Desentendimentos.
Por volta das oito e quinze da manhã, o grupo de rapazes chegou ao Lago Grimaldi. A manhã de domingo começou nublada, mas para eles o dia ainda era uma extensão do sábado. Harry e Lupin estavam exaustos Sirius ainda se lamentava por ter sido obrigado a dispensar as moças e Rony possuía um ar sonhador. O ruivo fez muito sucesso na festa. Durante toda noite, foi disputado por muitas moças que se esforçavam em obter sua atenção. Com certeza, a experiência fez com que seu ego inflasse e possivelmente trouxe mais confiança para o bruxinho quando for lidar com as garotas.
- Até que enfim chegamos! – disse Harry – Estou morto.
- Faço minha suas palavras, Harry – concordou Lupin e continuou em tom de reprovação – Foi uma insanidade sua, Sirius, levar os meninos para aquele lugar.
- Não me venha de novo com suas lengalengas. Todo santo dia é a mesma coisa. Dá um desconto...Eu ainda nem dormi! – retrucou Sirius se defendendo – E mais, todos se divertiram. O ambiente era agradável, as moças mais ainda – e se permitiu dar um sorrisinho bem maroto – Definitivamente, você não tem do que reclamar. Veja só como o da cabeça vermelha está todo sorridente!Creio eu que os meninos adoraram.
- Sirius tem razão. Nunca me diverti tanto na minha vida. Nunca vi tanta moça bonita junta. Acho que me apaixonei por todas. – disse Rony suspirando.
- Garoto, você ainda não viu nada. Eu conheço lugares em que há moças muito mais bonitas do que as que estavam lá. Aquilo foi apenas um pequeno aperitivo. - disse Sirius com ar misterioso para um Rony de um olhar que ficava cada vez mais brilhante a cada palavra ouvida.
- Sirius, pare de ficar prometendo esse tipo de coisa para o garoto. Eu não vou permitir!- disse Lupin começando a se exaltar.
- Calma, não precisa ficar nervoso. - rebateu Sirius.
- É mesmo, Remo. – esse foi Harry – Eu acho que tivemos uma noite bem diferente... – e dirigiu a Sirius dizendo – Eu achei bem legal o programa de ontem, mas tanto para mim quanto para Remo esse tipo de coisa não é o mais certo... A nossa situação...Você sabe...
- Sei... Não precisa ficar todo nervoso. Ninguém ficará sabendo do que aconteceu.
- Eu não teria tanta certeza! – disse a Sra. Weasley, saindo da cozinha para a surpresa de todos.
X – X – X
Molly Weasley havia decidido ir atrás de Rony, pois este não havia respondido uma carta sua mandada na sexta-feira. Ela estava ciente que as aulas estavam para começar e achou uma irresponsabilidade o filho não ter manifestado interesse em se preparar para tal dia. Mesmo com os protestos do marido, que ultimamente passou a achar que sua mulher estava sufocando demais os filhos, Molly acordou com o nascer do sol, preparou o café da manhã e rumou para a residência dos Black. Sua expectativa era encontrar o filho e Harry para organizarem o que era preciso para o retorno deles ao colégio. E, no caso do Harry em especial, convencê-lo a passar a última semana de férias e o aniversário dele na Toca. Ao chegar, encontrou a casa às escuras e empoeirada, na opinião dela. Vasculhou toda a casa, sem encontrar ninguém e resolveu esperar na cozinha. Dez minutos depois, ouviu vozes e concluiu que os moradores haviam chegado. O tom alto com o qual falavam, permitiu que escutasse toda a conversa. Quando ouviu Rony falar de mulheres e que Sirius o levaria para lugares suspeitos pensou: “Meu Deus, o que esse homem está querendo fazer com o meu menino caçula? E com o Harry? Não! Não permitir que um perdido leve os meninos para o lado errado!” Seu sangue ferveu e resolveu invadir a sala.
X – X – X
O silêncio que tomou conta da casa estava ficando desconfortável. A visão da Sra. Weasley, com as mãos nos quadris e o rosto tão vermelho quanto seu cabelo, não era nada animadora. Lupin estava morto de vergonha, Harry abaixou a cabeça e Rony sentiu tanta fraqueza nas pernas que se sentou numa poltrona, mas seus olhos permaneciam arregalados. O único que sustentava o olhar ameaçador de Molly era Sirius Black. Lupin resolveu interromper o silêncio:
- Molly... Nós chegamos agora e bem...Como pode ver, passamos a noite fora...Não aconteceu nada...Eles estão seguros e ilesos...- a expressão da bruxa não se alterou e resignado, Remo bufou e disse – Desculpe-me.
