A Dama Branca



Title: Cogitari Ancilla
Author name: Jesse Kimble
Category: Drama
Rating: PG-13
Spoilers: Todos os cinco livros, incluindo a Ordem da Fênix. Se você não leu o quinto livro, então desliga esse computador e vai ler agora mesmo! E, obviamente, Departamento de Mistérios, que é a primeira parte dessa fic.
Shippers: Harry e Hermione, obviamente.
Summary of the chapter: Quando Harry encontra a Dama Branca, Cogitari Ancilla pode mudar de sentido…
Disclaimer: Bom, já que a Jo disse... ESTA HISTÓRIA É TOTALMENTE MINHA E, A NÃO SER QUE VOCÊ SEJA A BILLIE OU A CAROL, VOCÊ NÃO TEM DIREITO ALGUM SOBRE ELA!!!


Capítulo Catorze – A Dama Branca


"The earth is cool across their eyes;

They lie there quietly.

But I am neither old nor wise;

They do not welcome me.

Where never I walked alone before,

I wander in the weeds;

And people scream and bar the door,

And rattle at their beads."

– Dorothy Parker, "The White Lady"





***

Hermione dormiu até a manhã seguinte e, quando levantou, descobriu que Minerva já estava de volta. Sem falar nada e ainda muito sonolenta, Hermione foi até o banheiro. Trancou a porta, entrou debaixo do chuveiro e permaneceu sem realmente abrir os olhos até o momento em que dele saiu, vinte minutos depois.

Após meia hora, entrou na sala. A manhã estava quente e o aroma de café recém-passado flutuava no ambiente. Lupin e Luna estavam sentados no sofá, em volta da mesa de centro, onde estava depositada uma bandeja com bule e xícaras.

A professora McGonagall entrou na sala não muito tempo depois, trazendo alguns biscoitos. A expressão em seu rosto, por algum motivo, não contribuía em nada para tranqüilizar Hermione. O clima se tornava tenso entre os três quando Lupin resolveu falar.

– Luna, Minerva me disse que você tem provas contra Fudge.

Hermione ficou um pouco confusa; o que mudara em uma noite para que, de repente, a Ordem começasse a conspirar para derrubar o Ministro?

– Provas contra Fudge? – interferiu Hermione.

Minerva imediatamente virou-se para ela e fez um sinal para que Lupin não continuasse a falar.

– Precisamos tirá-lo do cargo se quisermos libertar Harry – antes que Hermione pudesse perguntar, McGonagall esclareceu: – Ele foi preso ontem à noite.

– Há testemunhas e documentos que comprovam a manipulação perpetrada por Fudge sobre os aurores – Luna começou a explicar as provas. – Alguns desses documentos estão escondidos, mantidos em sigilo, mas agora o Departamento de Direito Internacional em Magia tenta trazê-los ao público, embora Fudge esteja acobertando esse fato.

– Nossos aliados concordaram em permitir a publicação desses documentos no Quibbler – informou Lupin. – O que Dumbledore acha disso, Minerva?

– Esperem um minuto – pediu Hermione, raciocinando. – Dumbledore está no St. Mungus, certo?

– Está – Lupin confirmou, tentando prever onde ela queria chegar.

– E Harry foi preso… – Hermione pensou mais um pouco. – Tem alguma ligação entre esses dois fatos?

– Harry foi preso em Hogsmeade enquanto a procurava – informou McGonagall, lançando a Lupin um olhar confidente. – Eu falei com Dumbledore; ele acha que não devemos esperar muito para agir, mas devemos ser prudentes e fazê-lo antes que a prisão de Harry saia no Profeta Diário, ou então poderemos ser acusados de inventar falsas acusações contra o Ministro só para libertar Potter.

– Posso atrasar a impressão do Profeta – ofereceu Luna. – Não tenho certeza se é possível, mas acho que vale a pena tentar. Enquanto isso, pode ser que a edição extra do Quibbler fique pronta para impressão nesta manhã mesmo, e até a tarde já teremos o jornal pronto para distribuição.

– Seria bom se Fudge estivesse ocupado demais para perceber o que estamos fazendo… – Lupin pensou alto.

