planos, senhorita. Não novamente. – a Morte disse – Você foi a única louca que fez isso.

- Então por que não tem vaga para mim no céu dessa vez?

- Eu não disse isso.

- A senhora disse que eu não ia para o céu.

- Exato. – a Morte sorriu.

- V-vai me mandar para o inferno? Por quê? – Hermine questionou chocada.

- Você não vai para o inferno... Você ressuscitou.

- O quê?

- Não lembra? Ontem, você ressuscitou.

- Sim, mas... A senhora disse que seria apenas por uma noite. – a morena falou – Disse que o céu tinha vaga para mim.

- Eu disse? Ah... Perdoe-me, estava brincando.

- Estava brincando? – Hermione parecia incrédula – A senhora estava BRINCANDO?

- Ei, mocinha... Acalme-se. Digamos que foi apenas uma vingança. – a Morte riu – Você não tem idéia do sufoco que passei por sua causa. Achei que merecia sofrer um pouco.

- Como a senhora é má.

- Hermione, eu sou a Morte... Eu não sou boa. – ela falou.

- Sim, mas... A senhora é legal. – a Morte rolou os olhos.

- Você poderia se decidir, não é? Ou sou má ou sou legal! – ela comentou sarcasticamente - Olha, vamos esquecer isso, está bem... O que importa é que eu consegui com o pessoal lá de cima uma segunda chance para você.

- Por quê? Por que fez isso?

- Porque eu errei. Eu não tinha cogitado a possibilidade de você se sacrificar, porque eu não levei em conta o que você sentia... E isso é um erro que eu não posso cometer. Afinal, vocês humanos são meio loucos... Eu deveria pensar em tudo. – ela explicou.

- Eu nem sei o que dizer...

- Não precisa dizer nada.

- Obrigada. – Hermione abraçou a outra. Dessa vez, contudo, a Morte não a afastou, apenas correspondeu o abraço.

- É melhor ir agora. Só a trouxe aqui para explicar-lhe tudo. Ah... Você não vai voltar para casa, mas sim para o hospital, está bem?

- Certo.

- Para ficar tudo certinho. – a morte piscou.

- Tudo bem. A senhora é muito organizada. – a Morte sorriu – Desculpe-me pela confusão que criei.

- Não se preocupe. Ah... Eu não quero vê-la tão cedo novamente, entendeu? – a moça sorriu. Dona Morte acenou e no instante seguinte Hermione desapareceu.

********************

- Senhor Gray? – uma mulher o chamou. O medibruxo estava na recepção.

- Algum problema?

- É a senhorita Granger. – o homem ergueu a sobrancelha.

- Quantas vezes eu já disse que não é para entrar lá e... – ele parou de falar, o formulário que estava em suas mãos caiu no chão.

- Eu não entrei lá. – a mulher disse – Ela que saiu.

- Santo Merlim! - ele caminhou até Hermione, ainda espantado por vê-la em pé. Aquela mulher havia morrido, tinha certeza – C-como? – deixou escapar ao parar em sua frente.

- Ah... Longa história, senhor Gray. – ela sorriu.

- Você me conhece?

- O senhor salvou minha alma! – Hermione disse.

- Salvei?

- Sim, e eu sou muito grata. Agora, eu preciso ir. – ele, entretanto, a impediu.

- Não pode ir assim... Precisa ficar em observação, precisa de exames...

- Não precisa se preocupar, senhor. Eu prometo que tão cedo eu não aparecerei por aqui. – Hermione piscou – Ou a dona Morte não me perdoaria novamente.

- Q-quem? – ela riu, antes de se afastar. O medibruxo ficou estático apenas a observando ir. Jamais entenderia o que aconteceu ali...

********************

Ele ainda estava adormecido quando Hermione aparatou no quarto de Harry. Deitou-se ao seu lado, e colocou a cabeça sobre o tórax do moreno. Com uma das mãos acariciou a face dele. Sentiu-o se mover sob seu corpo, e sorriu. Aos poucos, Harry começou a abrir os olhos. Ao encarar a face de Hermione, ele arregalou os olhos e gritou. Então, sem nem perceber, acabou jogando o corpo dela para o outro lado da cama, ao mesmo tempo em que deu um pulo e ficou de pé. Hermione acabou caindo no chão.

- Mi-mi-mione! – ele gaguejou ao vê-la levantar. A morena massageava o bumbum, e olhou feio para ele.

- Você tem um estranho jeito de demonstrar que está feliz ao me ver. – disse ironicamente.

- Mas... Como? – a raiva dela passou ao vê-lo tão próximo e lembrar que estava viva. – Mais cedo, eu acordei e... E você tinha ido.

- A dona Morte me concedeu uma segunda chance.

- Uma segunda chance? Então... Você está viva? – um sorriso bobo se formou nos lábios dele.

- Sim... Até o dia que ela quiser. E sinceramente, espero que demore muito... – o moreno correu até ela e a abraçou.

- Eu, eu... Pensei que nunca mais te tocaria novamente. Estou tão feliz. – ele sussurrou perto do ouvido dela.

- Eu também.

- Por Merlim... Ninguém vai acreditar...

- Vamos contar ao Ron? – ela perguntou.

- Claro, mas antes... – ele a beijou intensamente – Nós vamos fazer outra coisa...

- O quê, senhor Potter? – Harry a carregou e a jogou na cama.

- Aproveitar o presente. – Hermione sorriu enquanto sentia os lábios dele em seu pescoço.

FIM!

N/A: =D Bom... Finalmente, aqui o final da fic, e como eu havia prometido... Final felizz!! \o/ \o/ \o/ Espero que tenham curtido a fic... Eu amei escrevê-la, e apesar de meu senso de humor ainda não ser dos melhores, acho que teve umas ceninhas engraçadas, neh!? xD Agradeço a todos que leram, comentaram e votaram!! Beijoss!! Pink Potter : )


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