Uma filha, um anjo, uma Grang



Ao “Trio Desespero”: Lety, Rosy e Erikitxa.
Parece que são as únicas que lêem a nossa fic... rsrsrs
Minto, deve ter mais duas ou três...
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A moça ficou parada, durante um tempo, em frente ao portão contemplando a paisagem. Estava morrendo de saudades. Abriu o portão e entrou. A caminhada até a porta do saguão de entrada foi um momento com certo ar nostálgico. Quantas pessoas conheceu, quantas aventuras viveu, quantas sensações sentiu...

Bateu três vezes na porta e esperou. Alguns instantes depois, um elfo abriu a porta.
- O que a Srta. deseja? – perguntou o elfo.
- Desejo falar com a Prof.ª Minerva McGonagall.
- Está muito tarde. Não quero incomodar a professora. Volte de manhã. – disse o elfo já se preparando para fechar a porta.
- Olha! – e impedindo que o elfo fechasse a porta, insistiu – Eu sei que ela não vai se incomodar em me receber. Tenho certeza de que ela está me esperando – e olhou fixamente para o elfo como se dissesse “Faça o que eu estou mandando!”.

O elfo fechou a porta. A moça bufou, sentou-se na escada e começou a se lamentar:
- Ai, meu Deus! Será que eu terei de esperar até amanhecer? Não custava nada chamar a Minerva. Mas também ele tem razão. Não é nada educado incomodar alguém praticamente as três madrugada... Que droga! – abraçou os joelhos e ficou de cabeça baixa, curtindo o silêncio.

X – X – X

A Prof.ª McGonagall estava dormindo placidamente em seus aposentos. Havia finalmente pego no sono há poucos minutos. Ficar horas e horas pensando em como localizar sua aluna, a deixava muito tensa e o sono nunca aparecia. Desde o início da semana, ela vem utilizando poções para dormir. Madame Pomfrey fazia questão de que ela tomasse as poções para que não ficasse com a saúde debilitada. Porém, hoje Minerva resolveu não tomar a poção. Temia permanecer escrava desse tipo de artifício. Resolveu tomar apenas um chá calmante e relaxar. O sono veio naturalmente.

Escutou batidas pesadas na porta de seu quarto e acordou de muito mal-humor. “Finalmente quando esperava ter uma boa noite de sono, vem alguém me acordar. Depois, o Alvo vem me dizer que não tenho motivos para ficar nervosa...” pensou. Vestiu-se com um roupão e se encaminhou para atender a porta:
- O que quer? – perguntou com uma voz azeda.
- Professora, tem uma pessoa lá fora que está procurando a senhora. – respondeu o elfo.
- E isso são horas de perturbar alguém? Porque não disse para me procurar de dia? – questionou a bruxa muito irritada.
- Eu falei tudo isso, professora. Mas a moça é muito insistente.
- Moça? Que moça? – perguntou com os olhos arregalados. “Ai, meu Merlim. Será que é ela?” pensou. – Onde ela está?- perguntou ao elfo.
- Ela deve estar lá fora. Mando ela entrar?
- Sim!... Não!... Espera. Eu irei até lá.

A professora se arrumou com rapidez e se encaminhou seguida do elfo até o saguão de entrada. E durante o percurso foi murmurando:
- Será que é ela? Espero que seja... E se não for? Quem é que veio pra me perturbar a essa hora?

X – X – X

O silêncio da madrugada foi interrompido por passos apressados e uns murmúrios: “Quem é que veio me perturbar a essa hora?”. Ao ouvir tal frase, a moça se pôs de pé e esperou a porta ser aberta. A expectativa era angustiante. O coração já estava quase na boca. A porta abriu novamente e desta vez foi a professora Minerva. A bruxa assim que viu a jovem deixou escapar uma exclamação – Meu Merlim! – a jovem abriu um largo sorriso. O suficiente para a velha bruxa correr para abraçar a jovem.
- Filha, eu não acredito que esteja aqui. Que alívio!Fiquei muito preocupada! – disse a bruxa com os olhos marejados.
- Eu estou bem. Estava morrendo de saudades da senhora.
- Eu também, aliás, todos nós estávamos. Por que você ficou sem dar notícias? Tentei falar com seus pais...
- Minerva, isso é assunto para outra hora. – cortou.
- Mas filha...
- Eu prometo que irei te contar tudo. – disse a jovem com firmeza.
- Vai ter de me contar tudo mes-mo. – fez questão de frisar – Bom, vamos entrar. – se virou para o elfo e disse – Prepare um quarto para a senhorita e leve suas coisas para lá.
- Sim, senhora – respondeu o elfo, desaparecendo em seguida.

