Cp56 XII- MORTIS



Cp56 XII- MORTIS


"-Sua sexta casa, fala do seu futuro...


Ele ficou apreensivo...


A morte...


Ele a olhou, ela sustentou aquele olhar...


-Não se assuste, essa é uma boa carta...


-Boa?


-Sim... A morte está no seu futuro, mas não a morte física, é uma força inevitável de mudança, coisas morrem, para que outras nasçam... a morte é uma força que iguala todos os seres... é uma carta que fala de saber enfrentar os obstáculos e sair renascido, seu futuro é feito pela força que você adquire em cada luta, cada dor...


A peregrinação negra o escolhido deve fazer... o caminho das sombras deve percorrer... o círculo negro deve conhecer... a marca das trevas deve deter... no túmulo negro deve descer... a morte deve receber... da vida o sopro perder... o renascimento do escolhido deve permanecer... Magus vagus est... Temperis Julgatore... Mortia Virtua fortis est."




 


-Esse lugar se infestou muito rápido... deve haver um ninho.- disse Hermione.


-E tem.- Lupin disse num ar abatido.-Harry foi direto para ele.


-COMO ASSIM!- Hermione agarrou Lupin pelos ombros.


-Acalme-se Mione.- Disse Sirius.


-Onde ele está Sirius?- Perguntou Morgan.


-Acho que precisarão entrar...- suspirou Moa.


-Oi... Eu sou Luna!- disse a garota para Moa.


O velho ainda os olhou por um tempo antes de erguer os olhos e encarar Harry.


-De novo... essa vila nunca foi arrasada. Você pode ter matado uma centenas de vampiros mas está preparado para enfrentar o que mais existe em Altanaera?


-Essa vila já foi arrasada velho... quando ainda se chamava Chorazim.- o cavalo pateou nervoso sobre a pedra maculada pelo negrume que escorria.- E não serão algumas criaturas das trevas e panteras da noite que irão me deter... não se dê ao trabalho de me enfrentar.


Houve um rumorejo entre os presentes.


-Não o enfrentaremos.- disse o velho.- Mas todas nossas maldições o acompanharão...


Harry manteve o olhar.


-Maldições me seguem desde que nasci velho... não tenho mais porque ter medo.


-Então vá em frente jovem tolo!- disse o velho batendo com cajado no monumento.- A morte vai com você... colada ao demônio que te acompanha... a traição o segue.


-Aos que vierem depois de mim. Não lhes negue passagem.


-Vamos.- Ana disse instigando o cavalo ao rumo do monumento.


-Os que o seguirão não encontrarão resistência...- disse o homem sério ao vê-los avançar.- Encontrarão o mesmo destino que vocês...


Os cavalos haviam desaparecido.


Hermione andava agoniadamente na casa...


-desse jeito você irá furar o chão.- Disse Rony.


Ela apenas os olhou fria... com o polegar, fazia o anel maior girar em seu dedo médio... as palavras de Persephone em sua mente.


-Temos que ir...


-Não sabemos para onde ir.- disse Remo sentado de modo cansado no sofá.


-Sabemos sim.- disse Draco.-Chorazim!


-No meio de um ninho de vampiros... vocês são doidos.- disse Moa.


-Mas necessário.- disse Morgan.-O nosso problema é...como ir pra lá rápido?


-Aparatar...- disse Sirius.


-Aparatar no meio de um ninho de vampiros... vocês não são doidos... são suicidas.- disse Moa.


-Não... eu sou um dragão.- disse Morgan.- Vou precisar de mais daquela poção contra enjôo depois disso.- Disse séria massageando a têmpora.


-Porquê ele foi na frente se é preciso as armas para entrar no túmulo?- perguntou Neville.


Os cavalos trotaram a frente, e sentiu um “bop” como se uma bolha de sabão estourasse e em seguida um estranho silêncio... um silêncio vazio já que nem o trotar dos animais era audível, vento, nada.


