O que não mata, fortalece!



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O que não mata, fortalece!

Arabela Figg os esperava nervosamente na porta, o cumprimentou cordialmente e eles entraram... um lugar de lembranças mornas e enganadoras, na verdade Harry nunca os perdoara por tê-lo enganado, a infância inteira ele passou tempo na casa dela que nunca contara nada a ele... instruída por Dumbledore para vigiá-lo.
"Minha vida foi enganação... foi segredo... manipulação..."
"Você está deprimido... controle-se."
Recentemente Harry sofria muito desses ataques onde duas vozes diferentes surgiam dentro dele... na maioria das vezes se censurava por uma delas parecer infantil ou demasiadamente velha...
-Então acho que guardei o flú por aqui...-disse Figg.- Tenham cuidado... nem sei se funciona ainda... anos que ninguém usa... geralmente o Fletcher usa uma chave de portal ou desaparata... mas você não sabe não é?- ela lhe sorriu.
-É... não sei.- disse lembrando, "eu perdi o curso de desaparatação no ano passado..."
O curso tinha sido feito nos últimos três meses com Madame Hooch, só que para fazê-lo era preciso se deslocar até Hogsmeade... a AD, o incidente com... Harry nem queria lembrar aquela noite maldita... tudo aquilo ao mesmo tempo e ele nem se escrevera.
Thonks com o malão e a vassoura encolhidos, pegou o flú e se adiantou para a lareira, quando ela jogou o pó e ia falar o lugar de destino, aconteceu, houve um estrondo enorme em algum lugar meio longe, um enorme brilho na rua e Harry soltou um berro.

Ele berrou porque se assustou, pois na verdade conhecia a sensação... se dividir em dois, metade estava parada olhando Lupin e Thonks nervosos que olharam dele para fora, outra metade olhava para um garotinho loiro que assustado erguia uma varinha ao ver do segundo andar sua casa ser invadida por pessoas encapuzadas.
-MARCO!!!- Harry gritou.
Lupin desaparatou no ato, Thonks também, mas de algum modo Harry sabia que eram para lugares diferentes, encarou Figg que trancara a porta e o olhava assustada, em algum lugar ali por perto o primo de sua mãe, pai de Marco caía acertado por um feitiço, bloqueando o caminho que levava a mulher e filho, Harry já tinha visto algo parecido, se enfureceu.
-Filhos da...
Não escutou o palavrão, viu Lupin de relance... mas eram mais de cinco comensais, um acertou a mãe de Marco, o garoto berrou e a segurou...

Marco estava desesperado, um ano de Hogwarts e sabia o que estava acontecendo, eram os tais de Comensais da Morte... que serviam ao que ninguém falava o nome... estavam na sua casa, atacando seus pais... porquê? Sua mãe estava inconsciente, se pelo menos soubesse duelar... se deixassem os alunos do primeiro ano participarem da AD, ele saberia duelar... viu o homem no andar debaixo duelando, ele não era comensal, mas estava em desvantagem...Marco puxava sua mãe com todas as forças o mais longe da escada possível, mas o Comensal que acertara sua mãe parou a sua frente, ao subir o último degrau da escada.
-Ah... o garoto.- ela riu.
Na casa de Figg um demônio despertou...
-BELATRIZ!!! SUA...
E Harry desejou com todas as forças estar lá, para impedir que Belatriz acertasse Marco.
CRACK!
A mulher soltou uma exclamação de surpresa, e o rapaz sorriu maldosamente.
-Belatriz... acho que é a casa errada... Aerus!
Ela rebateu o escudo de Harry.
-Melhor assim, dois gnomos num único arremesso Potter!
-Vá sonhando vaca!

Marco nem assimilava o que estava acontecendo a sua frente... Os comensais haviam invadido sua casa, acertado seus pais e agora Harry Potter simplesmente aparecera do nada na sua frente e o salvava, ou tentava, pois o duelo estava meio empatado...
-Asdranham!
Esse Harry não conhecia, apenas sentiu seu corpo vergar como se tivesse levado um murro no estomago... ficou zonzo.
-Então rapaz... não se pode ter sorte o tempo todo... Avada
-Mellius
-Kedrava!
Harry e Belatriz conheciam o efeito grotesco que era produzido por essa mistura... Harry se virou e se jogou em cima do garoto e da mãe, Belatriz desaparatou, pois as chamas do escudo de fogo ficaram verdes, brilharam, encolheram e então explodiram....
Harry se ergueu com dificuldade e viu que Marco o encarava com olhos desfocados... o garoto estava em choque... se levantou e olhou em volta... ele mesmo mal acreditando no estrago que fizera... de baixo escutou passos e Lupin apareceu carregando o pai de Marco no início da escada, mas derrubou-o ao ver quem descia com a mulher no colo, seguido de um garoto de doze anos.
-Harry? Mas como... o que... VOCÊ É LOUCO DE VIR ATÉ AQUI!!!- disse aborrecido.- Afinal como você veio?
-Sei lá.- disse descendo devagar as escadas, ofegando com o peso da mulher.- Acho que aparatei... mas isso não importa... como vamos levá-los a um lugar seguro?
