O casal inusitado
Os dois jovens ficaram se encarando no corredor do hospital. Ambos pareciam surpresos com o encontro.
- Hum... Olá? – a moça tentou algum tipo de contato.
- O que você está fazendo aqui Granger? – perguntou Malfoy. A moça parecia embaraçada e não tinha a intenção de revelar a verdade.
- É que eu vim ver algumas coisas pessoais... e você?
- O mesmo. – o loiro também não tinha a intenção de revelar o motivo de sua presença no local. – E já vou. Não tenho o hábito de bater papo em corredor de hospital.
- Você não precisa ser tão grosseiro! – advertiu e ao observá-lo melhor, viu que ele carregava um ramo de flores e sem conter a curiosidade perguntou – Veio visitar alguém? – o loiro pareceu hesitar antes de responder:
- Isso não é da sua conta, Granger. – falou com a voz baixa.
Enquanto isso, uma enfermeira apareceu. A senhora estava aflita e pareceu aliviada quando percebeu a presença do jovem:
- Senhor Malfoy... Até que enfim, o senhor veio. A Sra. Malfoy passou por uma semana difícil. Tivemos que mantê-la sedada grande parte do tempo... – Draco ouvia a enfermeira falar sobre o estado de sua mãe, mas procurava não transmitir nenhuma emoção devido à presença de Hermione. – Agora, com a presença do senhor aqui, tenho certeza de que ela ficará mais tranqüila. E que bom que o senhor trouxe mais gente para vê-la – comentou a enfermeira depois de notar a presença da jovem – É sempre bom ter contato com pessoas diferentes. Somente o senhor vem visitá-la...
- A Granger não está aqui para visit...
- Deixe de besteiras, Draco. – cortou a jovem – Meu nome é Hermione Granger. Draco e eu estudamos na mesma escola. – e estendeu a mão para cumprimentar a enfermeira – A senhora pode nos levar até o quarto onde a Sra. Malfoy se encontra. Será um prazer lhe fazer uma visita.
- Que bom. Então vamos. – disse a enfermeira.
A enfermeira seguia pelo corredor no intuito de guiar os jovens. Hermione estava pronta para seguir a senhora, mas foi impedida por Draco que não tinha uma cara muito boa.
- Aonde você pensa que vai?- disse com a voz baixa e ameaçadora.
- Não ouviu? Estamos indo visitar sua mãe. – falou como se fosse óbvio.
- Não. Eu vim pra isso. Já você, vá procurar os seus assuntos. – falou o rapaz com muita rispidez.
Nesse instante, os jovens ouviram a voz da enfermeira:
- Jovens? – perguntou a enfermeira ao perceber que se encontrava só perto do elevador.
- Estamos indo! – respondeu Mione de volta e encarou Malfoy. – Vamos! Pelo que eu me lembre você não aprecia bater papo em corredor de hospital. – E foi atrás da enfermeira. Malfoy estava lívido de raiva, mas resolveu se conter e seguiu a moça.
Chegando ao quarto, Hermione pôde constatar a situação de Narcisa Malfoy. A mulher estava longe de ser aquela que encantava por sua beleza e charme. A figura que se via era de uma pessoa abatida, com grandes olheiras, cabelos curtos e bagunçados e um olhar perdido. Hermione ficou chocada.
- Satisfeita com a visão, Granger? – perguntou Malfoy com sarcasmo – Da próxima vez, chame o Potter e o Weasley. Garanto que eles irão se divertir.
- Draco, eu sinto muito...- disse a moça com os olhos brilhando.
- Não preciso de sua pena.
Enquanto isso, a enfermeira tentava chamar a atenção de Narcisa que estava distraída com uma boneca loirinha:
- Kelly, eu estou chateada! A Bella ainda não veio me visitar...
- Sra. Malfoy, tem visitas! Dois jovens vieram vê-la.
- É mesmo? – e se virou pra ver quem era. Ao avistar o loiro, abriu um sorriso. – Lúcio! – exclamou Narcisa e correu em direção ao rapaz e o abraçou.
Hermione assistia a cena penalizada “Ela não reconhece o próprio filho!” pensou.
