O Herói da Família
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Harry abriu a porta, pisando na neve e afundando. Hermione buscou seu sobretudo e o vestiu, assim como a menina. Harry deu a volta no carro, enquanto Rory pegava o cachorro, e entrelaçou seus dedos aos de Hermione, seguindo o caminho até a casa.
Ao subirem os degraus de madeira, a Senhora Weasley vinha animada cumprimentá-los, limpando as mãos no avental. Rory vinha mais atrás, trazendo o cachorro.
- Queridos! Rodolfo já entrou... – disse, cumprimentando Harry e Hermione num abraço e depois pegando Rory.
- Os últimos a chegar? Suponho... – disse Hermione, arqueando as sobrancelhas.
- Ron já estava arrancando os cabelos... – disse, rindo.
Entraram na casa, Hermione foi com Molly para a cozinha, onde Tonks estava, enquanto Harry e Rory iam para trás da casa, ao jardim. Ele percebeu a inquietude da filha, a olhando de soslaio.
- O que foi? – perguntou, enquanto passavam pela sala. Ela virou-se imediatamente, balançando a cabeça negativamente.
Eles saíram para o jardim, onde estavam espalhadas varias mesinhas e cadeiras. Harry olhou em volta, indo cumprimentar as pessoas.
Ginny, Roger, Arthur, Luna, Fred, Jorge, Remo, estavam todos em uma roda, enquanto os jovens estavam em outra. Harry caminhava calmamente até eles, com um sorriso carismático.
- Como vai o futuro Ministro da Magia? – disse Luna, sorrindo e abraçando Harry.
- Deixa disso, Luna... – disse Harry, enrubescido. Depois cumprimentou os outros e sentou-se em uma cadeira, olhando a filha de longe.
Harry era Chefe do Departamento de Aurores, com seus 35 anos, vivia sendo importunado por Rita Skeeter, e era o possível Ministro da Magia, num futuro muito próximo.
- É Harry, você é o preferido! – disse Arthur, sorrindo.
- Imaginem... – respondeu, pegando um copo de suco de abóbora.
- Deixa de ser modesto! – disse Fred rindo.
Rory ia sendo puxada por Flipe, dando um tchau para os adultos e dirigindo-se até o grupo de jovens, do outro lado do jardim.
- Olá, Ro! – disse Jess, fazendo o estômago dela se encher de borboletas. Ela lhe deu um sorriso, sentando-se na cadeira ao lado de Matheus. Seu primo tinha os cabelos ruivos iguais os da mãe e os olhos pretos do pai.
- Olá, gente! – respondeu, sentando-se ao lado de Matheus e cruzando as pernas. – Mais um natal em família... – comentou sorrindo.
- E que nunca são chatos ou normais! – disse animado. – Eu adoro essas confraternizações... E o seu pai é o máximo! – disse mostrando empolgação, enquanto olhava para o ‘tio’.
- Ah que ótimo! – respondeu irônica. – Meu pai é o herói de toda criança bruxa, demais! – continuou sarcástica.
- Mas é mesmo! – disse Logan. – Eu me orgulharia se ele fosse meu pai...
- Quem disse que não me orgulho?! Só que às vezes eu queria que ele fosse só meu herói. – respondeu resignada e dando de ombros, o cachorro soltou-se da coleira e foi cheirando o caminho até Harry.
De repente, Rodolfo apareceu vestido com uma cueca vermelha por cima das calças, estava com a toalha de mesa amarrada no pescoço. Ginny acariciava Flipe, virou o rosto para conversar com Harry, quando o cachorro deu um uivo agudo, o menino socava ele com as mãos.
- TIA! EU VOU TE SALVAR DESSE BRUXO DAS TREVAS! - gritou, fazendo a ruiva assustar-se e ele sair correndo atrás do cachorro. Harry engasgou-se no suco de abóbora, saindo correndo atrás do moleque.
- RODOLFO, NÃO BATA NO CACHORRO! - o animal foi para trás de uma árvore, onde ele tentava subir inutilmente. Os pêlos do bicho estavam todos eriçados e ele mostrava seus dentes, rosnando. Harry correu até lá, pegando o menino no colo. - Você... Você ficou maluco? - indagou estupefato.
- Papai! O bruxo do mal vai fugir! Eu preciso detê-lo com meus olhos de raio laser! - bradou, tentando desvencilhar-se dos braços do pai. Harry o colocou no chão, ainda segurando seus ombros.