-Consegue repetir?
-O quê?
-Desaparatar e aparatar na casa da Figg?
-Sei lá... nem lembro como fiz isso!!!
Lupin olhou para o menino, e para Harry, e repetiu o olhar, Harry falou:
-É sim... é sim... vai dizer que você não sabia?
-Claro que eu sabia... mas nunca o tinha visto.
Era a segunda vez que Lupin admitia uma coisa que Harry achava que ele ia negar... Remo levantou o pai de Marco.
-Vamos, o ministério já deve estar sabendo, mas sem pessoal não vão fazer nada...
Harry nem ia perguntar o porque, já que a desinformação era sua culpa, não recebia o jornal por medo, morria de medo de ser transportado de novo até Voldmort, não tocava em nada que não fosse trazido por uma coruja conhecida, então não sabia o que estava acontecendo.
-E o estatuto de sigilo?- perguntou quando saíam da casa, Lupin guiando duas macas com os pais de Marco e Harry empurrando o menino.
-Esse é o menor dos problemas...- respondeu nervoso olhando em volta.
O carro estava na frente da casa, Lupin abriu-o com magia, ele e Harry colocaram os pais de Marco no carro com esforço Harry teve que guiar o garoto para dentro também... eles entraram e Remo deu a partida com a varinha, dirigiu devagar...
-Vamos voltar.
Remo o olhou, Harry olhava a rua com olhos arregalados... Havia um show de luzes a frente, Harry sentia.
-Temos que ir embora Harry.
-Não! Volte para lá!- apontou.
-Deve ser tarde agora...- disse Lupin.
Harry o olhou com raiva.
-Mandei ir para lá!
-Harry, se eles entraram na casa, seus tios devem estar... mortos.
-Eles não estão... eu sei!
Remo suspirou.
-Vai deixar Thonks sozinha?!
Lupin o olhou.
-Ela foi pra lá sim! Ela está lá!- apontou.- Vai!
Lupin acelerou...
-Isso é loucura!-ele disse.
-Apenas acelere!
-Você tem idéia o que fazer?- Lupin estranhou.
-Um plano inicial?- olhou-o.- Tenho sim... me deixa lá e leve eles até a Figg.
-Não vou deixar você lá!
-Não estou pedindo!- abriu a porta do carro.-Confia...
-O que você tá fazendo?
-Accio Firebolt!- disse se pendurando na porta e fazendo um aceno com a varinha.
Entraram na rua acelerando, tinha uns três comensais na frente da casa, Thonks estava fazendo um bom serviço, algo os impedia de entrar, mas a coisa parecia crítica.
-Continua acelerando! Vai até a casa da Figg! Fica lá!
A Firebolt encaixou na sua mão, ele se soltou da porta ao passar a perna pela vassoura, se afastou do carro, evitou alguns feitiços acenou para o carro que acelerou mais e saiu da rua, deu a volta pela casa, procurando a janela do quarto dos tios.
-Isso vai doer...- disse protegendo o rosto.
Atravessou a janela com vassoura e tudo, caiu na cama dos tios, deu uma cambalhota e caiu no chão.
-Ai...- gemeu estatelado no chão.
-Fiquem aí mesmo! Não se mexam!- escutou Thonks gritar.
Se levantou dolorido e abriu a porta do corredor, viu Thonks próxima da escada, ela sorriu de alívio ao vê-lo.
-Você!- escutou o tio falar.
Entocados no seu quarto vazio estavam os quatro, Harry não conteve o palavrão ao ver Guida e Duda, a "tia" caída no chão.
-Mas que... bem feito.- disse olhando para Thonks.
-O que tá fazendo aqui, Harry?
-Não importa, sabe fazer uma chave de portal?
-Claro que sei!- ela fez um sinal positivo.
-Então faz!- jogou a Firebolt para ela e se colocou na escada.- MELLIUS!
Escutou os gritos dos comensais.
-Harry...
-Faz logo. Pra casa da Figg...- disse sério.- Estupefaça!!!
Thonks pegou a Firebolt, olhou-a, então tocou-a com a varinha.
-Portus.
Harry, ainda estava atacando os comensais que já estavam mais perto da porta, viu ela entrar no seu quarto e falar com os tios, Petúnia convencendo o tio a segurar a vassoura, mas Duda se negando.
-Se você não pegar nessa vassoura Duda eu te faço ganhar um rabo de novo!!!- berrou da escada.- Aerus!
-Harry vem!!!- berrou Thonks.
Ele se virou para entrar no quarto, mas algo explodiu onde ele estava segundos antes, foi arremessado mais longe, passou da porta.
-Harry!!!- chamou Thonks.
Mas um dos comensais aparatou entre ele e a porta.
-Vão embora!!! Agora!!!
O comensal se virou para o quarto Thonks atacou, ele desviou se enfiando no banheiro e Harry encerrou o assunto.
-Colloportus!
A porta do quarto se fechou com um estrondo. "sabia que dava pra fazer..."ele pensou. Mas teve que se jogar no quarto dos tios quando o comensal do banheiro atacou e outro apareceu no corredor.
