Cp54 A Peregrinação Negra



Cp54 A Peregrinação Negra


"-O velho Walon... amaldiçoou os animais que avançaram em sua esposa no então ataque a família... na queda deste castelo, esses animais agora protegem a casa a milênios, fielmente.


-Walon?- perguntou Sirius.


-O patriarca da família Slytherin... pai de Salazar.- Harry murmurou.


Moa se virou e o encarou.


-Como você... sabe disso?"


Harry a olhou gravemente.


-Eu sei de muitas coisas... Moa... sei que estes cães estão sob ordens de alguém com sangue, ou pelo menos que servia aos Slytherins...


Ela o olhava...


-Você parece saber demais... eu sou descendente daqueles que sempre serviram bem os Slytherin, mesmo não havendo mais deles há muito tempo.


-Nunca veio alguém a quem esses cães obedecessem?


-Do que está falando?-Moa perguntou.


-Estou perguntando... se você nunca viu alguém que os cães obedecessem....


-Somente os últimos empregados que serviram a família.- ela disse gravemente.


-Entendo...- disse laconicamente, tendo certeza da mentira.


Ela o olhava, por vezes... enquanto voltavam e se encaminhavam para fora do castelo... dando a volta havia uma casa após um pequeno caminho entre a floresta... na verdade uma cabana.


-Essa é a única habitação da ilha de Storavan...- disse Moa entrando.


-Um lugar quente pelo menos.- disse Draco se jogando ao lado da lareira, estava nevando quando saíram do castelo.


-Concordo...- Marco gemeu esticando os pés para o fogo.


-Vocês ainda não explicaram porque invadiram terras tão ermas e abandonadas... principalmente como entraram numa parte do castelo que todos supunham ser lenda...


Harry não demorou muito para explicar... a menção Voldmort-Mal e sim eu Sou HARRY POTTER o cara bom... bastou. Vampiros e comensais haviam andado muito pela região perturbando os povoados próximos... Moa não se preocupou, o velho fantasma de Solana e os cães espectrais espantavam os mais covardes... e ela afirmava ter meios mais efetivos contra os mais insistentes.


-Aqui dizem que o povoado de Erbhut inteiro está mancomunado com o demônio... era uma vila que foi arrasada por uma maldição... só nascem bruxos na vila... mas são todos... estranhos... ninguém se aproxima de lá... os vampiros estão acampados na região...


Sirius ainda mordia o pão de um modo um pouco canino quando quase se engasgou.


Lupin tinha se levantado e ido para a janela...


-Ela disse na vila... não aqui Lupin...


-Eu sei...- disse Lupin baixo...- mas eu posso sentir algo por perto.


-Coisas estranhas acontecem nessa floresta.- disse Moa.- Mas o terreno dos Slyherin é protegido... nada de mal prospera nele.


O ronco de Draco esparramado num rústico sofá coberto de peles em frente a lareira era o único ruído... Marco afundado num cobertor fofo de lã no chão não roncava.


-Onde está Harry?- perguntou Lupin.


-Ele foi para a cozinha ...- Sirius se ergueu.


-Ele passou lá pra fora há alguns minutos...- disse Moa.- achei que ia pegar uma brisa.


-Está nevando...- ruminou Lupin.


Harry havia sentindo a magia emanando de um ponto da floresta... sentia-se atraído por essa força misteriosa... era muito parecido com o que sentira perto dos unicórnios e de Hangorn... a força lhe levou até um ponto da mata... onde divisou apenas um estranho movimento nas arvores escuras...


Seguiu esse movimento sem pensar... afundando a perna na neve atrás do estranho rastro já marcado na neve.


Afundando na floresta até onde ela terminava numa pequena clareira e mais a frente se abria mais e mais até o outro lado do lago congelado.


Sobre ele havia um enorme cavalo negro de olhos ferozmente brancos como pérolas...


Era desse animal que vinha aquela estranha magia... ele estava sobre o gelo mas não parecia escorregar, na verdade Harry teve dúvidas se o animal era sólido... mas não conseguia se mover para ir em frente... passos vieram ás suas costas, sons abafados. Se virou olhando os três vultos.