As duas entraram abraçadas. Minerva estava muito feliz e, volta e meia, dava um beijo na face da moça. A moça também retribuía os carinhos. Minerva perguntou se a moça precisava de alguma coisa e esta alegou estar com fome. Então a professora propôs que fossem até o aposento dela; de lá, pediriam um belo lanche e, também, poderiam conversar mais um pouco.

X – X – X

Dois alunos do primeiro ano estavam fora da cama e se esgueiravam pelos corredores do castelo. Tanta cautela era para evitar serem pegos.
- Eu estou com medo. – falou um menino.
- Se está com tanto medo, deveria ter ficado no dormitório. – falou o outro.
- Mas é que eu também quero ver a Sala Precisa. Onde é que aquele menino da Grifinória falou que era?
- Ele disse que deve ser no quinto andar.
- E vai demorar muito?
- Acho que não.

Os meninos começaram a ver certa claridade e a ouvir passos se aproximando. Isso os deixou muito assustados, procuraram se esconder dentro de um velho armário e esperaram pelo momento mais seguro de sair. Por uma fresta, ficaram espiando e viram a Prof.ª McGonagall acompanhada de uma jovem. A professora abraçou a jovem e disse algo que surpreendeu os meninos. Assim que se sentiram seguros, saíram de onde estavam sem deixar de comentar o ocorrido:
- Eu não sabia que a professora tinha filha.
- Nem eu. Se eu não tivesse visto, não acreditaria.
- É mesmo. E por que nunca falaram dela?
- Sei lá. Vai ver a moça estava sumida. Ela disse que estava muito feliz pela filha estar de volta. E a filha dela é muito bonita.
- É... Muito bonita mesmo... Então se ela é a mãe, quem deve ser o pai?
- Não sei, mas podemos descobrir. – assim que propôs, o menino fez uma careta como se lembrasse de algo – Mas tem a sala precisa...
- Deixa pra outro dia. A gente nem sabe se a sala ainda existe. Esse assunto agora é mais interessante.

X – X – X

O dia de domingo amanheceu quente e ensolarado. Ótimo para um bom passeio ao ar livre. Harry e Rony estavam tomando café da manhã animadamente discutindo como seriam feitos os testes para a escolha dos novos membros da equipe de quadribol. Gina estava com Luna na mesa da Corvinal e Neville lia compenetrado, aparentemente, um novo número de uma revista sobre Herbologia. O menino se encontrava corado e sua pseudo-concentração se devia ao fato de tentar ignorar umas meninas da Lufa-Lufa que estavam o encarando.

Gina, seguida de Luna, chegou agitada na mesa da Grifinória, interrompendo a conversa dos meninos:
- Vocês não imaginam o que acabamos de saber?
- Gina, nós estávamos discutindo uma questão importante! – queixou-se Rony. Gina fez cara feia para o irmão e se virou para seu namorado.
- Eu estou incomodando? – perguntou receosa.
- Não, Gi. Você nunca me incomoda. – disse Harry finalizando com uma piscadela e um sorriso maroto. Tal fato fez a ruiva se arrepiar inteira e ficar tão vermelha quanto a cor do cabelo. Ao observar a cena, Rony revirou os olhos e decidiu interromper a cena romântica.
- Gina, qual era o assunto?
- Agora você quer saber?
- Diga logo ou então vá embora! – sentenciou o irmão. Gina disparou um olhar “Vou triturar você, Roniquinho”, mas decidiu falar.
- Ficamos sabendo que a Prof.ª McGonagall tem uma filha e que ela está aqui no castelo.
- Como é que é? – os meninos perguntaram em coro, surpresos.
- Dois alunos da Lufa-Lufa viram-na chegar ontem à noite. A professora parecia estar muito feliz.
- Eu não sabia que a velha tinha filha. – disse o ruivo.
- Rony, mais respeito! – censurou a irmã e continuou – Ninguém sabia que ela tinha uma filha. Todos estão surpresos. Não se fala em outra coisa neste castelo. – concluiu. Harry estava pensativo. “A professora nem é casada. Isso é muito estranho... Bem que poderia ser a Mione.” pensou. Os pensamentos estavam tão agitados na cabeça de Harry que nem percebia mais o que ocorria a sua volta.
- HARRY! – gritou o ruivo.
- O que foi? – perguntou molesto.
- Eu te fiz uma pergunta.
- Desculpe, eu não ouvi. Poderia repetir?
- Eu queria saber o que você acha dessa história toda.
- Ah! Eu não sei... Acho tudo muito estranho. Os meninos viram como ela era?
- Deve ser a cara da mãe. – debochou Rony.
- Se é a cara da mãe, eu não sei. Mas andam dizendo que ela é muito bonita. – disse Luna.
- Muito bonita quanto? – perguntou o ruivo muito interessado.
- Ela é jovem, esbelta, cabelos dourados por baixo de um chapéu e seu sorriso, com dentes muito brancos, é encantador. – finalizou Luna com um olhar sonhador. Os meninos olhavam bestificados e confusos para a loirinha.
- Gi, isso tudo é verdade? – perguntou Harry.
- Sim, quer dizer... É, mais ou menos, isso. – respondeu Gina. Ela estava intrigada com a descrição que Luna deu a moça. “Às vezes, Luna é muito esquisita...” pensou a ruivinha.
- Uau, ela deve ser muito gostosa! – disse Rony – Gostaria de vê-la.
- É o que todo o castelo quer. Teremos que esperar até que a professora resolva apresentá-la. E pelo que sei, a professora ainda não foi vista hoje. – disse Luna.
- Poderíamos tentar falar com Dumbledore. – sugeriu Harry.
- Ouvi dizer que Dumbledore não tão ficou surpreso com a notícia quanto os professores e funcionários. – essa foi Gina – Mas mesmo assim, teríamos que esperar. Ele saiu com Hagrid e não tem previsão de volta.