Uma risada alta foi ouvida e não foi difícil descobrir quem foi o autor. Sirius estava rindo como se tivessem protagonizado uma cena de humor pastelão mais ridícula do mundo. O tom do deboche deixou os meninos perplexos, Lupin mais nervoso e a Sra. Weasley mais irritada.
- Do que está rindo?- perguntou Lupin.
- De você!Que papel ridículo, Aluado. Não fique se humilhando para ela. Você não fez nada de errado.
- É verdade!- concordou a Sra. Weasley - Não perca seu tempo se explicando. O único errado aqui é SIRIUS BLACK! – terminou dizendo em auto e bom som.
- EU? ERRADA É A SENHORA QUE ENTRA NA CASA DOS OUTROS A ESSA HORA DA MANHÃ SEM PERMISSÃO!
- Sirius, por favor, se controle! – disse Lupin temeroso
- EU TENHO TODO O DIREITO DE ENTRAR PORQUE MEU FILHO SE ENCONTRA AQUI.
- Mamãe, não faça isso... - Rony tentou apelar, mas recebeu um olhar ameaçador como resposta. Então decidiu ficar quieto.
- E PELO QUE VEJO NÃO É SÓ UMA CASA, E SIM, UM ANTRO DE PERDIÇÃO! – continuou Molly com uma raiva crescente – O SENHOR NÃO É BOA INFLUÊNCIA PARA OS JOVENS!
- BOA INFLUÊNCIA? E, POR ACASO, A SENHORA É? SE EU FOSSE UM DE SEUS FILHOS, JÁ TERIA ME SUICIDADO!
- NÃO PERMITO QUE FALE DE MEUS FILHOS, SEU IMORAL!
Sirius deu uma sonora gargalhada ao ser apelidado e disparou:
- NÃO VENHA JOGANDO PRA CIMA DE MIM ESSE PAPO DE IMORALIDADE, SUA DONA DE CASA FRUSTRADA. VAI CUIDAR DO SEU MARIDO! NÃO TEM CHÃO PRA VARRER, NÃO? O QUE FOI? CANSOU DE ENLOUQUECER OS SEUS FILHOS E VEIO ATÉ AQUI PRA ME PERTURBAR?
- Sirius, JÁ CHEGA! – disse Lupin, tentando inutilmente acabar com a discussão. Os meninos permaneciam calados.
- SEU BÊBADO E PROMÍSCUO! – disse Molly com lágrimas nos olhos - FICA LEVANDO OS MENINOS NESSES LUGARES DE GENTE INDECENTE. NÃO SEI COMO PERMITIRAM QUE HARRY VIVESSE NO MESMO TETO DE UM EX-PRESIDIÁRIO!!!
Nesse momento, o clima pesado ficou mais intenso. Sirius assumiu uma expressão assassina. Estava ficando possesso. A Sra. Weasley havia atingido seu ponto fraco. Ao lembrar dos anos em que ficou preso injustamente, o ódio estava tomando o corpo de Sirius. Percebendo isso, Lupin se pôs na frente do amigo e disse:
- Sirius, não seja burro. Não vá cometer nenhuma loucura. - se virou para os meninos pediu – Rony, por favor, leve sua mãe para casa e fique com ela até que se acalme. O menino se dirigiu até a mãe com a intenção de conduzi-la até a Toca. Mas a Sra. Weasley se mostrou resistente e disse:
- NÃO VAMOS IR ANTES QUE VOCÊ PEGUE SUAS COISAS, FILHO. E VOCÊ TAMBÉM, HARRY. NÃO DEIXAREI QUE VOCÊS FIQUEM NEM MAIS UM MINUTO SOB A INFLUÊNCIA DESTE PERDIDO!
- O HARRY FICA!- berrou Sirius – OLHA AQUI, SEU “BARRIL VERMELHO DESGOVERNADO”! LEGALMENTE, EU SOU RESPONSÁVEL POR ELE. APESAR DE ELE SER MAIOR DE IDADE NO MUNDO BRUXO, ELE AINDA É MENOR NO TROUXA, MESMO QUE SEJA POR POUCO TEMPO. ENFIM, ELE ESCOLHEU MORAR AQUI. SENDO QUE SE ELE ESCOLHESSE OUTRO LUGAR, EU IRIA RESPEITÁ-LO. AO CONTRÁRIO DA SENHORA.
- EU RESPEITO A OPINIÃO DO HARRY... - se defendendo chorosa.