-Harry!- Sirius disse saindo pelas árvores.- O que diabos...


Harry havia feito um sinal de silêncio. Tanto Lupin quanto Moa se postaram ao seu lado, Moa murmurou.


-É um Ynuit.


-Eu sei...- Harry murmurou.


-Como assim sabe?- perguntou Lupin.


-Eu tenho que ir... agora entendi.-disse dando um passo a frente.


-Se você for rapaz...- Começou Moa.


-O que você vai fazer?- perguntou Sirius com a mão em seu ombro.


-O que tenho que fazer...- disse olhando as montanhas.


-Vamos com você...- disse Lupin.


-Não... essa parte eu tenho que fazer sozinho.


-Harry...


Sorriu para ela.


-Vou fazer a peregrinação negra... mas vou voltar...


O animal entendera sua decisão... trotando macio até a margem...


-Se cuidem... – disse agarando a crina longa e grossa.- Eu volto logo...- montou no animal que empinou.- Se eu demorar...


"Procurem Altanaera... onde fica o túmulo dela! Leia o livro de Salazar!"


Foi tudo que Sirius ouviu... pois o enorme cavalo saiu trotando no gelo como se não houvesse nada entre eles e a distância...


Só o som do gelo se partindo...


Harry agarrou-se a crina do animal com toda a força... uma vez em outra vida... em desespero se deixara levar por essa criatura... e ela lhe levara a uma jornada amarga.


"Eu peço que tal desgraça não se repita..."


"Eu também Hangorn... eu também..."


Hermione olhava o céu com um estranho aperto no peito... apesar de magnífico o pôr do sol em pleno verão parecia tão frio.


-Então Granger... sua cara não é das melhores... há um motivo para esse coração estar tão pequeno?- disse a garota de olhos díspares.


-Eu... sinto algo aqui... estranho não é? Não acredito nessas besteiras... mas estou com um mau pressentimento...


-Uma bruxa que não acredita em pressentimento?- A garota riu levemente.


-Persephone... isso não tem graça... vocês aqui não levam nada a sério?


-Levamos... mas não deixamos pesar...- disse ela pondo a mão no ombro de Hermione.- Nós brasileiros acima de tudo sabemos que encarar as provas da vida com medo e tristeza não as tornam mais fáceis...


-Eu sei disso.


-Isso tem haver com alguém que você deixou para trás?-a garota sorriu.


-A Morgan é uma bocuda...- Hermione disse baixo.


-Eu não conheço Harry Potter pessoalmente.- disse a garota.- mas pelo que Morgan me disse... isso é medo senhorita Granger.


-Medo?


-Medo de se envolver... medo de se deixar levar por algo que sua lógica não entende... só uma coisa... amar não é lógico.


-Você não entenderia...


-Eu entendo mais do que você pensa sobre amores... acima de tudo ter medo é o maior inimigo.


Hermione puxou o anel para fora do bolso...


-Eu devia ter entregue... eu sei que devia... eu tenho medo de ter perdido a chance.


Persephone estendeu a mão sobre a sua a uma leve distância, o anel levitou entre as duas mãos.


-Oh.- Persephone recolheu a mão.- Que feitiço poderoso.


-Feitiço?


-Mostre-me o seu...


-Como sabe...- Hermione tirou o seu do dedo.- Que feitiço?


Persephone segurou os dois anéis... sorriu.


-Nunca havia sentido o poder verdadeiro de um Mago... você ainda tem dúvidas do que ele sente por você? Seu anel possui um forte feitiço de proteção... o dele um feitiço que une ao seu...


-Como?


-O dele servia para saber como você está... além do mais... foi ele mesmo que os criou. Deve ter posto muita vontade para deixa-los assim... são amuletos poderosos... nunca deixe que caiam em mãos erradas...


Hermione recebeu ambos na palma da mão, mas a outra não os largou.


