Tramas x Granger x Ciúmes?
Carla: Este capítulo é dedicado à Aninha, co-autora, que teve paciência no momento em que tive bloqueio e não pude escrever.
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Cap. 9 – Tramas x Granger x Ciúmes?
A aula estava correndo sob um clima tenso. O estado de espírito de Snape mudara de indiferente para impaciente. E ele tinha um alvo: Hermione Granger. Esta o ignorava categoricamente. Estava ciente dos olhares que o professor lhe lançava, mas fingia que não era com ela. Os demais alunos estavam de coadjuvante naquela batalha de nervos. Apenas aguardavam o que estava por vir.
O sinal que anunciava o fim da aula tocou e suspiros de alívio poderiam ser ouvidos. Snape se levantou e se pronunciou:
- Deixem seus trabalhos em cima de minha mesa. Na próxima aula, eu darei mais instruções sobre a poção da verdade. Seria interessante que os senhores pudessem fazer pesquisas na biblioteca sobre o assunto. Ajudaria na nota, pois acreditem não sinto muito prazer em dar zeros. – seu olhar estava transbordando maldade – Estão dispensados, menos a senhorita Granger. “Já esperava por isso.” pensou Mione.
“Chegou o momento de botá-la em seu lugar” pensou Snape. Os alunos nem se moveram. Estavam muito interessados em saber o que iria acontecer. Snape percebendo a inércia de seus alunos vociferou:
- O que vocês ainda estão fazendo aqui? Querem ter detenções? – os alunos saíram em debandada. Após a saída destes, a porta se fechou num estrondo.
Snape focalizou seu olhar na aluna. Esta estava arrumando suas coisas com tranqüilidade. Não passava nenhum nervosismo. Resolveu encarnar sua face mais dura e teceu seu discurso. Desviou o olhar e começou a falar:
- Suponho que esteja pensando que o seu comportamento perante minha pessoa não passaria impune. A senhorita chegou atrasada, atrapalhou a aula e ainda desrespeitou-me perante os alunos (só na cabeça dele). – ao voltar seu olhar, percebeu que a aluna não estava tendo a reação que ele espera, continuava com sua indiferença. Ficou irritado e disparou – OLHE PARA MIM QUANDO EU ESTIVER FALANDO COM VOCÊ!
Hermione não se abalou com o grito de Snape e o encarou desafiadoramente. Ao encarar aqueles olhos, Snape ficou mudo. Sua garganta ficou seca e sua mente ficou, momentaneamente, incapacitada de formular uma frase sequer. Snape tinha a intenção de assustar a aluna, mas parece que o assustado foi ele.
Hermione, ao ouvir o grito do professor, pensara em encará-lo e dizer mil e umas verdades. Mas isso não ocorreu. Quando cravou seus olhos nos olhos do professor, sentiu sua mente cair num vazio perdendo a noção de tempo e espaço. Ficaram longos minutos se encarando. O transe envolvendo os dois foi interrompido por umas batidas na porta.
X – X – X
Assim que saíram da sala de aula, alguns alunos ficaram parados atrás da porta tentando ouvir o que se passava lá dentro. Os grifinórios estavam preocupados com a amiga e os sonserinos queriam ver a garota se dar mal. Estavam se esforçando para ouvir o que aconteciam e acabaram se assustando com o grito que o Snape deu.
- Coitada da Hermione... – lamentou Neville.
- A sangue-ruim se ferrou – zombou um sonserino.
- Repete na minha cara o que você falou, seu cretino! – exclamou Harry exaltado. Rony tentou conter o amigo.
- Repito quantas vezes você quiser – desafiou o sonserino – E pode vir, que eu não medo de você e nem bobalhão ruivo – Rony realmente se enfureceu e quis partir pra cima do menino, se não fosse a chegada de Carlinhos.
- O que está acontecendo aqui? Alguém pode me explicar esta baderna aqui no corredor?
- Essa lesma nos desrespeitou. – se queixou Rony.
- Isso não é motivo para essa baderna toda. Agora vão, antes que os mande para detenção. E menos dez pontos para cada casa. – Os alunos rapidamente se dispersaram. “Esses moleques! Minha vida era mais fácil quando eu tinha que lidar com dragões...” suspirou o ruivo. Bateu na porta da sala de Snape.
X – X – X
Ao ouvir a batida, ambos desviaram os olhares e Snape mandou que o visitante entrasse.
Carlinhos abriu a porta e viu Snape e Hermione. Snape queria estuporá-lo apenas com o olhar.