- Que saudades! – falou Narcisa ainda abraçada ao rapaz. Logo, sentiu falta do cabelo comprido – Porque você cortou o cabelo? Sempre achei tão lindo? – e se afastou para olhá-lo e se decepcionou – Não, você não é o Lúcio. – e se afastou, voltando a brincar com sua boneca. Draco, que segurava um ramo de flores, o deixou cair no chão. Lágrimas queriam cair, mas eram orgulhosamente contidas.
Diante daquela cena tocante, Hermione resolveu agir. Apanhou as flores caídas no chão e as ajeitou num vaso próximo. Enquanto isso, ela observava o ambiente ao redor e pensava no passo seguinte.
Draco estava desolado. A enfermeira sentiu a dor do rapaz e se aproximou dele, colocando uma mãe em seu ombro numa demonstração de apoio silencioso. Draco aceitou se limitando a abaixar a cabeça e encarar o chão como se este fosse lhe trazer as respostas para todos os seus problemas. Enquanto isso, Narcisa penteava calmamente o cabelo de sua boneca. Esta cena inspirou Hermione. A moça conjurou uma boneca e sentou-se ao lado de Narcisa.
- Posso brincar com você? – perguntou Hermione. Narcisa a olhou desconfiada e voltou a pentear o cabelo de sua boneca. – A sua boneca é muito bonita.Qual é o nome dela?
- Kelly... Mas eu não vou te emprestar. – respondeu Narcisa.
- Não precisa. Olha, eu também trouxe minha boneca. – Narcisa olhou para Hermione e notou uma de cabelos escuros e cor de caramelo.
- Qual é o nome da sua boneca? – perguntou Narcisa começando a ceder.
- O nome dela é Emily. Sabe, ela é muito levada. Adora fazer bagunça. Eu tenho que ficar tomando conta dela, senão ela suja a roupa dela todinha.
- É mesmo? – perguntou Narcisa interessada.
- É... Aí, eu tenho que dar banho nela, trocar e lavar a roupinha dela. Outro dia, eu a botei de castigo porque ela conseguiu rasgar a roupa toda. Eu tive que fazer outra porque é feio ficar por aí sem roupa, né?
- É! – concordou a mulher.
As duas ficaram conversando e brincando com as bonecas, enquanto eram observadas por Draco e a enfermeira. A senhora via a cena com um sorriso terno no rosto. Já o rapaz, via tudo com uma irritação crescente.
O tempo estava passando e elas já estavam há quase uma hora brincando. Hermione percebeu que Draco não estava mais no quarto. Então resolveu perguntar à enfermeira sobre o paradeiro do rapaz:
- Por favor, senhora, o menino que veio comigo, o Draco, onde ele está?
- Ah, parece que ele não estava bem e saiu. Creio que, neste momento, ele esteja conversando com o medibruxo responsável por este setor.
- Onde está o garoto que é parecido com o Lúcio? – perguntou Narcisa.
- Ele saiu uns instantes, mas ele volta logo. – falou a enfermeira.
- Então tá. – disse Narcisa voltando a dar atenção à boneca. – Você é amiga dele, não é?
- Eu? – reagiu Hermione surpresa.
- Sim. Você veio com ele. – falou Narcisa – Ele sempre vem aqui sozinho. Nunca traz ninguém. Você é a primeira.
- Bom, eu conheço ele há muitos anos. Mas a gente...
- Cuide dele. – disse Narcisa com uma expressão séria.
- Como?
- Ele é um menino triste. Cuide para que ele fique mais alegre. – Hermione não respondeu. Ficou em silêncio meditando sobre as palavras que Sra. Malfoy disse.
Minutos depois, Draco apareceu. Voltou para trocar algumas palavras com a enfermeira e se despedir da mãe.
- Pode deixar, Sr Malfoy, sua mãe terá todo o conforto e assistência necessária. – falou a enfermeira – Qualquer coisa fora do habitual que possa acontecer, o senhor será avisado imediatamente. Quem dera se todas as mães pudessem contar com um filho tão zeloso como o Sr...