-Não deixe o dele longe de você... é um desrespeito aos sentimentos dele... use-o também... além do mais...- Persephone disse baixando a face.- Você desperdiçou uma oportunidade... ele está só...


-Em perigo?- Hermione agarrou os ombros da estranha garota.- Harry está em perigo?


-O demônio vai com ele... pelo caminho negro... é só o que sei... ele vai para onde encontrará a morte...


-NÃO! Você está mentindo! PARE!- Hermione a empurrou.- Não!


Persephone ficou ali no meio do campo florido... apreciando a grama tomar um tom avermelhado da hora mágica onde não existiam mais sombras.


-O que você disse para aquela garota? Para assusta-la tanto?- perguntou o rapaz que se aproximava.


Phersephone apenas suspirou.


-Que ela tomou uma decisão infeliz quando cedeu aos temores tolos em sua cabeça.


Ele a abraçou... ambos vendo o sol sumir... e Hermione entrar no prédio principal.


O animal estava trotando pela íngreme estradinha da montanhas... Harry apenas tentava se manter quente... naquela velocidade os flocos de neve pareciam pequenas agulhas... sua respiração parecia congelar...


-Hã?


Sua mente demorou um segundo para perceber que a montaria que ia veloz deixara de existir ... e que ele estava jogado no chão perto do precipício... deu dois passos para trás... encostando-se ao paredão ás suas costas... o longo casacão tremilicava com o vento e dificultava seus movimentos... o frio da neve só fazia se sentir pior...


-Onde eu estava com a cabeça...- disse abraçando a si mesmo e baixando a cabeça... usando toda a força que tinha para caminhar...


"É um caminho longo..."


"Se eu pelo menos tivesse todas as malditas memórias!"


"É um caminho para... o poder..."


"Hangorn... não torne tudo pior..."


"É um caminho sem volta..."


"Do jeito que está frio... eu não iria dar meia volta nem que precisasse..."


O caminho apenas se tornava mais estreito... íngrime e difícil.


Sirius não havia dado um passo longe do lago depois de quase quinze minutos.


-Você sabe que ele não vai voltar agora.- disse Lupin.- sabe que ele deu um jeito de nos convencer a ficar.


-Eu não sei como ele faz isso!- Sirius rosnou.- Onde a gente tava com a cabeça de deixar ele ir?!


-Ynuit paralisam a vontade... são transporte para uma alma só.- Moa encolheu os ombros.- uma pena... um rapaz tão jovem.


-Não fale como se ele estivesse morto!- Sirius voltou a rosnar.


-Ninguém volta, como era... das terras de Erbuth.- disse a mulher já retornando.


Lupin num suspiro deu meia volta... Sirius demorou mais algum tempo até se convencer que o afilhado se fora... e não ia poder fazer nada para seguí-lo.


O caminho cessou... Harry se atreveu a olhar para cima... só havia uma forma de continuar... escalar a parede da montanha... enrolou-se no casacão em dúvida...


"como gato eu subiria mais rápido... mas o frio..."


"como homem você vai demorar uma vida para subir... se não cair..."


"Me empresta as asas Hangorn..."


"Adoraria fazê-lo... mas não são sólidas..."


"Não vou a lugar nenhum me lamentando..."


Estendeu a mão e firmou-a na pedra, testando-a para ver sua firmesa. Impulsinando o corpo para cima... pisando numa pedra mais alta...


"Vai ser uma noite longa..."


Hermione estava apoiada na cama... sentada no chão... deitada na cama fofa a garota de cabelos loiros lhe consolava, a frente a ruiva ainda estava de braços cruzados.


-Porquê vocês tem que falar isso pra mim...- Mione soluçou.


-Porque você sabe que está errada.- disse Gina.- Não acredito que em vez de você ter entregue isso... ficou falando de... ah... desisto de você MIONE! E desisto do babaca do Harry também!


-Da próxima vez que estiver com ele. Entregue.- disse Luna.


-Mas o que Pesephone disse...


-Sim ela não disse que ele gosta de você?


-Disse.- Mione respondeu olhando o anel.


