Sob efeitos da paixão
Gina tinha um sorriso de orelha a orelha quando ela e Draco chegaram a Verona. A primeira reação da ruiva foi tirar a máquina fotográfica da bolsa que carregava perante a linda paisagem que Verona exibia.
Draco, no entanto, tinha uma cara emburrada.
- Calor! Odeio calor! – reclamou, fazendo uma careta e abanando-se com as mãos.
De fato, era um dia ensolarado. O sol brilhava fortemente sob os cabelos platinados de Draco e com a outra mão que não usava para se abanar, ele tentava tapar o sol de seus olhos claros.
- Pois aproveite o calor. Não costuma dar esse sol onde moramos...
- Graças a Merlim, Virginia. E caso desse, eu me mudava.
- Vem cá – ela segurou a mão dele e o conduziu até a um canteiro de flores na praça da cidade. Olhando para um homem que passava, ela disse – Ei, moço! Poderia tirar uma foto, fazendo o favor?
Gina estendeu a câmera para o homem trouxa, que a segurou. A câmera bruxa era aparentemente igual a uma câmera trouxa, então não havia problema.
Draco fez cara de nojo ao olhar para o homem que segurava a câmera sorrindo, seu desprezo por trouxas era visível. Mas Gina não reparava, estava ocupada sorrindo para a foto e abraçando Draco quando o flash da câmera surgiu.
- Obrigada! – disse Gina gentilmente, pegando a câmera de volta. – O quê foi, Draco?
- Eu não suporto trouxas... e você sabe!
- Mas ele não fez nada... Ah, deixa disso vai...
- Podemos sair desse sol e irmos logo fazer nossa reserva no hotel?
- Ok. – ela suspirou. - Vamos. Qual hotel será?
- Você verá. – ele disse divertido, fazendo ar de mistério.
Draco e Gina andaram pela cidade, Draco a guiando até o hotel em que ficariam. Tiveram de andar por um bom tempo, porque o hotel ficava em um beco afastado dos lugares movimentados de Verona. Gina pôde perceber que estavam chegando pelos bruxos que vinham andando por ali perto, sabia distinguí-los perfeitamente só pela roupa e pelos acessórios diferentes.
Finalmente chegaram numa rua sem saída e Draco tirou a varinha do bolso. Deu três toques em uma parede lisa com sua varinha, e à frente dos dois a parede se abriu, revelando um enorme hotel.
- D-Draco! – gaguejou Gina, perante a imagem do hotel à frente deles. Draco sorria satisfeito com a reação de Gina.
Não era apenas um hotel. Tinha o formato de um castelo e era grande, realmente grande, só a porta de entrada tinha a altura de dois Hagrid juntos. “Hotel Torri de La’Aquila – para os melhores bruxos de Verona e região!” As paredes tinham um tom marrom rústico, e estavam tomadas por grandes janelas dos quartos. Uma torre subia do centro do hotel e Gina pôde ver que lá em cima havia um terraço. O quarto da torre parecia ser o mais luxuoso: era o único que possuía uma sacada, e as janelas maiores que qualquer outra estavam tapadas aparentemente por cortinas prateadas.
O hotel estava encantando conforme a estação, e o jardim em frente à entrada exibia uma grama extremamente verde, flores coloridas que brilhavam sob o sol. Fadas dormentes voavam por ali, e era possível de se ver algumas flores encantadas que soltavam brilhantes purpurinas.
Mais a frente, muitos elfos domésticos carregavam malas pra lá e pra cá bastante agitados. As portas da entrada eram de vidro, e deixavam à mostra todo o interior luxuoso do hotel. Os bruxos que ali entravam e saíam eram visivelmente ricos. Vestiam trajes impecáveis que Gina sabia muito bem serem das mais caras, e não tinham expressões tão amigáveis no rosto. Sentiu-se uma estranha no ninho.
- Quando terminar de apreciar a visão, talvez possamos entrar. – disse Draco ironicamente ao ouvido de Gina, que ainda estava paralisada com suas pupilas percorrendo cara detalhe à sua frente.
- Ah... Claro... É... Vamos entrar.
Gina virava o pescoço para observar tudo o que estivesse ao seu alcance. Draco não parecia
achar muita novidade, então mantinha sua típica cara sem expressão. Ao passarem entre os dois pilares de vidro, Gina parou.
