As intenções de Malfoy
Antes de mais nada, quero agradecer a todos que deixaram comentários até agora, ao Guilherme, a Josi, ao Lauro e principalmente a Jássica, que me mandou um e-mail que foi muito estimulante para mim, valeu garota!
E por favor gente, quem está acompanhando a fic há algum tempo, ou quem começou a ler a história agora, não deixem de comentar please!
Eu preciso saber o que vcs estão achando, se eu estou viajando muito, se está cansativa, interessante uma bosta, enfim, digam a opinião de vcs!
Este capítulo é grande, mas, traz revelações importantes!
Bjos pra todos e até mais!
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Harry e Gina haviam deixado o Beco Diagonal e agora andavam pelas ruas sujas do bairro periférico de Londres onde se localizava o Caldeirão Furado. A chuva ameaçava cair a qualquer momento, por isso os dois caminhavam apressadamente, sem olhar um para o outro. Não estavam longe do Beco quando Gina parou numa esquina, ela conferiu o nome da rua com o nome que estava escrito num pedaço de papel e disse:
É nessa rua Harry.
O garoto tinha se mantido muito quieto durante o caminho. Gina preferiu não insistir em puxar assunto com o namorado, ela achava que já tinha sido um progresso conseguir convencê-lo a ir até ali.
Mas, quando estavam conferindo o número das casas, Harry não suportou mais o silêncio.
Gina, eu tenho que te dizer uma coisa.
Ela olhou distraída para ele, ainda concentrada nas placas puídas que indicavam a numeração das casas.
O que foi amor?
Eu não gostei nada de saber que você e o Malfoy estiveram de conversinha na minha ausência.
Gina parou abruptamente, surpreendendo Harry. Mais ela não estava séria, havia um ar deboche em seu rosto.
Harry, não me diga que você está com ciúmes do Malfoy?
O garoto corou no mesmo instante.
Eu? Ciúmes? Não é nada disso Gina, eu só acho que você se arriscou demais falando com aquele idiota e pior, marcando um encontro com ele. Porque eu duvido que Draco esteja tentando nos ajudar de verdade Gina, e se você acredita nisso querida, você é inocente demais.
Gina colocou um dedo nos lábios do namorado e ensaiou seu melhor sorriso.
Harry, eu não sou mais aquela garotinha que você foi salvar na câmara, não vou me deixar enganar por qualquer um tá? E além disso, estamos coberto pela capa, saberemos se Malfoy está planejando alguma coisa e conseguiremos escapar de qualquer armadilha, desde que a gente fique junto! Agora vamos logo porque mamãe nos deu apenas uma hora Harry!
Ela voltou a andar, fazendo com que Harry se apressasse para acompanhá-la, mas, logo parou novamente.
É aqui Harry.
A casa era pequena e discreta, mas, parecia estar abandonada. Algumas janelas estavam quebradas e o portão estava completamente enferrujado. Harry prendeu a respiração com a varinha erguida, ele esperava que comensais saíssem de trás do muro a qualquer momento, ou aparatassem atrás do dois, porém, nada aconteceu.
Gina empurrou o portão, que não tinha cadeado, e, após Ter colocado um pé pra dentro, ela se virou para Harry e disse:
Querido, só para tirar as minhocas dessa sua cabecinha, eu amo você, e nunca seria capaz de te trair, muito menos com aquele loiro oxigenado.
Harry riu enquanto recebia de Gina um beijo rápido e doce.
A porta da frente estava trancada e Harry a abriu com um feitiço. Os dois entraram numa sala escura com todo tipo de tralhas. Harry ainda estava com a varinha erguida e achava que os comensais podiam estar escondidos embaixo de cada móvel, atrás de cada parede.
Gina fez o garoto dar um pulo quando gritou:
Cicatriz!
Harry olhou para ela chocado, pensando que a menina o estava xingando com o apelido que Malfoy mais gostava de chamar o garoto.
No entanto, Gina apenas sorriu e disse que aquela era a senha que ela deveria dizer quando os dois entrassem na casa, para que Draco soubessem que era eles que estavam ali.
Harry ficou emburrado na hora e resmungou:
Nada mais sugestivo vindo daquele idiota...
Neste instante, alguém apareceu sorrateiramente na porta que ligava aquele aposento à sala de jantar. Harry teve que reparar bem para descobrir que a pessoa parada ali era Draco Malfoy.
O garoto já não tinha os cabelos penteados caprichosamente pra trás. Estava muito magro e abatido, e os fios loiros e sujos lembravam a Harry o cabelo de Luna Lovegood.
Gina ergueu a capa que cobria os dois, e cumprimentou Malfoy com um aceno de cabeça.