- EU AINDA NÃO TERMINEI!- cortou Sirius e descarregou - OS MENINOS JÁ ESTÃO FICANDO GRANDES E VOCÊ CONTINUA TRATANDO-OS COMO BEBÊS. ELES NÃO MERECEM ISSO. SEU FILHO PASSOU O VERÃO FORA DE CASA, MAS CHEIO DE RECOMENDAÇÕES. QUANDO ELE CHEGOU, EU VI UM GAROTO INSEGURO E DEPENDENTE. É ESSE TIPO DE HOMEM QUE VOCÊ QUER QUE ELE SE TORNE?
A dureza das palavras de Sirius fez a Sra. Weasley chorar cada vez mais. Após outro pedido de Lupin, os garotos conseguiram, com muito esforço, levá-la até a cozinha para que tomasse um copo de água e se acalmasse. Passados alguns minutos, a Sra. Weasley estava fungando e resmungando sobre o quanto se sentia humilhada.Esperaram que ela se acalmasse mais um pouco e, então, Harry e Rony resolveram aparatar com a bruxa até a Toca.
Assim que entram na cozinha, encontram o Sr. Weasley e Gina. Ao ver o marido, Molly se jogou nos braços do marido e começou a chorar. O bruxo, então, encarregou-se de levá-la até os aposentos deles para que conversassem mais à vontade. A expressão de dúvida na face de Gina foi uma deixa para as explicações de Rony:
- Mamãe e Sirius brigaram feio há pouco tempo atrás.
- Por que brigaram? – questionou Gina. Harry estava pensando no que dizer. Já Rony, se mostrando muito interessado numa fatia de bolo de laranja, respondeu de maneira displicente:
- Por que nós passamos a noite fora. – pegou e mordeu com vontade uma grossa fatia. Harry sentiu tristeza, pois estava muito cansado para dar explicações que, com certeza, sua ruivinha iria exigir.
- E onde vocês passaram a noite?- Gina demonstrou estar muito desconfiada em seu tom de voz e a visão de uma marca de batom no colarinho da camisa de seu irmão, a fez arregalar os olhos. Harry seguiu o olhar de sua namorada e também viu a marca.Imediatamente, rogou a Deus se questionando porque ele seria merecedor de tanto tormento numa única manhã.
Rony, após terminar sua fatia, olhou para sua irmã, que estava com olhar duro e inquisidor, e depois para Harry, que estava com olhar que parecia pedir piedade. Concluiu que disse alguma besteira e que ambos, Harry e ele, estavam encrencados. Sua suspeita foi confirmada pela pergunta da irmã:
- Rony, onde vocês passaram a noite?- perguntou Gina com voz firme.
- Não lembro. - tentou desconversar.
- É mesmo? E como você se sujou de batom?- perguntou com uma voz falsamente doce e perigosa.
- Batom? - estava surpreso e começou a ficar vermelho - Bem, é que... Hum...Bom, foi que...Sabe, nós fomos...E aí...
Sentindo que Rony acabaria se entregando, Harry disparou em direção a porta e disse:
- Até mais, Gi. Vou ver como está o Sirius. - e aparatou.
Nem deu tempo de correr atrás do namorado e, bufando de raiva, gritou:
- EU TE PEGO, HARRY JAMES POTTER!
Ao virar-se e perceber que seu irmão se aproveitou de seu deslize para desaparecer, esbravejou:
- RONALD WEASLEY!!!
X –X – X
Lupin estava sentado com as mãos no rosto. Além de cansado, estava pensativo. O fato ocorrido lhe era muito desagradável porque não gostava de briga. Não fazia parte de sua personalidade.Enquanto isso, Sirius andava de um lado para o outro.Estava verdadeiramente indignado por ter sido chamado de ex-presidiário na cara dura.
- Eu te disse que tinha sido uma péssima idéia ter ido àquele lugar.
- Não, você havia dito que era uma insanidade.
- Tanto faz. Mas você tem que pensar nas conseqüências dos seus atos.
- Conseqüências dos meus atos? Eu cometi algum crime?- questionou Sirius indignado e continuou – Não fizemos nada que podemos nos envergonhar. E mais, os meninos já estão ficando homens. Eles têm de ter divertimentos de homens.Que culpa tenho eu, se aquela ruiva acha que tudo o que eu faço é errado?Eu apenas levei o filho dela para conhecer algumas coisas boas da vida. - e se sentou – Se ao menos fosse o marido, eu até entenderia.Mas com o menino? Eu tenho pena dele. Aliás, tenho pena de todos que vivem sob aquela ditadura. A Toca está mais para quartel general Molly Weasley do que propriamente um lar... Não concorda, Aluado?