- O quê foi?
- Draco... As pessoas não podem nos reconhecer?
- Por quê? Está preocupada?
- Nós namoramos em segredo, esqueceu?
- Não esqueci. Digamos que eles podem me reconhecer, mas não a reconhecerão... – ele disse simplesmente.
Gina entendeu o que Malfoy queria dizer – aquele tipo de gente não tinha realmente nada a ver com sua família. Não com os Weasley... Bom, Draco não havia mentido, afinal.
Eles entraram no hotel. Um grande balcão se encontrava num canto, e vários bruxos atendiam os que queriam se hospedar. Alguns bruxos estavam sentados nos sofás de pele de dragão e seguravam algum tipo de bebida que Gina não conseguiu identificar qual era. No centro da recepção havia uma grande estátua dourada de um bruxo sorridente com um chapéu muito pontudo. Uma grande placa aos seus pés dizia:
“Anthony Benvolio de La’Aquila – fundador do Hotel Torri de La’Aquila em 1840.
* 1822
† 1912
- Não é o hotel mais antigo que já estive. E tem muitos melhores que este. – disse Draco fazendo pouco caso ao que a placa dizia.
Draco não parecia querer estar se gabando para Gina, mas sem querer estava. Ela se perguntou quão rico Malfoy era.
- Bom-dia. Posso ajudá-los? – perguntou o bruxo do balcão.
- Sou Draco Malfoy – disse Draco numa tonalidade rude, como se o atendente fosse obrigado a saber seu nome. – Mandei trazerem minhas malas para cá há alguns minutos atrás, já chegaram?
- Ah sim, sim... Naturalmente, Sr Malfoy, naturalmente. Gostaria de um quarto?
- Naturalmente. – disse Draco tentando imitar o tom de voz do atendente.
- Pois não... bom, deixe-me ver os quartos vagos... Estamos numa temporada com muitos hóspedes... – disse ele observando vários pedaços de pergaminhos. – Verona é uma cidade excelente, tenho certeza que fez uma excelente esco...
Draco bufou alto, mostrando total desinteresse na conversa do balconista. Gina ficou sem graça e lançou um olhar a Draco que a respondeu com um olhar de “O quê eu fiz?”.
- Um quarto de casal, Sr. Malfoy? – perguntou o balconista, já com receio de ouvir outra resposta mal-educada.
- Sim.
- Não. – disse Gina ao mesmo tempo de Draco.
Os dois se entreolharam. O balconista pareceu confuso.
- Virginia, nós somos um casal... – sussurrou Draco.
- É, mas...
Draco deu de ombros.
- Francamente, achei que fosse mais madura. Tem vergonha de dividir o quarto comigo? – perguntou Draco com a voz macia.
- Eu tenho seis irmãos se você não se lembra, Draco...
- Shhh! Não fale alto... Já esqueceu que...
- Tá! Mas não me chame de imatura!
- Então não seja imatura. – ele se virou para o balconista e disse – Qual o melhor quarto de casal?
- O melhor quarto de casal... Bom, é o quarto da Torre, naturalmente. É de casal, mas tem mais colchões no armário, só precisa fazer o feitiço. Está desocupado no momento, os clientes estão reclamando muito do preço, mas não podemos fazer nada, sempre foi o quarto princip...
- Certo. – cortou Draco – Vou querê-lo. E pare de tagarelar. – reclamou.
- Oh... certo, certo...
- Draco! – disse Gina.
- Diga.
- Por quê você vai pegar o quarto da Torre?
- Porque é o melhor. – ele ironizou.
- Mas não precisa ser o melhor... e é caro!
- Sim, precisa.
- Sr Malfoy – disse o balconista – Aqui estão as chaves.
- Ótimo. – ele disse sem olhar na cara do bruxo, metendo as mãos no bolso e tirando um pequeno saquinho, que fez barulho ao ser atirado ao balcão por Draco. - Isso deve dar para pelo menos uma semana.
Talvez fosse porque era o maior e melhor quarto do hotel – o quarto da Torre era umas dez vezes maiores que o quarto de Gina n’A Toca.
O quarto possuía parede clara e chão de madeira. Uma grande lareira bem estruturada jazia em um canto, e mais à frente uma cama enorme de casal estava impecavelmente decorada com colchas em cor vinho.