Ainda tentando se inteirar da conversa, Hermione disse:

– Se houvesse alguma forma de tirá-lo do país… – De súbito, ela teve uma idéia. – E se ele fosse para a Bulgária? O Ministro de lá atualmente está subordinado a Fudge. Se ele reportasse algum tumulto, uma pequena revolta ameaçando eclodir em Sofia, se pedisse ajuda…

– Mas como iremos convencer o Ministro búlgaro a dizer isso a Fudge? – perguntou Luna.

– Viktor Krum – disse Hermione simplesmente.




***

Dumbledore acordara perto do meio-dia e McGonagall estivera com ele desde então. Neste exato instante, ela estava sentada na poltrona ao lado da cama, esperando que ele completasse o raciocínio.

–… embora ele ache que não está confuso, Minerva.

– Como, Alvo? – perguntou McGonagall, incerta.

– Harry acredita ter encontrado a solução aliando-se às trevas. Mesmo tendo boas intenções, ele não percebe o quanto isso é perigoso.

– E o que ele fez com você é a melhor prova disso – McGonagall acrescentou.

– O que ele fez comigo foi totalmente justificável, Minerva.

Ela calou-se, chocada. Observou Dumbledore atentamente. O semblante dele continuava tranqüilo como sempre.

– Ele usou uma Imperdoável, Alvo! Se isso fosse justificável, a pena não seria uma condenação a Azkaban!

A resposta não lhe ocorreu imediatamente. McGonagall fizera um questionamento complexo, que necessitava de uma boa justificativa.

– Ele não deve ser julgado como qualquer bruxo, Minerva.

– Eu entendo que você queira… protegê-lo. Depois de tudo pelo que ele passou, admito que eu mesma tento fazê-lo, mas isso tem um limite, Alvo.

– Não julgue Harry Potter pelo que ele fez. Ele ainda é o mesmo que conhecemos.

– Claro que é. Só que agora, além de andar pelos corredores de Hogwarts no meio da noite, ele ataca bruxos inocentes!

– Talvez não tão inocentes assim… – pensou Dumbledore em voz alta.

– Ah, Alvo! Tenha o mínimo de sensatez! Já imaginou se eu não tivesse tirado Hermione de Londres a tempo? – perguntou Minerva, revoltada.

– Harry não teria feito nada contra ela – afirmou Dumbledore, categoricamente.

– Por que você diz isso? Teria dito o mesmo ontem, se alguém supusesse que ele lhe atacaria?

– Sinceramente não sei, mas ele se importa com Hermione.

– Pensei que ele se importasse com você! Pensei que se importasse com o mundo bruxo e com a responsabilidade que carrega!

– A mesma responsabilidade que tem acabado com ele por esses anos todos. Não podemos fechar os olhos para o motivo pelo qual ele está fazendo isso tudo.

– Eu não digo fechar os olhos, mas sim abri-los para as conseqüências das decisões que ele toma.

– Harry está tentando fazer o que pode. Não está vendo, Minerva? Eu deveria ter feito algo mais, não simplesmente dizer que as observações dele estavam erradas. Ele começou a usar magia negra para provar que eu não estava certo. Se eu o avisasse que a mandaria investigar, ele talvez não tivesse se precipitado tanto. Esse foi o meu erro. Achei que ele deixaria passar, mas me enganei; principalmente no fato de que ele aceitaria ficar preso naquela casa horrível, sem poder ajudar em nada. Ele me alertou sobre isso anos atrás e eu deveria ter prestado mais atenção – concluiu Dumbledore.

– Alvo, não se culpe pelas atitudes dele. Potter poderia ter pedido ajuda se...

– Ele pediu ajuda a Lupin, pediu ajuda a mim e eu neguei.

– Nós fizemos o possível.

– Ele é um membro da Ordem da Fênix, Minerva, e deveria ser tratado como tal. No entanto, decidimos excluí-lo da investigação, fazer tudo às escondidas, quando poderíamos ter conseguido aliados valiosos se tivéssemos dado esse conhecimento a todos da Ordem.

– Você teve suas razões para manter o sigilo, Alvo. Potter não pode exigir saber de cada passo que damos.

– Tudo o que estamos fazendo, cada movimento nosso nessa guerra, o afeta diretamente. Ele tem o direito de saber.

McGonagall calou-se, ainda contrariada.

