Algo diferente em Hogwarts...
Severo Snape acordou sentindo-se diferente nesta manhã de segunda-feira. As cenas ocorridas na noite anterior estavam repassando constantemente pela sua mente. Havia ficado impressionado. Levantou e mirou o frasco vazio da poção anti-ressaca. Concluiu que estava alcoolizado na noite anterior e que tudo não havia passado de mais um delírio de bêbado. Rumou em direção ao banheiro para tomar um banho. A água gelada seria suficiente para dar disposição para um longo dia.
X – X – X
Hermione Granger despertou de bom humor. Iria voltar a freqüentar as aulas. Era tudo que estava precisando naquele momento. Distrair-se. E estudo era diversão para ela. Dirigiu-se a saleta para admirar os livros, recém chegados, que estavam empilhados em cima da mesa. Pegou um exemplar de História da Magia e folheou próximo ao nariz para tentar absorver o aroma. “Adoro cheiro de livro novo!” pensou, suspirando em seguida.
Reparou no relógio e viu que ainda era cedo e decidiu folhear livro por livro. Percebeu que já conhecia todos os conteúdos abordados. Anos passados na biblioteca lhe deram todo o conhecimento necessário. Mas sentiu frustração:
- Que droga! Eu já sei tudo! Será que não tem mais nada de diferente pra mim em Hogwarts?
X – X – X
Passado uma hora, o Salão Principal estava cheio de alunos para o café da manhã. O falatório era intenso. Na mesa da Grifinória, os alunos do último ano estavam se lamentando:
- Cara, mais uma aula com Seboso Snape. Quem me dera, se alguma praga me atingisse... Eu estaria bem melhor. – disse Rony.
- É mesmo. A última aula foi um terror. – concordou Harry.
- Prontos para a aula, meninos? – perguntou Lilá se aproximando. Sentou-se ao lado de Rony e abriu um exemplar do Profeta Diário.
- Hum... É... Não sabemos. – respondeu Harry confuso. Desde o início das aulas, Lilá tinha mudado seu comportamento com eles. Agora que era monitora, passou a ser mais responsável e fica o tempo todo tentando interagir mais com eles. Ficava mais tempo na biblioteca e tentava parecer uma garota séria. Gina uma vez comentou que Lilá estava querendo tomar o lugar da Hermione. Harry de início não deu atenção, mas certas atitudes da garota o fizeram pensar: ela se aproximava quando ele e Rony estavam conversando, se oferecia para estudar com eles e até conversava com os professores. Agora, vendo a menina lendo jornal, fazia com que essa desconfiança ficasse martelando na sua cabeça.
- Hum... Lilá, desde quando começou a ler jornal? – arriscou.
- É que bom... É sempre bom estar informado, não acha? – respondeu a menina pouco convincente.
- Mas e o “Semanário das Bruxas”? “Magia Adolescente”? E a “Garota Encantada”? Não te interessam mais? – se intrometeu Rony.
- Bom, isso passou a ser perda de tempo pra mim. A Parvati é que adora de ler – respondeu categoricamente.
- Eu lembro que a Mione sempre lia... – comentou Harry tentando parecer inocente. Lilá ficou surpresa em ouvir tal comentário e tentou disfarçar:
- Se eu tiver um tempinho, talvez eu dê uma olhadinha. – se levantou, deu um beijo no rosto do ruivo e cochichou algo. Aos demais, comunicou que iria encontrar com Parvati. Harry esperou a menina se afastar e questionou o amigo:
- Você está com ela de novo?
- Foram só alguns beijinhos... Se Ronald Weasley se comprometer com uma, o que serão das outras?
A resposta de Rony fez Harry refletir e uma cena ocorrida no verão povoou sua mente.
*** Flash Back***
- Sirius, você está de namoro com a mulher da loja de doces? – perguntou Lupin.
- Quem eu? – questionou arregalando os olhos
- Sim, você está de namoro com ela de novo!
- Aluado, essa é uma acusação muito grave. – respondeu Sirius se fazendo de ofendido.
- O que tem de tão grave nisso? – perguntou Rony.
- É mesmo, Sirius. – e reforçando a pergunta de Rony – Porque não admitir que esteja namorando?