- Atrapalho? – perguntou temeroso. Hermione virou para ver quem era o dono da voz, deparou-se com o ruivo e sorriu. Carlinhos retribuiu o sorriso. Snape fechou mais a cara e seu olhar parecia querer disparar um Cruciatus no rapaz.
- O que quer, Wesley? – o rapaz êxitou em responder.
- Bom é que eu... O Hagrid pediu para lhe informar que irá a Floresta Negra hoje à noite e quer saber se o senhor precisa de algo. E a senhorita Sprout pediu que a encontrasse mais tarde. A lua está mudando de fase e algumas plantas estão aptas para serem colhidas – Hermione acompanhava o ruivo com o olhar, ignorando completamente a presença se Snape. Snape percebeu isso.
- Mais alguma coisa? – a fala de Snape saiu mais rude e agora seu olhar estava a ponto de lançar uma Avada Kedrava no ruivo.
- Sim, eu vim saber se os andítodos das amostras daqueles venenos que eu te mandei estão prontos? – Sem dizer nada, Snape foi em direção ao aposento que se encontrava ao lado de sua sala, onde armazenava suas poções.
Estando sozinhos, Hermione puxou conversa com Carlinhos:
- Como foi a manhã do professor mais querido das alunas de Hogwarts?
- Por que você diz isso? – retrucou.
- Eu soube que a maior parte das suas turmas é composta por alunas. E que estão sem vagas também.
- Hum... Quer dizer que você tentou se inscrever. – provocou.
- Não. A matéria não é de meu interesse. Mas quem sabe eu até poderia tentar uma vaga, dizem que o professor vale a pena. – o ruivo ficou vermelho e Hermione não conseguiu conter a risada.
- E o nosso encontro, está de pé? – disse Carlinhos com olhar de cobiça e Hermione tomou um susto
- O quê? – Carlinhos riu e Hermione se tocou de que ele estava brincando com ela. – Ah... Não vale! – e riram os dois juntos.
Snape, que estava ouvindo a conversa, retornou com a pior cara do mundo e deixou os frascos em cima da mesa.
- Tome e agora suma! – disse bastante grosseiro. Carlinhos sentiu calafrios com o olhar de Snape. Este se virou para Hermione e encontrou um olhar duro. A garota não havia gostado do tom com que ele havia se dirigido ao rapaz. Snape sentiu-se incomodado.
- Bom... muito obrigado, professor. Eu vou... indo, pois eu... ainda tenho muito que fazer. – Recolheu os fracos e se encaminhou em direção à porta.
- Espere-me que eu vou com você. – Hermione falou surpreendendo aos dois homens. – Com licença, Prof. Snape, eu fiquei de me encontrar com a diretora. – deu sua desculpa e saiu acompanhada do ruivo. Snape acompanhou a cena sem esboçar nenhuma reação.
Hermione e Carlinhos estavam conversando quando pararam no saguão de entrada.
- O Prof. Snape é um louco! Nunca me senti tão ameaçado... Nem quando eu era aluno dele. Aliás, o que você estava sozinha com ele?
- Ele estava querendo me repreender. – falou Mione – Ele até começou... mas não sei... ele meio que... travou. E eu também estava louca para rebater, mas eu... também travei – concluiu reflexiva – Estranho... Quando você apareceu, acabou atraindo a ira dele.
- É estranho mesmo. “Parecia que ele estava com ciúme... O Snape? Não... Ele nunca gostou de ninguém... Pelo menos que eu saiba. Que loucura!” pensou – e balançou a cabeça para tentar espantar este tipo de pensamento. Este ato atraiu a atenção de Hermione.
- O que foi?
- Nada, só estava pensando besteiras. – disfarçou Carlinhos – Agora, mudando de assunto. O que você irá fazer agora?
- Eu vou falar com a diretora.
- Então, eu irei te acompanhar.
- Nossa, mas que honra! – ironizou a moça e fez ar de que estava encantada.
- Engraçadinha. Sabe, Hermione, das poucas vezes que eu te vi e do que muito me contaram, pensei que você fosse uma garota completamente diferente do que está se mostrando agora. – Hermione ouviu as reflexões do ruivo e disse séria.
- Eu também... Vamos? – perguntou abrindo um sorriso e saindo na frente.
- Vamos... – respondeu o ruivo sem desfazer a interrogação que havia se formado em sua face e limitou-se a acompanhá-la.
Perto dali, um loiro sonserino estava observando tudo.