Rústico e grandioso, o quarto tinha um aroma de canela que inundava o local e dava um clima de paz e serenidade. As brisas que entravam da porta da sacada agora aberta, eram mais do que bem vindas naquele dia de calor.
Gina, que sempre convivera em um ambiente espalhafatoso, estranhou toda aquela calma que envolvia o isolado quarto da Torre. Mas não podia negar: era de longe o quarto mais luxuoso que já havia conhecido.
- Nada mal. – disse Draco, entrando no quarto com naturalidade, seguido por três elfos domésticos que traziam as malas pesadas nas costas. – E aí, o que achou?
- É lindo, Draco. – disse Gina, ainda hipnotizada.
- Vocês – ele disse para os elfos. – Deixem as malas aqui. Certo, podem sair.
As pequenas criaturas se viraram rapidamente e aos tropeços deixaram o quarto. Gina ainda estava parada no centro, sua pequena bolsa nas mãos e a cabeça apontada para a direção do armário, onde a garota olhava fixamente. Draco sentou-se na cama confortavelmente.
- Então – disse ele, dando um toque na varinha e fazendo as malas se abrirem. – Decidiu o que quer fazer primeiro em Verona?
- Oh, sim... – disse Gina, abrindo o grande armário e soltando uma exclamação. – Ah, eu sabia!
- O quê foi?
- Colchões extras. – disse com simplicidade. - Engorgio!
O colchão, antes um pequeno pedaço de espuma, cresceu imediatamente, tornando-se um legítimo colchão.
- O quê...
- Tinha lá no outro hotel. Ouvi dizer que isso é comum, ter colchões extras no armário.
- Sim, eu sei que é comum – disse Draco impaciente. – Mas não vai precisar deles.
- Engano seu. – ela disse, divertida, ajeitando-o no chão.
- Virginia, francamente...
- Ah, vamos lá Draco. Não vai querer perder todo o conforto de uma cama de casal só para você, vai?
- Não se faça de boba. Você sabe perfeitamente que pode dormir aqui comigo.
- Ei – ela foi até ele e colocou suas mãos sobre o rosto de Draco. – Eu só não me sentirei bem, é isso. É estranho para mim, Draco. Eu espero que me entenda...
Ele contraiu os lábios, pensativo. Aproveitou toda a sensação de paz que as mãos de Gina lhe davam quando acariciavam sua nuca, e em seguida a beijou.
- Isso foi um sim? – ela sussurrou.
- É, foi. – disse, em meio a um abraço. – Mas não que eu concorde, claro...
Dez horas depois, Draco e Gina se encontravam no restaurante do Hotel Torri de La’Aquila, um vasto estabelecimento refrescado pelos ventos que entravam das grandes janelas do local. A mesa de buffet ficava exatamente no centro, e funcionava igualmente à de trouxas exceto pelo fato de que as comidas reapareciam sozinhas nos grandes pratos quando finalmente esvaziados. Draco e Gina jantavam, fazendo comentários sobre o dia que haviam passado juntos. Draco reclamava pela milésima vez de que o calor havia atrapalhado o dia, e Gina não cansava de elogiar os gelattos que eles haviam tomado durante um breve passeio pela cidade italiana.
- Estava realmente bom, é cremoso... Sabe, acho que foi a melhor coisa trouxa que experimentei até hoje... – ela dizia.
- É. Refrescou um pouco.
Ela sorriu.
- Quem diria que eu ia viver para ver Draco Malfoy elogiar algo trouxa?
- Não estou elogiando nada!
- Claro que está – Gina se divertia, diante da expressão carrancuda de Malfoy.- Você até queria mais!
- Quem quis mais foi você... Oras! E daí que é bom? Dane-se. Sapos de chocolate são melhores. – disse rispidamente, levando uma garfada de peru à boca. – Esse peru está assado demais. Lembre-me de reclamar dos elfos antes de irmos embora.
Gina fez pouco caso para a reclamação de Malfoy, aparentemente já acostumada a escutar suas queixas em relação à quase tudo. Procurou uma resposta rápida para não emplacar nesse assunto chato que era a “superioridade de Malfoy”.
- Isso me lembra de quando Harry teve a idéia de assar um peru de Natal com o feitiço Incendio...
- Potter?! Quando? – perguntou Draco Malfoy, as sobrancelhas arqueadas.