-Então Mione... a Luna tá certa... se o cabeçudo do Harry quer ver você de novo... ele vai... aí você entrega para ele.


Mione enchugou as lágrimas...


-Como vocês me aguentam... hein?


-É um dom Weasley.- disse Gina.


-Porque você é minha amiga.- diz Luna.


Hermione ... mas sorri.


-Ah... eu estava dormindo...- Draco resmungou debaixo de um livro que parecia um baú.- É crime?


-Está em latim e francês... -Sirius rosnou.


-E o que que eu tenho com isso?- Draco tentou sair debaixo da massa de pergaminho e couro marrom.


-Nosso Latim está enferrujado e confesso que nunca me interessei pelo francês.- disse Lupin.


-Quer que eu traduza tudo isso?


-Não... que leia a parte sobre a perigrinação negra e uma tal de Altanea.- Sirius disse sério.


-Certo...- Disse Draco o olhando.- ENTÃO PODE TIRAR ISSO DE CIMA DE MIM!!!!?


-Ah claro.- Disse Lupin com um gesto de varinha.- Perdoe se Sirius parecer um pouco irritado.


-Ah, não imagina... essa cara maníaca homicida combina com ele... ele fez muito sucesso com ela...


-Cale a boca e leia!- disse Sirius sentando.


-Estou indo... argh... isso é um manuscrito! Que letra horrorosa! Ah... pra frente fica melhor... não me olhe assim!


Suspirou e deixou a testa roçar na parede gelada... seus dedos estavam dormentes... o vento uivava nos seus ouvidos... apesar de Hangorn ainda gritar incentivos em sua cabeça... estava com medo.


Medo ter ter cometido um belo erro e medo de cair dali... as pedras sobre seu pé não eram muito firmes... não estava encontrando mais apoio...


"Tente de novo Harry..."


"Estou tentando... estou tentando..."


A pedra que parecia firme cedeu quando se apoiou... sentiu-se escorregar até conseguir agarrar outra pedra... agora suas mãos estavam feridas além de dormentes e havia batido o joelho numa pedra... doía... havia raspado o rosto e o peito também... sua bochecha ardia... talvez um corte.


-m****...- disse entre os dentes.- Queria saber um feitiço para voar... ou saber aparatar decetemente...- esticou o braço de novo para o próxima pedra... a próxima.


As pedras pareciam não ter fim... principalmente quando se escorregava... era frustrante ter que refazer um trecho já feito... então a parede pareceu mostrar seu fim ali acima... mas... esse fim era liso... Harry tateou frustradamente... irritadamente então soltou um riso amargo antes de socar a rocha sólida, fria e lisa.


-Desgraça...


"Não se deixe dominar... pelo desespero."


-O que eu faço agora... o que eu faço... desço?


"Você não pode ficar parado aqui... congelará!"


-O que eu faço...


Sentiu algo roçar sua cabeça e em seguida pesar em seu ombro... poderia temer uma cobra, se sua parte lógica não assinalasse na hora que uma cobra morreria naquele frio.


-Uma corda...- murmurou segurando uma parte dela e olhando com os olhos doloridos para cima.


A corda vinha lá de cima... ficou na dúvida se ela já existia ou se ela acabara de aparecer... mas testou-a.


-Na pior das hipóteses arrebenta lá em cima...- murmurou enquanto agarrando a corda forçou o corpo a subir.


-“Se quiser obter servos fies ou beber o sangue de teu inimigo põe-se a rumo de Chorazim... para prestar vassalagem ao príncipe do ar...”- falou o rapaz.


-Não compreendi.- Disse Sirius.


-Para um Black você entende muito pouco de magia negra medieval...- Draco disse erguendo o rosto.


-Como assim?


-O príncipe do Ar era uma denominação para o diabo.- disse Moa.


-No início a religião influenciava muito a magia. Em muitos casos acreditava-se que adorando o demônio se obtinha poder e outras crendices...- disse Lupin.


-Chorazim foi destruída... no seu lugar ergueu-se Erbuht.- disse Moa.


