Um Feliz Aniversário



O dia já estava inteiramente claro, e com um sol que dava gosto de olhar. Harry se levantara um pouco mais animado, devido à visita de Rony na noite anterior, resolveu decidido que este ano ele iria comemorar o aniversário de maneira diferente, não queria ficar encalhado na casa dos Durleys aturando as provocações lançadas gratuitamente para ele, Harry ia fazer algo que tinha certeza que o deixaria mais feliz do que milhares de presentes, resolveu por fim, que iria visitar o túmulo dos pais. Foi então tomar um banho caprichado, e se vestir de uma maneira especial, afinal era o primeiro passeio que ele daria sozinho em Londres e a ocasião merecia.
Voltando com uma toalha molhada em volta do pescoço, Harry observou que Edwiges estava animada pela visita de Pitichinho, que piava alegremente em volta do quarto, concluindo que aquilo pendurado na perna da coruja só poderia ser os presentes de seus amigos, ele adiantou-se para desprendê-los. Ganhara de Rony uma revista ilustrada com uma capa muito interessante, que apresentava vários acontecimentos e catástrofes em ordem desalinhada, intitulada em “Os mais importantes acontecimentos dos últimos cem anos”, Hermione mandara uma pena muito bonita, que não precisava da utilização de tinta. Um pouco mais tarde, quando já havia guardado os presentes e agora estava lutando com o pente, que insistia em não abaixar os cabelos despenteados, ele deu-se por vencido, e jogou sem cerimônia o inútil objeto, desalinhando ainda mais o cabelo com a mão, - lembrando-se de uma cena que ele já tinha visto do pai anteriormente, na penseira mágica de Dumbledore, - sorriu para ele mesmo.
Ouviu então de repente a campainha soar, e se intrigara com quem poderia ser á uma hora daquelas. Não dando importância ao fato, Harry pegou um mapa que tinha guardado na estação de Londres, onde mostrava todas as estações, ele concluiu que teria que embarcar numa estação que lhe parecia muito distante, para chegar próximo ao vilarejo de Godric’s Hollow. Foi quando, mais uma vez teve o desprazer de ouvir a demonstração de grito esperneante que sua tia dava no final da escada.
- Haaaarrrryyyy...- esse parecia ter sido o vencedor de todos, pensou o rapaz.
Deixando seus pés o levarem até as escadas, Harry ainda estava triando mentalmente um caminho que o levasse até a estação, foi quando despertou já nos últimos quatro degraus; ergueu a cabeça e tomou um susto que fez seu estômago mergulhar até o chão.
Gina se encontrava parada em pé, á um canto da sala, com seus olhos inteiramente castanhos, sorrindo para ele.
- Harry, essa garota diz que conhece você e veio visitá-lo! – disse uma tia Petúnia chocada, com o fato do sobrinho receber uma visita.
- Hã...Hã... É eu a conheço – disse gaguejando – oi Gina?
- Oi Harry, desculpa não ter te avisado, algum problema?
- Tia Petúnia me dá licença por gentileza, eu preciso falar com minha amiga á sós – e saiu agarrando o cotovelo da menina para a porta de saída.
- Gina...Você pode me dizer o que você está fazendo aqui?
- Feliz aniversário Harry, e muito obrigada por me receber de maneira tão calorosa. – disse ela embravecida.
- Gina eu to feliz, é sério, mas como você me chega até aqui, sozinha, e pelo que me parece você não veio através de meios mágicos...E, além disso – hesitou um pouco por medo da resposta que receberia – seus pais sabem que você está aqui?
- Bom minha mãe talvez não – murmurou a garota ao ver a cara de Harry – mas foi meu pai que me permitiu que viesse, eu pedi para ele, e me trouxe até a estação de Londres, então me ensinou o caminho que o guarda explicou para ele.
- Há ótimo...Então quer dizer que o Senhor Weasley resolveu aceitar os caprichos da filha caçula dele – respondeu com uma certa ironia não prevista.
- Olha aqui Harry, meu pai confia em mim, e sabe que eu jamais pediria isso se não fosse importante, e, aliás, pensei em passar o dia com você hoje, comemorando o seu aniversário, mas já percebi que você não pensa da mesma maneira, então não seja por isso, vou embora agora mesmo. – com a voz bem mais alterada e com as duas mãos na cintura, Harry tinha certeza que o gênio da menina, só podia ser herança da sra. Weasley.
Harry não sabia o que pensar, na verdade ele não sabia o que sentia, estava tão feliz pelo fato de Gina está ali parada na frente dele, que ele seria capaz de soltar fogos de artifício através da fera que rugia alto e feliz em seu peito. Porém, ele sabia muito bem o que havia pedido para a garota no final do ano letivo em Hogwarts, ele sabia que se continuasse o namoro com ela, poderia pôr em risco a vida da ruivinha, que certamente se tornaria alvo certeiro do seu principal inimigo. Varrendo essas preocupações sérias que o tornava mais infeliz, ele se deixou guiar pelo animal que pedia raivosamente que ele se aproximasse da moça.