- Por que foram só alguns beijinhos... Se Sirius Black se comprometer com uma, o que serão das outras? – e finalizou com um sorriso maroto.
*** Fim do Flash Back***
“Falou igualzinho ao Sirius...” pensou Harry.
Gina apareceu e lhe deu um beijo suave que o tirou do reino dos pensamentos.
- Onde será que o senhor estava? – perguntou sorrindo.
- Estava pensando no Sirius. – respondeu vagamente.
- Hum... Então esqueça o Lago Grimaldi e se concentre nas masmorras. A aula começará daqui a pouco. – imediatamente Harry bufou e deu um selinho na namorada.
- Vou me preparar. Vemos-nos no almoço. – e terminou de comer.
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Hermione estava tomando calmamente seu café da manhã. Já tinha tomado banho e se vestido. Seu uniforme ainda não havia chegado. Então, vestiu uma calça jeans um pouco surrada, uma camiseta lilás bem clarinha, uma jaqueta curta vermelha e uma bota de bico fino preta. Os cabelos estavam enrolados num coque baixo que poderia se desfazer a qualquer momento. Uma mecha se desprendeu e acabou dando certo charme ao visual. Para o rosto apenas um rímel e um gloss cor de boca. Certo momento, lembrou-se de que deveria passar na diretoria para conversar com Minerva sobre o horário das aulas. Largou tudo, colocou seus óculos escuros e saiu em disparada pelos corredores.
X – X – X
Lilá Brown e Parvati Patil estavam conversando no corredor.
- Amiga, por que você ainda continua com isso?
- Eu preciso, Parvati. Agora que sou monitora, preciso ter uma boa imagem. E também preciso me aproximar do Potter e do Weasley. Sendo amiga deles, a minha popularidade só aumenta. Graças a Merlin que a Granger resolveu sumir do mapa. Com ela aqui, seria mais difícil.
- Tem razão. Com ela, seria duro de lidar. Acho que o Weasley está no papo. Já o Potter, vai ser mais difícil. Ele é muito desconfiado...
- O Potter... Olha, ele quase me deixou em mãos lençóis agora pouco. Tive que disfarçar. Eu vou precisar de mais artifícios para conseguir a confiança dele. Mas, mesmo assim, preciso ter cuidado: aquela namoradinha dele é muito atenta.
- É Lilá... Reconheço que sua missão é bem complicada!
- Você não sabe o quanto eu sofro...
A fala de Lilá é interrompida por uma moça que passa correndo pelo corredor.
- Ei! É proibido correr nos corredores! – gritou Lilá. A moça ouviu e imediatamente parou. Olhou para as meninas e as reconheceu. No peito de uma delas, havia o distintivo de monitor. Isso a fez moderar suas palavras ao falar:
- Ah... Desculpe-me. Eu preciso encontrar com a diretora. Prometo que isso não irá se repetir. Bom, já vou. A gente se vê mais tarde. Tchau, Parvati. Tchau Lilá. – e continuou o seu caminho, só que andando, mas com o passo bem apressado.
- Parvati, você conhece essa garota?
- Não. E você?
- Também não. Mas ela me lembra alguém... Deixa pra lá, tenho muito que pensar.
- Então, deixe para pensar mais tarde. Precisamos nos arrumar para a aula do Snape.
- Ai, meu Merlim. Esse monstro é capaz de cansar a beleza de qualquer um. Se não fosse tão insuportável... Só assisto aula porque ele está mais gato.
- Mas não ganha do Weasley mais velho.
- Os dois são gatos, mas o Weasley é bem mais gracinha. – Parvati só concordou dando um risinho e seguiram falando mais futilidades.
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Snape estava esperando os alunos em sua sala. Estava impaciente. Passou o início da manhã pensando no anjo e também nas palavras de Dumbledore. “Precisava ser mais paciente com os alunos...” pensava nisso todo instante. Realmente, não sabia como fazer isso. Resolveu ignorá-los. Daria uma poção qualquer que tivesse um tempo longo de preparo e falaria o mínimo possível durante a aula.