X – X – X
Após ter visto a garota saindo acompanhada do ruivo. Severo Snape estava perdido em pensamentos. Definitivamente, o dia havia começado mal. E para ele, a culpa disso tudo não poderia ser de ninguém mais, senão da Granger. ”Por que aquela garota o havia deixado sem reação? Ela está diferente, mais mulher. Assim que havia botado os olhos nela, senti um incômodo no estômago. A visão dela abraçando o Potter foi terrível. Que nível de intimidade eles tinham? O Potter é ou era namorado da Weasley. Mas e o Longbottom?... Ela beijou o Longbottom! Mas eu não tenho nada a ver com isso... E o Weasley? Jogando charme pra cima dele... Pensei que ela gostasse do mais novo... Ela o enfrentou na frente da classe. Que ousadia! Desde que ela havia entrado na classe, não consegui desgrudar os olhos dela. Fiquei esperando a aula acabar só para poder humilhá-la como sempre fiz. Mas não! O bobão ficou para olhando pra ela. Mas ela também não disse nada. Será?... Será que ela estava querendo seduzí-lo também? Ela não irá conseguir! O que será que ela estará pretendendo? Terei que observá-la de perto... Ela pode se tornar um perigo para Hogwarts.” Pensou.
Snape saiu de seus devaneios e murmurou para ele mesmo:
- A Granger não perde por esperar. Vou botá-la no seu lugar!
X – X – X
Estavam subindo as escadas para o segundo andar quando Gina apareceu.
- Carlinhos, mamãe quer saber por que que você ainda não mandou uma mensagem pra ela?
- Você não tinha escrito que todos nós estávamos bem?
- Sim, mas ela quer que você escreva.
- Entendi. – quando Gina se preparava para seguir em frente, Hermione falou:
- Você não vai me cumprimentar, Gina?
- Desculpa, que falta de educação a minha. – A menina parou e olhou atentamente para a garota ao lado do seu irmão e arregalou os olhos – Mione?
- Sim. – e confirmou a garota com um sorriso.
- Nossa! Mas como você está diferente! Que alegria te ver de novo! – e abraçou a garota com vontade.
- Eu também estou feliz de te ver!
- O Harry! Ele já te viu? Você falou com ele? – perguntou a ruiva afoita.
- Sim. Eu vou te contar tudo. Mas agora eu tenho que...
- Por que vocês não aproveitam o intervalo do almoço para matarem as saudades? Eu falarei com a diretora e ela irá compreender. – interrompeu Carlinhos.
- O que você tem pra falar com a diretora? – perguntou Gina curiosa. Antes do irmão a repreender, Hermione falou:
- Nada de mais. Pode ficar para outra hora.
- Então, vamos. Você tem muito que me contar. – Gina puxou Hermione para direção contrária rumo ao salão principal – Não só pra mim. Para todos nós! Ficamos muito preocupados. O Harry sofreu muito! O Rony nem tanto. Ele sempre foi mais lerdo. O importante é que você está aqui! – e Gina continuou falando.
Carlinhos as observou sumir e depois seguiu o seu caminho.
X – X – X
Snape saiu de suas masmorras e se dirigia para o Salão Principal. No meio do caminho esbarrou com Draco Malfoy.
- Malfoy, o que está fazendo aqui perambulando pelos corredores? Não está tramando algo, está? – perguntou cauteloso.
- Não. Você sabe, que depois do que aconteceu, eu procuro não me meter em encrencas.
- Sei... – respondeu não estando muito convencido. Malfoy percebeu.
- Eu estava observando a Granger. – Snape ficou interessado, mas procurou não demonstrar. – Ela estava conversando com o Weasley mais velho. Pareciam íntimos. – Snape quis ignorar este último comentário, mas foi difícil.
- E por que o senhor estava observando a Granger? – não conseguiu conter a língua.
- Sabe, ela está diferente. Há algo nela que eu não sei explicar. Fiquei curioso.
- Draco, o que os grifinórios fazem, não nos interessa! Sonserinos não devem perder tempo com esses arrogantes. – Snape disse mais para convencer a si mesmo do que ao garoto.
X – X – X
As duas garotas entraram no Salão Principal conversando animadamente. Gina estava narrando a briga que sua mãe e Sirius haviam tido nas últimas férias.