- Gina eu to muito feliz com a sua presença - e agarrando a garota pela cintura, levantou de modo que seus olhos ficassem por igual, e lhe lançou um beijo suave nos lábios que ele mais amava na vida. – só que você me entende, quando eu digo que é muito arriscado continuar comigo não é?
- Harry que tal entrarmos e você me apresentar a sua tia - disse ela, mudando rapidamente de assunto.
Ali estava uma situação que Harry jamais esperaria, iria apresentar sua namorada á tia. Guiando um pouco nervoso demais a garota, ele disse com a voz um pouco rouca para Petúnia, que parecia ter ouvido toda a conversa através deles da janela.
- ahhh... Tia essa é a Gina, Gina essa é minha tia Petúnia e meu primo Duda.
- Oi, tudo bem, prazer em conhecê-los. – cumprimentou Gina.
- Mas como são parecidas, impressionante, apesar de que os olhos ...- tia Petúnia que falava para si mesma, não percebeu que sua voz estava audível para os presentes.
- Quem é parecido com quem? –perguntou Harry com interesse, que fez sua tia se precipitar de seu devaneio, e voltar á sua arrogância habitual de sempre.
- Nada garoto, me diz uma coisa Harry, essa garota por acaso, é uma de suas amiguinhas daquela sua escola horrível? – e fez um gesto apontando para Gina, de maneira nada educada.
- Com certeza tia, e a propósito eu vou sair com ela, e tenho que ir até meu quarto buscar algumas coisas, enquanto isso, Gina irá aguardar aqui na sala, e a senhora ira tratá-la muito bem, estamos de acordo? – disse um Harry, por entre os dentes, porém com uma voz firme e decidida, o que fez sua tia dá o caso por encerrado, era uma sorte que tio Valter estivesse no trabalho, pensou ele, caso contrário à discussão se alongaria. – Gina você me espera ai que eu já volto, Ok?
- Ok Harry, eu estou bem, pode ir.
Esperando que a tia tomasse o rumo para seus afazeres domésticos, Harry se precipitou em subir as escadas, mas não sem antes lançar uma para Duda.
- Duda não ouse importunar minha convidada, senão você terá o seu castigo quando eu voltar. – e com essas últimas palavras saiu desabalado para seu quarto.
Harry já estava planejando um programa á dois, que ele tinha certeza que Gina ia adorar, quando ele se tomou por um salto, com a questão que lhe surgiu à cabeça.
“Como é que eu vou sair para um passeio em Londres, se eu não tenho dinheiro de trouxa?” Isso era uma questão que ele não havia pensado, já estava tão acostumado com os bolsos cheios de galeões, que se esquecera que esse dinheiro não era válido no mundo de seus tios. Tentando pensar em alguma solução que tinha que vir rápido lhe veio à mente uma pessoa que poderia ajudá-lo, pois sempre estivera disposto á tudo para correr á seu favor nas horas de apuro.
- Dobby – disse em voz alta o garoto. Quando de repente uma criaturinha de orelhas compridas, e olhos arregalados do tamanho de bolas de tênis, o agarrou pelas pernas, esganiçando com sua voizinha em alto e bom som.
- Senhor Harry Potter, que alegria ouvir o chamado do senhor, Dobby tem sentido muito falta do menino Harry e de seus amigos, o que lhe faz chamar Dobby na casa de seus tios senhor?
- Também fico contente em vê-lo Dobby, mas eu preciso que você me ajude, o mais rápido possível.
- Pode falar o que deseja que Dobby encontra um caminho para o menino Harry!
- Dobby, eu preciso de dinheiro de trouxa, mas não sei como trocar o dinheiro bruxo que tenho, você sabe onde posso fazer essa troca o mais rápido possível?
Aos pulos por saber que podia ajudar á Harry, Dobby falou de maneira alegre e saltitante.
- Dobby sabe, Dobby sabe...O garoto pode trocar o dinheiro no banco Gringotes, se o senhor Harry quiser, Dobby faz a troca, eu posso trazê-lo para o senhor o mais rápido que Dobby puder.
- Ótimo Dobby – com um sorriso de orelha á orelha Harry entregou ao elfo doméstico toda a quantia que trouxera de Hogwarts.

Descendo de forma tranqüila e espirituosa, ao mesmo tempo em que arrumava a gola da camisa, Harry observou que seu primo Duda estava de maneira estranhamente cordial,
oferecendo uma caixa de bombons (que Harry sabia que só eram servidos em ocasiões especiais por tia Petúnia) para uma encabulada Gina, que recusava de maneira educada.
- Duda o que pensa que está fazendo, ela já disse que não quer – falou um pouco que enciumado com a gentileza repentina do primo.
- Eu já ouvi – disse Duda.