O lobisomem ouvia tudo em silêncio. Bufou e depois de um curto período, disse:
- Eu sou um idiota. - em voz baixa.
- Ainda bem que você reconhece! – disse Sirius.
- Eu deveria ter desconfiado. Foi tudo de caso pensado. A discussão de tivemos na sexta, idéia da comemoração antecipada, a festa... Você armou pra cima de mim!- acusou Lupin com um ar de irritação.
- Eu não sei do que você está falando.
- Sabe sim. Não se faça de bobo. Você é muito egoísta. Aconteceu com o Tiago e, agora, está acontecendo comigo.
- Eu acho que a falta de sono deixou seus miolos estressados. Eu já tive que brigar com aquela mulher e não estou com vontade de brigar com você!
- É egoísta sim. Armou esse circo todo e, com certeza, a Tonks ficará sabendo.
- Ah, é claro! Ainda tem a namoradinha no meio. - disse em tom de deboche.
- Tem sim. Quando Tiago começou a namorar a Lílian, você passou a implicar com ela, acusando-a de se meter na amizade de vocês. Agora com a Tonks, é a mesma coisa. Você gosta de ser o centro das atenções. Mas eu te digo uma coisa, Almofadinhas, O MUNDO NÃO GIRA AO SEU REDOR!
- QUER SABER? ESTOU CANSADO DE OUVIR BESTEIRAS!- e subiu a escada a passos largos e dirigiu-se ao quarto, entrou e fechou a porta com força.
Lupin se jogou no sofá, demonstrando exaustão. Harry chegou poucos instantes depois. Perguntou ao lobisomem como estava seu padrinho e este apenas respondeu que estava em seu quarto e que era para ele descansar também.
A semana começou tensa. Os reflexos da manhã de domingo ainda podiam ser sentidos. Sirius Black e Remo Lupin mal se falavam. Ambos pareciam muito magoados. Com a desculpa de que Tonks iria partir para Hogwarts na sexta-feira, Lupin foi passar uns dias na casa da namorada. Na Toca, o clima também não estava nenhuma maravilha. Segundo uma mensagem de Rony, a Sra. Weasley não perdia uma única oportunidade para falar mal de Sirius. O Sr. Weasley sempre tentava contemporizar e defendia a tese de que os dois deveriam conversar com mais calma em um outro momento. Ele estava do lado da esposa, mas não conseguia deixar de dar razão às palavras de Sirius, repassadas de forma resumida e conveniente por Rony. Na mensagem, Rony também destacou que falou com Gina sobre a noite de sábado e que havia garantido a irmã que o namorado se comportou direitinho. Ao ler esta parte, Harry suspirou aliviado. Não estava disposto a encarar o “Gênio Weasley” de frente. A amostra que tivera foi mais do que suficiente. Uma última observação era em relação ao dia em que iriam juntos ao Beco Diagonal para comprar os materiais escolares. O dia sugerido foi quinta-feira. Harry pegou um pedaço de pergaminho e escreveu concordando com a data, após consultar seu padrinho se haveria alguma atividade planejada para tal dia, e enviou.
Na quarta-feira de manhã, Sirius convenceu Harry a irem para uma praia no sul da Espanha. Passaram o dia se divertindo e como negligenciaram o uso do filtro solar, ficaram bem vermelhos e passaram a noite tendo que aplicar pomadas para aliviar o ardor das queimaduras. No dia seguinte, Harry foi via flú para o Caldeirão Furado, onde encontrou Gina, Rony, o Sr. e a Sra. Weasley e um ruivo diferente. Ele era, aproximadamente, uns dez centímetros mais alto e um pouco mais velho do que Harry. Seu tórax era bem largo e tinha arranhões distribuídos pelos braços fortes. Rony o apresentou sendo seu irmão Carlinhos. Harry demorou a reconhecê-lo, pois tinha o visto pouquíssimas vezes.O rapaz o cumprimentou com um aperto de mão tão forte que os dedos de Harry ficaram vermelhos. Após as devidas saudações, todos queriam saber sobre a cor da pele de Harry:
- Cara, como você está vermelho? O que foi isso? – perguntou Rony.
- Sirius e eu fomos à praia na Espanha.
- Que maneiro! Pena que eu não estou mais lá. – disse o ruivo suspirando - Devia ter sido muito divertido – completou.
- Foi demais... - Harry apresentava um belo sorriso.
- Vamos logo, temos muitas atividades. Passar no banco, comprar material, comprar uniforme... – disse a Sra. Weasley para cortar o assunto.