Apenas uma estranha sensação de reconhecimento do solo azulado e das nuvens vermelhas... os animais avançavam rapidamente.


-Altanaera.


Era um estranho círculo alto de pedras... ao longe reconhecia o estranho lugar...


-O altar de Naeran...


“banido do mundo por sua magia, encravado no ponto convergente das almas.”


-O caminho para o inferno.- disse com um gosto amargo na boca.


“Era como chamavam o altar de sacrífio feito por Lilith...”


E quando os animais foram parando a verdade lhe atingiu como um soco.


-Isso está errado...- disse olhando o círculo de pedra.


-Isso é o que é...


-Eu não devia ter pisado aqui...- disse olhando em torno.


-Você não pode se atrasar...- disse Ana.


-Porque não disse que tudo isso era pegar seu CORPO!- se virou para Hangorn.


-Porque você é o único que sabe onde ele está!- a ave parou em cima do altar.


-Você tem idéia do que vai acontecer se os outros trouxerem as armas para cá?- disse olhando ave.


-Lilith poderá despertar... mas só se a força das armas estiver auxiliada por um pacto de sangue.


-Oh... inferno!- Harry olhou em volta se lembrando de Baphomet, que pedira o retorno de Lilith também.- Que INFERNO!


-Você tem que ir rápido então.- disse Ana.


-Se Lilith despertar e se aliar a Voldmort... ele se tornará imortal...- disse baixo.- Se eu... eu vou destruir esse altar.


-NÃO!- Hangorn parou a sua frente.- Você veio aqui para se acovardar?!


-Não ouse me chamar de covarde seu pássaro manipulador!


-Eu avisei para não vir... uma vez aqui devolva meu CORPO!


Os rosnados estranhos viram do nada... e Harry suspirou, afastando os cabelos longos e sujos de sangue do rosto... sentindo-se carregado para um armadilha sem retorno.


-Anjo...- Ana se aproximou- Precisamos ir...


Hermione conteve o arrepio ao sentir o impacto do Dragão no solo, Morgan tinha se voluntariado para carregá-los... não era voar num dragão que assustava...


Era o campo de horrores que via.


Uma paisagem imunda e desolada onde jaziam centenas de corpos destroçados de vampiros.


-Alguém andou ocupado por aqui.


-É preciso um exército para causar um estrago assim em um grupo de vampiros.-disse Sirius.


-Não importa. Não ter que mastigar mais nenhum nojento é muito bom.- Disse Lupin.- Aposto que Morgan concorda.


O dragão vermelho acenou em concordância, prosseguindo por terra... a paisagem era de total desolação até as parcas árvores estavam destroçadas... ao chegarem no ínicio da vila o silêncio os recebeu, Morgan precisou retornar a sua forma, um dragão não passaria entre as casas.


A primeira pantera não teve chance... morta ao se aproximar... mas não eram poucas... uma pulou em uas costas, felizmente abocanhando o manto de peles... mas causou um rasgo em tanto em sua veste...não dariam conta de todas... as panteras pareciam rir como hienas... um som no mínimo amendrontador.


Esticou a mão para a pedra alta ao seu lado e puxou a garota loira pela mão... recebido pelo conhecido corredor.


-O túmulo negro.- disse olhando o mármore escuro.


-Sim... o local de descanso de Baphomet e onde você em outra vida prendeu Lilith.- disse Hangorn.


-Vamos.- disse Ana andando.


Harry a seguindo não via o estranho sorriso nos lábios dela.


Ao chegarem na praça havia apenas uma pessoa... um velho. Ele olhava longamente uma cabeça de vampiro.


-O que houve aqui?- perguntou Neville.


O velho os olhou.


-Vocês o seguem... são os que eu esperava.


-Do que está falando?- Perguntou Sirius.


-Do demônio...- disse o homem.- Ele veio de onde vocês vieram... cavalgando cavalos enfeitiçados... com o pássaro de fogo e uma criatura morta com ele...