Tentou relaxar e sentou-se um pouco. Respirou fundo e jogou a cabeça para trás. A visão da noite anterior sempre voltava. Ele não conseguia mais fugir. Decidiu que procuraria a moça que tanto o deixava perturbado. Ouviu cochichos vindos da porta. Seus alunos chegaram. Dirigiu-se até a porta. Durante este período, construiu a máscara da frieza em seu rosto. Abriu a porta e deu passagem para que os alunos entrassem. “Tudo sempre igual. Será que não há nada de diferente em Hogwarts?” pensou. Esperou até que o último entrasse e se sentasse. Fechou (bateu) a porta com força.
Olhou para seus alunos com o máximo de desprezo e iniciou sua aula:
- Na aula de hoje, estudaremos a Poção Veritaserum Conhecida poção da verdade. Ela foi muito útil nos interrogatórios e julgamentos depois da guerra. É preciso muita atenção e concentração no seu preparo. E muito cuidado ao acrescentar as penas de dedo-duro. Afinal, queremos descobrir a verdade e não envenenar alguém. – ao dizer isso com sua voz sombria, um arrepio passou pelos estudantes.
- Mas, professor, esta poção demora um mês para ficar pronta. – comentou um aluno da Grifinória. E este comentário foi devidamente ignorado.
- Bom, como o processo de preparação é longo. Esta poção deverá ser entregue daqui a dois meses. Será tempo suficiente para estudá-la melhor e permitirá que caso não acertem no processo de preparo, o que é muito provável, terão tempo para reiniciá-la. Durante esse tempo, quero que me tragam uma amostra de cada etapa do processo para que eu possa analisá-las. Esforcem-se, pois contará ponto na média. Agora, abram na página 279 e comecem a ler. No fim da aula, me entreguem um resumo do capítulo.
Snape se dirigiu até sua mesa e pegou um livro para ler. “Até agora, foi suportável. Espero que fique assim até o fim do dia” pensou. Abriu o livro na página marcada e mergulhou na leitura.
Batidas foram ouvidas da porta. Snape parou de ler, revirou os olhos e vociferou:
- ENTRE!
A porta foi aberta com cuidado e, de lá, apareceu uma bela jovem.
- Desculpe pelo atraso, Prof. Snape. – disse a jovem. Snape levantou os olhos para olhá-la e ficou estático. Sentiu um incômodo no estômago e que seu sangue corria mais depressa por suas veias.
X – X – X
Chegou à diretoria, mais rápido que pôde. Assim que saiu das vistas de Lilá e Parvati, voltou a correr. Parou na frente da porta e lembrou-se de que não sabia a senha. Por sorte alguém estava saindo naquele exato momento. Deu de cara com um ruivo alto e forte. Ficaram se encarando por pouco tempo. Até que Hermione o reconheceu.
- Carlinhos? Carlinhos Weasley? – perguntou.
- Sim, sou eu. E você é...
- Hermione Granger.
- Hermione? Mas você está diferente... Muito diferente. Está mais bonita.
- Todos nós mudamos. E você também está muito bonito. – o ruivo ficou um pouco vermelho.
- Bom... Eu tenho que ir. Minha turma deve está me esperando...
- Ah! Claro. Desculpe-me por tomar o seu tempo.
- Não! Não há problema. Gostei muito de te ver.
- Igualmente. Será que não poderíamos conversar em outro momento?
- Sim, claro. Quando quiser. – e ficaram se encarando.
- Bom... – disse Hermione interrompendo o silêncio – Eu tenho que entrar.
- E eu tenho que dar minha aula.
- Até... – disse Hermione entrando na sala da diretoria. “Carlinhos é um rapaz bem legal...” pensou.
- Até... – falou Carlinhos e se encaminhou para dar sua aula. “Hermione é uma garota bem legal.” pensou.
Hermione entrou na sala da diretora e Minerva estava conversando com um quadro.
- Não se esqueça de mandar este recado para Madame Pomfrey.
- Sim, diretora. – e, imediatamente, o quadro ficou vazio.
Hermione se aproximou devagar.
- Bom dia, Minerva. Desculpe-me pelo atraso.
- Bom dia, filha. Está atrasada por quê?
- Esqueceu? Precisamos definir os horários das minhas aulas. – A professora fez uma expressão ruim de que tinha se lembrado de algo que não poderia esquecer.