- Pois não parecia... Vamos Gina... Estou pronto.
Harry e Gina se distanciaram do nº: 4 e estavam se encaminhando ao ponto de ônibus que levava para estação de Londres.
- Então Gina, onde você gostaria de ir? - perguntou o garoto um pouco constrangido.
- Negativo Harry, você é quem vai escolher, afinal hoje é o seu aniversário, e pelo que percebi, você já estava de saída quando cheguei - disse uma Gina muito perspicaz
- Na verdade eu estava planejando fazer uma visita aos meus pais - disse ele, um pouco preocupado com a reação de Gina á esse passeio.
- Então ótimo, vamos logo senão vamos perder o ônibus - e puxando a mão de Harry os dois saíram correndo ao ponto, onde no ônibus já embarcavam passageiros.
Embarcaram no ônibus, e sentaram-se nos últimos bancos vazios do fundo no primeiro andar. No caminho Harry achara graça de ver a boca entreaberta de Gina e seus olhos arregalados observando as várias cenas que aconteciam depois de sua janela, a garota estava encantada com os carros e ônibus que causavam um grande trânsito na cidade.
- O que você está achando de interessante Gina? - perguntou rindo.
- Você vai me desculpar Harry, mas isso é uma verdadeira bagunça, e me dá pena deles, correndo de um lado para outro, gritando, parecem estarem... nervosos! - disse a garota sorrindo.
- Mas estão...bom pra gente que vive em algo totalmente diferente como, pó de flu, chave de portal, vassouras... Isso parece loucura.
- Harry, posso saber porque você não respondia as minhas cartas?
- Ahhh... Gina você sabe muito bem que eu não posso continuar com essa idéia de te colocar em risco. - falou de maneira como se a questão já estivesse definida.
- E porque Rony e Hermione podem te ajudar?
Sem esperar por uma questão realmente difícil, ele hesitou por um momento, pensando em uma resposta que fechasse em definitivo.
- Olha, eu não pedi para que eles me ajudassem, foi escolha deles - vendo que a garota abrira a boca para revidar, respondeu em seguida, antes que ela o interrompesse - e mesmo que você queira me ajudar eu não vou aceitar sua ajuda Gina, veja bem... Você ainda é de menor, imagina só a complicação que o ministério lhe causaria, e seus pais? Imagina o que eles achariam?
Percebendo que ganhara dessa vez a batalha, ele também percebeu que ela ficou muito chateada com tudo que dissera, então com um tom mais brando, Harry segurou sua mão, e com a outra puxou seu rosto, para que ela olhasse para ele.
- Escute Gina, acima de tudo isso que eu te disse, o motivo mais forte, é que não quero que mal nenhum aconteça a você, eu sei muito bem que Voldemort usaria você para me atingir, e eu não quero ter que correr o risco de te perder, eu não me perdoaria nunca, já passei por essa provação algumas vezes, e não quero ter que passar de novo, ainda mais sendo você.
O garoto silenciou nesse momento, e Gina pela primeira vez, entendeu a importância que ela tinha conquistado na vida dele, e decidiu aceitar - pelo menos até aquele instante ela não ia interferir na decisão que ele tomara.
Eles já tinham desembarcado do trêm, e agora estavam acompanhando uma senhora que se oferecera para levá-los até a vila de Godric's Hollow, era um vilarejo muito trânqüilo e humilde observou Harry, e com bastante pessoas idosas e sorridentes, havia casinhas e muitas outras casinhas, porém, não iguais as da rua dos Alfeneiros, que eram iguais umas para com as outras, mas casinhas pequenas, tortas, casas grandes com torrinhas, todas de diferentes cores e formatos; e no fim de uma rua onde ele observou ter um mercado, tinha um igreja branca muito bonita, imaginou que seus pais poderiam ter se casado nela, pois ao vê-la sentiu uma sensação muito boa.
- Meninos, os deixo aqui, agora me digam o que dois jovens tão bonitos e cheios de vida como vocês querem em um lugar tão pacato como esse? - disse a senhora de olhar bondoso.
- Há... Visitar o cemitério. -disse Harry duvidoso.
- Bem, qualquer dúvida de como chegar lá, vocês podem perguntar ao padre daquela igreja, ele que cuida do cemitério de Godric's Hollow. Tchau crianças, até mais.
- Tchau Obrigada - falaram o dois ao verem a senhora partir.
Harry ficara parado um momento, como se seus pés o tivessem enterrado no cimento da rua, Gina lhe deu cutucão e falou.
- Oi Harry, tudo bem? - disse a garota.
- Tudo bem, eh... Vamos? - e oferecendo a mão para que a garota a segurasse, os dois seguiram em direção a igreja, conversando sobre o vilarejo.
Gina achara tudo muito simpático e bonito, ela disse que foi uma ótima escolha dos pais de Harry, era um lugar perfeito para se morar em tempos difíceis como aquele.
