A Bela França, A Fatal Espanha

A Bela França, A Fatal Espanha



CAPÍTULO VII. A BELA FRANÇA, A FATAL ESPANHA

No fim da tarde, Guinevere e Severo se encontraram no salão principal, prontos para viajar para a França e oficializar a sua relação.

- Aonde devemos aparatar?

- Bom, minha casa fica perto de Sancerre, conhece?

- Nunca ouvi falar. Onde fica?

- No departamento de Cher.

Ele pensou por um momento.

- Então nós podemos aparatar em Bourges e pegar um transporte trouxa que nos leve até... Onde mesmo?

- Sancerre. E de lá voamos para minha casa, certo?

- Voamos?

Ela riu.

- Aparataremos juntos! Melhorou?

Antes de sair, o casal se despediu dos demais professores. Avisaram que voltariam em uma semana.

Todo o trajeto foi feito exatamente como combinado. E, logo, estavam aparatando juntos nos limites da cidadezinha de Sancerre.

Depois de andar alguns quilômetros pela mata fechada, o casal chegou a uma imensa casa.

- Os trouxas a vêem como uma casa velha, desgastada. Ah, e vêem também uma placa no portão... "INTERDITADA", eu acho... e, quando tentam se aproximar, uma telha ou pedaço de madeira cai!

Era bem difícil imaginar aquela construção suntuosa da maneira que Guinevere descrevera. Tratava-se de uma mansão linda, com um extenso jardim e uma enorme piscina. Agora estavam em frente à porta. Ela estava quase abrindo, quando, de repente se virou e abraçou Snape.

- Estou nervosa!

- Por que será?...

- Severo Snape! – Ela riu do sorriso dele. – Você não está ajudando nem um pouco, sabia?

- Boa sorte!

Ela se abaixou e depositou um casto beijo em seus lábios... Pena que foi bem na hora que um homem loiro e de boa aparência chegou.

Michael.

- Belíssimo exemplo que você está dando para os nossos filhos! – O casal se separou imediatamente. – Bom, vejo que você trouxe o seu namoradinho. – Ele se virou para Snape e lhe estendeu a mão, com um sorrisinho sarcástico no rosto. – Sou Michael Wilson, o ex.

Snape soltou um olhar tão gélido para Michael que o sorriso deste se apagou quase instantaneamente.

- Severo Snape.

Tentando não se mostrar intimidado, Michael abriu a porta. Os três entraram.

- Crianças! Sua mãe trouxe... – Ele olhou para Snape – uma grande surpresa! DESÇAM JÁ!

Snape constatou que as "crianças" já eram bem crescidinhas. Eram três. Pareciam surpresos com a presença dele... Menos a mais velha, na verdade, que, assim que o viu, abriu um largo sorriso.

- Então, você é o homem que está fazendo minha mãe feliz! É uma honra te conhecer! Sou Vivianne Wilson.

- Severo Snape.

- Eu sei! – Snape estava estendendo a mão para a menina, quando ela o agarrou pelo pescoço e o abraçou. – Nunca faça minha mãe sofrer.

Snape respondeu algo como "Eu não irei" e olhou para Guinevere. Ela sorria abertamente, felicitada pela reação positiva da filha mais velha. Igraine, que parecia um pouco confusa, foi a segunda a cumprimentar Snape.

- Er... Oi! – Ela levantou a mão para dar apenas um tímido aceno, mas, ao ver o olhar inquisidor de Guinevere, apertou a mão de Severo. – Igraine Wilson.

Ele acenou com a cabeça.

Agora só faltava Arthur. Passou-se um minuto. Nada. Dois. Três. Ele continuava parado e não dava sinal algum de que estava considerando se mover. Guinevere decidiu intervir.

- Bom, Sev, aquele ali é o Arthur. Espero que vocês se dêem bem.

Arthur apenas se virou e saiu.

- ARTHUR! – Ele fingiu que não ouviu. Guinevere virou-se para pedir "auxilio disciplinar" à Michael, mas esse exibia um largo sorriso. Então se virou para Severo. – Sev, desculpa. Eu não sei o que aconteceu, eu...

- Tudo bem! Parece que os homens dessa casa são um tanto... – Olhar assassino para Michael. – difíceis! Diferentemente das mulheres, claro.

As três sorriram. Michael revirou os olhos e foi se juntar ao filho.

- Bom... – Disse Guinevere –...Que tal se nós quatro fossemos conversar um pouco?

Todos concordaram.

No meio da conversa, Guinevere deixou escapar que estava morrendo de vontade de tomar um banho de praia, mas estava muito frio.

- Ah, mãe, - Disse Vivianne. – Por que não vamos para Hierro? Lá não deve estar tão frio...

- Você tem uma casa em Hierro?