- Obrigado. – disse Draco um pouco acanhado. – Bom, eu já vou indo... – falou meio sem jeito e se aproximou da mãe para lhe afagar os cabelos – Tchau. Até semana que vem.
- Eu também tenho que ir. – falou Hermione.
- Ah, não. Fica mais um pouco. A Kelly gostou da Emily – disse uma Narcisa chorosa.
- A Emily também gostou muito da Kelly. Pode deixar que eu volto junto com o Draco semana que vem.
- Sim, sim.- concordou Narcisa.
Hermione se aproximou para dar um beijo no rosto de Narcisa quando esta segurou seu braço e disse olhando-a nos olhos.
- Não se esqueça do que eu te pedi. – Hermione concordou com a cabeça.
Draco, que não estava conseguindo suportar ser ignorado, saiu bufando. Hermione percebeu e saiu atrás do rapaz.
Caminhando pelos corredores no encalço de Draco, Hermione tentava apertar o passo. Só não esperava que o rapaz parasse de forma abrupta, acabou se chocando contra ele.
- Desculpe. – disse Hermione.
Draco a pegou pelo braço e a arrastou até uma sala vazia.
- Escute aqui, Granger, eu quero que você fique longe da minha mãe.
- Mas...
- Fique longe! – frisou o rapaz.
- Não posso. – flou a garota baixinho.
- O quê? – questionou Draco lívido de raiva.
- Eu não posso! – falando um pouco mais alto – Eu sinto que posso ajudar. – falou Hermione de maneira convicta. Draco riu.
- Por favor, Granger, dispenso essa caridade grifinória. Vá oferecer seus serviços ao Potter ou ao Weasley. – disse Draco com desdém – Minha mãe não precisa de você. O hospital é que tem essa missão. Vocês, grifinórios, são muito metidos.
- Malfoy...
- Acha que só porque leu quase todos os livros do mundo é que tens as respostas. Você não sabe o que eu tenho passado esses meses todos. – Draco começa a se emocionar e as lágrimas a caírem – Ter o pai morto, a mãe demente e parte do patrimônio confiscado pelo ministério para pagar indenizações. Fui para Askaban com minha mãe... Fiquei apenas duas semanas.
- Eu sei disso...
- A minha mãe ficou mais... Teria ficado até hoje se não atestassem a loucura dela. Os Malfoy’s, hoje, são nada. Antes, éramos respeitados e, agora, nos viram a cara. Você é uma sabe-tudo que não sabe de nada! – e chorou mais ainda.
- Draco, eu só vou voltar porque eu não quero só ajudar a sua mãe. Quero ajudar você. – falou Hermione com os olhos marejados.
- Eu não preciso da sua ajuda. – respondeu enxugando as lágrimas.
- Sua mãe me pediu que eu te ajudasse...
- Granger, ele mal me reconhece. – comentou incrédulo.
- Mas ela sente a sua tristeza e se preocupa com isso.
Draco ficou surpreso com a revelação de Hermione e ficou atônito por uns instantes. Logo, voltou a chorar. Hermione, compadecendo-se de sua dor, o abraçou.
X – X – X
Minerva estava ficando nervosa com a demora de Hermione. A garota havia prometido que voltaria antes do almoço e já passava das duas da tarde. A mulher estava aflita esperando notícias. Não agüentando mais, resolveu pegar pena e papel a fim de mandar uma coruja para Hermione. Antes que escrevesse a primeira letra, uma coruja entrou em seu escritório.
“Minerva,
Eu estou bem. Não se preocupe. Desculpe por não comparecer ao almoço.Tive um assunto importante a tratar no momento.
Volto Logo,
Hermione.”
- Que assunto importante seria esse? – se perguntou Minerva curiosa – Vou querer uma explicação muito boa dessa menina quando ela voltar...
X – X – X
Severo estava em seus aposentos pesquisando em alguns livros quando um elfo apareceu.
- Então? – questionou Snape parando com o que estava fazendo.
- O Sr. Malfoy não se encontra no castelo. Ninguém sabe dele, senhor.
- Certo. Agora vá e fique atento. Assim que o Sr. Malfoy aparecer, avise-me imediatamente.