X – X – X

Minerva estava fazendo uma lista de tudo que deveria ser comprado. Sua concentração se esvaiu quando recebeu uma coruja. Leu com atenção o conteúdo da mensagem e umas rugas apareceram em sua testa. Escreveu poucas palavras e enviou sua resposta. Assim que a coruja partiu, chamou um elfo doméstico e entregou-lhe a lista. Em seguida, desapareceu entre as chamas esverdeadas da lareira.

Apareceu num aposento amplo muito bem decorado. Pelo estilo aparentava que aquele era um recanto de uma jovem. As cores rosa e creme eram predominantes. À mesa no canto da saleta, estava posto o café da manhã. E de uma porta, que era o banheiro, saiu a moça vestida com um roupão.
- Bom dia. – cumprimentou a moça.
- Bom dia. – respondeu a velha bruxa – Não esperava vê-la acordada. Como dormiu?
- Dormi pouco, mas dormi bem. Já tomou café? – perguntou se dirigindo a mesa. Logo sentou e se serviu de um copo de leite.
- Já. Esperarei você terminar. Precisamos conversar.
- Certo.

A moça tomava seu café tranquilamente, mas não deixava de observar a velha bruxa que estava sentada numa poltrona perto da janela. Olha fixamente para o chão com o semblante sério. Nem chegou a passar dez minutos e a moça se sentou no sofá próximo. Sua aproximação “despertou” a bruxa.
- O que gostaria de falar comigo? – iniciou a moça.
- Leia isto. – entregou o bilhete a moça – Recebi hoje cedo. A moça leu a mensagem. Várias emoções passaram por seus olhos e, por fim, ficou séria.
- Este bilhete conta que seus pais estão preocupados porque você saiu de casa sem avisá-los e perguntam se você estaria por aqui. – disse a bruxa.
- O que você respondeu?
- Que sim. – ao ouvir a resposta, a moça bufou de frustração. Sem entender nada, bruxa perguntou – O que foi?
- A senhora tinha que responder que não. Agora eles vão exigir que eu volte.
- E por que seus pais reprovariam sua vinda?
- Eles estão traumatizados com o mundo bruxo. – A bruxa fez uma cara de que não engoliu a resposta.
- O ano letivo começou há uma semana. Onde você estava?
- Viajando. – As respostas evasivas estavam irritando a bruxa. Ela olhou diretamente nos olhos da jovem e perguntou:
- O que você está escondendo? Tem dez dias que você está fora de casa. Por que não veio para cá assim que saiu de lá? Por onde esteve durante todo esse tempo? O que há?
- Eu não sei. – se levantou e se afastou da bruxa.
- Sim, você sabe. – e levantou também.
- Eu não tenho uma resposta para dar... Dê-me um tempo.
- Quanto tempo?
- Mais alguns dias... Foi ela quem escreveu o bilhete, né?
- Acredito que sim.
- Então peça que ela te dê uma resposta. – e saiu para se trocar, deixando a velha pensativa. Voltou trajando uma blusa branca de manga 3/4, uma calça jeans justa e tênis. Ao vê-la vestida, a bruxa não conseguiu conter a pergunta:
- Vai sair?
- Sim, mas voltarei logo.
- Vai se encontrar com os amigos?
- Ainda não. – amarrou o cabelo em um coque frouxo, botou os óculos escuros, se despediu com um aceno e saiu. A bruxa ainda estava parada olhando para a porta de onde a moça havia saído. Suspirou. A sensação de alívio que sentiu ao acordar deu lugar a uma nova aflição:
- Merlim, o que será que a minha Hermione esconde? Não sinto uma sensação boa...