- Eu não tinha te contado, Sev? Tenho, sim! E, aliás, essa é uma ótima idéia! Vou comprar as passagens... Vamos ainda hoje! Vivi, avise ao seu pai! Tchau!

XxXxXxX

Eles chegaram a Hierro tarde da noite. Ela já tinha esquecido de como aquela ilha era linda.

Depois das malas guardadas, o cansaço tomou conta de todos.

Ela e Severo começaram a subir as escadas, em direção ao quarto, quando a voz de Michael os interrompeu.

- O quarto de hóspedes fica aqui em baixo, Gwen!

- Crianças, por favor, olhem para o outro lado! – Ela levantou o dedo médio para Michael. – Podem se virar! Boa noite!

Os amantes foram para o quarto e fizeram amor a noite inteira.

XxXxXxX

Logo cedo, todos foram para a praia. Michael e Arthur foram tomar banho de mar, enquanto Guinevere, Snape e as filhas ficaram na areia, protegidos do sol por uma espécie de barraca. Já era demais para Severo estar na praia, que ele odiava. Guinevere jamais o obrigaria a ficar no sol.

A conversa já se prolongava por uma hora, quando Vivianne, finalmente, falou com a irmã.

- Igraine, vamos fazer companhia para o papai e o Arthur.

A menina torceu o nariz.

- Ah, Vivi, tá tão bom aqui!

- Igraine! – Vivianne olhou muito estranho para a irmã. – Eu realmente quero que você vá comigo!

- Oh! – Igraine finalmente entendeu. – Ok! Vamos!

Snape olhou para Guinevere. Ela riu.

- Bom, eu acho que as minhas filhas querem que eu namore um pouquinho!

- E eu concordo plenamente com elas!

XxXxXxX

Eles estavam no meio de um beijo ardente quando foram interrompidos.

- Severo?

Ela reconheceu a voz feminina imediatamente. O mais rápido que conseguiu, vestiu os óculos de sol e agradeceu a Merlin por estar vestindo um blusão de mangas compridas, que escondia a Marca Negra que brilhava em seu braço. Virou-se devagar, tentando parecer calma.

- Bella? – Snape disse, surpreso. – O que você está fazendo aqui? Você deveria estar escondida!

- Ah, Sev... Você realmente acha que os idiotas do Ministério da Magia vão pensar em me procurar aqui? Mas você, hein... Se agarrando na praia... – olhou, quase reprovadora, para Guinevere – Quem é?

- Essa é Guinevere Chatèau-Briant. Ensina Defesa Contra as Artes das Trevas em Hogwarts.

- Sev – Guinevere se levantou rapidamente. Estava disfarçando a voz, forjando um sotaque francês. – Tenho q’ passarr chez moi agorr! Foi un prrazer te cognecér, Senhorra...?

- Lestrange. Bellatrix Lestrange.

- Bon, Au revoir!

E Guinevere correu para casa. Bellatrix olhou incrédula para a moça que corria.

- O que diabos acabou de acontecer, Severo? Que mulher louca!

Ele deu de ombros.

- Acho que foi fazer o almoço...

- Ah, então ela é uma mulherzinha do tipo dona-de-casa? Interessante... Não faz muito o seu estilo! Quero conhecê-la!

- Quando?

- Pode ser amanhã? – Severo assentiu. – Aqui. Não! Naquele bar. – E apontou para um bar que tinha pouquíssimas pessoas. – Tudo bem?

- Estarei lá. Com Guinevere.

- Ótimo!

XxXxXxX

Guinevere estava no sofá da sala quando viu Snape entrar.

Ela a olhou inquisidor, falou letalmente.

- Elizabeth, o que foi aquilo?

- O QUE FOI AQUILO! SEV, ELA VAI ME RECONHECER!

Ele se aproximou, ainda com raiva.

- Apenas mantenha o disfarce, OK? Eu vou dizer mais uma vez: O seu cabel...

- E O MEU ROSTO? NÃO CONTA?

- Mas Bell...

- ERA A MINHA MELHOR AMIGA! – respirou fundo. – Ela Sempre me viu sem máscara.

Ele se sentou ao lado dela.

- Nós vamos nos encontrar com ela amanhã.

- Eu não vou.

- Se você não for, ela vai desconfiar. E se ela te investigar...

- Certo! – Ela sabia que o que Severo dissera a verdade. Não tinha como escapar do encontro. Não podia ser investigada. – Eu irei.

- Ótimo!

XxXxXxX

Guinevere não conseguiu dormir nem um pouco. Ficou o tempo todo pensando em como se livrar do encontro, sem encontrar respostas. Olhou para Snape. Dormia profundamente por causa do que fizeram durante horas. Ela também estava cansada, mais estava muito preocupada para dormir. Levantou-se e abriu uma gaveta. De lá tirou um frasco. Olhou. Respirou fundo. Voltou para cama e finalmente conseguiu dormir.