-Estupefaça!!!
Acertou o do corredor que berrou e caiu, mas o do banheiro saiu com o capuz torto e lançou o feitiço.
Foi uma sensação estranha... como se uma faca dilacerasse sua perna... mas sua perna estava ali inteira, mas não podia movê-la... Harry deu um grito de dor e caiu para trás, o comensal tirou o capuz torto e Harry pode compreender o que acontecera ao ver quem era.
-Dolohov!!! Filho da...
-Ora... lembra de mim...- sorriu ele
-Lembro...-disse com raiva.- Estupefaça!!!
-Protego!
-Potere!
Dolohov entrou no quarto de Duda pra se proteger, Harry tentou se erguer e cambaleou, era essa a sensação? Era horrível... imaginava então o que sentira Hermione ao levá-la no peito... escutou o CRACK! se virou e sentiu a varinha em seu peito, Dolohov sorriu:
-É cedo para acabarmos a brincadeira, o que acha rapaz? CRUCIO!
Velha conhecida... Harry caiu de joelhos... não deu um berro.
-COMO?- disse Dolohov surpreso.
-Devia ver o que Belatriz faz...- disse Harry do chão...- É mais o menos assim...- se ergueu.- CRUCIO!!!
Dolohov caiu para trás berrando... o terceiro comensal apareceu no corredor.
-Rictus!!!- Harry disse vendo o feitiço arrebentar parte da parede.
Dolohov estava ofegando estendido no chão, o comensal ferido atacou ainda sentado no chão do corredor, Harry conseguiu evitar o ataque dele, mas Dolohov se erguia.
-Rictus!!!
Harry sentiu o corte no braço, sorte a mira de Dolohov ter sido afetada, ou Harry podia ter tido o mesmo fim dos irmãos Prewett... escutou o CRACK!
Lupin acertou o comensal do corredor, Harry evitou que Dolohov o acertasse.
-Estupefaça!
Lupin olhou os três e para Harry.
-Como você está?
-Vivo... mas não de todo bem...- sorriu.
-Que idéia doida... você é pior que seu pai e Sirius juntos...
-Isso foi um elogio não é?- disse tentando andar.
-O que foi na perna?
-Não sei direito... acho que o mesmo que acertou Mione ano retrasado... trabalho do Dolohov...- acenou para o comensal estuporado.(e se estivesse com a perna boa o chutaria.)
-Venha.- disse Lupin tirando uma pena do bolso.- Não faça essa cara... é melhor que andar...
E sumiram, pararam na casa de Figg, Harry caiu sentado no chão, a perna latejando horrores.
-Seu Moleque!!! É sua culpa!- disse Válter o erguendo pela camiseta.
-Solte ele Dursley, ou eu te estuporo!- rugiu Lupin, com a varinha erguida.
Lupin bravo é uma coisa para não se enfrentar... até Harry se assustou.
-Aqui não é seguro.- disse Figg.- Não mais...
-Belatriz.- disse Thonks espiando pela janela...- está olhando o carro Remo.
Harry se pôs de pé num salto, olhou para o grupo nada pequeno ali, mas constatou desanimado que deles só Lupin e Thonks estavam em condições... ele mesmo estava muito mal, a perna doía demais...
-Temos que ir para a sede.- disse Harry.
-Não. - disse Lupin sério.- Não vamos levá-los para lá.
-Que outras opções temos?
-Levamos você e Marco.- disse ele olhando os Dursleys com raiva.- Aí vemos o que podemos fazer...
-Remo.- disse Thonks.- Ela tá se aproximando...
-Temos que ir para a sede...- disse Harry olhando os trouxas.- Todos nós...
-Aqui.- disse Figg.- Vamos... isso leva até a sede... Dumbledore me deu para emergências.- ela apontou o porta chapéus.- E isso É uma emergência.
-VAMOS.- disse Harry apontando a varinha para os Dursleys.- ANDEM.
-Harry...não...- disse Lupin.
-Vamos todos.- ele disse puxando Marco que parecia fora do ar ainda.
-Anda gordão, puxa essa aqui.- disse a Figg apontando para a Guida desacordada.
-Vamos.
Segundos antes de todos tocarem a chave a porta da frente foi destruída... quando a chave foi ativada eles ainda puderam ver Belatriz entrando, mas nem a ouviram xingar de raiva.

-Quem está chegando?- Bufou Monstro.- O lobo, a louca, gente estranha e o senhor...
-Cala boca Monstro.- disse Harry no chão.- Vai arrumar os quartos... temos visitas.
-Sim senhor...- disse o elfo se virando.- visitas... pelo cheiro são sangues-ruins... ah minha senhora, agora trazem a ralé para essa casa...
Duda olhava abobalhado para o elfo andando com aquela tanga suja... Petúnia olhou estranhamente para Harry e Válter voltou a reclamar...
-Sequestrados isso sim... onde estamos?
-Não interessa Dursley.- disse Remo.- Fique quieto.