- Foi horrível, Mione. A mamãe brigou com ele por ter levados os meninos para àquelas festas estranhas que o Sírius gosta de ir. Só sei que eles só voltaram de manhã. Sorte minha que eu não estava lá. O Rony me narrou tudo, mas como ele só defendia o Sírius, pedi para o Harry me contar a versão dele. Mesmo assim, mamãe chorou muito e Harry disse que depois o Lupin brigou com o Sirius e foi pra casa da Tonks.
- Nossa! Os meninos aprontaram bastante durantes as férias.
- E você? Por onde estava? Foi resolver o problema dos seus pais... Por que ficou sem mandar notícias?
- Eu? É que...
- Mione! – Luna chegou – Neville me contou que você tinha voltado.
- Oi, Luna. Como vai? – as duas garotas se abraçaram.
- Eu vou bem. E vejo que está tentando ficar bem – disse Luna que de repente havia ficado com o olhar esquisito. Hermione ficou apreensiva.
- Deixa de besteira. – Gina falou – Ela está ótima. Mudou bastante. De magrela, virou gostosa. O que você andou fazendo? – Hermione corou. Antes de responder, Harry e Rony chegaram.
- Mione! Que bom te encontrar! Aquele morcego velho te fez alguma maldade?
- Não...
- O que houve? – perguntou Gina.
- O seboso a fez ficar depois da aula e gritou com ela. – respondeu Harry.
- Como vocês sabiam que ele gritou? – perguntou Mione.
- A gente ficou ouvindo atrás da porta até o meu irmão chegar. – falou Rony pela primeira vez.
- Rony, você ainda nem falou comigo. Como vai? Senti sua falta. – e abraçou o ruivo que ficou mais vermelho que pimentão.
O Salão encheu rapidamente. O almoço estava muito animado na mesa da Grifinória, a maioria dos alunos se reuniu em volta de Mione para ouvi-la contar que esteve esse tempo todo na Alemanha. Mais precisamente em Berlim. Contou que estava com os pais e que eles estavam traumatizados com a guerra, principalmente sua mãe. Os amigos mais próximos deixaram para questionar sobre seu “desaparecimento” em outro momento. Por hora, decidiram aproveitar a presença da amiga.
Hermione se encontrava falante e mais aberta. Dava atenção a todos e até contou piada. Sua nova postura atraia ainda mais os alunos, principalmente os novatos e os garotos. Com isso, a mesa a Grifinória era a mais barulhenta, atraindo até alunos de outras casas.
X – X – X
Quando Snape entrou pela porta lateral, uma rodinha de alunos conversando e viu que dois se abraçaram. Percebeu que era Granger e Weasley. “É o outro Weasley!” constatou mentalmente. O salão estava enchendo e o grupo se sentou. Mais alunos se juntaram ou grupo. “Todos em volta dela! Todos parecem hipnotizados... A Granger está tramando algo.” pensou. Viu como ela sorria e fazia os outros sorrir. Estava tão distraído que nem percebeu a presença do velho ao lado que estava atento a tudo e a todos.
- Que bom que ela voltou, não é Severo? – falou Alvo. Snape estava a ponto de concordar, mas reagiu a tempo.
- E o que é que eu tenho com isso? – respondeu de forma ríspida.
- É que você está aqui olhando pra ela... Ela está linda, não acha?
- O senhor não está velho demais para esse tipo de assanhamento?
- Eu só fiz um comentário. Você está muito amargo hoje. Vou falar com alguém mais alegre. – e se levantou.
Snape acompanhou o velho com o olhar e teve a surpresa de vê-lo se dirigindo à concentração de alunos. O que aconteceu a seguir o deixou mais surpreso. Hermione se levantou e abraçou Dumbledore com muita alegria. “Até o velho ela abraçou!” pensou contrariado.
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Durante grande parte da semana, só dava Hermione. A garota conversava com todos, se mostrava muito simpática e atenciosa. Seu novo comportamento estava provocando diversas reações. Harry e Gina tentaram conversar com ela sobre seu “desaparecimento” e a garota sempre se esquivava ou dava respostas evasivas. Luna sempre falava de um jeito esquisito quando estava perto de Hermione. Certa vez a loirinha falou – Que bom! Vejo que não irá se entregar... A batalha será dura! – e Harry estava próximo. Essas frases ficaram martelando na cabeça do menino.
Rony havia decidido que sua hora com a Hermione chegou. Sentia-se suficientemente confiante para atacar sua “presa”. O problema era que sempre na hora “H”, o ruivo só falava besteira e não conseguia atrair a atenção da garota só pra si. Mesmo assim, não havia desistido de tentar. Enfiou na cabeça que uma hora Hermione iria se tocar que ele era o amor da vida dela.