- Entenda, ele é um CACHORRO! ENTENDEU? UM CACHORRO! É O CACHORRO DA SUA IRMÃ! - gritou, energicamente. - Ele não vai matar ninguém! Agora, por favor, poderia devolver as cuecas de Ron e a toalha da mesa? E PARE DE ASSISTIR LIGA DA JUSTIÇA! VOCÊ NÃO É O SUPER-MAN! - gritou, olhando-o seriamente. Rodolfo abaixou a cabeça e saiu arrastando os pés para dentro da casa.
Enquanto os garotos tinham um ataque de risos, Rory escondia o rosto nas mãos. Hermione saiu correndo de dentro da cozinha, ao ouvir a gritaria. Rodolfo passou por ela e entrou na casa, ela andou até Harry e depois cumprimentou os outros.
- Hermione! – exclamou Ginny, abraçando-a.
- Ah, me desculpe... Quer dizer, eu não sei o que fazer com esse menino! Rory não era assim! – disse, balançando a cabeça.
- Que isso, o cachorro está bem! – disse, sorrindo.
- Nós poderíamos interná-lo em uma clinica para pessoas descontroladas? – sugeriu Rory, parando ao lado do pai.
- Não diga uma coisa dessas! – esbravejou Hermione. – Isso é coisa de criança! Logo passa... – disse incerta. – Eu espero... – murmurou, olhando para Harry, desnorteada.
- Venha cá. – disse Harry, a puxando e a abraçando, fazendo Ginny e Rory suspirarem, comovidas.
- Mulheres! – disse Ron aproximando-se. Hermione afastou-se delicadamente do marido e foi cumprimentar o amigo. Ron usava uma camisa de botões de cor azul com um desenho de um dragão, uma calça jeans escura e sapatos da cor marrom, havia feito mechas pretas no cabelo e que ficou uma graça. Ele puxou a amiga, dando-lhe um abraço. – Você esta ótima! – disse, fazendo-a dar uma voltinha. – Parece que o Harry esta cuidando bem de você! – disse, rindo e puxando Rory para um abraço.
- Não, Ron. Eu bato nela todos os dias, por isso ela mantém a forma. – disse Harry, ironicamente. Ron foi até ele, dando um aperto de mão e com a outra dando tapinhas nas costas dele.
- Relaxe, amigo! – disse, rindo. – Crianças! – chamou, olhando para o grupo de garotos. – Já podem ir enfeitar a árvore! – disse, fazendo-os levantarem e entrarem na casa. – Você também! – ordenou, olhando Rory de soslaio.
Ela revirou os olhos e entrou na casa, sabia que não adiantava discutir com seu Tio Ron, ele passaria um sermão e ainda iria acabar ajudando a enfeitar.
A árvore havia sido montado por Ron, mas a arrumação devia ser feita por eles. Rory, Matheus, Jess, Logan e Rodolfo estavam na sala. Seu irmão parecia uma árvore de natal ambulante, cheio de guirlandas, fitas e pisca-piscas, trazidos por Roger, se preparando para enfeitar a árvore de Natal.
- Matheus, pode, por favor, alcançar os enfeites? - pediu Rory, enquanto colocava algumas guirlandas. Matheus alcançou para ela, enquanto pendurava alguns anjinhos, Rodolfo havia se abaixado e entrado em baixo da grande árvore.
No fim, aquilo sempre se tornava divertido, e Rory acabava percebendo que adorava tudo aquilo. Ela adorava sua família, seu primo, seus amigos, sua vida. Tudo a sua volta fazia sentido. Mesmo seu pai sendo o herói do mundo bruxo e sua mãe a companheira inseparável dele, ela amava sua família, sua vida. Porque era sua, e mesmo todos querendo aquilo, ela sabia que pertencia só a ela. Um pai famoso e a certo ponto temido, uma mãe que desperta inveja a qualquer mulher, seja de que idade for, um irmão meio maluco, e que conviveu muito com seus Tios Fred e Jorge, aquela era sua família, com seus problemas, mas ainda sua e só sua. Ela sorriu, sendo captada por Jess.
De repente, Rodolfo saiu de baixo do pinheiro, e pegando uma bola, atacou no chão, quicando e batendo na quina da cadeira, voando para a janela, e batendo certeira na cabeça de Ron, este entrava na sala para ver o trabalho dos jovens. O ruivo caiu como um saco de batatas no chão.