-Fique quieto! Vocês viraram minha casa, me levaram para a casa dela- apontou Figg.- e agora aqui! E me manda ficar quieto?
-É sim... cala a boca.- disse Harry se ajoelhando na frente de Marco.- Marco... Marco...
O garoto olhou para Harry assustado, tentou sorrir para encorajá-lo.
-Estamos seguros agora...
-E meus pais?- perguntou o garoto de modo aéreo.
-Vão ficar bem Marco... vão ficar bem...
"eu espero que sim..."

Levaram os pais de Marco ao quarto que os gêmeos utilizavam ás vezes, juntaram as camas, Marco quis ficar com eles... improvisaram uma cama para ele com as poltronas, apesar dele não querer deitar... bastou um meneio da varinha de Thonks para o garoto adormecer...
-Isso era necessário?- ele disse aborrecido.
-O menino precisava descansar Harry...- ela disse sorrindo.- foi demais para ele.
Com certeza... tinha sido um susto em tanto...
Com os Dursleys houve mais problemas... enfiar Guida na cama que Harry usara a anos atrás foi fácil, difícil foi convencer Duda a ficar quieto com ela... e convencer os tios a ficarem quietos, Lupin estava realmente irritado com Válter, e ele era uma pessoa calma...
-Eu vou estuporar ele...- disse Lupin saindo do quarto por ordem de Thonks.- Eu sei que vou...

Foi Harry que estuporou o tio... depois que ele lhe ergueu pela camiseta pela terceira vez...Thonks tinha desistido na segunda vez...prometendo fazer mais que estuporar... ele saiu do quarto pisando duro após ser xingado um monte pela tia e ameaçado por Duda.
Sentou no sofá ao lado de Lupin.
-Eu devia ter estuporado ele.- disse Lupin olhando a genealogia dos Black.
-Da próxima vez eu deixo você estuporar esse imbecil...
-Vocês parem com isso.- disse Thonks da porta.- Temos que ir Remo... ver porque ninguém apareceu ainda...
As entranhas de Harry se revolveram... ele se levantou.
-O que está acontecendo?
-Conversamos depois Harry, acho que você e Figg ficam bem sozinhos não é?- falou Lupin saindo.
-A Figg já foi Remo...- disse Thonks.- Para casa da prima, eu deixei ela ir...
-Eu fico bem...- disse Harry.- Vão logo... me tragam alguma boa notícia por favor...
Os dois sorriram e desaparataram... e o Largo Grimauld caiu em um silêncio opressor.
Harry se jogou no sofá irritado...cansado e preocupado, se fora assim o primeiro dia de contato com o mundo mágico nem queria saber do nível que a coisa alcançaria lá pelo meio do ano... já era tarde e embora com fome adormeceu pelo cansaço... apesar de fazer um grande esforço para se manter acordado... caso Marco chamasse ou Duda aprontasse... mesmo assim acabou adormecendo... pelo menos assim não sentia aquela dor horrível na perna...

Estava nas ruínas de sua casa... nunca fora sua casa... nunca mais retornaria a rua dos Alfeneiros... assim como nunca mais retornaria para ver as ruínas de Godric Hollow's... destruição... Válter tinha razão...
ele levava consigo... lembrou da casa de Marco... tão parecido... com o que vira na mente de Voldmort... reviu tudo aquilo, sentiu a presença...

Ainda agitado por tudo Harry sentiu uma presença ao seu lado, abriu os olhos violentamente e meteu a varinha no peito da pessoa a seu lado e a encarou com ferocidade...com olhos assustados e arcada para trás estava Hermione, ele teve um choque.
-Mione?
A garota se pôs de pé com um pulo e saiu correndo... ele se levantou apesar da dor na perna e em plena censura com ele mesmo a seguiu, mas quando ia passar pela porta ela se fechou na cara dele com força.
-Ai... pombas.- disse colocando a mão no rosto desolado.
O pior é que tentou abrir a porta várias vezes, até usou o alomorra... nada teve efeito, teve que bater na porta e chamar.
Alguém abriu a porta com um alomorra por fora e começou a falar:
-Como você conseg....
Gina o olhou e parou de falar... piscou os olhos algumas vezes, só então Harry imaginou como poderia estar parecendo... aquelas roupas trouxas jogadas... chinelos... com um corte no braço... amarrotado e com o cabelo revirado...
-Oi Gina...- disse sorrindo.- Que bom ver alguém que não saiu correndo de mim...
-Isso explica porque a Mione se trancou no banheiro...- ela riu.
-Acho que assustei ela...
Se abraçaram e ele a seguiu para baixo, então teve outro choque... Rony.
-Ei cara! Pegando uns também?
É... como se fosse possível Rony crescera mais... o mais legal é o que Rony vestia... roupas trouxas... que por um segundo lhe lembraram de Gui... o cabelo também estava mais comprido.
-Pegando o quê?- disse ao dar um abraço no amigo.
-Lupin deixou escapar que você deu outra surra na Belatriz... isso eu queria ver...- disse ele animado.
Então Harry viu, e riu.
-Que que é isso?- apontou para a orelha de Rony.