O loiro perdera a boa aparência, porém, continuava a manter a presunção típica dos Malfoys. Encarava o casal de cima a baixo, lançando olhares nada inocentes a Gina. Até que disse com a voz arrastada que tanto irritava Harry.
Olá menino- que- sobreviveu! Vejo que vocês ainda estão firme nesse namoro ridículo.
Harry sentia o sangue ferver e disparou furioso:
Você chamou Gina e eu até aqui para conversar sobre a nossa vida amorosa Malfoy? Porque se for isso, eu quero lembrar-lhe que você não tem nada a ver com isso. Porque não se preocupa em tomar um banho ao invés de cuidar da vida alheia hein?
Draco deu um sorriso ameaçador e já estava com as mãos dentro da camiseta surrada quando Gina parou no meio dos dois garotos.
Isso não é hora pra duelos, não temos tempo a perder Draco. Você disse que tinha informações valiosas, eu trouxe o Harry, você já pode falar.
Entretanto, Draco deu uma gargalhada desdenhosa, antes de dizer.
Weasley tapada, você por acaso pensa que eu vou falar o que eu sei sem pedir nada em troca?
E olhando para Harry, ele acrescentou:
Tudo têm um preço senhor cicatriz.
O garoto ignorou o apelido e perguntou:
Eu já imaginava que você queria alguma coisa Malfoy, então vai, desembucha logo!
Draco ficou alguns segundos olhando para o casal à sua frente, então, começou a falar.
-A situação é a seguinte Potter. Você – sabe - quem pegou a minha mãe no momento em que eu e ela estávamos tentando fugir do país. E agora ela está nas mãos dele, provavelmente passando por todo tipo de tortura. E eu só vou contar o que eu sei pra você e pra essa sua namoradinha patética, se você me ajudar a salvar a minha mãe.
Harry estava atônito.
Mais porque vocês estavam fugindo de Voldemort?
Draco se encolheu quando ouviu aquele nome, mas, rapidamente voltou a se aprumar.
Você é tão idiota assim que não consegue encaixar as peças Potter? Eu não consegui cumprir a missão que o Lorde me confiou, não consegui matar Dumbledore, e, claro que ele achou que eu era fraco e desnecessário para os serviços dele, por isso ele ia me matar. Snape tentou me esconder o tempo que foi possível, mas, ninguém consegue enganar por muito tempo aquele – que – não – deve – ser – nomeado. Nem mesmo alguém tão bom em oclumência quanto Severo.
Dessa vez, Gina se adiantara na pergunta:
Quer dizer que o Snape estava tentando te ajudar? Mesmo correndo o risco de contrariar Voldemort?
Mais uma vez Draco se encolhera à menção daquele nome, embora estivesse espantado que a menina ousasse pronunciá-lo.
Snape nunca esteve do lado do Lorde das trevas, o professor Dumbledore sabia disso, mas, vocês sempre foram burros demais pra perceber. Acontece que Dumbledore sabia o tempo todo que ele teria que ser morto, ou por mim ou por Snape. O próprio Severo revelara isso a ele. Então Dumbledore insistiu para que Snape fizesse isso, acho que ele devia sentir pena de mim, aquele velho insuportável.
Harry interrompeu o loiro:
Quer dizer que o professor Dumbledore sabia o tempo todo que Snape teria que matá-lo? E mesmo assim, ele permitiu que aquele seboso continuasse dando aulas em Hogwarts?
Ele não queria que o Severo despertasse a desconfiança de você – sabe - quem e a única maneira do Lorde acreditar que Snape realmente estava do lado dele era ele matando Dumbledore.
Então o professor Dumbledore sacrificou a vida dele apenas para que o Snape voltasse a Ter a confiança de Vold...
Draco interrompeu a fala de Gina antes que ela pudesse terminar.
Agora chega, eu não vim aqui para falar sobre isso! Dumbledore combinou com o Snape que este deveria matá-lo e depois voltar para o bando dos comensais e foi isso que Snape fez. Agora vamos ao que interessa.
Harry andava pela sala, desnorteado, Dumbledore havia se entregado há muito tempo então, ele entregou a vida para Voldemort como um cordeirinho. Harry olhou para Gina, perturbado, e a garota se aproximou, tocando de leve seu rosto.
Eu não entendo Gina, porque era tão importante assim que Voldemort acreditasse em Snape?
Mas Gina tinha raciocínio rápido e entendera rapidamente a situação.
Harry, Snape sempre foi o homem em que Voldemort mais confiou, lembra que apenas ele sabia sobre as horcruxes? Com certeza era importante que Snape conseguisse provar que estava do lado de Voldemort porque assim, ele poderia nos ajudar a encontrar as horcruxes, talvez até encontrar o próprio Voldemort. Nunca saberemos onde ele está escondido sem a ajuda de alguém do lado deles.