- É... Mas mesmo sendo um lugar perfeito não evitou que eles fossem mortos. - falou deprimido.
Gina parou, e olhou para ele, o garoto virou o rosto sentindo um forte golpe na garganta, que fez seus olhos marejarem, a ruivinha virou seu rosto, e segurou-o com suas mãos pequenas e quentes, limpando uma lágrima retida que surgia na face de Harry.
- Harry, é triste... Eu imagino a dor que você sente, mas infelizmente eles não puderam evitar a grande maldade que reinava naqueles tempos - a menina suspirou lentamente, indignada em pensar na perda dele e na dor que ele sentia - eu tenho certeza que sua mãe esteja onde estiver, está muito feliz em saber que pode fazer com que você continuasse vivo e saudável, eu não sei como sua mãe era, nem sei muito sobre ela, mas pelo o que todos falam, Lílian era uma pessoa muito boa e especial, assim como seu pai, e enquanto você preservar tudo isso que eles deixaram em seu caráter, eles estarão sempre com você Harry. Sem resistir a tudo isso, Gina lhe lançou um abraço forte.
- Obrigada Gina, por está aqui comigo! - Falou ele numa voz embargada, porém firme.
Acariciando os cabelos de Harry, Gina indicou para ele que continuassem andando.
- Será que vai ter alguém na igreja, está fechada?- disse ele
- Iremos ter que bater na porta Harry, ou ir atrás de outra pessoa que nos possa ajudar.
Eles chegaram em frente á um templo branco, com uma torre alta e pontiaguda, onde tinha uma janelinha em seu topo, as portas eram largas, e de cor branca puxado para o acinzentado, com bordas em cor de ouro, assim como as maçanetas, parecia ser um cenário bastante antigo e rico em memórias, pensou Harry.
- Olhe Harry está aberta – Gina girava a maçaneta com olhar surpreso para o garoto.
- Bom vamos entrar, afinal é só uma igreja – disse ele se precipitando para abrir a outra maçaneta.

Os dois entraram a fundo na catedral, observando toda a cena que os cercava. Era uma estalagem magnífica, havia muitos bancos de madeira e todas as paredes eram desenhadas em tapeçaria, com vários santos e santas. Seu teto pontiagudo era mais belo ainda, pois tinha uma luminária branca de cristais, e todo seu acabamento era feito dourado. Havia um altar no final, branco em gesso com um suporte que sustentava um forrado em veludo de tom vinho, e uma bíblia aberta.
- Quem está ai?
Apresentava-se logo em seguida um senhor alto, magro de cabelos grisalhos e de sorriso alegre.
- Há... Desculpa é que... A gente bateu na porta, mas ninguém atendeu...E nos disseram que o senhor podia no ajudar – falou um Harry meio constrangido
- Tudo bem garotos eu não irei me exaltar com vocês, mas me digam o que precisam, que eu possa os auxiliar? A propósito me chamo Alfredo, padre Alfredo.
- Muito prazer, me chamo Harry e essa é a Gina.
- Nós queríamos visitar o cemitério – Gina falou.
- Ha muito bem...E quem vocês vieram visitar?
- Lílian e Thiago Potter.
Ao ouvir esses dois nomes, o padre mudara sua expressão que deu entrada á súbita surpresa.
- O senhor os conhecia?- perguntou Harry.
- Sim os conhecia, mas o que você é deles, amigos, parentes?
- Bem padre, eu sou o filho deles.
- Claro, claro... Meus olhos não me enganam, quando o vi...Tive a impressão de está vendo alguém familiar, entrando por aquela porta, mas não pensava ser possível, nem tão pouco possível que você fosse o filho de Thiago.
- E por qual motivo padre Alfredo, o senhor não sabia que os Potter tinham um filho? –indagou Gina.
- Ora minha cara, claro que sabia, tanto fui eu que o batizei, mas depois daquela tragédia que ocorreu, nunca soube mais nada, apenas que Lílian e Thiago haviam sido assassinados, um horror, um horror, e como o bebê não estava entre eles, a cidade passou a deduzir que também havia sido levado e depois morto, todos nós ficamos abalados demais com tudo isso.- lamentou-se o padre.
- O senhor era muito ligado á eles - questionou Harry
- Sim, sim meu filho, quando Lílian e Thiago chegaram nessa cidade, eles haviam sido muito injustiçados, por um grupo de vizinhos que os ignorava, simplesmente porque os achavam estranho, bom, mas não posso negar que após a vinda deles, coisas muito estranhas aconteceram...Eles tinham umas visitas estranhas, escutem não estou falando que eram pessoas más que eles recebiam, mas que apresentavam uma áurea diferente, que expelia um certo poder que não era visto aos nossos olhos...Mas apesar de que sempre os defendi, a partir do momento que eles adentraram nessa humilde igreja pedindo minha ajuda, e pude os conhecer melhor tinha absoluta certeza que eram pessoas dignas e de boa conduta.
