Família? É tudo!



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CAPITULO 3 – FAMÍLIA? É TUDO!



A Sra. Weasley havia saído para ver o belo pinheiro, deixando as panelas no fogão e a cozinha sozinha.

- Ficou lindo! – exclamou. – Belo trabalho crianças! – respondeu, começando a sentir um cheiro de queimado. Olhou assustada, vendo que Hermione também sentiu, saíram correndo para dentro, deixando Ron e os garotos confusos.

Lá dentro, Rodolfo estava com a varinha apontada para o lixeiro, este pegava fogo e ele gargalhava. Hermione arrancou a varinha da mão dele, fazendo um feitiço para o fogo se apagar.

- VOCÊ QUER ME DEIXAR LOUCA! – gritou, fazendo os olhos do filho marejarem. – HARRY! DE UM JEITO NO SEU FILHO! – gritou, Harry entrou correndo no mesmo instante, segurando um copo de Martini e um sorriso bobo na cara.

- Rodolfo! O que eu disse sobre pegar a varinha da sua irmã? – perguntou, pegando o garoto pela mão e o levando para longe de Hermione.

- Mas... Pai...? – começou, tentando convencê-lo de que ele não tinha feito nada de mais.

- Escute aqui. – disse Harry, enquanto sentava-se e colocava Rodolfo em seu colo. – Eu não me importo com suas brincadeiras, eu sei que você não faz isso por mal e nem para machucar ninguém, até porque você deve ter puxado seu avô. Mas acontece que sua mãe não esta agüentando mais, Rodolfo. Você seria capaz de entender isso? Seria capaz de se comportar pelo menos pelo resto da noite? – perguntou Harry, sério.

- Eu... Vou tentar. – disse Rodolfo, pela primeira vez tentando entender o pai, pela primeira vez aquelas palavras tinham lhe tocado de alguma forma. Ele levantou-se e foi atrás do cachorro.

Harry levantou-se e foi até a varanda, onde Hermione estava sentada em uma cadeira de balanço com a cabeça abaixada. Ele tocou no ombro dela, fazendo-a levantar-se e abraça-lo.

- Amor, acalme-se. – disse, afastando-a delicadamente e beijando sua testa. – Ele vai se comportar... Por pouco tempo, até esquecer o que eu disse. – disse, rindo e fazendo-a relaxar.

- Como você consegue? – indagou, deitando a cabeça no ombro dele.

- Consigo o que? – perguntou, acariciando as costas dela.

- Fazer-me rir... – disse, enquanto alargava um sorriso. Harry apenas sorriu e contemplou o momento.

- Vamos jantar? – chamou a Sra. Weasley tempos depois.

Colocaram uma grande mesa no jardim, e por ela vários pratos com diversas comidas e bebidas. Todos se sentaram e fizeram uma breve prece, depois começando a comer. Ginny já havia bebido vários drinques de Martini e se encontrava alegre demais, Roger já havia percebido que ela bebia mais que comia, dando escandalosas gargalhadas.

- Então... – sussurrou Ron para Harry. – Conseguiu o Papai Noel? – Harry olhou assustado, recompondo-se logo em seguida.

- Eu disse que ia ser difícil... Quase impossível... - respondeu baixinho. – Mas eu consegui convencê-lo!

- Como? – indagou perplexo.

- Contratando-o e oferecendo uma boa liberdade... – respondeu resignado. – Mas ele foi avisado, que se começar com maluquices, eu não vou ter outra opção, senão demiti-lo! – Ron deu uma gostosa gargalhada.

[Flash Back_]

- Se era só isso que tinha para me dizer, peço licença, tenho coisas mais importantes a tratar. – disse Moody, virando as costas sem esperar resposta.

- Contratado com algumas liberdades e direito a mandar para a prisão bruxos das trevas. – disse Harry calmamente, olhando-o de soslaio, enquanto fingia ler um pergaminho.

- Você não tem tanto poder assim! – contestou, voltando-se para Harry.

- Se você diz... – disse encolhendo os ombros.

- Não pode, Potter! Não é? – perguntou perplexo.

- Digamos que ser o preferido para o cargo de Ministro me deu algumas... ahm... Regalias... – disse, enquanto virava o pergaminho, e pela primeira vez se aproveitava por ser o preferido.

- Seu filho da mãe! – rosnou Moody.

- Você começa depois do Natal, tenho que ver se vai fazer um bom papai Noel. – disse Harry, sorrindo satisfeito. Moody ponderou por alguns instantes.

- Está bem! Onde está a roupa? – perguntou, soltando um desgostoso muxoxo. Harry tirou um pacote de baixo da mesa e entregou a Moody. Ele virou e saiu em direção à porta.

- Não se esqueça do trenó! – avisou Harry. Moody virou-se apontando o dedo indicador para ele e com a boca a aberta, aturdido, não conseguiu imitir som algum, saiu da sala, batendo a porta. Harry tinha um sorriso satisfeito nos lábios.