-De quem ele está falando?- Perguntou Gina.


-Pingando sangue dos nossos guardiões... ele e sua companheira maldita... aquele demônio...


-Voldmort?- perguntou Rony para Hermione.


-Como ele era?- perguntou Hermione.


-Tinha olhos de Itsumade... olhos frios... ele foi atrás da morte e vai encontra-la o maldito...


-Harry.- Hermione fechou o pulso.


-Como? Perguntou Morgan.- Harry? Mas com quem?


-Ele.- disse o velho acenado com o cajado.


Uma névoa apareceu... dela formou-se algo... e em seguida podiam ver a forma... descorada... sem matéria.


-A ... Ana... ANA ABBOT?- disse Morgan, olhando o segundo cavalo.


-O que é essa ilusão?- disse Remo se virando para o velho.


-Harry...- Hermione disse sem fôlego quando o outro se materializou um pouco mais.- Não é ele.


-É sim...- disse Rony.


Sirius apenas olhava ambos os cavalos materializados se movendo... a garota loira que devia estar morta... suja de sangue negro.


-A cópia... é uma Jinkie criada por Voldmort.- disse Sirius.


-Porque o está acompanhando?- perguntou Hermione.


Hermione não acreditava... não podia ser o mesmo Harry... não! Não era o mesmo que conhecia... Não aquele... homem de expressão tão fria, sujo de sangue e com cara selvagem...


-Harry...- disse e olhou o anel.- O que você está fazendo?


Sua mão bateu com força na estranha parede transparente que apareceu...


-m****!


-Harry...- Ana se encostou em seu corpo o abraçando.


-Me solte Ana...- disse tentando se desvencilhar dela.-ANA!


Sentiu o deslocamento atrás... virou o rosto, estavam presos em paredes que pareciam de vidro.


-Droga ANA! ME solte...- disse e olhou-a.


Olhos brancos como de um morto afogado... um sorriso mau nos dentes afiados,


-Não... a senhora das trevas manda saudosas lembranças ao seu consorte traidor.


-Você...-Harry sentiu algo prendendo-o.- Sua cobra.


“Hangorn...”


-Amo você anjo... amamos você... mas você nos traiu... sabe qual era punição para os homens que traíam, não é?- ela disse com sua pele se tornando mais e mais pálida na sua frente. Sentiu com apreensão a umidade batendo nos seus joelhos... cordas negras e brilhantes como mármore o prendiam... subindo pelo seu corpo.


“Hangorn!”


-A senhora das trevas vai receber seu espírito... e eu...- ela abriu a estranha boca onde estava a língua bipartida da criatura, dentes afiados como de um tubarão.- O seu sopro de vida.


-Nem tente...- disse frio.- Na hora que me devorar... meu sopro de vida passará a Dumbledore...


Ela se aproximou... a pele antes firme, quente, agora parecia fria, gelada até, mole como de um peixe velho... tinha uma coloração desbotada e as veias eram marcadas por um tom esverdeado... pareceu cheira-lo.


-Morra afogado... então... homem traidor...


-Você não vai... HANGORN!!!


-Ah, sim.- ela sorriu metendo a mão agora com unhas finas e compridas como agulhas por dentro de sua veste e camisa, rasgando-os.- Lilith o quer de volta.- disse puxando o pingente.


-Não!- debateu-se.


-Tampouco ele parece se importar não acha?- a criatura disse chiando e passando pelo vidro, de modo que Harry ao tentar retê-la se chocou contra a parede vítrea.


A água estava em seu peito.


-Hangorn...- falou entre os dentes, o aperto daquela corda negra aumentando.


-Adeus querido... o verei de novo.


-Maldita... maldito demônio nojento... disse a olhando ir... carregando o pingente...


Hermione parou séria... olhando-os discutir o caminho, o som do lugar era estranho e o chão parecia de relva azul no céu um apanhado de nuvens vermelhas... como num pôr do sol, mas não havia sol...


