R.A.B.
Capítulo 7: R. A .B.
Harry estava pensativo. Algo o incomodava. Os acontecimentos dos últimos dias o fizeram esquecer que tinha uma pista para encontrar uma das Horcruxes: o medalhão de Slytherin.
Alguns meses atrás, Harry fora com Dumbledore à procura desse artefato, mas ao final de tudo descobrira que era falso, que o verdadeiro medalhão havia sido escondido por alguém com as iniciais R.A.B.
- Harry? – falou Gina, acordando-o de seus pensamentos – O que houve? Parece que não estava ouvindo nada do que eu disse.
- Não é nada, Gina. – mentiu.
- Harry Tiago Potter, não minta pra mim!Você sabe muito bem que se não me contar eu descobrirei tudo sozinha.
- Eu...
Mas antes que Harry pudesse pensar em qualquer coisa, algo escorregou de suas mãos.
- O que é isso? – Gina pegou o falso medalhão.
- É...
Ela o fuzilou com os olhos.
- Estou esperando.
- Certo, você venceu.
- Ótimo! Agora fala!
- Essa deveria ser a Horcrux que fui procurar com Dumbledore há alguns meses, lembra?
- Sei.
-Bom, a Horcrux que procurávamos era o medalhão de Slytherin, só que alguém o encontrou antes e colocou esse falso no lugar.
- Como você sabe?
- Abra.
Gina obedeceu. Quando abriu o objeto, um fragmento de pergaminho caiu em suas mãos. Ela o abriu e leu:
Ao Lorde das Trevas
Sei que há muito estarei morto quando ler isto, mas quero que saiba que fui eu quem descobriu o seu segredo. Roubei a Horcrux verdadeira e pretendo destruí-la assim que puder. Enfrento a morte na esperança de que, quando você encontrar um adversário à altura, terá se tornado outra vez mortal.
R.A.B.
Nesse momento, Rony e Hermione entraram na sala. A garota segurava um livro, que lia atentamente.
- Você contou pra ela? – perguntou Rony, parando de repente e assustando Hermione.
- Não tive escolha. – respondeu Harry – Gina me pegou de surpresa.
- Eu disse, Rony. – falou Hermione – Sua irmã sempre consegue o que quer.
- R.A.B... R.A.B... – repetia Gina ignorando os amigos – Onde já vi essas iniciais?
Passaram-se alguns segundos, até que os olhos de Gina e Hermione se encontraram.
- Mione, o tapete! – exclamou Gina.
- É claro! – falou Hermione abismada – Como não pensei nisso antes? – e soltou o livro que segurava.
Um gesto que Harry pensava que jamais veria a amiga fazer.
Então, sem dizer mais nada, as duas seguiram para a sala de visitas no primeiro andar, que era um aposento comprido de teto alto, com paredes verde-oliva. Quando viu aquela sala, Harry lembrou-se da última vez que esteve lá com Sirius. Seu estômago pareceu afundar, pois sentia muita falta do padrinho.
Na última parede do aposento estava uma tapeçaria velha e desbotada, mas ainda mostrava a árvore genealógica da família Black.
- Aí está ela. – falou Hermione – Exatamente onde estava há dois anos.
- E foi ali embaixo que vi o nome. – falou Gina apontando para os últimos nomes. – Régulo Aractus Black.
- É o irmão do Sirius. – falou Harry – Ele me disse que Régulo foi um Comensal da Morte, mas se assustou com o que o mandavam fazer, então desistiu.
- Mas ninguém pode simplesmente desistir de ser Comensal, pode? – falou Rony um tanto incerto.
- Claro que não. – falou Hermione.
- Foi o que Sirius me disse. – continuou Harry. – E foi por isso que Régulo foi morto a mando de Voldemort. O Lorde das Trevas não se preocuparia em matar alguém tão sem importância.
- Mas ele pegou o medalhão. – falou Rony – Voldemort descobriu e então matou ele.
- Não acho que ele tenha sido descoberto. – argumentou Hermione.
- É, já que o medalhão falso e o bilhete ainda estavam na caverna. – completou Harry.
- Então Régulo Aractus Black é o R.A.B. que procurávamos. – concluiu Gina.
Os outros concordaram.
- Agora só nos resta descobrir onde ele escondeu o verdadeiro medalhão. – falou Harry.
- Acho que sei como. – falou Hermione – Mas precisamos da ajuda da Pandora.
Todos a olharam incrédulos.
- Mione, pensei que você não confiava nela. – falou Rony.
-Ainda tenho minhas dúvidas. Mas ela quis nos ajudar quando falou daquela lembrança. E agora pode nos ajudar de novo. – explicou Hermione.
- Mas já faz dias desde a última vez que a vimos. – falou Harry.
- Talvez o pessoal da Ordem saiba onde ela está. – falou Gina – À noite quando algum deles estiver aqui nós perguntamos.
E foi assim que ficou acertado. À noite, depois do jantar, quando todos estavam na sala conversando, inclusive Lupin, Tonks e os gêmeos Weasley, Harry perguntou:
- Por acaso vocês sabem onde a Pandora está? Já faz uns dias que não a vemos.
- E por que você está tão curioso? – perguntou Fred.
- Por acaso não está pensando em trair nossa irmãzinha, está, Harry? – perguntou Jorge, muito desconfiado.
- Não é nada disso. – Harry apressou-se em responder.
- Bom, de qualquer maneira não sabemos onde ela está. – falou Fred.
- E vocês sabem alguma coisa? – perguntou Gina a Lupin e Tonks.
- Pandora está numa missão da Ordem. – respondeu Lupin – Mas não se preocupe com sua amiga, ela não está sozinha.
Nesse instante a campainha tocou, a Sra. Weasley foi atender. Pandora entrou. Estava ensopada, pois chovia muito lá fora, mas ainda assim tinha um sorriso no rosto.
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