- Sim, senhor. – disse o elfo e desaparecendo em seguida.
Snape voltou às suas pesquisas, mas logo foi interrompido por uma coruja. Snape pegou a mensagem e leu:
“Snape,
Minha mãe está bem na medida do possível.
Surgiu um imprevisto, mas logo estarei de volta.
D.M.”
- Malfoy anda muito misterioso... Imprevisto? Estranho... – disse Snape para si mesmo.
X – X – X
- Vamos? – perguntou Hermione.
- Vamos. – respondeu Draco. – Não sei como me deixei convencer a fazer isso.- disse se lamentando.
- Deixe de ser dramático. Apenas te convidei para almoçar. – disse Hermione - Eu conheço um bom restaurante trouxa aqui perto. A comida é ótima.
- Tanto faz. Você é quem vai pagar mesmo.
- Nossa! Onde é que o cavalheirismo foi parar?
- Quem convida, paga! – disse Draco com um cínico sorriso – Vamos logo que eu estou faminto.
O restaurante escolhido por Hermione foi uma cantina italiana. Era um lugar pequeno e aconchegante. Possuía oito mesas redondas de madeira com toalhas quadriculadas, de vermelho e branco, e um arranjo de flores no centro. Várias fotos de família em pratos nas paredes e som de violino ambiente.
- Gostou? – Perguntou Hermione após se acomodarem e receberem o cardápio.
- É uma espelunca aceitável. – disse Draco.
- Espelunca? – a garota questionou demostrando não ter gostado muito do comentário.
- Granger, eu conheço lugares muito melhores do que este. – disse o rapaz querendo mostrar superioridade.
- Eu acredito que conheça. Mas sou eu quem está pagando, eu escolho o lugar, capiche? Eu convido, escolho o local, pago e defino o que vamos comer. – disse com autoridade.
- Fazer o quê? Só espero não ser envenenado... – e o rapaz finalizou o comentário com um sorriso cínico que foi compartilhado pela moça.
Na verdade, a cantina pertencia a um amigo da família de Hermione. Por isso, a escolha do lugar se mostrou segura e certa porque a comida era maravilhosa. Ambos comeram um prato cheio de espaguete com almôndegas acompanhado de um vinho da casa. Draco não queria dar o braço a torcer, mas estava se deliciando com tudo. Saíram ambos satisfeitos e contentes.
- Diga que você gostou da comida. – disse Hermione enquanto andavam distraidamente pelas ruas.
- Estava suportável... – disse Draco com as mãos nos bolsos da calça e olhando para o céu, completamente relaxado.
- Suportável, é? Você comeu dois pratos! Se tivesse maravilhoso, quantos você comeria?
- Quantos eu tivesse vontade. – e continuava com o mesmo jeito relaxado.
- Você é mesmo difícil, hein?
- Mas eu tenho que ser. Eu não posso ser muito agradável e correr o risco de você se apaixonar por mim. Seria uma tragédia se isso acontecesse. – Hermione não se agüentou e caiu na gargalhada.
- Você devia tentar a carreira de comediante... – a menina olhou para o relógio e constatou – São quase 15:00, o que iremos fazer?
- Não vamos voltar para o castelo? – rebateu Draco.
- Tão cedo? Você aceitou passar a tarde comigo com o intuito de se esquecer todos os problemas e curtir a vida. Já cansou?
- Não, não estou cansado. Eu só não esperava que seus planos fossem além do almoço.
- Nossa, você me subestima demais, Malfoy... – disse Mione se fingindo de ofendida.
- Deixe de gracinhas. Quais são seus planos?
- Venha comigo. - e pegou o rapaz pela mão e saíram em busca de um lugar mais reservados a fim de aparatarem.
No caminho, esbarraram em duas senhoras.
- Perdão – pediu Hermione às senhoras.
- Granger, vê se olha por onde anda. – repreendeu Malfoy.
- Prometo que vou ter mais atenção.
Logo, conseguiram um beco deserto onde Hermione o abraçou e ambos aparataram.
X – X – X
As senhoras estavam se ajeitando. Os jovens passaram por elas e quase as viraram pelo avesso:
- Essa juventude é sempre apressada. – comentou uma senhora.