-Gostou? Devia ter visto a cara da mamãe... me xingou um monte...
-Era só o Gui!!! Agora você!!! se colocar uma presa aí... te jogo para fora de casa!!! Pelo menos corte o cabelo!!!- Gina imitou a mãe.-Só falta casar com uma veela!
Entraram na cozinha.
-Ficou legal.- disse Harry olhando o brinco.
-Foi a Luna que furou pra mim.- sorriu Rony.
-A Luna?
-Eles estão namorando!!!- disse Gina rindo.
-Ei!!!- disse Rony corando.- Não é oficial!!!
-Ela é legal.- disse Harry abrindo a geladeira e pegando umas cervejas amanteigadas.- Na verdade vocês dois combinam, vamos comemorar!!!
-Isso não é oficial sabe... a gente só ficou um pouquinho juntos...- disse Rony vermelho como uma beterraba.
-É cada amasso...- disse Gina.
-Imagine... com uma irmã bisbilhoteira dessa... se ia ter condições...
Harry riu:
-Andem... me contem as novidades...
-As boas né?- perguntou Gina.
-Pode começar por elas... eu tô por fora de tudo.
Explicou que não recebera nada durante seu tempo de Alfeneiros... quando ia explicar o que tinha acontecido Hermione entrou:
-Desculpe...- Harry começou.
-Não se preocupe...- ela disse seca.
Não pode deixar de ser uma decepção dolorosa... ele tinha esperado tanto para revê-la... viu o olhar reprovador de Gina e do próprio Rony, mas a garota olhou para as garrafas de cerveja e sentou-se duas cadeiras de distância... abrindo uma.
-Já deu os papéis pro Harry, Rony?- ela disse.
-Que papéis?- Harry perguntou.
-A gente mal começou a conversar Mione... ele tava contando...
-Mas isso é importante.- ela falou secamente.
-Sabe Mione... tem tempo pra tudo...
Harry ia perguntar o que estava havendo, quando escutou um estrondo lá em cima.
-AAAARRREEEE!!!!
Era a voz de Duda, Harry se levantou rápido e foi mancando até a escada.
-O que aquela coisa tava fazendo?!- gritou Duda apontando para Monstro.
-O que essa coisa tá fazendo aqui?- perguntou Rony apontando para Duda.
-Não chama ele de coisa sua coisa!- protestou Mione furiosa com Duda.
-Que coisa não?- falou Gina debochadamente para Harry.
-O que você estava fazendo Monstro? Disse para não entrar nos quartos!-disse Harry.
-Monstro não entrou nos quartos senhor... não entrou.- protestou Mostro.- O senhor disse para não deixar os hóspedes saírem...
Harry olhou para Duda que olhava Rony apreensivamente.
-O que VOCÊ estava fazendo DUDA?
-Não te interessa.
-Na verdade me interessa sim...-disse subindo.- O que estava fazendo?
-Procurando um telefone... pra chamar a polícia...
Gina deu uma gargalhada.
-Telefone? Não tem telefone aqui...
-Volta para o quarto Duda.- disse Harry.
-Olha aqui!- disse Duda com raiva.- Você não vai ficar mandando na gente! Ok? - ele deu um passo a frente.-Entendeu magrela? Nós vamos sair daqui assim que meu pai ficar de pé!
A coisa só piorou, Harry e Duda trocaram uns elogios mordazes... até Duda ser meio empurrado por Harry de volta para ao quarto de onde escutaram a Guida xingar o Harry também... e moleque ingrato, e peste-mal-agradecida foram os melhores elogios que vieram daquele lugar, Rony estava furioso e as duas garotas o olhavam surpresas, Harry sorriu ao fechar a porta esse apoiar nela, de onde ainda vinham uns elogios a sua pessoa.
-Até que eles estão de bom humor...- riu.
-Fala sério comigo... porque esses malas estão aqui?- disse Rony.
-Porque uns comensais invadiram a casa...
-Mas isso não era impossível... sabe... você disse... que Dumbledore disse...- começou Gina.
-Ah... era seguro sim... até esses idiotas- ele apontou o dedo para a porta.- me jogarem pra fora de casa...
-Como é que é?- perguntou Rony.
Harry se desencostou da porta, a coisa tinha ficado muito engraçada se parasse para pensar.
-É... eles me expulsaram de casa assim que descobriram que a maioridade dos bruxos é aos dezesssete...- ele voltou a descer a escada.-Vamos para a cozinha... isso me lembra que eles me jogaram para fora antes do café... eu não comi nada hoje...
Gina passou a frente... talvez o batalhão lá em cima começasse a ficar mais calmo após comer... Harry começou a falar o que tinha acontecido enquanto cozinhava, Gina e Hermione arrumavam a mesa.
-Repete!- disse Rony furioso.- Você... voltou... pra ajudar aqueles- ele apontou em direção ao quarto.
-A Thonks tava lá...não se esqueça...
-Olá?
Os quatro olharam a figura meio ressabiada que os olhava da porta.
-Entre Marco.- disse Harry.- está melhor?