– Ele só está tentando fazer o possível para ajudar, Minerva. Eu contei a ele a Profecia e ela diz que Harry teria um poder para destruir Voldemort. Claramente, Harry acha que esse poder está diretamente ligado à magia negra. Vê? Esse foi mais um engano de minha parte. Fui presunçoso o suficiente para acreditar que a Profecia se explicava por si mesma e que ele a entendera; não parei para pensar que talvez não fosse bem assim, nem para ponderar que talvez houvesse outros motivos que fizeram Harry não perguntar mais nada aquele dia.




***

Um barulho irritante e insistente ecoava em seus ouvidos. Ele tentara lutar contra, mas só conseguira aumentar a dor que latejava em sua cabeça. Abriu os olhos. Estava de volta à cela. Karkaroff estava batendo nas grades com algum objeto de metal e chamava o seu nome.

– POTTER! LEVANTE DAÍ, POTTER!

Relutante, Harry sentou-se sem dizer uma palavra. Pelo menos depois que fez isso, Karkaroff parou de irritá-lo, continuando só a falar.

– Então quer dizer que vão tentar derrubar o Ministro só para libertar o famoso Harry Potter? – murmurou ele, percebendo que Harry acordara.

– Do que você está falando? – disse Harry, com a voz sonolenta.

– Ou será que acreditam que há outra forma de tirá-lo daqui? Quero dizer, se é que vão tentar libertá-lo… – comentou Karkaroff, com uma dose de sarcasmo na voz.

– E por que não o fariam?

– Não seria uma boa política deixar o Lord das Trevas andar livremente por aí, não?

– Com certeza que não – respondeu Harry com fúria. – Imagine se ele decide vingar-se daqueles que traíram o juramento…

– Não era disso que eu estava falando, Potter! – Karkaroff procurou atacar para não ter que ficar na defensiva. – Bem que Snape disse que você era pretensioso demais a ponto de não ouvir a voz da razão.

– Snape não sabe de nada.

Snape – enfatizou Karkaroff – já passou pelo que você está passando. Não diretamente, claro, mas ainda assim…

– E quem disse que me importo com isso? Agora isso não faz diferença alguma, não é como se ele nos fizesse uma "visitinha" aqui.

– Faria diferença se ele viesse? É isto que está dizendo?

Harry deu os ombros, cansado.

– Você não entende, Potter, que não adianta o tirarem dessa prisão se você continua preso em sua própria mente? – Karkaroff insistiu.

– O quê?

– Vamos lá, Potter, acha que ninguém sabe o que aconteceu, o que está acontecendo? Snape me contou e acho melhor você pedir ajuda logo, ou não sairá disso sozinho.

– E o que isso lhe interessa, Karkaroff?

– Boa pergunta, Potter. O que isso me interessa? Talvez seja porque não preciso de dois Lordes das Trevas; acho que um já é o suficiente, obrigado.

Não respondeu e Karkaroff decidiu silenciar, esperando que suas palavras fizessem Harry abrir os olhos para o que estava acontecendo.

Horas passaram antes que a conversa fosse retomada. Karkaroff estava impaciente, mas esperou que Harry pesasse o valor do que ele lhe dissera.

– O que você quer é que eu o liberte, não?

– Talvez… – disse Karkaroff, escondendo a ansiedade.

– Isso pode não acontecer, porque talvez eu não queira que você saia daqui.

– É, você não quer ajudar o mundo bruxo. Quer somente tomar o lugar do Lord das Trevas.

– Não seja idiota, eu não desejaria uma coisa dessas – respondeu Harry, irritado.

– Não?

– Não da maneira que você está pensando.




***

Na mente de Harry, pensamentos sem sentido circulavam, confundindo sua razão. Deveria ser noite; o lugar estava silencioso como nunca vira antes, se bem que não passara muito tempo ali. Não importava, deixara de preocupar-se com o lugar onde estava - ficar analisando aquela prisão só o faria sentir-se ainda mais miserável, se é que isto era possível.

Mantinha os olhos fechados, tentando isolar-se daquela realidade. Seu corpo estava tenso, lembrando o tempo todo das circunstâncias que o trouxeram ali. Sentia como se houvesse a possibilidade fechar os olhos com tanta força que assim pudesse escapar, como se dessa forma sua mente fosse obliviada por alguns abençoados minutos e o prendesse naquele lugar imaginário.