[Fim do Flash back_]

- Esse ano eu vou pedir algo ao Papai Noel que eu nunca tive! – disse Ron, pensativo.

- O que? – indagou Harry, mas respondendo rapidamente. – Inteligência? – Ron ia responder, mas Ginny assustou-se.

- Olhe lá! – gritou a ruiva, apontando para o céu. Um trenó junto com alguns cervos, iam guiando, deu uma volta no céu e prepararam-se para descer. Harry fez um feitiço, assim abrindo uma ‘pista’ para o Papai Noel pousar.

Hermione levantou-se da mesa e conjurou uma bela cadeira de balanço vermelha e branca, enquanto Molly tirava o avental e pendurava na cadeira, os outros haviam começado a levantar-se. O Papai Noel desceu do trenó, colocou um grande saco vermelho nas costas e foi até a cadeira.

- Ho Ho Ho! – gargalhou, tossindo em seguida.

Harry havia lhe passado uma lista com o que cada um iria ganhar, assim Moody só precisaria olhar com seu olho mágico e entregar.

- Vamos ver, quem se comportou esse ano... – resmungou, abrindo o saco. Hermione abafou um riso ao perceber que era Moody, enquanto todos estavam ao redor do Papai Noel. Ele tirou um pacote largo e embrulhado com papel azul do saco. – Hum... Cadê o Rodolfo? – chamou, o garoto se esquivou no meio dos outros e apareceu na frente do Papai Noel, olhando-o com a sobrancelha erguida, desconfiado.

Entregou a ele, rasgou o papel, dando de cara com uma Nimbus Junior, o garoto vibrou e foi para a mesa com os olhos brilhando.

- Harry! – murmurou Hermione, carrancuda.

- Foi o Papai Noel! – disse erguendo os braços. Ela bufou e cruzou os braços.

- Ahm... Matheus? – chamou, procurando pelo saco, entregou a ele um pacote pequeno e de cor vermelha. – Rory?! – a menina andou até ele e pegou o pacote médio e roxo.

E foi chamando um por um, até Hermione ficou extremamente feliz ao ganhar um livro egípcio, que procurava há um bom tempo.

- Harry! – chamou por último, o moreno assustou-se, já que não havia colocado nada para ele próprio. Foi com uma cara interrogativa até Moody. – Achou que ficaria sem, é? – disse, entregando-lhe um pacote.

- Obrigado! – agradeceu, abrindo-o. Virou de um lado, virou de outro, virou de ponta cabeça. – O que seria isso? Exatamente?!

- Um espelho detector de inimigos! – disse Moody, parecendo entusiasmado. – Agora eu vou indo! – disse, subindo no trenó. – Ho ho ho! Um feliz natal! – bradou, antes de desaparecer no céu.

Harry andou até Hermione, entrelaçando seus dedos nos dela e a puxando. Começaram a andar pelo jardim, sentindo o cheiro adocicado dos cabelos dela.

- Estou muito feliz. – disse o moreno, olhando o céu e depois olhando para ela. – Mais um ano juntos...

- Eu também, meu amor! – disse, segurando a outra mão dele. – Pro resto da vida! – terminou, selando seus lábios.

Roger foi entregar os presentes para o filho, deixando Ginny sozinha e tomando mais alguns copos de Martini.

- Hei! Pessoal! Venham todos aqui, sim? – chamou Ginny, subindo em cima da mesa. Harry e Hermione foram para perto, ele a abraçou por trás, colocando seu queixo no ombro dela, então ficaram esperando Ginny se pronunciar, assim como os outros que iam se aproximando. – Mais um ano está se passando... – começou com um sorriso bobo. – Eu agradeço todos os dias por termos chego até aqui. Juntos e felizes. Nós caminhamos muito, por estradas diferentes, passando por desafios diferentes... Mas todos nós temos um só propósito... E esse propósito é sermos felizes! É alcançarmos a felicidade total, algum dia. Eu havia me preparado muito para falar a vocês... Havia feito um discurso enorme e tolo! Mas é claro que não adiantaria nada, porque tudo que eu tenho que falar, deve vir de dentro de mim, porque falo pra vocês com meu coração! Depois de alguns copos de Martini... – todos riram, inclusive ela. – Eu descobri que isso daqui é mais um desabafo, uma declaração, em fim, julguem como quiserem! – Ela olhou em volta, a Sra. Weasley passava a mão pelos olhos, tentando conter as lágrimas. – Eu sei que não somos mais que uma gota de luz, mas não há dinheiro no mundo que vai pagar o que eu tenho! Família, eu amo vocês! – terminou Ginny, dando um passo em falso, quebrando o saltando e caindo da mesa, mas sendo segurada por Fred e Jorge.

- Ai! – exclamou Ron. – Acho que vou morrer com tanta emoção! – disse, colocando a mão no coração.

