Luta, Vitória e Fuga
Rabicho estava deitado encolhido na sua cama, no segundo andar da casa de Snape. Pensava sobre seus assuntos inúteis de rato quando ouviu um barulho no andar de baixo... Na verdade ouvia vozes. Mas pelo que ele sabia Snape não estava esperando visitas hoje, muito menos àquela hora da madrugada. Levantou-se da cama com um pulo furtivo, jogando-se no piso poeirento do quarto. Colocou o ouvido no chão, procurando escutar...
“VOCÊ O MATOU, MISERÁVEL!”
“Controle-se pelo amor de Merlin! O Rabicho pode escutar.”
“Pois que escute. Eu não me importo. Por acaso quer esconder algo de seu mestre amado?”
“Sim, Potter.”
Potter?! Então Harry Potter encontrava-se no escritório de Snape! Mas isso era maravilhoso! E Snape estava tentando esconder algo do Grande Lorde... Aquele sujo! Potter bem debaixo de suas fuças gordurosas e ele o mantendo vivo! O Mestre precisava saber... Esta era sua grande chance de provar de uma vez por todas que era o mais fiel servo de Lorde Voldemort. Era sua chance de mostrar do que era capaz!
Pedro pegou sua varinha no bolso da capa, arregaçou a manga direita das vestes e apontou para a Marca Negra que havia ali. A Marca começou a enegrecer e a esquentar enquanto ele mentalizava:
“Snape está tramando algo às escondidas, Mestre. Está com Harry Potter em sua casa e o mantém vivo. Preciso de ajuda para prendê-lo!”
*****
Voldemort sentiu sua Marca queimar e emitiu um esgar de dor. Encontrava-se sozinho em seu quarto. Um aposento amplo e escuro como todo o resto naquele lugar. Estava sentado numa poltrona de espaldar alto, atrás de uma grande escrivaninha atravancada de papéis e mapas. Do outro lado do aposento havia uma cama simples com um criado-mudo do lado. Em cima do criado havia um pergaminho enrolado. Voldemort remexeu-se na cadeira e concentrou-se na mensagem a ser ouvida.
...
Rabicho! Imbecil. Como sempre lhe enviando mensagens sem nexo que acabavam em uma grande perda de tempo. Potter na casa de Snape? Um de seus mais fiéis servos? Com certeza que não. Ele teria lhe avisado. Mas por via das dúvidas...
-Belatriz!
Houve um clique distante indicando que uma porta estava sendo aberta e logo depois passos apressados atravessaram o corredor do lado de fora do quarto e alguém bateu de leve na porta.
-Entre! – ordenou Lorde Voldemort.
-Sim, milorde. O que deseja? – indagou Belatriz Lestrange.
-Acabei de receber um comunicado de Pettigrew dizendo que Severo está mantendo Harry Potter em sua casa e ainda vivo – sibilou Voldemot. – É claro que não que não acredito em uma única palavra. Mas quero que você vá até lá e dê uma lição naquele rato!
-Snape, não é mesmo?Interessante... – disse Belatriz com um brilho homicida nos olhos.
-O que você está insinuando Belatriz? – perguntou Voldemort desconfiado. – Já lhe disse inúmeras vezes que Snape é tão fiel a mim quanto você!
-Nada, milorde... Estou indo imediatamente até a casa do Seboso... Digo: Snape.
-Pois vá. Já! – gritou Voldemort. – Se tiver problemas, mande o alarme. Mandarei reforços. Se você não voltar em meia hora mandarei assim mesmo.
Belatriz girou nos calcanhares e com um estampido surdo desaparatou do esconderijo de Voldemort.
*****
A bruxa irrompeu pelo escritório de Snape, agora novamente envolto nas sombras. Mas com a luz do feitiço que lançou em Snape ela pôde ver perfeitamente o contorno de três adolescentes...
-Expelliarm... – começou a gritar, mas Harry, Rony e Hermione foram mais rápidos.
-Expelliarmus! – ordenaram em uníssono.
No clarão emitido pelo feitiço puderam ver que o vulto encapuzado tratava-se da Comensal da Morte Belatriz Lestrange. Sua varinha voou e aterrissou com um baque surdo na sala de estar.
-Lumus – ordenou Harry. Um feixe de luz saiu da ponta de sua varinha e iluminou tudo ao seu redor.
Mas Belatriz não estava mais lá. Harry viu apenas sua varinha caída perto do sofá puído no canto mais afastado da sala. Hermione adiantou-se indo pegar o objeto caído, mas naquele mesmo instante Belatriz aparatou ao lado da varinha e pôde facilmente pegá-la, desaparecendo logo depois.
A comensal apareceu de novo atrás de Rony. O ruivo se assustou e caiu no chão deixando Harry cara a cara coma a bruxa. Aquela maldita Comensal que matara Sirius no Ministério da Magia... E que torturara os pais de Neville até a loucura total... Ela precisava pagar...
-O bebezinho está com medo, está? – indagou com aquela imitação terrível de voz infantil. Esse foi seu maior erro naquela noite.
-SECTUSEMPRA! – gritou Harry aproveitando o momento de distração da bruxa. Um brilho vermelho escapou de sua varinha e fez um corte profundo nas faces da Comensal. O sangue começando a jorrar em grandes jatos rubros.
Belatriz cambaleou por um instante e desapareceu de novo, antes que qualquer deles pudesse lançar nela outro feitiço.
-Tudo bem. Agora quero que me escutem. Separem-se. Cada um vai para um canto da sala e quando ela aparecer de novo estuporem-na! Entendido? – indagou Harry sério.
-Sim – responderam Rony e Mione.