-Como é? É para onde Harry vai?- Sirius se levantou da cadeira.


-Chorazim foi amaldiçoada pelo último dos Slytherin... seus bruxos cobiçosos de poder mataram todos dessa ilha, uma das grandes batalhas bruxas... foi lá que o nome de Slytherin morreu nessa terra.


Sua mão tateou a borda fria... procurando algo mais para se apoiar... exausto, enfiou as unhas na rocha, os dedos já ralados e doloridos, içou o corpo... só mais um pouco, arrastou-se na beira do abismo num terreno mais plano... cansado demais para se mover ficou de joelhos, e antes que erguesse o rosto sentiu um pesado casaco jogado sobre seus ombros, quente, convidativo.


Ergueu o rosto para encontrar um sorriso conhecido e braços conhecidos em seus ombros... face conhecida na sua.


-Fiquei preocupada com sua demora meu anjo... se eu soubesse que viria pelo caminho mais difícil eu teria providenciado um transporte melhor...


-Ana...- balbuciou.


As mãos delicadas de dedos brancos seguraram seu rosto, ela lhe sorriu como sorrira uma vez... uma vez tivera a maldita chance de sentir isso, era uma farsa.


Uma farsa poderosa, se ergueu segurando as mãos dela.


-Você é uma cópia maldita dela!- disse entre os dentes empurrando-a para o chão.- Onde estão eles?-olhou em volta puxando a varinha.- Onde estão?- apontou a varinha para ela.


-Sou uma cópia...- disse a garota loira do chão.- Sou só uma mostra dela, que te amava tanto que morreu chamando você a um ano...- ela o olhou puxando a corrente.- Eu traí o Lorde só para vir ajuda-lo!


Um ano... não deu um passo atrás porque estava literalmente a beira do abismo, fechou os olhos bloqueando as memórias, não podia voltar aquilo... não havia exorcizado tudo aquilo, havia se perdoado.


-Eu vim aqui guia-lo em segurança, meu anjo...- disse ela o olhando.- Você tem um caminho longo.


-Eu já ouvi muita coisa de outra cópia sua!- disse a olhando.


-A outra era... defeituosa por causa do feitiço posto para encanta-lo... eu fui feita a imagem e semelhança de Ana!- disse ela se levantando.- Eu sou melhor que ela! ANA! Porque eu não tenho medo... EU AMO VOCÊ!


-Ora o que uma coisa como você pode entender disso.- disse afastando-a e indo em frente.


Ela segurou a mão que a empurrava.


-Não faça isso Harry... por favor...


Olho-a ela tinha a face baixa.


-Permita que eu fique ao seu lado...- disse segurando sua mão entre ambas beijando-a - Só ficar perto de você.


-Porque eu deveria? Eu não tenho nenhuma prova que posso confiar em você.


Ela se aproximou mais, olhando-o nos olhos, os olhos azuis celestes... “seus olhos são o céu”...


-Me ponha sob Império se achar melhor... eu deixo.


”Não seria de todo má idéia...”


“Não se intrometa nisso Hangorn...”


-Você está ferido...- disse ela esticando a mão trêmula até sua bochecha.- Eu trouxe mantimentos, trouxe animais... venha comingo... fiz fogo...


-Sem gracinhas... entendeu? Ou vai ter o mesmo destino da primeira cópia.


Harry areceu te-la visto estremecer.


-Eu me lembro... Belatriz me matou duas vezes...- disse ela.- Mas você está gelado anjo... venha... venha...- ela o puxou pela mão.


Se deixou levar até onde dois cavalos cobertos por grossas mantas de pele tremilicavam pelo frio.


-O outro lado da montanha está mais protegido da nevasca.- disse ela o puxando ainda.- Achei que você iria vir pela outra trilha... venha.


Ajudou-a a montar no primeiro cavalo, montou no segundo... apenas porque se estivesse só... congelaria no pico castigado pelo vento... além do mais... uma parte sua queria acreditar...


Em redenção.



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