- E o que eles vieram pedir ao senhor? – agora Harry estava interessadíssimo em ouvir toda a história dos pais.
- Eles vieram pedir proteção, na verdade sua mãe me veio pedir que eu a benzesse e rezasse pela família dela, “seu pai não parecia ser católico, nem convicto de religião, mas respeitava e muito toda a nossa crença”, Lílian me parecia muito assustada e que corria grande perigo, eu fiz o que ela me pediu, abençoei não só a ela, mas o seu pai, e o batizei.
- Eu fui batizado aqui?- perguntou alegre o garoto.
- Foi sim, um batizado muito bonito e especial, é o que me recordo, vieram diversas pessoas, inclusive as de áurea “diferente” – o padre deu um sorriso proposital – porém todos os que vieram pareciam gostar muito dos Potter e amar você, eles o cercavam como se quisessem o proteger do mundo que existia lá fora. Seu padrinho principalmente, como era mesmo o nome dele... “Sirius”.
E Harry naquele momento sentiu seu estômago ficar dolorido e sua garganta arranhar mais uma vez.
- O senhor conheceu Sirius? – perguntou audacioso.
- Conheci, era um jovem muito engraçado, alegre e bondoso assim como seu pai, eles eram grandes amigos, pelo que observei, disputavam os cuidados á você, e nisso quem os via de fora, não sabia dizer quem era o pai - falou em tom de graça.
- Sua madrinha, no entanto...
E Harry tivera um choque, e falou aos tropeços:
- Minha “madrinha”?
- Ora, claro, você não acha que Sirius o batizou sozinho não é?- falou com um belo sorriso e felicidade infantil no rosto - Ahh...Era um belo casal de padrinhos, Sirius e Kate, e olha que por mais que meus olhos não tenham a permissão de ver malícias, seus pais estavam atacando de cupidos para os dois.
Gina lançou um olhar surpreso para Harry, que retribui com o mesmo, segurando em sua mão.
- Padre, essa, quer dizer minha madrinha Kate, o senhor á conheceu, o senhor á conhece?
- Ah sim, claro que á conheço, ela chegou a Godric’s Hollow um pouco antes de seus pais, ela sempre vinha à missa, e no final, era minha companhia predileta no chá das cinco, sempre me falava de uma tal amiga, que a propósito era a sua mãe Harry – Alfredo agora contava a história, como se aquilo lhe desse o maior prazer em fazê-lo. – Ela me disse, que os pais dela, estavam morando na Romênia, e que ela preferia continuar aqui, terminou os estudos, estava na universidade, e esperava ansiosa em rever sua melhor irmã - um modo carinhoso que ela tinha de chamar “melhor amiga”. Ela me contou que as duas estudaram juntas no ensino básico e que eram unha e carne, e também motivo de muita inveja por muitas pessoas, inclusive pela própria irmã de Lílian, que achava as duas patéticas, bem era assim que ela o colocou, mas pelo que pude perceber pelo seu relato, era que sua mãe e Kate, tinham uma amizade única de cumplicidade e lealdade, bem...depois Kate me disse, que as duas haviam sido separadas, pois Lílian tivera que estudar em outra escola, que cuidava de moldar seus talentos especiais – Harry nesse momento sorriu para Gina, que como ele entendeu que os talentos especiais á que o padre se referia, era a capacidade de realizar magia.
- E as duas se reencontraram? – perguntou Gina, bastante interessada.
- Sim, sim...Foi então que minha querida Kate me deu a notícia, muito feliz e radiante de que sua melhor amiga havia se casado, e que por sugestão dela, viria morar aqui com seu marido, e seu futuro filho, pois Lílian descobrira que estava grávida de 3 meses. Ela realmente estava muito feliz, bom quando vi as duas juntas, tive o prazer de vivenciar uma amizade forte e bonita como aquela, uma se preocupava com a outra, não como irmãs, mas como uma mãe que se preocupa com o filho, e Kate o amava Harry, não é para menos que foi escolhida como madrinha, ela ajudou muito os Potters quando eles vieram, ela se preocupava bastante com a segurança da sua mãe; por vezes vinha me pedir que abençoasse seus pais Harry, principalmente você, ela nunca me falou nada, mas me dizia que vocês eram perseguidos, por um mal que nem mesmo eu conhecia, o que pude fazer era rezar por todos, e pela minha querida Lílian, que em pouco tempo passou a competir com Kate, quem transmitia mais simpatia, a qual eu tanto admirava.
Harry agora olhava infeliz para o chão, cada vez que ele descobria algo sobre os pais, ele se tornava feliz, tão rápido quanto se tornava triste em acreditar que toda a felicidade havia sido destruída da maneira mais injusta e cruel. O padre percebendo toda a dor sobre o garoto trocou o sorriso simpático, para um olhar bem mais sério e forte.
- Harry, você não chegou a conhecer sua madrinha não é mesmo?