Matheus largou as fitas e iria correr para ajudar o tio, mas ao tentar dar um passo, descobriu-se amarrado pelos pés a árvore, caindo no chão e com o pinheiro em cima dele.
Hermione ao ouvir um barulho estridente na sala, correu junto com Tonks para ver o que se passava, dando de cara com Ron levantando-se e Matheus embaixo do pinheiro. Correu para ajudá-lo, enquanto Rory tentava desamarrar o cadarço dele.
Rodolfo pegou a varinha que a irmã havia deixado no chão e saiu correndo para a cozinha.
- Você está bem? – indagou Hermione a Matheus.
- Sim... – respondeu, colocando a mão nas costas. – Eu sobreviverei. – disse, rindo e depois passando a mão pelos cabelos, tentando assentá-los.
- A árvore esta sem condições de ser restituída! – disse Tonks, abafando uma risada ao olhar a cara mal humorada de Ron.
- Se não temos cão, caçamos com gato! – disse Hermione, olhando pela janela. – Podemos usar o pinheiro que eu e Harry plantamos há alguns anos. – disse, sorrindo ao lembrar-se do dia.
[Flash Back_]
Harry rodava Hermione no ar, com um sorriso iluminado e o olhar brilhante. Hermione ria sem parar, tamanha a felicidade que estava em seu peito, que a qualquer momento poderia explodir.
- Eu te amo tanto! – disse abraçando-a.
- Eu te amo mais e mais! – respondeu sorrindo e inebriando-se com o perfume dele. – E nós chegamos juntos, novamente!
- E assim sempre será! Nós dois, juntos no final. – respondeu Harry, a pegando no colo e a enchendo de beijos.
Harry havia destruído Voldemort com a ajuda dos amigos, e por que Hermione havia lhe pedido, ele voltou para a escola e terminou os estudos. Estavam na Toca, era o casamento de Ginny e Roger, faltando poucos dias para o inicio das aulas na Escola de Aurores.
Aquele foi um dia repleto de emoções fortes, Ron admitindo sua homossexualidade, os Weasleys entrando em choque, Harry declarando-se para Hermione e agora mostrando todo o amor reprimido durante anos.
Luna veio andando até eles, sorrindo misteriosa.
- Olá, Luna! – disse Hermione, esbanjando alegria, enquanto era colocada no chão por Harry.
- Olá, Hermione! Harry! – respondeu cantarolando e esticando sua mão a ela.
- O que foi? – perguntou, Luna despejou algumas sementes na mão dela.
- Semeiem o amor e colham os frutos depois! – respondeu, entrando na casa e os deixando ali, estáticos.
- Temos outra escolha? – perguntou a Harry, rindo.
- Acho que não, meu bem. – disse, andando e alcançando um regador. Hermione pegou uma pá e começou a cavar. – Acho que eu deveria fazer isso! – disse Harry, tentando tirar a pá da mão dela.
- Nem pensar! – respondeu, cavando um buraco e depois Harry o molhando.
Plantaram as sementes, descobrindo anos depois que era um belo pinheiro, que crescia como o amor deles, um pinheiro encantado, para nunca parar de crescer e só morrer quando o amor deles morresse, mas para Luna, não morreria nunca.
[Fim do Flash Back_]
Ron andou até Hermione, dando um beijo na testa dela.
- Você é brilhante! – exclamou, marchando para fora da casa. – Tragam os enfeites, aquele pinheiro é perfeito! – disse, chegando lá fora, o pinheiro estava coberto de neve, mas mesmo assim eles o enfeitaram, deixando-o muitas e muitas vezes melhor do que se estivesse dentro da casa.
N.A.: Geeeente, FELIZ PÁSCOA ^^ uaauhahuuahhua, obrigada pra quem comentou! Aqui está o capitulo novo *------* espero que gostem!
Ingrid: OBRIGADA! Espero que não abandone a fic *-*, estou atualizando porque em pediu e porque hoje é páscoa! ^^ IUHASIUDHAISHD, Harry é pouco ciumento né XD HUAUHAU, e não é que teve um flashback? ^^’ Espero que tenha gostado, continue comentando, beijos querida! :****
COMENTEM, e agora um MERCHAN básico:
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19038 (Ação e Reação)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19035 (Insinuação)
http://www.floreioseborroes.net/menufic.php?id=19082 (Desventuras em Séries)
Beijos,
Luna Black
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