-Você se lembra do caminho?- Rony lhe perguntou.


-O círculo lembra?- Apontou-o.


-Mione algo errado?- perguntou Luna.


Ela olhava fixamente o anel...


-Eu tive a impressão de ter visto ele...- ergueu os olhos.- preso num lugar que se enche de água.


-Creio que isso é bom motivo para se apressarem.- disse Sirius os olhando.


Morgan concordou com a cabeça.


Os estranhos sons de patas se aproximaram... o grupo ergueu as varinhas.


“Certo... tem uma saída... sempre tem” pensou tentado soltar-se, mas aquelas cordas pareciam ter vida como tentáculos ou coisa parecida... tentou manter sua cabeça acima da água... a água turva por causa do sangue negro em suas roupas... e um puxão o submergiu.


“vou me afogar”


“Desgraça que eu não VOU!” tentou se soltar de novo.


Em vão.


O bruxo ainda olhava a cabeça do vampiro quando as sombras chegaram até ele, e delas surgiu uma única figura negra e encapuzada.


-Mestre do caminho...


-O lorde das trevas finalmente retorna.- disse o velho.


Voldmort olhou em torno.


-Os tolos fugiram?


-A força de Lilith é muito temida.


-A dama das trevas deveria ser esperada com honras...


-O demônio itsumade assustou a todos.


-Ah, sim... é uma praga detestável...


-Creio que meu trabalho aqui termina.


-Ah, obviamente, guardaste bem o caminho...


O velho ergueu-se apoiado no cajado, meneou-o.


-O caminho ainda está aberto Milord.


-Maravilhoso...- Voldmort ergueu a varinha.- Avada Kedavra...


Voldmort passou ao lado do cadáver.


-Eu não esqueci do seu escárnio a décadas atrás velho... eu nunca esqueço dos que me desagradam...


E sumiu deixando o corpo... ao lado do cajado e da cabeça do vampiro que lentamente virava pó.


“Desistência não é uma opção...” pensou ao perceber-se de joelhos no chão, submerso e com o peito implorando por um pouco de ar... “não é... não é... não é...”


Já tinha tentado desaparatar... não dava... projetar... não dava...


Mais do que irritante, aquilo estava se tornando desesperador....


“Não aqui... e não de joelhos...”


A corda apertava fortemente seu pescoço.


“sem chance...”


-Nunca mais faça isso!- disse Morgan.


-Não sei porque você implica com minhas azarações especiais para criaturas feias.- Sirius sorriu para ela.


-Você quase ferrou com a entrada!- ela rosnou.


-Entramos não entramos? Então está tudo bem...


-Você é impossível!


-Os adultos poderiam acompanhar o grupo... por favor?- Lupin perguntou apontando os outros que avançavam... Draco iluminando a frente.


Quando uma parede negra se elevou entre eles e ao lado abria-se uma nova passagem.


-Não tenho boa impressão sobre isso.- disse Morgan.


-Que percepção do óbvio...- Lupin ruminou.


-Não seja grosseiro.- Sirius sorriu.


O vidro partiu... a água escorreu pelo chão negro refletindo como um espelho a imagem acima... o sangue se misturou a água, olhou para trás uma parte da veste engatada no vidro que cortara seu ombro, levantou-se afastou o cabelo do rosto irritadamente e antes de ouvir, sentiu atrás de si...


A mão adiantou-se e segurou a criatura pelo pescoço.


-Eu devia... me livrar de você...- rosnou para a ave.


-Isso não lhe faria mais feliz... garanto.


-Porquê diabos não me ajudou?


-Porque eu avisei e você mereceu...


Largou a ave que caiu no chão e se aprumou.


-Você parece mais real.


-Meu corpo está perto, estou mais forte.


-E o que aquele demônio levou?


-Um pouco de seu suor, sangue e lágrimas... nada que lhe mate.


-Quanta consideração Hangorn... acho que aprendi o quanto você me adora...