O garoto acenou com a cabeça e cumprimentou os outros... mas não escondeu sua preocupação.
-Meus pais não acordam... isso é normal?
-É sim...- falou Hermione.- sente.- ela sorriu.- Demora um pouco, mas acordam sim.
O garoto sentou pouco á vontade, mas logo muito interessado no que Harry fazia.
-Cheira bem...- comentou.
-Claro que cheira bem.- disse Harry sem modéstia.- Sou eu que estou fazendo...
-Harry a cozinheira...- falou Rony.
-Engraçadinho...- Harry retorquiu.
-Não seria mal se você aprendesse.- disse Gina olhando a lasanha no forno.- Hum... parece realmente bom...
-Eu não sei cozinhar nem café...- disse Hermione.
-Isso é um milagre!- Rony riu.
-O quê?- perguntou Hermione.
-Você admitindo que não sabe algo...
Riram... A garota ficou vermelha, Harry meteu o café na frente dela e disse sorrindo:
-Não sabe mesmo... porque não se cozinha o café... se passa.
Foi Marco que pedira café... aparentemente os pais dele gostavam, o garoto tomou bem devagar.
-Tá bom... mas...o da mamãe é melhor...
-Assim que ela levantar, ela me ensina.- disse Harry enfiando os biscoitos na frente deles.- Não se entupam...
-Claro Mamãe Harry!!!- disse Rony rindo.
-E você já bebeu demais.- disse apontando as quatro garrafas de cerveja na frente do amigo.- Toma um cafezinho... pelo bem geral.
-Claro!!!- Rony disse abrindo mais uma garrafa.-Mamãe Harry!

Um barulho chamou a atenção deles, Harry ficou muito tempo olhando a figura ossuda parada na porta o olhando séria, o silêncio se prolongou um pouco, então Harry falou baixo:
-Logo o jantar vai ficar pronto... eu chamo.
-Eles não vão descer.- Petúnia disse da porta ainda o olhando.
-Podemos mandar para cima.
-Claro... imagino que sim...
Ela se virou, saiu andando, eles ficaram olhando...
-Cuida do forno pra mim.- disse Harry jogando a tolha na mão de Gina.
-Eu... também não sei cozinhar...- gemeu a garota.
Harry chegou ao corredor e parou olhando a tia que subia devagar, mas não soube o que dizer, ela parou e olhou para ele, realmente parecia triste... se olharam, ela abaixou a cabeça... continuou a subir... anos para ele reunir coragem de fazer algo que aprendera apanhando a não fazer.
-Tia...
Ele se virou espantada.
-Você está bem... queria alguma coisa?
Mas ela endureceu a expressão, disse com o mesmo tom que sempre usara para ele:
-Pare de ser... não ache que vai amenizar o que fez...
Virou as costas.
-E o que eu fiz afinal?
Petúnia ignorou-o, continuou subindo, Harry meteu um chute na escada, frustrado, o que piorou mais a dor da perna...
Voltou a cozinha e sentiu o cheiro.
-Desliga! Desliga!- ele avançou para o forno.- Tá queimando!!!
-Poxa Harry.- disse Gina.- Eu disse que...
-Deu tempo... não queimou não... –disse aliviado olhando o forno.
Meia hora e a mesa estava cheia, Hermione franziu a testa.
-Olha pode ter bastante gente aqui Harry, mas você fez comida para meia Hogwarts...
-Você não tem noção de como certas pessoas comem... além do mais podemos ter visitas não?-disse indo para a porta.-Marco... quer tentar acordar seus pais?
O garoto pulou e saiu correndo para cima, Harry o seguiu... olhando-o.

Os Evans desceram nervosos... mas se animaram com a companhia e com a comida, falaram com calma com Hermione e Rony, até com Gina se deram bem, apesar dela olha-los com certa reserva.
Os Dursleys entraram em seguida, mais ressabiados ainda, meio furiosos, mas não se negaram a comer... Petúnia e Alekssander, primos de segundo grau se olharam pela primeira vez am anos, e pareceram fazer um acordo de olhares... Harry não entrou na cozinha... por mais fome que tivesse sabia o que ia acontecer quando entrasse, foi andando muito devagar, além do mais sua perna estava matando-o de dor... estava descendo devagar a escada quando encontrou Hermione.
-Você está bem? Não vem jantar?
-Acho que não...- falou baixo.- Estou sem fome...
-Devia comer algo...
Ele suspirou, ela podia ser mais gentil... saudade? “Você foi tão burro...” pensou irritado.
-Me faz um favor Mione... fica de olho nas coisas... eu vou tomar um banho e ver essa perna... tá me matando.
-Estranho, não parece ter nada de errado...
-É não parece, mas dói muito, sinto mesmo, agora eu sei o que você passou.
Ela olhou para ele intrigada.
-Foi o Dolohov que me acertou...
Ela botou uma expressão de “conheço esse nome...”
-Foi o que te acertou no ministério, ele fez um sinal na altura do peito, e os olhos de Mione se arregalaram...
-O feitiço de corte!!! Harry é perigoso, tem que ver isso!!! Como você agüenta.- ela disse com os braços cruzados sobre o peito como se lembrasse da dor.
