Corações feridos



Pois é gente, eu não resisto fazer esse casal ter mais uma briguinha...
Eu sou totalmente Rony e Hermione, mas, acho que a relação dos dois não vai começar tão fácil assim, por isso escrevi este capítulo.
não se esqueçam de comentar ok?
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Faltavam apenas três dias para o casamento de Fleur e Gui quando a senhora Weasley achou que Gina já estava em condições de se locomover até o Beco Diagonal para comprar a roupa dela. Na verdade, a senhora Weasley e Hermione também precisavam comprar as delas, apenas Harry e Rony já tinham suas vestes. Mas, Gina teve que ficar alguns dias de repouso quando chegou em casa. Foi por causa disso que Harry insistira com a senhora Weasley para que não houvesse nenhuma comemoração do seu aniversário mesmo depois que Gina já tinha voltado para a Toca. A garota precisava de paz, silêncio e carinho para se recuperar do trauma que passou, coisa que Harry lhe proporcionava diariamente.
O garoto nunca se cansava de agradecer a Gina o presente que tinha ganhado da menina, mas, os dois eram muito discretos em seus momentos de namoro, nunca se beijavam na frente de algum Weasley. Até porque Harry ainda não tinha pedido oficialmente Gina em namoro, embora a garota não se importasse com isso. Mas ele queria fazer as coisas certas e já tinha em mente uma surpresa para Gina.
No dia em que foram fazer as compras, Rony e Harry receberam duas corujas do ministério trazendo a licença oficial para os garotos aparatarem, pois eles haviam passado com louvor no exame de alguns dias atrás, por isso, todos foram para o Beco Diagonal aparatando, Gina foi agarrada no braço de Harry. Apesar de já terem suas vestes, os garotos resolveram ir para fazer companhia as meninas e também para fazer uma visitinha à loja dos gêmeos, que era a mais movimentada do lugar.
O Beco Diagonal estava quase vazio, apenas alguns pais circulavam rapidamente pelo lugar, de mãos dadas com seus filhos, provavelmente para comprar o material de Hogwarts. Mas eles não paravam pra conversar com ninguém, apenas cumprimentavam de longe os conhecidos e saíam apressados.
O tempo estava bem nublado, além daquela névoa causada pelos dementadores também havia pesadas nuvens no céu, indicando a formação de uma tempestade.
Depois de muita insistência dos garotos, a senhora Weasley deixou que os quatro fossem fazer as compras sozinhos enquanto ela procuraria alguma coisa para ela e o marido, mas, todos deveriam se encontrar na loja de Fred e Jorge em, no máximo, uma hora.
Gina foi a que mais insistiu para que a mãe os deixasse sozinhos e Harry desconfiou que a menina estava aprontando alguma coisa. De fato, ela e Hermione trocavam olhares e davam a impressão de saber alguma coisa que nem Harry nem Rony tinham conhecimento.
Elas compraram os vestidos em quinze minutos e fizeram os garotos esperarem do lado de fora para que eles não vissem as roupas compradas. Harry se divertia achando que as duas estavam se sentindo as próprias noivas, mas, Rony, apenas resmungava que as mulheres tinham muitas frescura. Harry percebeu que nos últimos dias Rony não comia e nem dormia direito, revirando na cama a noite inteira, e ele sabia que aquilo era por causa de Hermione, mas, todas as vezes que Harry tentava retomar o assunto começado no dia do seu aniversário, Rony se fechava e mudava de assunto. Hermione já tinha desistido de tentar conversar com o amigo, ele sempre fugia dela e agora raramente os três ficavam juntos. Mais uma vez Harry tinha que se dividir para ficar ora com Rony, ora com Hermione.
O garoto sentiu alguém tapar-lhe os olhos, e soube que era Gina logo que sentiu o cheiro floral da menina.
- Hum, deixa eu ver, será a garota mais linda do universo?
Gina riu e lhe deu um selinho, mas, rapidamente seu rosto ficou sério.
- Harry, eu preciso lhe dizer algo importante.
- O que é? – ele fingiu despreocupação na voz.
Gina olhou para Hermione, que apenas fez um aceno com a cabeça, então disse:
- Quando eu estava no hospital Harry, eu recebi uma visita completamente inesperada. Ele estava desesperado e me disse que precisava muito falar com você.
- Ele quem?
Gina hesitou dois segundos antes de responder:
- Draco Malfoy. Ele me disse que sabia o que tinha acontecido com a gente Harry e que podia nos ajudar com algumas informações muito valiosas. E eu mandei uma carta para ele marcando um encontro entre nós e ele hoje, num lugar aqui perto.
Harry não acreditava no que estava ouvindo. Ele achou que Gina estivesse fazendo alguma brincadeira, mas, pelo olhar sério da menina viu que ela falava a verdade.
- Mais Gina, como Draco poderia nos ajudar? Ele não está do nosso lado, no mínimo deve estar armando alguma coisa!
- Harry tem razão Gina – era Rony quem falava agora – você não pode Ter acreditado nesse papinho do Malfoy né.
Hermione interrompeu a discussão dos três.
- Harry, pelo que Gina me falou o Malfoy estava realmente desesperado e sabemos que ele não conseguiu cumprir as ordens de Voldemort para matar Dumbledore, ele deve estar sendo castigado por isso. E o pai dele ainda está em Azkaban, sendo que, com o caos que está o ministério, com certeza Voldemort poderia tirá-lo de lá, se quisesse. Eu acho que a família Malfoy não está em alta conta com o Lorde deles Harry, por isso, talvez valha a pena a gente correr o risco e ir falar com o Draco.