Ele fechava os olhos e tudo o que via era escuridão. Isso não diferia muito do lugar onde seu corpo estava, mas não importava. Em sua mente, ele estava sozinho, tinha paz.




***

Luna passara a tarde na redação do Quibbler, trabalhando com alguns aliados de Dumbledore para que a edição especial ficasse pronta rapidamente. Pousado sobre sua mesa, estava um pergaminho que a bruxa guardara durante anos, contendo informações que poucos bruxos do mundo conheciam; informações pelas quais ela se sacrificara de muitas formas para conseguir; revelações às quais ela dedicara boa parte de sua vida sem poupar esforços.

No fundo, ela sempre soubera que algum dia essa pesquisa se faria necessária e que valeria a pena; chegaria a hora em que pudesse aproveitar todo o seu trabalho e receber o reconhecimento tão merecido.

Assim, depois de anos, ela pôde tirar o Dossiê Fudge da gaveta e imprimi-lo nas páginas de uma revista que seria lida por grande parte do mundo bruxo, revelando toda a verdade, sem medo das conseqüências.




***

Ele o fazia freqüentemente agora. Era como se fechasse a mente, mas sabia que não funcionava como a oclumência. Não importava. Contanto que conseguisse manter-se afastado dali, nada mais importava. Por momentos, perdia a noção de tempo e espaço; perdia-se em sua própria mente. Havia dias quando, estando longe do conhecimento que lhe dizia o que acontecia ao seu redor, ele perdia a noção do que deveria fazer. Ninguém lhe dizia que deveria comer ou dormir e, mesmo que o fizessem, ele não ouviria.

Aos poucos, uma nova realidade começou a ser construída em sua mente. Um lugar vazio, mas completamente seguro contra invasões externas, onde ele poderia descansar o tempo necessário, livre de qualquer preocupação.

Continuou assim por tantos dias que logo perdeu a conta. Às vezes voltava à realidade, mas essa transição era sempre pacífica, como se estivesse emergindo de um profundo lago. Era sempre algo que seu corpo estava disposto a fazer, embora seus sentidos dissessem o contrário.

Em uma noite, depois de uma breve conversa com Karkaroff, Harry mergulhou novamente em seu próprio mundo e lá permaneceu submerso por mais tempo do que jamais ficara, sem de maneira alguma perceber isso. Apesar de estar naquele completo vazio, não estava mais em paz, algo o inquietava e a escuridão não o ajudava a se acalmar. Era a primeira vez que se sentia assim e não entendia porquê. Apenas desejava que tudo voltasse a ser como era antes.

Tentando concentrar-se em respirar lentamente, seu inconsciente lembrou-o de algo que sempre o acalmava. Havia uma música, baixinha, brincando com o interior de sua mente. Algo conhecido e extremamente familiar que ele não ouvia há anos. Quando aquele melodioso som começou a espalhar-se ao seu redor, ele percebeu que não conseguia distingüir as palavras cantadas. Ouvia-as como se fosse uma linguagem totalmente diferente da que conhecia.

Sentiu-se um pouco desconfortável ao ver que seu mundo estava mudando contra sua vontade. O lugar não estava mais tão escuro quanto antes. Aquela canção parecia preencher tudo naquele momento - ele mesmo se sentia como se não houvesse mais vazio.

"Huna blentyn yn fy mynwes clyd a chynnes ydyw hon..."

A escuridão se dissipara quase por completo, dando lugar à claridade de uma luz branca que enchera seus olhos. Apesar de toda aquela luminosidade, sentiu seus olhos pesados e sonolentos. Não queria dormir, queria primeiro entender o que estava acontecendo. Não sabia por que tudo ao seu redor estava mudando, por que aquela música parecia fazer sentido, embora as palavras fossem desconhecidas.

"Breichiau mam sy'n dyn am danat..."

Foi somente quando estava pronto para se render ao cansaço que o dominava que algo tomou forma e colocou-se contra a luz que o ofuscava. Uma mulher alta e esbelta, com uma longa túnica branca e pele tão alva que refletia a claridade de tal jeito que a fazia parecer uma miragem. Ela estendeu sua longa mão e tocou na de Harry, fazendo-o dar um passo à frente e se aproximar.