-E aprendeu algo mais?


-Sim...- rosnou apertando o cabelo escorrido.- Não traia as mulheres... elas ferram sua vida, pós-vida e morte!


-Devíamos nos preocupar com quem mais está aqui.


-Lilith...


Mas assim que proferiu o nome dela... a dor instalou-se em sua cicatriz... a velha conhecida dor...


-Tom...- disse.


-Isso complica as coisas...- disse Hangorn.


-Sério... estou emocionado com sua percepção.


Percepção falha de ter mais gente por ali.


-Oh, não... não.- meneou a cabeça dolorida.-Eles trouxeram as armas.


-Então se apresse, com meu corpo serei uma arma mais poderosa....


-QUE SE DANE SEU MALDITO CORPO.- segurou a ave pela cauda e queimou a mão.-ELES estão em perigo.- olhou a mão queimada.


-Mas você não pode encontra-los... é mais fácil ir em frente.


Frente, trás tanto fazia...


Estavam perdidos... isso sim, Draco olhou amuado para trás.


-Poderiam andar mais rá... pessoal?


O corredor vazio foi a resposta.


-Ah que maravilha... o que mais falta acontecer?- disse aborrecido.


A figura magra, pálida e mórbida passou rápida pelo corredor ao lado.


-Eu não vi nada...


-Não viu o quê Snape?- perguntou Neville pondo a mão no ombro dele.- Credo... que foi?


-Você esteve “isso” de virar churrasco Longbotton! De onde você veio?


-Sei lá acho que me perdi.... onde estão os outros?


-Não faço a mínima idéia.


Havia chego na imensa sala circular... onde havia uma imensa ampulheta de vidro num suporte de pedra e ao fundo um trono...


-Milady... minha senhora... eu trouxe a ave...- disse e olhou a jóia imensa num suporte acima de um espelho prateado naquela coluna.- Eu trouxe Hangorn...


-Ótimo... agora me dê isso e me diga onde está o Harry.- Hermione avançou apontando a varinha e arregalando os olhos para a criatura.- Você é nojenta.


A criatura mostrou todos os dentes afiado num sorriso torto.


-E você acha... que eu diria o paradeiro dele... pra você?


-Acho... a menos que queira ver que cor tem suas entranhas... e me passe o amuleto dele!- estendeu a mão.


-Há...- chiou ela.- Venha buscar!


-Sua coisa...- Hermione atirou o primeiro feitiço.


-Não quero perder tempo...- disse Luna.


-Que foi?- perguntou Rony.


Luna parou e olhou triste para Rony.


-Voldmort está aqui...


E Rony sentiu a nuca arrepiar.


Sirius já tinha passado do “procurar saídas” para o “fazer saídas” Morgan e Lupin atrás com varinhas apontadas para cada corredor paralelo.


-Estou sentindo... uma coisa muito ruim...- disse Morgan.


-Cale a boca...- disse Sirius.- E continue olhando.


-Sirius se controle.- Lupin disse preocupado.


Rony continuou avançando segurando as duas pela mão... e Marco atrás agarrado nas duas...


-Isso é péssimo...- murmurou dando pela segunda vez num beco sem saída.


Andava rápido com a ave no ombro... sentindo a pulsação surda em sua têmpora e o ardor na cicatriz.


-A sala está ao centro...- disse a ave voando.- Venha...


-A sua voz... me guia...


-Certo, tudo aqui é ilusão...


Correu atrás da ave, evitando paredes que se moviam...


-O que você procura tanto?Harry?- o sussurro veio das paredes.-É chegado o momento...De lutar...


A forma negra passeava nas sombras do lugar... ávida.


O feitiço errou por pouco as pernas da criatura, que se movia agora como um felino estranho... uma criatura demoníaca.


-Sua cadela dos infernos!- Hermione acertou o trono partindo-o.


A criatura riu.


-O que foi... ciuminho? -A criatura pulou em frente de Hermione o amuleto em seu pescoço pálido.