-Calma Mione- tentou sorrir.- Foi na perna, não pegou nada mais importante...
-Você é teimoso.- ela disse preocupada.- Vamos dar uma olhada nisso.
Por um segundo ela pareceu a velha Hermione, mas como Harry devia saber, sua boas surpresas fatalmente eram interrompidas por coisas ruins.
-Potter. Harry Potter.- chamou o pai de Evans.
-Sim?- perguntou da escada.
-Gostaríamos de falar com você.
Ele olhou Hermione e continuou descendo, entrou na cozinha pra ver a devastação no jantar...
-Meia Hogwarts é?- disse baixo para a amiga.
Olhou Hermione, quase riu ao ver que Rony, Guida e Duda ainda comiam.(talvez fosse um duelo pra ver quem enfiava mais comida goela abaixo...)
-Desculpem se demorei.- disse puxando uma cadeira, apesar de estar com fome não reuniu coragem para tentar comer, olhou os Evans e os Dursleys foi o Valter que começou.
-Bem moleque, nos diga por quanto tempo pretende nos prender aqui?
Harry acenou para Hermione:
-Vocês podiam sair um pouco? Leve o Marco pra cima...
-Eu não terminei de co....-começou Rony.
-Você não vai tomar decisões sobre meu filho!- Alekssander bateu com o punho na mesa.
-Mione, Gina, façam o que eu pedi, Guida vá com eles.
-Não vou parar o meu jantar...
-Evanesco!
O jantar sumiu, Hermione lhe arregalou os olhos.
-Suspendo o jantar até segunda ordem...
-Olha seu trastezinho...
-Olha como fala comigo Valter, minha paciência ficou no restou da sua casa.- respondeu.- MIONE!
Ela entendeu, finalmente, que a discussão ia desandar e puxou Marco.
-Vamos a sala de cima, vem Marco.
-Fica Marco.- disse Miliene.
-Vocês querem mesmo que ele fique?- retorquiu.
-Olha rapaz nós sabíamos que você ia aprontar...- disse o pai de Marco.
-Mas pai...- interrompeu Marco.
-Quieto Marco.
-Agora você nos seqüestrou...
-Na verdade salvou sua pele ingrata.- disse Rony.
-Não fez mais que sua obrigação!-disse Valter.- Por sua culpa aqueles anormais invadiram nossas casas.
Harry tinha que admitir que ele era o motivo daquela zona toda, mas há tempo que “culpa” era uma palavra que odiava.
-Uma reclamação por vez.- disse olhando o tio.
-Vocês são tão idiotas!- retrucou Mione- Se não fosse ele ajudar você nem teriam para onde ir!
-Devo lembrar sua... sua...
-Olha a língua!- disse sério.
-Ela é um deles! Uma bruxa!
Guida arregalou os olhos para a garota, talvez só tivessem dito que Harry era bruxo, e Duda também, já que não conhecia Hermione bem, só a vira uma vez.
-Sou sim e com orgulho!-disse ela.
Harry se recostou, uma discussão inútil que não ia levar a nada, ele interrompeu:
-Foi um dia muito longo, admito que vocês devem estar cansados e irritados, mas isso não está levando a lugar nenhum... se querem que todos fiquem... sejam mais “calmos” no que vão falar...
-Pare de nos dar ordem seu...
-Olha.- disse se levantando.- Se comporte! Eu não tenho mais nenhuma obrigação de aturar vocês! Na verdade, metade das pessoas com quem falei concorda que devia ter deixado vocês pra trás... agora vê se aceita que precisou da minha ajuda e não me encha a paciência!!!
-Você é um ingrato... falar assim com quem te criou...
-Cale a boca Guida. Você era uma pra não estar aqui.
-Você sempre foi um sórdidozinho ingrato...
-Parem de falar do Harry assim!!!- disse Mione nervosa.
Quando ela puxou a varinha Harry segurou o braço dele e falou calmo.
-Não precisa se exaltar Mione, estou acostumado.
-Vamos ser racionais.- disse o pai de Marco.- Potter, por quanto tempo você vai nos prender aqui?
-Pode me chamar de Harry... e eu não estou prendendo ninguém,- parou pensou bem.- na verdade estou sim, vocês não podem deixar a casa, é pra segurança de vocês... até organizarmos o que fazer.
-Haham... -concordou o tio- Então estamos presos aqui...- ele se ergueu.- Vamos dar um jeito nisso.
-Nem pense em tocar em mim.- disse Harry se levantando.- Você não vai levantar a mão pra mim na MINHA CASA!!!
-Sua casa? SUA CASA?- disse Petúnia- você não tem casa.
-Ah tem sim...- disse Rony que abria outra cerveja rindo.- A casa é dele sim.
-Seu... vivendo sob nosso teto todo esse tempo...- começou Petúnia
-Como se você não soubesse o verdadeiro motivo, na verdade isso tudo é culpa sua!- estranho, culpar alguém...
-MINHA! MINHA!