X – X –X
Havia uma pessoa que estava odiando aquela situação toda. E essa pessoa era Lilá Brown. Era noite de quarta-feira e a menina estava andando de um lado para o outro no quarto.
- O que está fazendo aqui, Lilá? – falou Parvati entrando no quarto – Por que você ainda não foi jantar?
- Perdi a fome. E também, eu não iria agüentar ficar olhando para cara da Granger. – e se sentou – Que droga! Agora tudo que eu havia conseguido não está me servindo de nada. Você viu como ela voltou?
- Ela voltou muito diferente. Os meninos só falam nela.
- Diferente? Ela está irreconhecível. Está simpática e alegre. O cabelo dela está lindo e você viu as roupas que ela usa? Todas as meninas estão loucas pra saber onde ela as comprou.
- Não é só isso, Lilá. Estão dizendo que ela ficou muito amiga do Prof. Weasley. Eles foram juntos até Hogsmeade ontem.
- ELES SAÍRAM JUNTOS??? EU FIQUEI DESDE A SEMANA PASSADA TENTANDO CHAMAR A ATENÇÃO DELE E ELA EM DOIS DIAS FEZ COM QUE ELE SAÍSSE COM ELA!!!
- Fica calma. Pra ela foi mais fácil por eles já se conhecerem. Não desanima. Pelo que eu soube, eles são apenas amigos.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Isso não melhora em nada. E agora, Merlim, que eu devo fazer para reverter essa situação a meu favor? Vê agora, Parvati, como eu sofro? – a menina começou a chorar. Parvati apenas concordou com um aceno de cabeça e ficou consolando a amiga.
X – X – X
Os professores também estavam contentes (nem todos!) com a volta da garota. Falavam muito bem dela e teciam longos elogios. Numa pequena reunião, na tarde de quinta-feira, estavam Sprout, Flitwick, Tonks, Weasley e Snape junto com os diretores. E o assunto Hermione veio à tona.
- Profª. McGonagall, a senhora tem certeza de que a Srta. Granger precisa de trabalhos extras para acompanhar a turma? Pelo que vi na minha aula, creio que a turma é que precisará de trabalhos para acompanhá-la. – falou Flitwick.
- Eu concordo com o Prof. Flitwick. – falou Sprout – Tenho certeza que ela sabe muito mais do que qualquer outro aluno. Estou ansiosa para vê-la novamente na minha estufa amanhã. Ela é de um nível diferenciado. – Todos os professores concordaram com o último comentário. Snape se manteve indiferente.
- Meus caros colegas, Minerva sugeriu os trabalhos extras porque a Srta. Granger terá de se ausentar de algumas aulas, somente isso. – falou Dumbledore.
- E por que ela terá de se ausentar? – perguntou Tonks. Alvo olhou para Minerva que apenas retribuiu o olhar e se limitou a responder.
- Por problemas pessoais.
- É algo grave? – perguntou Carlinhos.
- Ora, o senhor, que anda tão próximo a ela, não sabe? – ironizou Snape. O comentário de Snape não foi por acaso. Várias vezes durante a semana, o ruivo e a morena foram vistos conversando pelos corredores e havia boatos de que tinham ido juntos à Hogsmeade. Carlinhos não gostou da provocação e rebateu:
- Tem razão. Na próxima vez que estiver “a sós”, eu perguntarei.
- O regulamento da escola não permite relacionamento íntimo entre alunos e professores. – Snape estava matando o ruivo com o olhar. Carlinhos pareceu ter perdido o medo dos olhares de Snape e disparou:
- O nível de intimidade que a Hermione e eu temos diz respeito somente aos diretores e não ao senhor. – rebateu Carlinhos. O clima ficou tenso. Mas Dumbledore parecia se divertir com o embate e comentou:
- O que uma moça bonita é capaz de fazer... – Minerva ouviu e olhou chocada para o velho. Tonks também estava se divertindo, mas resolveu tomar uma atitude para apaziguar os ânimos.
- Meninos, comportem-se. Que coisa feia! Brigando por causa de mulher!
- O quê? Quem a senhorita pensa que eu sou? – falou Snape dirigindo um olhar mortal para a moça.
- Desculpe-me. - e se virou para Carlinhos – Olha Weasley, eu te conheço há muitos anos e conheço a Mione também. Eu pensei que ela gostasse do Rony... Tudo bem. Você não tem culpa. Ela está muito bonita. Eu não deixaria meu Remo sozinho com ela. Não. Deixaria sim. Eu confio no meu Remo...