XxXxXxX

Na hora combinada, Guinevere estava com Severo no bar. Com pouco tempo, Bellatrix chegou.

- Boa tarde, Srta. Chatèau-Briant.

- Bon tarrde, Segnorra Lestrrange.

Foi pouco o tempo que ela conseguiu passar lá, fingindo. Tinha que por logo o seu plano em prática, ou perderia o controle.

- Excusez moi. Eu vo’ au toilette.

Mais ou menos dois minutos depois, ela voltou.

- Sev, pede une cerrvej’ pour moi, porr favorr!

- Tudo b...

Uma explosão atrapalhou todas as conversas que eventualmente poderiam estar acontecendo. Ela havia ocorrido num iate que estava isolado no meio do mar.

- MEU FILHO! MEU BEBÊ!

Ouviu-se. Então se viu uma mulher que chorava desesperada. Ela gritava muito, em espanhol.

- MINHA CRIANÇA VAI MORRER!

Guinevere se levantou rapidamente. Virou-se para Snape.

- Eo vo’ ajudarr!

- Gwen, não...

Mas ela não o ouviu. Apenas pegou a varinha e sumiu, na frente de todos aqueles trouxas. Snape viu a sua chegada no iate. Viu uma segunda explosão acontecer, devastadora. Viu o corpo de Guinevere se partir em vários pedaços.

Ele não podia acreditar. Não queria. Ficou ali parado, chocado.

Depois de dezesseis anos, ela se foi mais uma vez.

- E-eu sinto muito, Severo...

Ele não disse nada. Apenas se levantou, deixando Bellatrix só. Começou a ir para casa... Tinha que dar a notícia para Michael e as crianças. Quando chegou, todos estavam na varanda, olhando para o barco em chamas.

- Cara! – Disse Michael ao perceber a chegada de Severo. Pela primeira vez estava sendo amigável com ele. – Você viu a explosão? – Viu que Snape atônito. – Ei, o que aconteceu?

- Ela viu a explosão – Snape quase não conseguia falar. A sua voz era lenta, distante. – e foi ajudar. – Parecia que, agora, todos sabiam o que estava por vir. Olhavam para Snape com uma expressão de terror no rosto. – Quando ela chegou... O barco... Ela estava lá... – Ele respirou fundo e falou, quase que num suspiro. – Ela se foi.

Vivianne desmaiou. Igraine gritou e correu para casa. Arthur se abraçou com o pai, que chorava. Snape sentou-se no chão e ficou olhando o barco em chamas.

Michael tocou o ombro dele. Sentou-se ao seu lado.

- Eu também a amava. Muito.

Do outro lado de Severo, Arthur se sentou. Pela primeira vez, falou com ele.

- Eu acho que a minha mãe queria que fossemos amigos. Espero cumprir isso.

Severo olhou para o garoto.

- Manteremos contato, então! – levantou-se. – Tenho que voltar para a Inglaterra.

E então, desaparatou.

XxXxXxX

Quando Severo chegou à Hogwarts, Dumbledore já o esperava.

- Severo... – O olhou, pesaroso. – Eu sinto muito... Vá para a sua casa. E só volte quando estiver melhor... Hogwarts sobreviverá sem você... Mas você precisará de tempo para aprender a viver sem ela.

Ele, que jamais deixara o trabalho antes, viu que tinha que fazer o que o velho dizia.

XxXxXxX

Saiu no jornal trouxa:

EXPLOSÃO DE BARCO NAS ILHAS CANÁRIAS

A explosão de um iate na ilha de Hierro, Espanha, mata duas pessoas. ... Segundo os donos do barco, lá só deveria estar o garotinho de apenas cinco anos. Logo, suspeita-se que a mulher, ainda não identificada, seja a responsável pelo "acidente", embora não haja nenhum motivo aparente. ... Os especialistas dizem que a mulher provavelmente não poderá ser identificada, devido ao estado do se corpo. A única pista de sua misteriosa identidade é um pingente que tinha cravado as iniciais S.S.

XxXxXxX

Saiu no jornal bruxo.

MORRE NA ESPANHA FUNCIONÁRIA DE HOGWARTS

Guinevere Chatèau-Briant morreu ontem à tarde num lamentável acidente nas Ilhas Canárias. Segundo testemunhas, ela foi tentar ajudar uma criança trouxa que se encontrava no barco, mas acabou morrendo numa grande explosão. ... O seu corpo estava em pedaços. A sua identificação foi apenas possível pelas testemunhas e por um colar que usava.

XxXxXxX

A parte paz-e-amor acabou! HuHAuHAuAHuAHuAHU!

Reviews, por favor.

Bjus para a Karlinha, q betou mais esse cap.

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