O resgate
Capítulo 12:O resgate
No dia seguinte o plano foi posto em prática. À tarde os bruxinhos com exceção de Pandora, acompanhados pelo Sr. e a Sra. Weasley, Tonks e Olho-Tonto-Moody, saíram da casa e se posicionaram para aparatar.
- Prontos? – perguntou o Sr. Weasley e com a confirmação de todos, continuou. – Então 1... 2... 3!
Harry se concentrou no lugar aonde queria ir, o castelo que vira em seu sonho. Quando abriu os olhos viu que estava em meio a algumas árvores, uma pequena floresta escura próxima a uma colina. Rony e Hermione apareceram ao seu lado logo em seguida.
- Estão inteiros? – perguntou Hermione.
-Acho que sim. – respondeu Rony apalpando-se para ver se faltava algo. – E você, Harry?
Não houve resposta.
- Harry? O que foi? – perguntou Hermione assustada enquanto o amigo olhava para todos os lados, procurando algo.
- Não estou vendo o castelo.Será que estamos no lugar errado? – falou Harry.
- Mas a Pandora avisou que não poderíamos aparatar muito perto do castelo, nem no vilarejo para não chamar atenção. – falou Rony.
- Exatamente! – falou uma voz atrás deles, era Pandora. – Estão todos aqui? Ei! Cadê a Gina?
- A mamãe não deixou ela aparatar sozinha. – respondeu Rony.
- Ela não deve ter gostado disso. – falou Pandora.
- Gina ficou vermelha de raiva, mas não disse nada ou poderiam desconfiar. – explicou Hermione. – Apesar de eu ainda achar que seria bem melhor se pedíssemos ajuda a Ordem.
- Eles pensariam que é uma emboscada, Hermione. – argumentou Pandora. – E não deixariam o Harry vir junto.
Hermione protestou, mas os outros não lhe deram atenção.
- Como chegaremos ao castelo? – perguntou Harry. – E onde ele está? Não dá pra ver daqui.
- Está no alto da colina, ao norte. – respondeu Pandora apontando para a parte mais escura da floresta. – Seguimos por ali e entramos no castelo por uma passagem secreta.
- E assim evitamos os lobisomens e dementadores, certo? – perguntou Hermione.
- Hum... Espero que sim. – falou Pandora. – Vamos?
Eles seguiram pelo caminho indicado por Pandora. Porém, a cada passo as árvores pareciam querer impedir a passagem da luz do sol.
- Tem certeza que esse caminho é seguro? – perguntou Harry.
- Claro que é. – respondeu Pandora. – Agora andem logo. Estamos quase chegando.
Em pouco tempo chegaram ao final da floresta. Mais à frente podia-se ver a colina e o castelo em ruínas.
- A partir daqui vocês seguem sem mim. – falou Pandora.
- Por quê? – falou Hermione.
- Ainda está claro lá fora. – explicou Pandora. – Mas não se preocupem. Eu digo como vocês podem entrar e sair sem serem vistos. Harry, você está com a capa de invisibilidade?
- Está aqui. – falou Harry pegando a capa.
- Ótimo. Tudo que têm a fazer é se cobrir e entrar no castelo. Estão vendo o canto esquerdo do muro? Prestem bastante atenção.
A princípio Harry não conseguiu ver nada além de um velho muro de pedra coberto pelo mato. Mas quando olhou fixamente no ponto indicado por Pandora percebeu algo diferente. Quando o vento batia nas folhas da trepadeira, elas pareciam entrar no muro, como se passassem por dentro das pedras.
- È ali que está a passagem de que falei. – disse Pandora. – E sobre o que encontrarão lá... Bom, com certeza não encontrarão lobisomens transformados, pois ainda é dia.
- E quanto aos dementadores? – perguntou Rony apreensivo.
- Esses não serão enganados pela capa, então espero que não encontre nenhum. Mas caso precisem de ajuda, me chamem. – continuou Pandora.
- E como você vai ouvir se está aqui fora? – perguntou Harry.
- Sabe assobiar? – perguntou a garota.
- Sei. – respondeu Harry sem entender.
- Então assobie que estarei lá. – respondeu pandora.
- Mas e... – começou Hermione.
- Poxa! Como vocês fazem perguntas! – interrompeu Pandora. – É melhor irem logo, estamos perdendo tempo com essa conversa.
- Tem razão. – falou Harry um tanto contrariado. – Vamos!
Então Harry, Rony e Hermione se encolheram e logo sumiram embaixo da capa. O difícil agora era andar sem tropeçarem uns nos outros, pois tinham crescido bastante. Mas depois de acertarem o passo logo chegaram à passagem no muro. Quando a atravessaram Harry sentiu como se estivesse atravessando uma cortina de água fria, o mesmo que sentiu quando esteve no St. Mungus.
Assustaram-se quando perceberam que já estavam dentro do castelo, que era um lugar friu e escuro, tanto as paredes como o chão eram feitos de pedra. Os três amigos encontravam-se no meio de um logo corredor. Seguiram em frente até encontrar um amplo salão, onde as únicas saídas eram o corredor de onde tinham acabado se sair, uma escada que levava ao andar de cima e uma outra que levava ao andar inferior.
- E agora, Harry? – sussurrou Hermione. – Para onde vamos?
- No meu sonho Voldemort ia para as masmorras, era lá que o Malfoy estava. – respondeu Harry tentando se lembrar de cada detalhe de seu sonho.
Eles desceram as escadas, mas mal tinham chegado ao andar inferior logo perceberam que o lugar era vigiado por comensais, provavelmente lobisomens à espera da lua cheia. Não estavam em grande grupo. Um deles dormia ao pé da escada e mais dois vigiavam a última porta ao final de um longo corredor de portas, enquanto conversavam.