- Nós somos só amigos. – cortou o ruivo.
- Sei... Mesmo se for mais do que isso, é só esperar que logo ela se forma.
- Na verdade, Srta Tonks, esse item do regulamento é maleável. Ele não permite relacionamento “dentro” de Hogwarts. Mas pode ocorrer “fora”. Desde que a aluna não seja menor de idade. – falou Dumbledore para espanto de todos.
- Então, por mim, você tem o meu apoio Carlinhos. – falou Tonks. Os outros professores também manifestaram estar de acordo e Carlinhos ficou sem ter onde enfiar a cara. “Tonks não tem jeito!” pensou. Snape, de cara fechada, se levantou bruscamente no meio de das felicitações e marchou em direção à porta. Dumbledore chamou sua atenção:
- Já vai, Severo?
- Sim, não sou pago para ouvir tolices! – respondeu rispidamente e saiu.
Minerva aproveitou a deixa para dispensar os demais professores alegando que queria conversar com Dumbledore a sós.
- Notei sua aflição, minha cara, o que me contou é mesmo verdade?
- Alvo, eu recebi esta mensagem hoje de manhã. – e entregou a carta ao velho bruxo que leu, depois devolveu à bruxa e disse:
- E o que Srta. Granger tem a dizer? Já falou com ela?
- Já. Mas ela disse que só poderá conversar comigo após o sábado. Ela disse que irá me contar tudo. Por hora, só me disse que talvez precisasse se ausentar de algumas aulas.
- Então, só nos resta esperar. – concluiu o bruxo.
X – X – X
O dia de sexta-feira começou bem. A Profª. Sprout estava muito contente com a presença de Hermione e comprovou sua tese de que a menina era diferente do demais. Acompanhou muito bem a aula e fez muitas perguntas. Demonstrou que estava compreendendo muito bem o que ela estava explicando. Diferentemente de outros alunos.
A aula do Snape foi cercada de expectativas. Ninguém poderia prever o que poderia acontecer. Snape estava aparentemente tranqüilo, mas quem o conhecia sabia que isso não era garantia de nada. Hermione se encontrara mais séria, tratava todos muito bem e procurava até esboçar sorrisos. Porém, estava mais centrada.
Durante a aula, Snape fazia perguntas. Todos esperavam que Hermione levantasse a mão para responder, até mesmo Snape. Mas a garota nem se mostrava interessada.
- Vejo que a Srta Sabe-Tudo não é mais a mesma? Não irá responder nenhuma pergunta?
- Não. – se limitou a responder.
- E por que a Srta Sabe-Tudo não irá responder? Será que não sabe? – provocou.
- Primeiro, meu nome não é Sabe-Tudo, é Granger. Segundo, nenhuma das perguntas foi dirigida a minha pessoa. O senhor sempre me disse que eu deveria me limitar a responder somente quando fosse solicitada. E como não fui, não respondi. Terceiro, eu sei todas as respostas e o senhor sabe disso!
Os alunos ficaram estupefatos. Snape ficou mordido de raiva. Tanto que tirou 50 pontos da Grifinória por Hermione tê-lo faltado com respeito. Mas ninguém se importou. Os grifinórios estavam em êxtase e Hermione era sua nova heroína. Durante o jantar, os alunos comentavam sobre como a garota teve coragem de enfrentar o morcegão.
X –X –X
Sábado de manhã. Um loiro andava pelos corredores de um hospital. Estava com um ramo de flores silvestres e um ar triste. Era sempre doloroso ir até àquele lugar, mas tinha que fazê-lo. Andava de cabeça baixa, distraído, quando trombou com alguém. Levantou a cabeça, tinha a intenção de pedir desculpas, mas parou ao reconhecer a pessoa:
- Granger?
- Malfoy?
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N/A`s: Quase um mês! Que louco! Esperamos que isso não aconteça mais...
*Regina, valeu pelo toque. Mas a gente decidiu começar logo em agosto porque Hogwarts ficou fechada um tempão e a gente queria aproveitar o tempo quente para agitar as coisas.
* Aos nossos leitores fiéis (que são mais ou menos 6 pessoas), esperamos que vocês gostem deste cap. Os próximos terão coisas que vocês nem imaginam.
* E também temos fé que nosso público aumente para pelo menos 10 pessoas!rsrsrs.
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