- Era isso. E faltam dez minutos para as nove. – disse se lamentando – Chegará atrasada na primeira aula.
- Dependendo do professor, não terá problema.
As duas se sentaram e ficaram conversando sobre quais matérias Hermione iria cursar. Poções, Transfiguração, DCAT e Feitiços eram obrigatórias, mas Hermione não se incomodou com isso. Até concordou com essa nova norma do Ministério. Adivinhação estava fora de cogitação. Trato das Criaturas Mágicas também. Mas não porque odiasse. Simplesmente, não tinha mais vaga na turma. A conversa estava boa. Só que o relógio apontava nove horas e quinze minutos.
- Filha, não quero que se atrase mais. Sua primeira aula será nas masmorras com o Prof. Snape.
- Hump... Não poderia começar melhor – disse com ironia.
- Bom, diga ao professor que se atrasou por minha causa. Melhor, use a lareira e vá até os seus aposentos e pegue seu material. Enquanto isso, eu escreverei um bilhete explicando seu atraso.
Hermione fez o que a professora pediu. Na volta, pegou o bilhete e ouviu uma advertência:
- Depois das aulas, me procure. Iremos resolver este problema com o uniforme. Não quero que os alunos pensem que podem abandonar o uso do uniforme. Isso aqui ainda é uma Instituição de Ensino e não um Clube.
- Mas fora do horário de aula posso me vestir do jeito que eu quiser, certo? – A velha bruxa tinha um olhar analítico e respondeu a contra gosto.
- Certo... Agora use a lareira até a cozinha. De lá, será mais rápido chegar às masmorras.
- Ok. Deseje-me sorte. – falou a jovem temerosa
- Até mais tarde. – se limitou a responder a bruxa.
Chegando à cozinha, passou pelos elfos – eufóricos por sua presença – sem lhes dar muita atenção e se limitou a dizer:
- Nos vemos mais tarde.
As masmorras ainda possuíam o mesmo aspecto tenebroso de outrora. Apesar do verão, o frio era singular. Agradeceu mentalmente o fato de ter dispensado o bolero e ter preferido a jaqueta na hora de se vestir. Aproximou-se da porta e parou em frente desta. Sentiu o coração bater mais rápido de tanta excitação. Respirou fundo pelo nariz e soltou o ar pesado pela boca. Estava pronta. Bateu na porta. Ouviu um sonoro “ENTRE!”. O coração bateu mais rápido. Sentiu receio. Mas decidiu entrar: era uma grifinória afinal! Abriu a porta com bastante cuidado e disse:
- Desculpe pelo atraso, Prof. Snape.
Ao cruzar seus olhos com o professor, sentiu-se presa. Não conseguia desgrudar seus olhos dos dele. Estava hipnotizada.
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Ficaram ambos se olhando por um curto período que parecia interminável. “Essa jovem... Quem é essa jovem? Sinto que é uma jóia preciosa.... Esse rosto... Eu já vi esse rosto, mas me falta o nome...” pensou Snape. “Porque eu me sinto estranha? É só o Prof. Snape... Não! Ele está diferente... Há algo nele que eu não consigo explicar e nem entender...” pensou Hermione.
Os alunos começaram a ficar curiosos. A inércia do professor e da visita que não revelava a razão de sua presença. Olhavam para o professor e olhavam para a jovem,sem dizer nada significativo. Limitavam-se aos cochichos. Até que Draco Malfoy resolveu se manifestar:
- Mas essa é a Granger!
“Granger?” Os cochichos aumentaram. Harry se levantou da cadeira e foi na direção da porta. Hermione ficou emocionada ao ver seu amigo se aproximando e ficou esperando sua reação.
- Mione, é você mesmo? – Harry perguntou inseguro. A jovem a sua frente não se parecia em nada com a Mione de alguns meses atrás.