Harry apenas balançou a cabeça, se perdendo em pensamentos.
- Olha depois daquela terrível tragédia, Kate procurou você por todas as partes, ela estava transtornada, não queria acreditar que tudo isso acontecera a quatro casas da dela, ela não pode fazer nada, por vezes eu disse a ela que tentasse esquecer, mas nunca mais o brilho dos seus olhos foi o mesmo, desde o dia do acontecimento trágico.
- Padre, o senhor sabe onde ela está? – perguntou Harry.
- Claro que sei, apesar desse lugar trazer muita tristeza, Kate continua morando aqui devido aos momentos alegres que ela teve com seus pais, ela falou que isso é a única coisa que a prende aqui.
Com uma nova alegria no rosto, Harry recebeu um raio de calor em seu peito, pois descobriu que tinha uma madrinha, que assim como Sirius... O amava - estava louco para conhecer essa pessoa, que desde já despertava seu afeto.
- O senhor poderia nos levar até a casa dela?- perguntou Gina.
- Posso...Acho que ela vai ficar extremamente feliz, e ela merece, ahh se merece. Mas vocês dois não queriam ir ao cemitério?
- Então vamos fazer o seguinte Gina... Vamos para o cemitério agora, e logo depois vamos conhecer minha madrinha Kate...OK? – disse Harry
- Você que manda Harry.
- Bom então está decidido, não é mesmo? Vamos sigam me, vamos pelo fundo da capela.
E pegando uma chave da parede de seus aposentos, o padre os levou até um corredor no finalzinho da igreja, que dava para uma portinhola que os levou para uma ruazinha estreita. E logo no final da mesma rua, eles visualizaram um grande portão de aço, muito prateado, que dava entrada para um cemitério que era bem pequeno –pensou Harry.
Ao mesmo tempo em que estava ansioso por esse momento, o garoto também se sentiu muito frágil, ele estaria no túmulo dos pais, depois de tantos anos, não sabia muito como ia reagir, mas procurou não pensar muito nisso, e sem que percebesse, apertou mais forte a mão quente de Gina, que retribui seu aperto da mesma maneira. Entraram então no cemitério, e Harry deslumbrou-se com o lugar, ficou muito feliz que seus pais puderam ser enterrados num lugar calmo e sereno, pois tinha muitas árvores, flores e pássaros, além de uma grama bem cuidada e verde viva.
- Vamos Harry e Gina, estamos chegando.
Os dois o acompanharam e quando perceberam que os passos do padre Alfredo estavam cessando, observaram as duas lápides uma ao lado da outra, onde havia os escritos Lílian Evans Potter 1960 á 1980, e Thiago James Potter de 1960 á 1980. E logo abaixo ás datas, Harry observou que havia uma frase que se iniciava pela lápide de seu pai, e terminava no túmulo de sua mãe. “Os nossos sentimentos, para duas pessoas repletas de bondade, talento e do mais profundo sentimento de amor. Que vocês possam um dia se certificar e se tornarem felizes, de onde quer que estejam, em ver, que seu único filho Harry, tenha se tornado uma pessoa repleta de todas as qualidades que herdou dos pais, que tanto lutaram e se sacrificaram pela vida de seu precioso filho”.

Ao amor de Lílian e Thiago Potter.

Harry então sentiu mais uma vez aquela pressão tremenda em sua garganta, e não se conteve dessa vez, chorou...E chorou como se as lágrimas que ousavam á descer em abundância pelo seu rosto, o aliviasse da dor que sentia pela perda dos pais, ajoelhou-se sobre o gramado e tirou os óculos do rosto, passou então a secar os olhos com a manga do blusão que vestia, tentando enxugar sem sucesso as lágrimas que agora que ganharam vida, se dispuseram em aumentar a carga de emoção reprimida no peito do garoto. Padre Alfredo acompanhava a cena, também emocionado e percebeu que a posição rígida de Gina, em se manter forte até aquele momento, não ia durar nem mais um segundo, fez um sinal para que a garota o acompanhasse, para que Harry pudesse ter seu momento de reflexão sozinho. Gina então aceitou seu gesto, e simplesmente se abaixou e beijou carinhosamente a cabeça do garoto, passando a mão em seu ombro, e partiu de lágrimas sincera nos olhos com padre Alfredo.
Harry ficara parado em frente aquela frase por uns vinte minutos, uma dor tão infinita, que por um período nem as lágrimas foram o bastante para interpretar o sentimento em seu peito. Ele ficou em pé, e notou que já havia se recuperado do momento, e apertou os olhos e disse em bom som, observando as duas lápides.
- Pai, mãe... Eu sei que no lugar onde vocês estão, podem me ouvir, e quero dizer que a morte de vocês não vai ficar em vão, eu irei lutar por justiça pela destruição que causaram em nossa família, é uma promessa do filho de vocês. Eu prometo que vocês irão se orgulhar de mim. – disse Harry, limpando ao mesmo tempo, as últimas lágrimas que caíram de seu rosto, olhou mais uma vez para imagem, e virou-se de costas em busca de Gina.