Depois de mais alguns argumentos colocados sabidamente por Hermione, Harry acabou se deixando convencer. Ele iria encontrar o Malfoy, porém, não daria para ir os quatro, pois, a capa da invisibilidade não dava conta de cobrir todo mundo, e eles deveriam ir escondidos, caso fosse mais alguma armadilha. Gina resolveu a questão.
- Malfoy confiou em mim lá no hospital, por isso acho que se eu fosse no lugar de Rony, ele ficaria mais a vontade para falar, além de que evitaríamos prováveis brigas entre os dois. Mas também não é justo meu irmão ficar aqui sozinho, será que você não poderia ficar fazendo companhia para ele Mione?
Harry percebeu aonde Gina queria chegar, realmente, aqueles dois precisavam conversar. Então nem esperou a resposta dos amigos, simplesmente puxou Gina pela mão e se afastou de Rony e Hermione, sem olhar para trás.
Quando eles viraram em uma rua quase deserta, se esconderam embaixo da capa.
Rony e Hermione ficaram alguns segundos apenas olhando constrangidos um para o outro, então Rony quebrou o silêncio:
- Vamos para a loja dos meus irmão então?
- Rony, eu queria Ter uma conversa com você antes de voltarmos pra loja. É possível? Por que não tomamos um sorvete enquanto isso?
Rony acabou concordando, embora estivesse com expressão contrariada.
Os dois pararam na sorveteria Florean, que agora estava sendo administrada pela mulher do dono, já que este tinha desaparecido sem deixar rastros. Quando a mulher foi atender Rony e Hermione, eles não deixaram de notar a sua aparência doentia e triste, mas, não comentaram nada.
Hermione estava visilmente desconfortável naquele lugar com Rony, mas, ela não agüentava mais aquela situação entre os dois.
- Rony, eu te chamei pra conversar porque não suporto mais o modo como você têm me tratado. Você está mais frio e distante do que nunca, e eu não sei o que fiz de errado dessa vez.
Rony olhava distraído para a rua, o que ele diria a Hermione? Que tinha ficado com raiva da garota porque ela tinha se arrependido de Ter beijado ele? Isso soava infantil demais.
- Rony, olha pra mim, por favor. Por que você se afasta de mim quando Gustave chega perto? Você não gosta dele por acaso?
- Não é isso Hermione – ele tinha resolvido olhar para a menina agora – eu não tenho nada contra o primo da Fleur, muito pelo contrário, acho que vocês dois formam um casal perfeito.
A mulher de Florean estava trazendo os sorvetes pedidos pelos dois e quase derrubou tudo quando Hermione se levantou bruscamente da cadeira.
- O quê você está dizendo Ronald? – ela começava a ficar perigosamente vermelha – eu e Gustave formamos um casal perfeito? Mais de onde você tirou essa idéia absurda?
Rony estava começando a tomar o seu sorvete naquele momento e parecia muito concentrado em olhar apenas para seu copo.
Hermione deu uma risada nervosa.
- Ah, claro, agora estou começando a entender o problema. Mais uma vez, o senhor Ronald Weasley está tendo as suas crises ridículas de ciúmes! É por isso que você está me ignorando não é? Naquela vez era por causa do Krum, depois foi o Krum de novo, aí você começou a fantasiar que eu estava apaixonada pelo Mc Laggen, e agora, está delirando achando que um dia eu pensei em ficar com aquele exibido do Gustave?
Rony abandonou o sorvete e também se levantou da mesa, tão vermelho quanto Hermione.
- Sabe o que eu acho Hermione? Eu acho que alguém aqui está achando que é muita coisa! Por que eu estaria com ciúmes de você hein? Eu nem gosto de você! – as palavras saíam da boca de Rony sem que ele conseguisse controlá-las e agora vinha a tona a dor que ele sentiu desde a conversa que ele e Hermione tiveram na antiga casa dos Potter.
- Por mim Hermione, você pode ficar com o Krum, com o Mc Laggen, com o Gustave, até com o Neville se quiser, aliás, pode ficar até com o Monstro, você não vive falando que os elfos domésticos precisam de amor?
Hermione já tinha os olhos cheios de água, o sorvete dela estava quase todo derretido.
- Ah é assim Rony? Você está é despeitado isso sim! Por que eu tenho pessoas que gostam de mim, eu tenho algum pretende e você, Há! Você só tem aquela pegajosa da Lilá não é mesmo Uon-Uon? Ou será que a Murta - que - geme desistiria do Harry pra ficar com você?
A garota agora ria histericamente, mas, dos seus olhos caíam pesadas lágrimas. Rony debochou dela.
- Muito engraçado isso que você me falou Hermione, pena que você estivesse chorando ao invés de dar uma risada sincera.
Hermione limpou as lágrimas com o braço e dessa vez, Rony viu a mais profunda tristeza nos olhos da amiga.
- Aquele dia da festa Rony, você não parecia sentir tanto desprezo assim por mim. Você até confessou que tinha ido naquela viagem por minha causa. Minha causa! E você não reclamou também por Ter me beijado lembra-se?
Rony vacilou por alguns instantes, ele poderia abraçar Hermione naquele momento e dizer a ela que aquilo tudo era orgulho ferido, que na verdade, ele a amava de verdade. Porém, ao invés disso, o garoto resolvera dar o golpe final, e disse:
- As pessoas cometem erros Hermione. Principalmente se forem jovens, e ainda mais se esses jovens estiverem bêbados.
Após ouvir essas palavras, Hermione se virou e saiu correndo da sorveteria, indo em direção aos primeiros pingos de chuva que começavam a cair.

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