X – X – X

O boato de que uma moça estranha foi vista andando pelos corredores e pelos jardins foi o tempero do almoço. E durante toda a tarde, vários boxixos corriam solto. As pessoas que supostamente a viram tinham várias versões sobre sua aparência. Uns diziam que ela era muito bonita, outros diziam que ela não era grandes coisas. Diziam que ela era simpática e até falou com alguns deles. Com toda confusão, um grupo de sonserinos chegou a cogitar que a moça nem mesmo existia e que tudo era fruto de uma alucinação coletiva. Enfim, havia uma pessoa que estava alheia a tudo isso...

X – X – X

Severo Snape havia passado todo o domingo enclausurado em sua masmorra. Sua pena com tinta vermelha corrigia de maneira automática as redações. Muitas vezes, deu zero sem nem ao menos ler. Estava tentando ocupar sua cabeça. No dia anterior, tinha sido repreendido pela diretora pelo que havia acontecido na sexta. Para ele não havia sido tão ruim. O pior foi ter que ouvir o velho.

***Flash Back***

Severo estava emburrado por ter ouvido as críticas de McGonagall e, para relaxar abriu uma garrafa de wisky de fogo. “Ser mais paciente com os alunos... Como se aquelas pestes tivessem jeito! Que maldita idéia essa minha de voltar... Eu sou o mais estúpido dos homens!” pensou. Encheu um copo e bebeu rapidamente. Enchia outro quando a porta se abriu:
- Severo, posso entrar? – falou Alvo de dentro do aposento. Snape revirou os olhos. “Não. Vi que já perdi o primeiro lugar” pensou.
- Já entrou. – respondeu secamente. E bebeu o conteúdo copo.
- Não acha que está cedo para beber?
- O sol já está quase se pondo... – e encheu novamente o copo.
- Soube que Minerva falou com você. O que está acontecendo? Por que está angustiado? – falou o velho se aproximando.
- Não estou angustiado
- Vejo isso em seus olhos. Meu pupilo, você tem que reagir!
- Reagir para continuar vivendo essa vida miserável?
- Você tem uma longa estrada pela frente...
- Alvo, por favor, pare com esses discursos idiotas. – cortou a fala do velho – Você sabe muito bem que eu não esperava sair vivo da batalha final. Além de me salvarem, me arrumaram um esconderijo até que tudo se esclarecesse. E agora estou aqui. Não tive a sorte de morrer e nem a coragem para me matar.
- Talvez, você esteja ainda vivo porque mereça. Você sofreu muito... Uma hora a felicidade chega. – afirmou Alvo bem otimista.
- Vou fingir que eu acredito. Que baboseira... – falou com asco.
- Ela vai chegar. E vai ser a melhor coisa que aconteceu na sua vida. – falou o velho bastante otimista.
- Velho tolo romântico. Qual será o anjo que salvará a minha alma? – questionou ironicamente – Quanta asneira...
- Do que precisa para acreditar? Um sinal?
- Seria bom...
- Então você terá. – afirmou o velho com olhar cintilante – E, relação aos alunos, seja mais paciente. – e tirou a garrafa do alcance do outro bruxo.

***Fim do Flash Back***

Estava desgostoso. O clima das masmorras estava começando a sufocá-lo. E ficar remoendo a conversa com o velho não estava ajudando. De uns tempos pra cá, Dumbledore insistia que Snape precisava de amor. Achava que o homem precisava de uma boa mulher. Essa insistência de Alvo levou Snape a acreditar que fora o velho que tinha fornecido seus dados ao Semanário das Bruxas para a seção de assuntos amorosos. As cartas que recebia das fãs nunca eram respondidas. Não conseguiu ler mais do que três cartas. Sentia-se enojado com a futilidade de suas pretendentes.