- Ah... - Gina se xingou mentalmente por ser tão estúpida. – Foi um comentário infeliz. Desculpe. Vamos mudar de assunto.
- Quan...
- Bebidas, senhores? – perguntou um bruxo barman, interrompendo a fala de Draco, que se virou para encará-lo com uma expressão mortífera.
- Sabe, não é delicado interromper a conversa dos outros. – disse friamente.
Gina bufou e apoiou o queixo à mão.
- Desculpe, senhor. – disse o bruxo, com um ar surpreso.
- Malfoy. Senhor Malfoy. – corrigiu Draco.
- Desculpe, senhor Malfoy.
- Draco... – sussurrou Gina, em tom de repreensão. Era óbvio que Draco se alterara ao ouvir o nome de Harry, e estava descontando no pobre barman.
- Ótimo. Pode deixar uma garrafa de firewhisky aqui. Ponha na conta do quarto da Torre...
O bruxo apressou-se em atender o pedido de Draco, e conjurou uma luxuosa garrafa do whisky. Quando o bruxo se afastou, Gina lançou um olhar descontente para Draco.
- Precisava ser tão rude?
- Foi falta de educação da parte dele, oras...
- Oh, céus... – suspirou Gina. Draco era um caso perdido. – Está bem, vai querer mais? Estou indo pegar um pouco mais de pudim de carne, podemos ir juntos...
- Não, eu perdi a fome. – disse Malfoy em seu tom extremamente mimado. Fale-me daquele peru.
Gina, que já se levantava com o prato em mãos, sentou-se novamente com uma curiosa expressão.
- Que peru?
- O de Natal, assado com o feitiço Incendio. Como ficou?
Gina segurou uma incrível vontade de rir. Como Draco Malfoy poderia ser tão infantil? Aquilo soava engraçado. Mesmo assim, ela respondeu:
- Indigesto.
Mesmo tentando fazer pouco caso, Draco deu um leve sorriso.
- Por quê, de repente, minha fome voltou?
Conversa vai, conversa vem... O restaurante foi se enchendo de hóspedes, casais jantavam e conversavam alegremente, grupos de amigos faziam brindes... O ambiente estava aconchegante. Um piano afastado em um canto do salão tocava sozinho e logo depois alguns violinos também foram enfeitiçados e se puseram a tocar ao lado do piano.
Horas depois, o jantar já havia acabado, mas alguns bruxos ainda permaneciam ali, inclusive Draco e Gina. Na mesa dos dois, agora se encontravam também outros dois casais. Gina havia feito amizade com as duas mulheres quando fora pegar comida, e estranhou o fato de não serem bruxas arrogantes que só ligavam para a condição social alheia antes de fazer qualquer tipo de amizade. Draco pareceu não apreciar muito a idéia de terminar o jantar junto aos outros dois casais, mas depois de muita insistência de Gina, acabou cedendo. Gina ocultou seu sobrenome para os demais, e estranhou não perguntarem. Talvez pensassem que já era casada com Draco, sendo assim uma Malfoy...
E agora os seis encontravam-se conversando animadamente, talvez pela simpatia dos outros dois casais, talvez pelas garrafas de firewhisky já esvaziadas que ocupavam a mesa...
- ...e aí o idiota vai lá e rouba a fonte que arrecada dinheiro para o St Mungus... Tem que ser muito miserável mesmo, haha...
- Eu vi essa notícia – disse Edward Screwball, um dos homens à mesa, com uma mão cambaleante segurando a garrafa de firewhisky e despejando o conteúdo em seu copo. – Não sabia que o conhecia...
- Pior que ele é Joel Gainsten... Lembra, amor? – disse a Sra Screwball, piscando os olhos cujas pálpebras já se encontravam pesadas devido ao efeito da bebida. – O infeliz teve a capacidade de deixar roubar a herança da mulher e fugir no dia do casamento...
- Vocês homens são muito infiéis, haha... Ah se são... São todos uns miseráveis...- disse a terceira mulher. – Você não acha, Virginia? Vai dizer que Draco não te dá nos nervos às vezes...
- Ah, mas é claro. – disse Gina com uma voz pastosa. – Um tempinho atrás ele estava brigando com o barman... E sabem por quê?... Querem saber o por quê?
- Hic, fale...
- Só porque o barman interrompeu a fala dele... hahaha... vê se pode...