-O que você teve foi uma ilusão! Nem era seu, era para alguém que já foi... sua vaca nojenta! Eu vou partir você em duas! Por tocar nele!!!GILGAMESH!


A coisa parou no outro lado da sala, ferida, mas se pôs de pé. Ampulheta entre elas, escombros por toda parte...


-Malditaaa.- chiou.-você não tem forças pra me matar!!!


-Não é necessário que ela tenha... Accio!


Hermione parou de olhos arregalados... e sentiu-se gelada... a criatura guinchou ao ter o amuleto arrancado dos dedos longos e finos.


-Não! Isso pertence a ela! A mestra!


-Você é tão tola... olhe seu estado deprimente... bom, sua utilidade terminou para mim. Devanesce.


-Não... Não!- a criatura olhava suas mãos se desfazendo em pó.- NÃO! LILITH! MESTRA!


-Demônios tem mais fraquezas e ambições que os homens senhorita Granger...- disse Voldmort a encarando.


Hermione estremeceu... não conseguia se mover... apenas apertou a varinha... escutou passos.


-Convidados... mas nosso convidado principal não apareceu...- disse ele olhando os dois grupos que apareceram nas entradas laterais.- Eu tenho o corpo e a alma da ave de fogo...


A imensa jóia estava agora nas mãos de Voldmort.


-Eu estou com você mago.- disse a ave sumindo.


Mas Harry parou... olhando o nada a frente.


Hermione diante de Voldmort...


-Saiam daí...- murmurou.


-Agora devemos unir a alma e o corpo... eu posso faze-lo? Creio que não... ainda...- sibilou o bruxo se divertindo com a face atemorizada dos jovens.- Não se atreva senhor Weasley... não teria chance...


Rony baixou a varinha branco.


Os passos vieram da galeria atrás de Hermione.


-Voldmort.- Morgan disse com imenso desprezo.


-Onde está Harry?- Sirius se adiantou ficando próximo de Hermione.


-Ah... Black! Graveheart... Lupin se não me engano... – disse Voldmort.- Deveras nosso principal convidado está atrasado, portanto comecemos agora! AVADA KEDAVRA!


Hermione suspendeu a respiração...


-Não assim...- Harry murmurou mais uma vez...- Não... não de novo...


Foi um segundo... entre lançar a maldição e corpo cair... o silêncio seguinte apenas foi quebrado por uma fria gargalhada alta e cruel....


Hermione estava tremendo... olhos fixos a frente... estava chorando... estava... desviou o olhar para o chão.


Para os outros a sombra e o som da ampulheta quebrando e algo caindo no chão.


Neville baixou o braço do escudo que pretendera usar, mas estava muito longe e agora...


Estava tudo perdido.


Um segundo de decisão... não poderia aceitar... mais ninguém morreria na sua frente... não alguém que amasse... apesar de tudo, de seus crimes e traições... pois haviam sido um crime e uma traição...


A amava...


Não permitiria, pelo não que partisse antes... ainda encarou a luz verde... o rumorejo... não houve tempo para ver nada...


Um segundo... não teve medo.


Então só houve escuridão... Harry não sentiu bater na ampulheta que espatifou-se e cuja armação caiu sobre seu braço...


Ou na verdade... seu corpo.


Morto... caído no chão... cabelo negro espalhado pelo chão entre a areia fina e cinzenta da ampulheta.


Tempo que pára.


Foi apenas alguns segundos e então a risada de Voldmort veio... alta, cruel... satisfeita... olhando o delicado pingente se desfazer...

-Mestre morto... ave no amuleto...- sibilou.-Eu venci.


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Oh... ele morreu... Morreu... o mamute...(ops... não é o mamute... foi o Harry mesmo...)


Só para relembrar:


“-Você fala... Mione... mas não escuta...- disse com um suspiro cansado.- Eu tenho que morrer para você prestar um pouco de atenção em mim não é?”

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