Passava das sete da noite, quando desistiu de vez das redações. Era tanta imbecilidade que ele sentia vontade de queimar os pergaminhos e ainda exigir indenização por ser exposto a tanta burrice. “A Granger era a única que escrevia algo que prestasse” pensou. E lembrou-se de que deveria ter perguntado sobre o paradeiro da garota. “Que importa! É menos um para me atazanar”. Via lareira, pediu algo para comer e resolveu tomar um banho antes de jantar.

X – X – X

O castelo já estava em silêncio quando a moça caminhava por entre os corredores. Por ter dormido um pouco de tarde, acabou ficando sem sono. Vagava sem rumo certo, mas estava atenta para não ser surpreendida. Também do jeito que estava vestida, uma camisola comprida e um hobe, ambos de cor branca perolado, queria evitar constrangimentos. Avistou o quadro da Mulher Gorda. A Grifinória era ali. Sentiu vontade de entrar, mas as pernas não se mexiam. Ficou apenas parada relembrando o passado. Uma suave lágrima teimava em querer descer, mas sua mão foi ágil em contê-la. Seguiu seu caminho. Parou no último andar, uma claridade vinha da janela. Esta a atraiu. Ao se debruçar na janela, viu uma bela lua cheia. A lua estava tão linda... Passou um largo momento contemplando-a. Sentiu-se em paz. Feliz. Seus devaneios foram interrompidos por um suspiro estranho. Sabia que não tinha vindo dela. Isso a assustou. Havia mais alguém ali. Imediatamente, tratou de sumir dali. Correu sem perceber que o “estranho” havia dito algo.

X – X – X

Após a refeição, Snape procurou em seu armário no quarto algo para beber. Já estava virando hábito. Pegou uma garrafa de vinho e um cálice. Bebeu como se aquilo fosse preencher algo que estava faltando. Estava largado numa poltrona, às escuras, e sozinho. Deu um suspiro. E teve que admitir a si mesmo que precisa de uma boa companhia. “Será que existe alguma mulher no mundo que me agüente?” perguntou-se mentalmente. A primeira garrafa se foi. Conjurou outra com a varinha. Bebeu mais. Aos poucos, a sensação de sufocamento estava retomando seu corpo.
- Preciso sair deste lugar! – e se levantou um pouco cambaleante.

Saiu de seus aposentos e começou a vagar. Estranhamente, começou a ouvir uma voz parecida com a de Dumbledore dentro de sua cabeça. “Você terá um sinal” era o que a voz dizia.
- Sinal... – murmurou – Só mesmo Dumbledore para acreditar nessas coisas.

Andou e andou. Até que avistou um vulto. Sorrateiramente, seguiu aquele vulto. Percebeu que já estava no último andar. Andou até um determinado corredor. Escondeu-se e posicionou-se para observar melhor. A claridade vinda da janela permitiu que ele avistasse uma jovem de cabelos soltos e levemente ondulados até um pouco acima do meio das costas. Estava vestida de branco e observava a lua de costas para ele. O efeito da luz da lua fazia a roupa jovem brilhar. Por estar um meio alcoolizado, Snape achou que estava sendo vítima de uma alucinação. Ficou parado observando-a. Em determinado momento, a jovem ficou meio que de lado e isso permitiu que Snape visse seu sorriso. Ficou encantado. “Eu não acredito no que meus olhos vêem. É a coisa mais linda do mundo. Parece um anjo... É o meu anjo!” pensou. Estava ali, parado, observando seu anjo. Nada no mundo conseguiria o que explicar o que ele estava sentindo. Era uma sensação nova.

Estava tão entretido com a visão que suspirou alto sem perceber. O anjo pareceu ter ouvido e ter se assustado. Tentou se aproximar, mas seu anjo estava partindo:
- Não vá! Volte. Volte para mim, meu anjo... – disse na esperança de fazê-la parar sem ter sucesso.

Suspirou pesadamente. Sentindo se frustrado, encaminhou-se de volta para as masmorras. Já estava ficando tarde e no dia seguinte teria que dar uma aula dupla de Poções para a Grifinória e Sonserina. Chegando ao seu quarto, tomou uma poção anti-ressaca, despiu-se, vestiu uma calça de moletom e se entregou ao mundo dos sonhos. Sua fisionomia estava leve e no meio da noite, por várias vezes, murmurou:
- Meu anjo...


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N/As: Aí está mais um capítulo...
*Chibi: o Sirius é bobo mesmo, ele gosta de ser o centro das atenções e adora implicar com a Tonks. Mesmo assim, é um charme.

* Desejamos uma Feliz Páscoa e que comam muito chocolate, mas não se esqueçam que a dieta começa na segunda, rsrsrs.

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