Depois de algumas horas de compras, o ponto final foi a loja dos gêmeos. A loja tinha crescido muito, tanto em tamanho quanto em diversidade de produtos. E era de longe a mais concorrida do Beco. Os próprios gêmeos e mais dois ajudantes procuravam atender a todos. A enorme quantidade de crianças e jovens e a quantidade de barulhos que faziam eram de enlouquecer. E como de praxe, sempre que Harry visitava os gêmeos, saía carregado de presentes. Antes de ir embora, após mais uma tentativa frustrada da Sra. Weasley de fazer Harry abandonar o Lago Grimaldi, ficou combinado de que Harry comemoraria seu aniversário em forma de jantar na Toca sábado à noite.
Sábado chegou voando. Harry Potter estava completando dezoito anos. Foi acordado por um animado Sirius. Lupin estava no andar de baixo preparando um belo café da manhã. O clima da casa estava muito melhor. O lobo e o cão já tinham feito às pazes. Esse momento chegaria mais cedo ou mais tarde porque um não conseguiria viver sem o outro. Depois de uma bela refeição, Harry foi abrir o seu presente. Tanto Sirius, quanto Lupin fizeram muito mistério em relação ao que dariam ao afilhado. O que se sabia era que ambos haviam comprado juntos. Assim que abriu a caixa, o menino ficou boquiaberto. Era nada mais, nada menos que uma Firebolt 5000. Essa era considerada a vassoura mais rápida de todos os tempos. Poucos bruxos tinham acesso a uma maravilha como aquela. Harry ficou sinceramente emocionado.
Por volta das seis da tarde, Harry estava se arrumando para ir à Toca. Passou o dia todo tentando convencer Sirius a ir também. O cão justificou o fato de ter cedido em consideração ao aniversário do afilhado. Após obrigar Sirius a tomar a poção da tolerância, os três partiram via lareira. Chegando lá, foram recebidos por um sorridente Rony e uma apaixonante Gina. A família Weasley estava em peso. Também apareceram por lá, Neville Longbottom, Luna Lovegood e Hagrid, este por sinal alegou que estava representando Hogwarts.
A enorme mesa de jantar já estava posta. Um enorme frango assado se encontrava no centro. Batatas, costela de porco, tortinhas de vários sabores, milho, ervilhas, tomates recheados... Muitas coisas gostosas. A Sra. Weasley ainda fez questão de anunciar que ainda tinha sobremesas e o bolo do aniversariante. Poucos minutos após todos se servirem, chegaram Carlinhos, Tonks e Dumbledore. O jantar correu às mil maravilhas. Apenas foram tomadas algumas precauções como evitar que Sirius e a Sra. Weasley ficassem sentados em lugares próximos. Teve muita conversa e risadas. Um momento curioso foi quando Rony quase engasgou ao tomar seu suco de pêssego quando Harry contou o que tinha ganhado de seus padrinhos. Após estarem satisfeitos com tanta comida, chegou a hora da sobremesa. Figos, bananas carameladas, pudins e tortas doces apareceram com um simples aceno de varinha. Harry ficou sério quando na sua frente apareceu uma travessa de morangos cobertos com chocolate. “São os preferidos da Mione”, pensou.
Depois de tanta comilança, todos se dirigiram para a sala onde num canto estavam empilhados os presentes para o aniversariante. Assim que todos se acomodaram, as luzes foram apagadas e da cozinha apareceu um enorme bolo flutuante com dezoito velas em cima. Foram cantados os parabéns e as velas foram assopradas. Partiram o bolo e foi iniciada a abertura dos presentes. Harry ganhou roupas, novas luvas para apanhador, uma camisa do Arsenal (time de esporte trouxa), doces, artigos da loja dos gêmeos... Depois de agradecer a todos pelos presentes, Sr. Weasley avistou um último pacote e comentou que este havia chegado de manhã bem cedo. Harry pegou e analisou o pacote. Viu que estava sem remetente, mas abriu assim mesmo. Deu de cara com um livro e leu seu título em voz alta:
- “Vinte Mil Léguas Submarinas” de Julio Verne. - pensou um pouco e concluiu - É um livro trouxa. Todos se olharam entre si para tentar descobrir quem o responsável pelo presente. Sem encontrar “culpado”, abriu o livro e encontrou um recado:
“Harry,
Feliz Aniversário.
Espero que goste do livro. É um dos meus favoritos
Beijos,
Mione.”
Carla: A culpa pela demora do cap. é exclusivamente minha. Com o começo das aulas na faculdade, meu tempo para escrever ficou reduzido. Nós, a Aninha e eu, agradecemos pelos poucos, mas não menos valiosos comentários. (É claro que a gente ficaria muito mais feliz se tivesse mais...)
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