- Por que temos que ficar de babá aqui vigiando esse pirralho? – resmungou o primeiro. – Isso é trabalho para os dementadores.
O outro deu de ombros e falou:
- Só estou esperando a lua cheia para sair daqui. Eu soube que o Lobo Greybeck está juntando um grupo para atacar trouxas e sangues-ruins na próxima lua cheia.
- Harry! Hoje é noite de lua cheia! – sussurrou Hermione apavorada. – Precisamos avisar à Ordem.
- Mas assim eles vão saber onde estivemos, Hermione. –falou Rony.
- Parem vocês dois! – falou Harry o mais baixo que pôde antes que Hermione dissesse mais alguma coisa. – Assim nos escutam.
- E como vamos tirar o Malfoy daí de dentro? – perguntou Rony.
- Precisamos distraí-los. – falou Hermione. – Mas como?
Enquanto pensavam ouviram um barulho, um uivo de lobo e logo depois alguém descendo as escadas de pedra. O comensal que cochilava ao pé da escada acordou e subiu. Houve outro barulho e uma discussão que mais pareciam rosnados de cães. O comensal voltou para chamar os outros dois.
- Temos espiões! – falou com um ar afetado. – Parece que o plano do Lorde das Trevas deu certo. – e subiu novamente.
Os outros o seguiram desabalados para o andar superior. Harry e seus amigos tiveram que se jogar contra uma parede para não serem pisoteados. E quando tiveram certeza de que estavam sozinhos saíram debaixo da capa.
- Espiões? – repetiu Rony. – Será que foi a Pandora?- Espero que sim. – falou Harry. – Se for o pessoal da Ordem será bem mais difícil explicar o que fazemos aqui.
Hermione lhe lançou um olhar reprovador, mas pareceu achar melhor aproveitar o tempo que tinham para completar o plano e deixar o sermão para depois. Caminhou em direção à última porta e olhou entre as barras de ferro que formavam uma pequena janela na parte de cima.
- Draco? – falou a bruxinha e acendeu a varinha.
- É ele mesmo que está aí? – perguntou Harry.
- Não dá para ver muito bem. – respondeu Hermione. – Mas tem alguém caído lá dentro.
- Alorromora! – testou Rony, mas nada aconteceu. – E agora?
- Melhor assim. – falou Hermione. – Se fosse mais fácil seria uma armadilha.
- É mas não temos muito tempo. – falou harry. – A Pandora ou quem quer que seja não vai segurar aqueles comensais para sempre.
- Certo! Eu preferia não ter que fazer barulho. – falou Hermione. – Mas se não abre por bem... – tomou distância, apontou a varinha para o cadeado e ordenou firmemente:
- Bombarda!
Houve uma pequena explosão, mas que fez um enorme barulho que ecoou pelas masmorras. A fumaça baixou e o cadeado caiu com estrépito no chão.
- Espero que ninguém tenha escutado isso lá em cima. – falou Rony apontando para o teto.
Com cautela Harry empurrou a porta, estava escuro e muito friu lá dentro. Os três acenderam as varinhas e viram que a cela era pequena, toda de pedra como o resto do castelo e havia correntes presas às paredes. No canto, caído como desmaiado estava Draco, pálido, ferido e com as vestes rasgadas.Não parecia nem de longe o garoto bonito, rico e minado que conheciam. Harry sentiu pena dele, em seu sonho o garoto estava tão assustado quanto no dia em que tentou matar Dumbledore.
- Parece que Voldemort não teve pena dele. – falou Rony.
- Voldemort gosta apenas de si mesmo. – falou Harry. – Mas por que ele não matou o Draco?
- Você não ouviu o que aquele comensal falou? – perguntou Hermione. – Ele disse “Parece que o plano do Lorde das Trevas deu certo!”.Voldemort deve estar usando o Malfoy como isca para pegar você, Harry! Por isso você teve aquele sonho.
- Mas então por que os comensais não ficaram aqui esperando para me pegar? – falou Harry.
- Acho que ele não contou que nós soubéssemos como entrar sem sermos vistos. – falou Hermione. – Pode parecer um erro tolo, mas ele pensa que agora você está sozinho e desprotegido.
- Mesmo assim é melhor irmos logo. – falou Harry desconfiado de que houvesse alguma armadilha que Hermione não tivesse percebido. – Rony, me ajuda a levantar o Malfoy.
- Não precisam carregá-lo. – falou Hermione. – Mobilicorpus.- Malfoy começou a flutuar.
- Assim não vamos caber todos embaixo da capa. – falou Rony.
- Não precisaremos da capa. – falou Hermione. – Todos os comensais estão lá fora. Vamos logo.
Assim refizeram o caminho de volta à passagem secreta, mas andaram depressa com medo de serem pegos de surpresa. Ao chegarem a floresta escura encontraram Pandora apoiada numa árvore, respirava com dificuldade e estava avermelhada como se tivesse corrido muito.
- Conseguiram? – perguntou a garota.
- Sim. – falou Harry. – Foi você que distraiu os comensais?
- Achei que vocês precisariam de uma ajudinha. – respondeu Pandora. – Então?É ele? – perguntou olhando para Malfoy que flutuava logo depois de Hermione.
- É sim. Não lembra dele? – perguntou Hermione.
- Lembro! – falou a outra assustada com a pergunta. – É que ele está bem diferente.
- Vamos logo! Antes que dêem pela falta do prisioneiro. – falou Harry.
E num piscar de olhos desaparataram.
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