Padre Alfredo e Gina estavam na igreja em seu aposento particular, onde tomavam uma xícara de chá, e estavam em uma animada, porém contida conversa, assim que Harry entrou os dois emudeceram e o olharam preocupados. Gina correu em sua direção e lhe deu um profundo abraço, Harry o retribui de bom gosto.
- Você ta bem Harry – murmurou a garota.
- Sim Gina, eu estou bem agora – e segurando-lhe nos ombros olhando em seus olhos, ele concedeu um sorriso meigo para o rosto preocupado da garota.
- Harry, venha, vamos tomar uma xícara de chá, eu e essa mocinha encantadora estávamos conversando sobre os últimos anos aqui, do nosso velho vilarejo de Godric´s Hollow.
-Padre...Se você não se importar eu gostaria muito de conhecer minha madrinha – Harry falou de sobressalto.
- Claro filho, vamos... Vamos, vejo que isso é muito importante para você, não vamos adiar mais nenhum minuto.
Harry e Gina o acompanharam, e seguiram pela rua principal...Passaram por casinhas e pela quitanda que Harry havia visto, era muito bonita, tinha uma fachada chamativa, um balcão de flores vivas, e outro com diversas frutas, Gina não pode deixar de ficar tentada, com as cores e diferentes tipos de maçãs, uvas e morangos que tinha, mais uma vez Harry achou graça da cena, e puxou a mão da garota para perto dele, e falou baixinho ao seu ouvido.
- Na volta eu prometo, que lhe compro todas as frutas que quiser, esta bem Gina? – falou com um sorriso carinhoso para ela, ela o retribui com um maior.
Passando pela quitanda, eles atravessaram a rua, viraram á direita, e entraram numa ruazinha menor que a anterior, com uma plaqueta a entrada que informava rua sem saída, havia muitas casas bonitas nessa rua, passaram por quatro diferentes tipos, e pararam em frente á uma pequena residência, porém muito charmosa.
- Harry aqui estamos, Kate sua madrinha mora aqui...Agora vamos ver a reação dela – com outro gesto, padre Alfredo tocou a campainha, e aguardou de mãos cruzadas.
Por alguns instantes Harry e Gina aguardaram ansiosos, até que então, a porta se abriu com um ruído rápido, e surgiu uma mulher morena, alta, e com cabelos pretos cacheados. Harry achou sua madrinha muito bonita, porém seu tom de pele, lembrava o de uma pessoa que se recusara a sair de dentro de casa á anos, e seu rosto demonstrava uma tristeza, que era disfarçada por um sorriso simpático.
- Padre Alfredo há que devo a sua presença... – porém ela parou de repente, quando notou a presença de Harry, e sem mais nem menos, o encarou assustada...De boca aberta ela emitiu uma frase, quase que inaudível – Harry!?...Padre quem é esse garoto?
- Kate minha querida, é exatamente quem você está pensando, você acertou...Esse jovem rapaz é o Harry Potter, filho de Lílian e Thiago!
- Não, não mesmo...Não pode ser possível, eu procurei ele por todos os lugares a partir daquele dia, e nenhum vestígio, nem sinal!
- Ah minha cara, mas não podemos desconfiar dos planos de Deus, a questão é o seguinte, este garoto é o Harry, eu também fiquei chocado, mas seus olhos não metem, se é que você me entende.
- Sim padre...- e com olhos cheios de lágrimas pesadas, Kate agarrou Harry em um abraço e falou em meio á soluços – os olhos de minha irmã Lílian, realmente é ele.
Harry que ao mesmo tempo ficara muito vermelho não soube o que fazer, somente se deixou ser abraçado. Kate segurou-lhe nos ombros e o encarou chorosa, “numa cena a lá senhora Weasley”.
- Harry meu querido...Você não faz idéia o quanto procurei você depois de toda aquela tragédia!
- Senhora Kate, por favor, se acalme, eu não quero que a senhora fique aflita.
- Ah Harry...Por favor, entrem, entrem todos... Vamos querido – e conduzindo Harry pela sala, ela pediu que o garoto sentasse, assim como os outros, enquanto ia na cozinha buscar chá para todos.
Depois de toda a história ter sido narrada pelo padre Alfredo, Kate soluçou baixinho e olhou para o afilhado, sorrindo como se aquele gesto fosse algo novo em seu rosto.
- Harry, você sabe então que eu sou sua madrinha não é mesmo?
- Sim – disse ele sorrindo – eu fiquei muito feliz quando o padre Alfredo me contou, e também realmente encantado em saber que você e minha mãe eram grandes amigas.