- Biba não morre! – disse Harry olhando para o ruivo. – Biba vira purpurina! – disse imitando uma voz finíssima e soltando-se de Hermione, fazendo gestos com a mão. Todos gargalharam, exceto Ron que adotou uma postura superior e olhou de canto para Harry, como se ele fosse um cisco.

Luna colocou uma música lenta, enquanto a Sra. Weasley abraçava a filha e depois ia servir a sobremesa. Harry puxou Hermione pela mão.

- Me concede esta dança? – perguntou, estendendo a outra mão a ela.

- Mas é claro, gentil cavalheiro! – respondeu, segurando na cintura dele.

Os dois dançavam a luz do céu, com as testas coladas, fazendo outros casais irem dançar. Arthur puxou Molly, Ginny e Roger, Luna e Fred. Os três jovens tentavam disputar quem dançaria com Rory, mas Matheus foi mais rápido, pegando na mão da prima, fazendo Harry os olhar desconfiado, sendo captado por Hermione.

- Ah, não comece com suas crises de pai coruja! – repreendeu.

- Eu não disse nada! – defendeu-se, olhando de canto, vigiando.

- Mas pensou. – disse rindo. – Meu amor, Rodolfo parece muito quieto para meu gosto! – falou séria.

- Deixe-o! Não deve estar fazendo nada de mais... – confortou-a, fazendo-a deitar a cabeça em seu ombro, envoltos num abraçado de amor.

Logan estava quase deitado na cadeira, e Jess havia sumido, assim como Rodolfo. Roger e Ginny andaram até Harry e Hermione.

- Vocês já têm algum plano para amanhã? – perguntou Roger, sorrindo.

- Não, não. – disse Hermione, bocejando.

- Eu tenho algumas entradas para um jogo de futebol! O que vocês acham? – perguntou, entusiasmado.

- Seria ótimo! – disse Harry, com Hermione concordando.

- Então vocês passam lá em casa, antes das duas horas? – perguntou Ginny, pendurada no pescoço do marido.

- Combinado! – disse Harry, beijando a bochecha de Hermione. – O que acha de irmos para casa? – perguntou, sorrindo.

- Ah vamos, estou morta! – disse, andando até Rory, que ainda dançava. – Querida, termine esta dança e vamos. Esperamos você no carro. – informou a morena. – Quero ver acharmos o pestinha. – disse, olhando carrancuda para Harry.

Os dois entraram na casa, e foram para a sala. A Sra. Weasley estava parada, encostada na porta, admirando algo. Ao perceber a presença do casal, virou-se sorrindo e apontando para o menino. Rodolfo dormia encolhido no sofá, agarrado a vassoura nova.

Hermione suspirou, derretida a visão do filho. Harry foi até ele, o pegando com cuidado no colo.

- Tchau! – murmurou para a Sra. Weasley, marchando para fora da casa. Levou o menino até o carro, o colocando no banco de trás, tirando o seu casaco e o cobrindo. Hermione ainda se despedia e Harry já os esperava no banco do motorista.

Rory ia atrás do cachorro, que cheirava algo ao lado de uma árvore, distante do jardim. Andou até lá, e instintivamente olhou para cima da árvore. De repente, Jess pulou a sua frente.

- Ah, que susto! – disse Rory, sorrindo e segurando na corrente do cachorro. – Porque estava ai?

- Estava cansado de te ver com o Matheus. – respondeu enigmático.

- Eu não estou entendendo. – disse com o estômago revirando.

No mesmo momento, sem que ela tivesse chances para pensar, o cachorro, que a tanto tentava fugir, os havia enrolados suas pernas com a corrente, fazendo-os cair no chão, com Jess por cima dela, selando seus lábios, se beijaram fabulosamente, num mundo que se resumia em apenas os dois, envolvendo-os num mar do primeiro amor.

- Rory! – chamou Hermione, procurando pela menina. Eles estavam estáticos, Rory então, voltando a pensar, tentava desenrolar a corrente, com ajuda de Jess, ambos enrubescidos. Levantou-se e ajudou Jess, saindo correndo em seguida.

- Nos vemos amanhã! – gritou Jess. Rory sorriu, e entrou no carro, deixando a porta aberta e chamando Flipe, que entrou em seguida.

Estava sentada no banco da frente, pois atrás Hermione tinha a cabeça do filho em seu colo, que dormia graciosamente.

- Aonde nós vamos amanhã? – perguntou inocentemente.

- Assistir um jogo de futebol com Ginny e família! – disse Harry, animado.

Rory sorriu. Ela sorriu diante as expectativas do pai. Ela sorriu porque ele mataria Jess se soubesse do ocorrido. Ela sorriu porque como Ginny disse, ela também amava sua família, e nada no mundo mudaria isso.

Porque eles corriam para o mesmo pódio, porque eles estavam, ao menos naquele dia, na mesma sintonia.

FIM



N.A.: Luuuuh, obrigada pelo comentário *-*
Jessi, espero que goste do capitulo novo!
Comentem se gostarem, em!

BEIJOS!

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