Uma explosão de risadas femininas ecoou. A Sra Screwball era a que ria mais alto.
- Ora, ora Virginia – disse Draco, a voz mais arrastada do que o normal, e muito rouca. – O cara é um idiota... Vocês mulheres é que são muito sensíveis...
- Se fossem só sensíveis estaria bom... elas são gastadeiras e vaidosas... demoram um século para se arrumar pra sair...
- Você queria o quê, Pablo... Eu, hic, precisava ficar achar uma maquiagem que combinasse com o vestido prateado que você me deu... Hic!
- Eu concordo, Mariah, concordo... um brinde às mulheres... à beleza das mulheres... à vaidade... Ah, a vaidade! – disse a Sra Screwball levantando a taça, seguida por Gina, Mariah e os três homens alegres.
- Oh, Merlim... – disse Gina, olhando no relógio. – É tarde... Haha, olhe só como a hora passou rápido... Draco, teríamos que ter ido dormir três horas atrás para acordar a hora que planejamos acordar amanhã...
- Oh... Realmente, Virginia, realmente... – concordou Draco, dando uma golada na taça de firewhisky. – Você ainda pretende conhecer aquela maldita casa de Julieta?
- Sim, pretendo... E não é maldita...!
- Casa de Julieta? É bonito lá... Sim, é... Vale a pena...
- Então vamos indo, Draco, vamos indo... Para estarmos mais dispostos amanhã...
Draco deu um último gole. Bufou e levantou-se meio zonzo. Gina também se levantou, cambaleando, e quase caiu, mas segurou-se em Draco.
- Até mais... Foi bom conhecer vocês...
Reuniram o máximo de equilíbrio que puderam para seguir até o quarto da Torre. Com um pouco de dificuldade conseguiram alcançar o corredor, já estavam quase chegando à porta quando Gina tropeçou e caiu no chão.
- Ai...
- Ei, cuidado... – disse Draco, abaixando-se.
- Droga... Foi por causa desse salto... Está doendo... – Gina agora assumia um tom sensível, e abafava um choro. – Acho que torci o pé, está doendo, Draco...
- Calma, vai, Virginia... Vai sarar em breve... – ele a abraçou debilmente, ajudando-a a levantar.
Já em pé, ele a segurou. Uma lágrima caía do rosto de Gina, e Draco a ajudou a limpá-la.
- Obrigada, Draco... Obrigada... Eu gosto tanto de você...
A tristeza de Gina foi abafada com um beijo. Agora os dois se encontravam ali no corredor deserto do hotel, lutando para permanecerem em pé e beijando-se apaixonadamente. Aos beijos, os dois locomoveram-se até a porta do quarto da Torre, que Draco abriu rapidamente com um toque de varinha, já que essa era a chave para se entrar nos quartos daquele hotel.
Dentro do quarto, iluminado pela luz da lua que entrava da grande porta da sacada, os beijos continuaram... Cada vez mais intensos, tanto que Gina deve de encostar-se na parede para não perder o equilíbrio. Ofegante, Draco acariciava os cabelos sedosos de Gina, depois a nuca, depois lhe baixou as alças de vestido... Uma fraca consciência jazia na mente de Gina, ela talvez se arrependesse depois... Mas uma certeza ela tinha. Ela não queria soltar Draco, não queria acabar com o encanto, não podia... Passou as mãos pelas costas de Draco e depois o ajudou a tirar a pesada capa que vestia.
As mãos de Draco se encontraram com a de Gina, e a seguraram fortemente. Ele mordia o lábio e parecia sofrido.
- Você pode se arrepender amanhã. – sussurrou.
Ela comoveu-se, e no ponto alto de sua sensibilidade, grande parte causada devido ao efeito alcoólico, deixou outra lágrima escapar. Beijou Draco mais intensamente e depois murmurou:
- Impossível.
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N/A: >_< eu sei, eu demorei demasiadamente. Mas não me matem...
Provas atrás de provas, tarefas atrás de tarefas, estudos atrás de estudos, trabalhos... oh céus...
Para vocês terem uma idéia eu deveria estar estudando porque tenho duas provas na quarta e preciso ler um livro até esse mesmo dia. Mas eu não podia deixar vocês esperarem mais...
Descuulpem a demora :T
E comentem o que estão achando.. =]
Beijoss!
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