- É mesmo. Pensei que fosse um furacão. – comentou a outra.
- Mas olha, teve algo de muito interessante nesse fato.
- Qual?
- Aquele rapaz que esbarrou na gente era filho do finado Lúcio e da louca da Narcisa.
- Sim, o Malfoy ... E parece que ele chamou a moça de Granger.
- Draco Malfoy e Hermione Granger juntos?
- Será?
As duas senhoras deram um sorrisinho de cumplicidade. Parece que elas encontraram um novo assunto para fofocar.
X –X – X
Hermione e Draco apareceram atrás de uma grande árvore num parque nos arredores de Londres.
A idéia de Hermione era de aproveitarem o sol que estava fazendo naquela tarde e passearem de pedalinho no lago. O tempo em que “pedalavam” no lago foi aproveitado com muita conversa, principalmente sobre a mãe de Draco.
- O que você fez e faz pela sua mãe é surpreendente. – comentou Hermione.
- É... Eu também me surpreendo às vezes.
- É incrível como os problemas acabam consumindo a gente. É preciso de muita força para não desistir. É acordar de manhã e ter o pensamento firme de que hoje será melhor do que ontem. – disse Hermione com o olhar distante.
- Quem te ouve falando assim presume que você também tem problemas...
- Tenho sim. Grandes problemas.
- Quer falar sobre isso? – perguntou Draco meio sem jeito.
- Uma outra hora, talvez. – e abriu um sorriso – Já chega desse papo meio depressivo. Vamos curtir a tarde e eu tenho uma proposta pra te fazer.
- Fale devagar para eu ter tempo de pensar e recusar. – Hermione fez que não ouviu.
- Vamos a um Shopping? Podemos olhar vitrines, comprar algumas coisas... Sei lá!
- Passear no Shopping? Granger, eu não sou completamente tolo em costumes trouxas. Passear no shopping num sábado à tarde é coisa de namoradinho. Eu não sou seu namoradinho. A não ser que... Sabia! Já está apaixonada!
- O quê? Deixa de ser idiota!
- Falta pouco pra me chamar de “Draquinho querido” – disse zombando com cara de bobo, meio vesgo.
- Bobo! – jogou água no rapaz. Draco não se fez de rogado e jogou água em Mione também. Os dois ficaram numa guerrinha até que o pedalinho balançou e ambos pararam na água, rindo aos montes.
Perto dali, olhos atentos acompanhavam a movimentação:
- Eu não acredito o que eu estou vendo. Que casal mais incomum. Vai ser bomba do ano! O mundo mágico vai virar de cabeça pra baixo. – e aparatou.
X – X –X
O Shopping estava muito agradável. As lojas estavam em liquidação e Draco teve de ter paciência para esperar Hermione entrar no maior número de lojas possível. Draco também teve a oportunidade de fazer algumas compras.
- Nossa! Como você tem bom gosto. – elogiou Hermione.
- Não é porque eu estou menos rico, que eu tenho que deixar de me vestir bem.
- Você é cansativo...
- Mas eu sei que você gosta...
- Vocês são namorados? – perguntou a vendedora da loja.
- Não, mas ele está doido pra ser... – disse Hermione. Draco riu.
- Você está abusada, Granger.
- Isso é resultado de más companhias... “Draquinho querido” – debochou.
Ambos riram.
Depois de compras, provocações e risadas, resolveram lanchar num fast food na praça de alimentação do Shopping. Os dois estavam tão relaxados que nem desconfiaram que estavam sendo seguidos.
X – X – X
Já passava das oito quando aparataram em pela Hogsmeade. A rua principal estava quase deserta, exceto por alguns transeuntes. Não havia mais ninguém de Hogwarts ali:
- Parece que nós passamos do horário permitido para saídas. – comentou Mione.
- A culpa é sua, Granger! – acusou Draco.
- De quê? Eu te obriguei a fazer alguma coisa? Está com medo de levar bronca?
- Não. Mas você, sendo mais responsável do que eu, deveria estar.
- Não mesmo. Vamos fazer o seguinte: Como já estamos atrasados mesmo, não vai fazer diferença atrasarmos mais um pouco.