- Sim, Harry. Sou eu. – e tirou seus óculos, deixando que seu amigo visse seu rosto por inteiro. De maneira impulsiva, Harry não conseguiu controlar a emoção e abraçou a amiga de maneira possessiva. Queria que a amiga sentisse, de algum jeito, o quanto sentira a falta dela. Rony nem ao menos se dignou a cumprimentar a amiga. Ficou estático, observando-a
Nesse tempo todo, Severo estava sem reação. Ao ver a real identidade da jovem, ficou chocado. “Granger? A Sabe-Tudo? Não pode ser... Eu não posso acreditar! Minha aluna... Eu estava desejando uma aluna!” pensou. Estava revoltado. Em menos de vinte e quatro horas, tivera duas oportunidades em que sentiu sensações diferentes: uma foi por uma quase-alucinação e outra, foi por uma aluna. “Estou me sentindo diferente com as mulheres... Quem será a próxima? McGonagall? Pomfrey? ou Trelawney?... Eu sou um idiota”
Quando viu a jovem abraçada ao Potter, sentiu seu sangue ferver. Tinha que acabar com aquela situação.
- Pelo que eu ainda me lembro, aqui ainda é uma sala de aula. E não ponto para reencontros românticos. – disse Snape com sua voz letal. Os meninos, que estavam abraçados e cochichando palavras carinhosas um para o outro, imediatamente se soltaram parcialmente e perceberam que eram os centros das atenções tanto do professor quanto da turma. Ficaram constrangidos e vermelhos. Para romper com o constrangimento, Hermione falou:
- Desculpe-nos por estar atrapalhando a sua aula. Prof. Snape.
Snape simplesmente ignorou o pedido de desculpas. Estava centrado no braço de Harry em volta da cintura da Hermione. O incômodo que estava sentindo devido a essa visão o motivava a falar com mais sarcasmo:
- A aula... Até tinha me esquecido dela... Essa ceninha toda dos senhores foi digna de contos românticos do Semanário das Bruxas. – os sonserinos não agüentaram segurar a risada – O Sr. Potter não tinha permissão para se levantar. Então, por que ainda está de pé? Resolveu desistir da aula?
- Desculpe senhor. – Harry limitou-se a responder. Deu uma última olhada para Hermione, que lhe seu um sorriso, e rumou de volta ao seu lugar.
- E você, Srta. Granger? Sabe muito bem que não tolero atrasos na minha aula.
- É que eu estava com a diretora... – tentou se defender.
- A semana toda? Se a senhorita não sabe as aulas começaram semana passada... – Snape não queria admitir, mas sentiu curiosidade em saber por onde a aluna havia estado. Hermione não gostara do tom com que Snape estava falando com ela. Não iria aceitar que ele a humilhasse assim tão fácil. Aproximou-se dele até ficarem frente a frente, somente separados por uma mesa. Empinou o nariz, olhou diretamente nos olhos dele e respondeu:
- Eu estou completamente ciente do meu atraso em relação à data de início das aulas. Não pude estar aqui antes devido a problemas pessoais. O meu atraso de hoje foi devido a uma conversa que estava tento com a diretora, que gentilmente escreveu este bilhete – pôs a mão no bolso da calça, o mostrou e o colocou em cima da mesa – explicando tudo. Agora, se me der licença, sentarei no meu lugar e começarei a fazer as atividades pedidas. – se virou para ter uma visão da sala e avistou um lugar ao lado de Neville. Dirigiu-se até o lugar, deixando um Snape perplexo e o resto da turma abobalhada.
Chegando ao seu lugar, Neville a recebeu com um sorriso que foi rapidamente retribuído. Acomodou-se e abriu o livro na pagina indicada pelo colega.
- Que bom que você está de volta Senti muitas saudades. – disse sussurrando.
Hermione também sentia saudades do querido amigo, mas resolveu expressar esse sentimento de outra forma: o beijou carinhosamente no rosto.
Snape que estava perplexo pela atitude da aluna. “Que bruxinha malcriada... atrevida... encantadora...” pensava. Despertou de seus devaneios ao vê-la beijando outro aluno. Sentiu raiva, muita raiva. Sem se conter, vociferou:
- MENOS 30 PONTOS PARA GRIFINÓRIA!!!
N/As: Agradecemos aos comentários. E pedimos que ninguém fique nervoso. Tenham calma. Aliás, se quisessem mais atualizações, deveriam ter pedido mais vezes... rsrsrs.
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