A voz de Malfoy mais uma vez soou pela sala:
Parabéns Weasley, você acertou. No fim das contas, quando todas as horcruxes já estivessem destruídas, você ou a sua gentinha, Potter, teriam que enfrentar o Lorde, se é que vai sobrar alguém até lá...acontece que Snape era o homem que levaria vocês até o Lorde. Ele salvaria todos vocês no final. Não é irônico?
Gina estranhou o modo com que Draco estava falando de Snape, então perguntou:
E o que aconteceu com ele Malfoy? Com o Snape?
Ele está morto agora. Não entendi muito bem o motivo, mas, parece que enfim, eles descobriram que Severo sempre foi um agente duplo.
Draco olhou de modo estranho para Harry, um olhar que parecia triste, mas, Harry duvidava que Malfoy fosse capaz de se entristecer com a morte de alguém, muito menos com a de Snape.
Mas Harry e Gina sabiam o motivo da morte do ex-professor de Hogwarts. Anne tinha contado no cemitério que ele era o traidor que tinha ajudado os pais de Harry na busca pelas horcruxes e Bellatriz estava ouvindo toda a conversa.
Harry não chegou a sentir pena de Snape por ele Ter sido assassinado, mas, pensou que as coisas poderiam Ter sido diferentes pra ele. O garoto se perguntara se o seu antigo professor de Poções só resolveu mudar de lado por causa do amor que sentia pela mãe de Harry. Se todas aquelas coisas que Malfoy estava dizendo fossem verdade, então todos eles, principalmente Harry, haviam se enganado quanto a Snape.
Harry estava nessas divagações quando Malfoy falou com sua voz desagradável:
Não foi por causa de Snape que eu chamei você aqui Potter, nem por causa daquele velho que ficava te agradando.
Tudo que eu sei sobre as Horcruxes eu fiquei sabendo pelo Snape. Ele me passou as informações pra caso acontecesse alguma coisa, como ele ser assassinado por exemplo – a frieza de Draco fazia Gina Ter calafrios – e é por isso que estou aqui hoje. Graças a minha mãe eu consegui escapar das mãos de você - sabe – quem, e agora não é justo que eu vá embora sem ela.
Harry tentava absorver tantas informações.
Tá certo Malfoy, eu já entendi que você quer que eu te ajude a salvar a sua mãe, agora me diz como eu poderia fazer isso.
Potter, eu não quero a sua ajuda pra nada, quero apenas que você me acompanhe até o lugar em que o Lorde está escondido, e depois me dê a sua capa da invisibilidade pra eu fugir com a minha mãe.
Minha capa? Você quer que eu te dê a capa que o meu pai me deixou?
Harry estava indignado, mas, Gina olhava para Draco, desconfiada:
E como é que você pensa que Harry vai escapar deste lugar sem ser visto pelos comensais se você vai estar com a capa dele Malfoy?
Mas Draco parecia que já esperava por essa pergunta:
E quem disse que Potter vai escapar? Vocês são mais estúpidos do que eu pensava! O lugar em que minha mãe está presa é o mesmo lugar em que o Lorde está escondido com todos os comensais da morte e outros de seus seguidores. E é o mesmo lugar em que está escondida a última horcrux.
Depois que vocês mataram a cobra e roubaram as outras horcruxes, você – sabe – quem resolveu fazer marcação cerrada em cima da taça de Hufflepuff.
E não é isso que você quer tanto Potter? A horcrux? Então, vá atrás da taça enquanto seus amigos e a sua ordem da Fênix ridícula luta com os comensais da morte, e eu poderei escapar com a minha mãe sem ser notado.
Harry começava a pôr as idéias no lugar. Gina também parecia estar pensando.
Quer dizer então Malfoy, que você vai me levar no lugar em que Voldemort está escondido com os seus homens, para proteger a horcrux, e em troca desse “favor” eu tenho que lhe dar a minha capa para que você possa fugir com a sua mamãezinha. Dois ratos abandonando o navio...
Draco não se sentiu ofendido com o comentário de Harry.
Sim Potter. Parece que enfim, você entendeu direitinho. Mais quanto a sua comparação no final, saiba que quando os ratos estão abandonando o navio, é porque este está para afundar. E isso é esperteza, não covardia.
Draco sorriu desagradavelmente ainda, e, por fim, disse:
Você têm vinte e quatro horas pra pensar na minha proposta Potter. Eu te procurarei.
Dizendo isso, Draco sumiu.
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E então, quem acha que eu não deveria ter inocentado o Snape?
Gente, se não começar a aparecer comentários, eu vou parar de postar pq não dá vontede de escrever uma coisa que vc nem sabe se tem alguém lendo, sei que vcs entendem a minha situação. Então, vamos lá, comentem!
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