- O que você sugere? – perguntou Draco.
- Vamos esperar que dê o horário de recolher. Assim, os corredores do castelo ficam vazios e poderemos entrar sem sermos incomodados.
- Entendi. – concordou Draco.
- Vamos até o bar e tomar umas cervejas amanteigadas. – sugeriu Mione.
- Granger, você anda tendo idéias brilhantes. Espero que seja por causa de minha influência.
- E de quem mais poderia ser? – disse Mione ironicamente.
X – X – X
Hermione havia se despedido de Draco na entrada do castelo. Ambos havia entrado nos terrenos de Hogwarts através da Casa dos Gritos. A moça estava feliz e surpresa pela tarde divertida que havia passado ao lado de Draco. Como previu, os corredores estavam vazios e com muita rapidez chegou aos seus aposentos. Chegando lá, havia uma pessoa a sua espera. Minerva McGonagall estava sentada numa poltrona com cara de poucos amigos:
- A Srta. Pode me dizer por onde andou o dia todo?
X – X – X
Severo Snape estava corrigindo algumas redações em seu escritório, mas haviam questões que ficavam fervilhando em sua mente: “ Por onde anda o Malfoy? Está sumido o dia todo! Muito estranho isso. Granger também anda sumida... McGonagall anda nervosa com o seu sumiço. O que aquela criatura deve estar aprontado? Ainda vou descobrir o que a Granger oculta. Isso também é muito estranho... Talvez deva estar com algum namorado... fazendo algo proibido... Com a Granger, dá pra fazer muitas coisas proibidas...” . Várias imagens picantes vieram à mente de Severo. Tal pensamento o fez corar levemente. “Deixe de besteira, homem! Isso não é hora pra isso. Malfoy está sumido... Granger também... Será que estão juntos?... Não! Isso é impossível...”, pensou.
Seus pensamentos foram interrompidos por um estalo. Um elfo apareceu e falou:
- Senhor, tenho notícias, senhor. O Sr. Malfoy acabou de chegar no castelo.
- Certo. Mande-o vir pra cá, agora.
- Sim, senhor. – e o elfo partiu.
- Agora vamos ver quais explicações Malfoy terá para me dar. – e disse deixando as redações de lado para aguardar a vinda de seu afilhado.
X – X – X
O domingo correu de maneira tranqüila. Draco e Hermione não tiveram grandes problemas para se explicarem com seus respectivos “responsáveis”: ambos alegaram que apenas queriam tempo pra pensar em relação aos próprios problemas. A desculpa, planejada previamente no bar, caiu como uma luva e tanto McGonagall e Snape pareceram aceitar. E também tiveram cuidado para não mencionar que estavam juntos e não ter que passar por constrangimentos.
A tranqüilidade do domingo, pois a segunda-feira prometia ser completamente diferente. Harry e Rony estavam se preparando pra descer e tomar o café da manhã. No caminho para o salão principal, grupos de alunos estavam reunidos cochichando.
- Alguma coisa deve ter acontecido. – falou Harry.
- Eu acho que é uma coisa grande, cara. – comentou Rony.
Chegando no Salão Principal, os alunos estavam muito agitados. Sonserinos, Grifinórios, Corvinais e Lufa-Lufas, todos estavam em êxtase. Até os professores estavam de conversa:
- É algo grande mesmo, Rony. – falou Harry. Gina estava esbaforida e veio de encontro ao namorado
- Harry, Rony... Eu tenho algo muito sério pra falar com vocês.
- O que é? – perguntou Rony.
- É melhor vocês se sentarem. – disse Gina.
Os garotos se sentaram e Gina mostrou para eles a capa de um jornal.
CASAL INUSITADO:
HERMIONE GRANGER E DRACO MALFOY JUNTOS!
E abaixo da manchete, uma foto com os dois estavam juntos no parque. Harry ficou pálido com a notícia. Já Rony ficou louco:
- MAS O QUE SIGNIFICA ISSO???
N/A’s: Esperamos que curtam o presente do Natal. O capítulo pode demorar, mas a gente sempre volta. HOHOHO!
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