O medalhão de Slytherin

Capítulo 10: O medalhão de Slytherin

Descobrir que Dumbledore estava vivo deu mais ânimo a Harry e seus amigos. E é claro que isso fez surgirem várias perguntas em suas cabeças, principalmente na de Hermione. Mas tinham um problema mais urgente a ser resolvido: descobrir como destruir a Horcrux que encontraram.
- Descobriram alguma coisa? – perguntou Pandora.
- Nada. – respondeu Hermione irritada. – Passamos a tarde inteira revirando livros, mas nada encontramos sobre Horcruxes.
- Você já traduziu aquele livro azul? – perguntou Gina.
- Sim. Mas não tem nada sobre Horcruxes lá, apenas alguns encantamentos e poções. – respondeu Hermione.
- O que você sugere? – perguntou Harry.
- Teremos que pedir ajuda à Ordem. – respondeu Hermione.
Os outros concordaram. À noite, falaram para o Sr. e a Sra. Weasley sobre a Horcrux e que precisavam de ajuda para destruí-la.
- Finalmente tiveram uma idéia sensata. – falou a Sra. Weasley em resposta ao pedido deles.
Então, no dia seguinte, alguns membros da Ordem da Fênix compareceram a sede. Quando Harry desceu para participar da reunião, viu que estavam lá Remo Lupin, Ninfadora Tonks, Olho-Tonto-Moody, o Sr. e a Sra. Weasley, os gêmeos e alguém que não gostou nem um pouco de ver, Severo Snape. Passou reto por seu ex-professor sem olhá-lo e sentou-se num sofá com Gina, Rony e Hermione. Estavam prontos para começar quando alguém desceu as escadas correndo e chegou ofegante à sala.
- Atrasada como sempre, Avincus. –falou Snape desdenhoso. – O tempo parece não passar para você.
- Como vai Ranhoso? Também é bom te ver. – falou Pandora com um sorriso falso e irônico.
Snape estreitou os olhos ameaçadoramente. Harry conhecia muito bem aquele olhar. Pandora apenas sentou-se de frente para Snape, encarando-o e ainda sorrindo.
- Sou fã dessa garota! – Fred comentou baixinho para Jorge.
Foi Lupin que chamou a atenção de todos, contou com Harry e seus amigos que tinham encontrado a Horcrux, e que precisavam descobrir como destruí-la. Ninguém falou por alguns segundos, e de repente Pandora quebrou o silêncio.
- As outras Horcruxes, como foram destruídas?
- O diário de Riddle eu destruí com a presa do basilisco. – falou Harry.
- E o anel de Servolo? – perguntou Pandora.
- Dumbledore disse que havia uma maldição no anel. Quando quebrou a maldição ele destruiu a Horcrux. – respondeu Harry.
- E esse medalhão, notou algo de estranho desde que o encontraram? – perguntou Moody.
- Não. – respondeu Harry, tirando a Horcrux do bolso.
- Por que não usamos o “Avada”? – perguntou Rony.
- Não se pode usar a maldição da morte em objetos, Rony. – falou Gina com um olhar de reprovação para o irmão.
- E se você usasse seu poder, Pandora? – perguntou Hermione. – Assim poderia ver alguma lembrança que nos ajudasse.
- Me parece uma idéia arriscada, Hermione. – falou Lupin.
- Seria como entrar na mente do Lord das Trevas. – completou Snape.
Pandora, apreensiva, olhou para o medalhão, e se virando para Harry, disse:
- Não será tão difícil se eu levar comigo alguém que já conheça o terreno.
-Ainda assim é arriscado. – falou Moody sério – Vocês estarão enfrentando a mente maligna de Voldemort.
- Eu não tinha pensado nisso. – falou Hermione com uma expressão frustrada no rosto.
- Mas foi uma ótima idéia, Mione. – falou Pandora. – Então, Harry? Vai me ajudar ou não?
- Não, Pandora. – falou firmemente a Sra Weasley. – É perigoso!
A garota continuou a olhar para Harry e estendeu-lhe a mão, ignorando completamente a Sra Weasley.O bruxinho levantou-se, respirou fundo e, sem dizer nada, tocou a mão da amiga, que rapidamente pegou o medalhão. Olhos prateados fixos nos seus foi a última coisa que viu antes de tudo escurecer.
Harry encontrava-se na penumbra de uma sala redonda, iluminada apenas por pequenos pontos de luz que flutuavam no teto.
- Que lugar é este? – perguntou Harry, porém sem esperar resposta.
- Não tenho certeza. – respondeu Pandora, assustando-o. – Mas acho que é uma outra dimensão, talvez dentro do medalhão. Ou pior: dentro da alma de Voldemort.
- Eu pensei que iríamos direto para a lembrança, como das outras vezes. O que fazemos aqui?
- É que das outras vezes eu sabia exatamente qual lembrança queria ver.
- E essas luzes aí em cima? O que são?