"Cariad mam sy dan fy mron..."

Ela continuava cantando, sua voz lenta, hipnótica. Harry levantou os olhos e olhou diretamente nos do rosto a sua frente. Seu coração deveria estar explodindo de emoção ao fazê-lo, no entanto, sua respiração continuava absolutamente normal.

"Huna'n dawel, anwyl blentyn..."

A Dama Branca a sua frente o obrigou a se aproximar ainda mais e o envolveu em um abraço, fazendo Harry repousar o rosto cansado contra seu ombro. Ele podia sentir a maciez da roupa dela e o perfume dos cabelos que caíam perto de seu rosto. O calor do corpo dela passou a envolvê-lo até que ele mergulhasse em um sono muito profundo.

"Huna'n fwyn ar fron dy fam…"

Por longos períodos ele descansava próximo à Dama Branca, em um lugar perfeito que o protegia. Confiara nela desde a primeira vez que a vira; não encontrava motivos para não o fazer, mesmo que nem ao menos soubesse quem ela era.

A Dama Branca lhe era extremamente familiar, mas sentia como se a conhecesse apenas fora dali, sem que aquela misteriosa aura a envolvesse. Preferia encontrá-la naquele lugar, sem dúvida - fora dali tudo era feio e imperfeito.

Gwena'n dawel yn fy mynwes ar yr engyl gwynion draw.

Harry acordou muito confortável e quentinho. A Dama o observava prostrada ao seu lado. Ela sorriu e, com um gesto, o convidou a se levantar. Apoiando-se em um dos joelhos, ele o fez, e seu rosto ficou no mesmo nível que o dela. Não sentia mais sono, apenas uma curiosidade inquietante. O olhar dela indicava que a hora tinha chegado, ela responderia às perguntas que ele fizesse.

"Quem é você?" ele perguntou, sem precisar pronunciar as palavras.

– Eu sou a Dama Branca – respondeu ela com a voz doce, aproximando o rosto ainda mais, obrigando Harry a encarar os olhos à sua frente, tão iguais aos seus.

"Por que você veio?"

– Você precisava de mim.

"É," Harry pensou incerto.

– Harry, você já fez tantas coisas... Não pode continuar com isso, já foi longe demais, essa atitude não fará bem algum. Fique calmo, volte a ser quem sempre foi...

– Não posso – declarou Harry. Não queria contrariá-la e também não conseguia mentir. Sua voz saiu seca, sem demonstrar qualquer emoção.

– Não pode? – perguntou ela, sem soar como uma acusação ou exigência. – Só porque você é aquele que tem que derrotar Voldemort, isso não quer dizer que também precisa tomar o lugar dele.

– Alguém precisa...

– Não, Harry, não precisa. O que você tem que fazer é acabar logo com isso e continuar com a sua vida, não tentar transformá-la na vida de outra pessoa.

– Eu nunca tive uma vida.

– Então, a partir de agora, terá – respondeu ela.




~~~~~ Next Chapter ~~~~~

Próximo capítulo: teremos (finalmente!) o julgamento do Harryzito!! O capítulo quinze está me dando mais trabalho do que vocês podem imaginar... e está sendo o mais longo de todos, três vezes maior do que os outros capítulos. Espero que vocês gostem, eu estou escrevendo e me apaixonado muito por ele! Meu objetivo é poder postá-lo antes das eleições, lembrando que as betas precisarão de mais tempo para corrigirem um cap deste tamanho.

P.S.: Pra quem não notou (não é, dona Lori?), a primeira cena Harry/Karkaroff desse capítulo (a que Harry diz que não quer ser como Voldemort), se passa depois (um tempo considerável depois...) da cena na casa da Minnie... o Karkaroff não lê mentes não, mas ele é esperto o suficiente para saber que nem o Dumbly pode fazer alguma coisa...

P.S. 2: Então, povo, o que acharam da Dama Branca? Espero que a essa altura todos já saibam quem é, principalmente depois que eu acrescentei essa última cena no capítulo... bem, ela pode ser útil mais pro futuro... we'll see... COMENTEM!!!

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