O livro azul



Capítulo 8: O livro azul

- Pandora, onde você estava? – perguntou Gina.
- Visitando um velho amigo. – respondeu sorrindo. – Ah! Harry, me pediram para te entregar isto. – completou entregando a Harry um envelope.
- Obrigado, mas precisamos falar com você. – respondeu.
- Agora não. – interrompeu a Sra. Weasley – Você está ensopada, querida, vá se trocar antes que pegue um resfriado.
Pouco depois, quando Pandora saía de seu quarto...
- Vem comigo. – falou Harry puxando-o pelo braço.
Seguiram para a sala do primeiro andar que estava vazia, exceto por Rony, Gina e Hermione, que os esperavam.
- Então, o que querem falar comigo? – perguntou Pandora.
- Precisamos da sua ajuda. – falou Hermione.
- O que disse?
- Não me faça repetir.
Pandora riu.
- Como pode estar tão feliz? – falou Gina – Está caindo a maior chuva lá fora.
- O que posso dizer? Adoro noites chuvosas. – brincou Pandora – Agora vamos direto ao assunto.
- Precisamos que toque nesse medalhão e diga se vê alguma lembrança. – falou Hermione indicando o objeto nas mãos de Harry.
- Primeiro preciso saber o que querem que eu veja exatamente, e o porquê. – falou Pandora séria.
Então harry lhe explicou tudo, desde o dia em que foi com Dumbledore procurar a Horcrux até a manhã daquele dia, quando com a ajuda de Gina, descobriram a identidade de R..A.B.
- Temos que descobrir aonde Régulo escondeu a Horcrux ou se teve tempo de destruí-la. – falou Hermione.
Pandora então se concentrou e pegou o medalhão. Passaram-se alguns segundos e nada aconteceu.
- A lembrança que querem não está aqui. – falou ela, devolvendo o objeto a Harry.
- Mas você disse que... – começou Gina.
- Eu disse que as lembranças ficam em objetos que as presenciaram. – interrompeu Pandora. – Provavelmente Régulo não estava com esse medalhão falso quando destruiu ou escondeu o verdadeiro.
- Então precisamos de algo que estivesse com ele o tempo todo, para não ter erro. – falou Rony.
- Não necessariamente uma coisa, Rony. – falou Hermione, pensativa. – Essa casa é um lugar perfeito para se esconder algo valioso. Estava cheia de feitiços de proteção, antes mesmo de ser a sede da Ordem da Fênix.
-Você pensa rápido, Mione. – falou Pandora – Não é a toa que dizem que é a bruxa mais inteligente da sua idade.
- Obrigada. – agradeceu Hermione. – Mas não pense que vai me fazer desistir de descobrir seus segredos só porque está me elogiando.
- Tenho certeza de que não vai desistir. – falou Pandora rindo – Agora, se me dão licença, vou comer algo. Estou morrendo de fome.
- Ei! Não vai procurar a lembrança? – perguntou Rony.
- Você já viu o tamanho dessa casa? – falou Pandora – Procurar lembranças não é tão fácil quanto parece. Preciso recuperar minhas forças.Vocês não fazem idéia de quantas vezes tive que usar meus poderes nos últimos dias. – e saiu em direção a cozinha.
- E agora, o que faremos? – perguntou Rony.
- Não sei vocês, mas eu vou dormir. – falou Hermione bocejando.
- Mas e a Horcrux? – perguntou Harry.
- Não podemos achá-la sem a Pandora. – falou Gina – Concordo com a Mione, vamos dormir e amanhã procuramos.
Todos foram para seus quartos. Rony e Harry ficaram conversando por um tempo sobre os possíveis lugares onde Régulo teria escondido o medalhão de Slytherin, até que Rony começou a roncar. Então Harry viu o envelope que Pandora lhe entregara.
- Lumus. – falou abrindo o envelope.
Mas antes que pudesse ler, ouviu um barulho no andar de baixo e foi ver o que era. Ao chegar numa sala com estantes cheias de livros velhos, viu Pandora xingando o vento, enquanto massageava a cabeça.
- Diabo de estante velha! – ela falava.
- Pensei que gostasse de ler. – falou Harry rindo.
- Pode rir. Não foi você que foi soterrado por livros cheios de
traças.
- Tá fazendo o quê?
Procurando a lembrança que vocês pediram.
- A essa hora? Pensei que estivesse cansada.
- É que me sinto melhor para fazer as coisas à noite. E você, por que não está dormindo?
- Fiquei sem sono.
- Curiosidade mata, sabia?
- Quem disse que estou curioso?
Pandora sorriu e continuou a olhá-lo.
“Ela é tão bonita.” – pensou Harry – “Parece me enfeitiçar com os olhos.”
- Harry! – falou Pandora em seu ouvido, fazendo-o ficar desconcertado.
- Que foi?!
- Pára de me olhar desse jeito.
- Que jeito?
- Esquece. – ela falou rindo. E então? Vai ficar aí parado com cara de bobo ou vai me ajudar?
- Ajudar como? Não tenho o mesmo poder que você. Ou pelo menos acho que não.
- Claro que não tem.
- Como pode ter tanta certeza?
- Não importa. Mas quero sua ajuda para colocar esses livros de volta na estante.
Começaram a juntar os livros, e usando magia colocaram-nos nas prateleiras. Ao acabarem, Pandora olhou intrigada para um livro em especial. Tinha a capa azul escura com símbolos e palavras douradas escritas em alto relevo. Ela o pegou, e no mesmo instante seus olhos mudaram de cor.Harry apressou-se em tocar o braço da amiga. Ao fazê-lo,viu um homem
alto, de cabelos pretos e olhos azuis, lembrava muito seu padrinho, irmão de Sirius.Estava num aposento escuro.Em uma das mãos,segurava a varinha e na outra,um medalhão. Olhava para o mesmo livro que Pandora segurava agora, e leu um encantamento, que
Harry não pôde ouvir. Da ponta da varinha,saiu um fio dourado que formou um círculo em volta do medalhão. O círculo foi se tornando cada vez maior, até formar uma espécie de barreira protetora em volta do quarto. Régulo colocou a Horcrux dentro do livro e o fechou.
Harry abriu os olhos e soltou Pandora,com medo que ela o empurrasse como da outra vez.
- Relaxa, Harry. – falou Pandora – Da última vez eu só te empurrei porque não esperava te ver agarrado em mim quando voltei do transe.
- Queria entender como consigo ver essas coisas quando toco em você.
- Essa explicação vai ter que esperar, porque temos que descobrir como tirar o medalhão daí de dentro.
Harry abriu o livro, mas dentro não havia nada além de folhas em branco.

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