- Amigas...Sim, nós éramos mais que amigas, éramos irmãs de consideração, Harry me conte agora, o que aconteceu com você nesses últimos 16 anos? Por favor, me conte, quem lhe encontrou, com quem mora hoje – Kate atropelava suas próprias questões, com a aflição por respostas.
Harry hesitara muito naquele momento, estava pensado, no que podia responder sem que o padre soubesse realmente a identidade mágica dele.
- Bem, eu fui criado pelos meus tios, “minha tia Petúnia e Valter”, estudo na mesma escola que meus pais estudavam, então realmente só volto para cá nas férias.
Gina percebeu na hora, que a menção da “escola que meus pais estudaram”, despertou como algo que ela sabia o que significava e entendeu logo que o garoto estava acobertando alguns detalhes, para que a história não parecesse confusa demais aos ouvidos do padre Alfredo. Ao final de todo aquele relato cauteloso, Kate abriu um enorme sorriso para Harry e logo depois para Gina, que inevitavelmente ficou vermelha o bastante para que seus cabelos se chocassem com a cor do seu rosto.
- Gina é seu nome não é mesmo? – perguntou Kate carinhosamente.
- Sim...- Gina falou sorrindo, porém confusa, e Harry achou lindo aquele rostinho delicado e vermelho de constrangimento.
- Você se parece muito com Lílian quando tinha sua idade – Kate falou naturalmente, e Harry se mexeu do seu lugar realmente espantado – O mesmo cabelo, tom de pele, estatura, bem não te conheço para afirmar, mas sua áurea me parece ser muito delicada, boa e de uma pessoa forte e determinada, porém seus olhos... É seu charme próprio.- e disse por fim sorrindo mais ainda. Gina agora estava tão vermelha que parecia um morango, e nem se quer ousava olhar para Harry, que também sorria, muito feliz em saber que sua garota lembrava sua mãe quando mais jovem.
- Minha querida Kate, tenho que ir, estou abismado comigo mesmo, pois deixei a igreja sozinha, e já estou fora á horas - E se despediu de Gina e Harry, assim como também de Kate.
- Claro padre Alfredo, muito obrigada por todo o seu carinho, obrigada por ter trazido meu afilhado até a mim. – disse ela ao mesmo tempo em que acompanhava Alfredo até a saída.
Enquanto Kate estava conversando um pouco com o padre Alfredo na porta, Harry não podia deixar de observar o lugar que o cercava, era uma sala encantadora, romântica e muito aconchegante, era circular, em tom de madeira maciça, com cortinas em tom bege e vinho, havia uma pequena lareira, com quadrinhos á cima em uma cômoda, e Harry não pode se conter, chamou Gina com o olhar e os dois foram até as fotos localizadas á frente.
Harry viu quem eram as pessoas que figuravam naquelas molduras prateadas, e diferentemente do mundo bruxo, as fotos não se moviam. E lá estavam seus pais, em um quadro - uma foto de Lílian e Thiago abraçados - em outra, uma foto inteira com muitas pessoas (inclusive Sirius) ao redor dos seus pais, que carregavam ele no colo “era seu batizado”, pensou; havia mais um quadro e esse eram de duas jovens sorridentes abraçadas, Kate e sua mãe. Gina segurou-lhe sua mão, e ele a encarou nos olhos, até que ela disse.
- São lindas...
- É verdade... É uma pena que tudo foi destruído.
- Mas você está feliz não está, por saber que tem uma madrinha como Kate.
- Muito Gina, é como se eu estivesse conhecendo Sirius novamente, mas dessa vez não irei colocar mais uma pessoa que se preocupa comigo em perigo, não irei cometer esse erro novamente.
- Harry você não pode... – Mas antes que Gina terminasse a frase, Kate entrou na sala e comunicou alto para os garotos.
- Harry e Gina vamos continuar nossa conversar.
Eles se sentaram e passaram uma manhã agradável conversando e rindo das histórias que Kate contava, Harry não imaginava que ela poderia ser tão engraçada. Teve um momento que Kate abraçou ele fortemente, lhe parabenizando pelo aniversário, e convidando ele para passar o restante das férias em sua casa, ele apenas disse que teria que pensar direito, pois teria um longo ano em Hogwarts. E percebendo que já estava ficando tarde, Harry anunciou que tinha que ir, pois Gina não podia chegar tarde em casa.
- Nahh... Mais vocês já vão, bom, mas agora que o mundo bruxo está em perigo novamente, eu não quero colocar você e meu afilhado novamente em perigo, mas Harry eu gostaria realmente que você se comunicasse comigo, e pode contar comigo, assim como Lílian sempre contou, você também Gininha. – e ela foi até eles e se despediu carinhosamente.
- Bom madrinha – era estranho chamar alguém que acabara de conhecer assim, mas era isso que era ela “sua madrinha”, e ele se sentia muito feliz por isso – a senhora tem meu endereço, e qualquer coisa é só entrar em contato comigo, que nem você fazia com minha mãe, Ok.

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