-É sua sim... idéia maravilhosa de acabar com o feitiço que me protegia... idiota! Nunca imaginou que ele protegia vocês também?
Ela o olhou, olhos arregalados, Harry captou o pensamento.
-Ah sim... eu fiquei sabendo do motivo... do que Dumbledore fez... quantas vezes você acha que eu quis deixar aquela casa? Ninguém suporta ser tratado pior que um cachorro por muito tempo sabe? Com certeza não foi o espírito de família que me manteve lá...
-Seu cretino!!!- ela gritou.- Eu aceitei você!!! Cuidei de você!!!
-E me jogou pra fora com a mesma facilidade!!! Não seja cínica!!!
-VOCÊ É O CULPADO DISSO! VOCÊ É QUE ELES QUEREM! VOCÊ CAUSOU ISSO!
-E DAÍ?!- Harry gritou mais alto.- E DAÍ?!
Harry estava cansado de ser acusado daquilo... era a ferida mais aberta que carregava...
-Vamos calar a boca!!!- berrou o pai de Marco.
Harry olhou o lado deles da mesa, com certeza com cara feia, Marco os olhava assustado, Harry sabia que ele devia ter saído...
-Vamos por partes! Você disse que não podemos sair.
-Para segurança de vocês.- disse Gina.
-Devemos ficar aqui até quando?
-Tempo para ajeitar as coisas... por enquanto não sei quanto tempo.- disse se sentando de novo.
-E nossas vidas?
-Se quiser arriscar o pescoço lá fora.- disse Rony.- Se você não sabe estamos em guerra.
-Monte de lunáticos.- disse Valter.- Doidos varridos...
-É... mas os doidos varridos podem matar...- disse Harry.
-Porque nos atacaram?-perguntou Miliene.
-Porque somos parentes dele.- Petúnia o apontou.
-Pensei que soubesse.- disse Harry.
-Sei que você é um doido que anda vagueando pelo quarteirão sozinho, filho da minha prima em segundo grau, deliquente que frenquentava um hospício... daí dizendo que você é bruxo não melhorou muito na minha opinião...- disse Alekssander.
Harry lançou um olhar mortífero aos Durleys.
-Espero que estejam contentes com a fama que me deram... quase que esses dois impediram o Marco de estudar...- apontou o garoto.
-E ele não vai voltar a estudar!- disse Alekssander.
-A escola é um dos poucos lugares seguros.- retrucou.
-Eu não vou mais financiar esses estudos!
-Mas pai...- disse Marco confuso.
-Não precisa.- disse Harry sério.- Se ele quiser estudar ele vai.
-Não vai mais! Eu não vou...
-Mas pai...- repetiu Marco assustado.
-Não se preocupe Marco.- sorriu Hermione.
-Nem pensem nisso... esses bruxos sempre dão um jeito.- disse Valter.
-Quero ver isso.-Alekssander bateu na mesa de novo.
-Mas...- Marco parecia prestes a chorar de raiva.
-Nem que eu mesmo tenha que pagar para o Marco estudar senhor Alekssander, eu repito a escola é...
-Você pagar... quem você pensa que é, seu moleque.
Rony riu deboxadamente.
-E vocês nem imaginavam que estavam criando, muito mal por sinal, o bruxo mais rico do mundo... que feio Dursley.
Hermione, Gina e até Harry riram, pois os Dursleys ficaram brancos, pois é não é... só agora ficavam sabendo...
-Está tarde, vocês comeram... estou cansado e vou então repetir:- disse muito sério.- Vocês ficam, até segunda ordem, restritos aos seus quartos...- cortou os protestos.- Sem mais, acho que uma noite de sono e podemos continuar a discutir que tal?
Valter levantou ameaçadoramente.
-Olha.- disse Harry puxando a varinha.- Minha paciência acabou, e ninguém vai me censurar por estuporar vocês... entenderam?
Válter sentou na hora, sabia que o sobrinho finalmente podia fazer aquilo, então finalmente concluiu que talvez, não fosse mais tão boa idéia irritá-lo.
-Venham... venham, vamos mostrar os quartos... arrumar o lugar.- disse Gina.
Quando Hermione passou por ele sorriu, Harry se sentiu um pouco mais calmo, olhou para Rony que lhe deu uma cerveja.
-Você podia trazer a comida de volta...- ele sorriu pidonho.- tava boa.
-Ótima idéia... não comi nada o dia inteiro.

Estava comendo com calma quando elas voltaram...
-Tadinho do Marco.- disse Gina.
-O que foi?- ele parou de comer.
-Que família cabeça dura.- disse a menina.
-Ah.- Harry relaxou.- não se preocupe, são gente finíssima perto dos Dursleys.
-Sabe...- começou Hermione rodando uma garrafa de cerveja amanteigada nas mãos.- Eu nunca tinha acreditado de verdade em você.- ela o olhou.- Sabe... os Dursleys são horríveis mesmo...
Ele riu, imaginava mesmo que muita gente achava estranho ele não gostar dos tios... e Mione sendo filha única não ia entender mesmo.
-O que não mata, fortalece, Mione.- Meteu mais um bocado de lasanha na boca

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