Pandora não respondeu. Apenas observou-as por uns instantes, depois pegou a varinha e murmurou um encantamento. Faíscas prateadas espalharam-se pelo teto, cada uma tocando um dos pontos de luz. Nesse mesmo instante, várias projeções se posicionaram ao redor da sala, como pequenas telas de cinema, cada uma mostrando diferentes cenas.
- São as lembranças guardadas no medalhão. – concluiu Pandora.
- Mas são muitas. Qual delas é a que queremos?
- E o que queremos exatamente?
Harry não respondeu. Realmente não sabia o que queriam. “Precisamos de alguma lembrança que nos ajude a destruir a Horcrux.” – pensou, mas não lhe ocorreu nada que pudesse ajudar. Então começou a observar atentamente cada uma das projeções nas paredes. Até que uma imagem lhe chamou a atenção, era a de uma bruxa que ele já havia visto antes na penseira de Dumbledore.
- Mérope!– falou Harry.
- O que? – falou Pandora sem entender.
- É a mãe do Tom.
- Voldemort?
- Sim.
- Poxa. Pensei que ele era filho de chocadeira.
Harry riu.
- Olha, Harry. Essa tal de Mérope está em todas as lembranças. – falou Pandora.
Harry olhou para cada uma das imagens ao seu redor, e em todas Mérope aparecia.Em algumas estava um pouco diferente de como a vira na penseira de Dumbledore, mas era ela, sim.
- Mas por que todas as lembranças estão relacionadas à ela? – perguntou Pandora.
- Porque o medalhão lhe pertencia.
- Você acha que alguma dessas lembranças vai nos ajudar?
- Hum... ainda não tenho certeza,mas acho que todas vão ajudar.
- Explique-se melhor.
- Vamos voltar.Ainda não tenho uma idéia totalmente formada.
- Certo. Dê-me sua mão.
Então, do mesmo modo que chegaram àquela sala, eles saíram. Num piscar de olhos estavam de volta ao Largo Grimmauld, onde todos os observavam curiosos.
- Então, o que viram? – perguntou Fred.
Harry descreveu tudo o que acabara de acontecer e concluiu:
- Ver Mérope me deu uma idéia. Cada Horcrux tem um significado para Voldemort. O diário de mostrava uma ligação com Slytherin, e por isso a parte da alma que estava lá libertou o basilisco.
- Entendi sua idéia, Harry. – falou Hermione. – E nessa mesma linha de pensamento podemos concluir que o anel de Servolo comprova a repulsa de Voldemort por trouxas e bruxos mestiços.
- Então foi por isso que o anel era amaldiçoado. – falou Gina.
- Exatamente! – falou Harry.
- E podemos concluir que o medalhão mostra a ligação de Voldemort com a mãe. – falou Lupin. – Faz sentido.
- Mas como isso pode nos ajudar? – perguntou Jorge.
- É isso que ainda não sei. – falou Harry.
- Sua dedução ajudou muito, garoto. – falou Moody. – Significa que para quebrar a ligação temos que destruir o medalhão e libertar as lembranças.
- Mas como? – perguntou Hermione. – O medalhão é protegido pela magia das trevas.
- Podíamos usar a magia da Libertação. – sugeriu Pandora.
- Isso é magia antiga. – falou Hermione. – Poucos bruxos conseguem realizá-la.
- E você é um desses poucos bruxos. – falou Pandora.
- Bom, eu já li sobre esse ritual, mas... – gaguejou Hermione.
- Não, Pandora. – falou a Sra Weasley. – Vocês não deveriam mexer com coisas que não conhecem. – e olhou para os outros pedindo apoio.
- Ora, Molly. Hermione é uma bruxa muito inteligente. – falou Lupin. – Mas não se preocupe, nós a ajudaremos. – acrescentou ao ver o olhar de reprovação da Sra Weasley.
- Então, Hermione. Você manda. – falou Pandora, encorajando-a. – O que faremos?
Hermione hesitou, mas com o incentivo dos amigos, principalmente o de Rony. Falou decidida:
- Certo. Primeiro preciso do livro “Rituais da Antiga Magia Branca”, pois há alguns detalhes desse ritual que não me lembro.
- Eu vou buscar. – falou Tonks e desaparatou. Lupin a seguiu.
Voltaram pouco depois com um livro grosso de capa escura e entregaram-no a bruxinha. Hermione revirou algumas páginas, até que achou o que procurava.
- Aqui está. – falou ela. – O Ritual da Libertação é um pouco complicado. Será necessária uma poção, que é essa aqui.- apontou para uma das páginas do livro.
- Será que poderia fazê-la, Severo? – falou Lupin.
Snape analisou as explicações do livro por um momento e disse secamente:
- Precisarei de um dia inteiro para preparar esta poção. Amanhã estará pronta. – e se retirou.
- Ótimo. – falou a Sra Weasley. – Então resolveremos tudo amanhã.
Harry e seus amigos desanimaram um pouco.
- Eu tinha me esquecido de como esse ritual é complicado. – falou Hermione.

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