Harry ficou em frente à porta do cômodo onde estava Snape, Hermione foi para o lado esquerdo e Rony para o direito. Esperaram... Com um rodopio trôpego a Comensal reapareceu exatamente no meio da sala, tornando-se um alvo fácil para as mentes bem treinadas dos garotos.
-Avad... – Belatriz começou com a voz fraca.
-ESTUPEFAÇA! – gritaram Harry, Rony e Hermione.
Com um último suspiro Belatriz caiu inconsciente no chão. Agora precisavam ser rápidos. Rabicho ainda estava na casa e Harry poderia apostar sua vida como tinha sido aquele rato o delator de seu paradeiro a Voldemort.
-Rony, agora eu quero que fique aqui e vigie Belatriz. Pegue a varinha dela e se ela acordar estupore-a novamente, o.k?
-Tudo bem, Harry – disse Rony.
-Hermione, você vai comigo até lá em cima prender Rabicho.
-Certo, Harry. Vamos rápido!
Harry olhou ao redor do cômodo procurando uma escada que levasse ao andar superior mais só o que viu foram estantes cobertas de livro... E agora?
-Como se sobe? – indagou desesperado.
-Deve haver alguma passagem secreta nas estantes... – concluiu Mione com a sensatez de sempre. – Já sei! Comece a derrubar os livros. Algum deles deve abrir uma porta.
-O.k!
Harry apontou a varinha para uma estante ao lado da porta do escritório e com um aceno fez vários livros caírem. Continuou fazendo isso até que a estante estivesse completamente vazia... Ali não estava. Passou então para a estante do lado. Prateleira de cima, não. Segunda prateleira, não. Terceira prateleira... Isso! Um dos livros continuou no lugar onde estava, recusando-se a cair. Harry foi até ele e puxou. Houve um clique baixo e então... Voilá! A porta se abriu e por trás dela havia uma escada!
-Mione, consegui! – sussurrou Harry para a garota que estava do outro lado do cômodo trabalhando em uma enorme estante.
Hermione atravessou correndo a sala, passando por Rony que dava tapinhas ocasionais no rosto de Belatriz – talvez com o intuito de fazê-la continuar desacordada, ou talvez só para ter alguma coisa para fazer. Quando emparelhou com Harry os dois começaram a subir a escada em caracol silenciosamente. Pé ante pé. Tudo estava no mais perfeito silêncio.
-Tem certeza de que Pedro Pettigrew está aqui, Harry? – sussurrou Mione.
-Você ouviu o que Snape disse. Ele está aqui. Senão, quem mais poderia ter avisado à Voldemort da nossa presença? – indagou Harry sério.
-Talvez você tenha razã... Ahhhhhhhhhhhhhh!
Mas não pôde acabar a frase porque naquele momento um animalzinho furtivo passou correndo pelos seus pés. Hermione oscilou na ponta do degrau por um momento, quase caindo... Mas Harry a puxou, colocando-a de volta na posição normal.
-Calma, era só um rato – avisou Harry com um sorrisinho.
-Era só um... – repetiu Hermione vagarosamente.
-RATO!!! – gritou Harry entendendo o que a garota queria dizer.
Saíram correndo atrás do rato tão conhecido por eles. Harry o avistou ao pé da escada e ordenou:
-Revele seu segredo! – errou por pouco.
-Revele seu segredo! – gritou Mione fazendo mira também. Errou por um fiozinho de pêlo...
-Rony segure o rato! – gritou Harry chegando à sala.
-Petrifficus Tottalus! – ordenou Hermione por cima de uma cadeira. O rato escapou de novo, mas a cadeira caiu no chão e quebrou uma perna.
-Sectusempra! – gritou Rony. Um feitiço impensado, mas eficiente. Um enorme corte abriu o dorso do animal de ponta a ponta.
Rabicho começou a rastejar, arquejante pela sala. Uma grande mancha de sangue sendo deixada por onde ele passava.
-Revele seu segredo – disse Harry calmamente apontando a varinha exatamente para a cabeça do rato.
Como se num filme em câmera lenta, Pedro começou a crescer – brotar – do chão. Primeiro a cabeça calva com um ar ratinheiro em volta do nariz. Depois o tronco roliço e por último as pernas curtas e bambas devido à perda de sangue. Havia um enorme corte em suas costas que jorrava o líquido espesso e vermelho em todo o tapete.
Hermione adiantou-se até Pedro e disse:
-Epskey – fazendo o sangue estancar. E logo após: - Estupefaça!
O homem baixo e gordo caiu inconsciente aos seus pés. Harry conjurou cordas com a varinha e prendeu-o juntamente à Belatriz, sentando-os um de costas para o outro.
-E o que vamos fazer agora Harry? – indagou Mione, suas faces estavam vermelhas devido a recente corrida.
-Primeiro temos que avisar à Ordem da Fênix. Eles saberão o que fazer com esses dois.
-Snape! Vou ajudá-lo, Harry. Rony pode cuidar dos Comensais enquanto você comunica à Ordem o que aconteceu. Sabe como se faz não é? – perguntou Mione.
-Claro. Vá ajudar Snape – ordenou enquanto tentava esvaziar de sua mente tudo o que havia acontecido e imaginar algo alegre. A face de Gina veio aos seus pensamentos e o animal em seu peito rugiu feliz. – Expecto Patronum! – disse com um sorriso.
Um enorme veado prateado irrompeu da ponta de sua varinha e parou ao seu lado, esperando um comando. Harry aproximou-se do animal e sussurrou próximo ao seu ouvido:
-Vá até a sede da Ordem da Fênix e avise a quem estiver lá que estou precisando de ajuda. Estou na casa de Severo Snape, com dois Comensais da morte. Agora vá! – o animal saiu galopando pela janela e desapareceu dentro da noite.
Hermione irrompeu na sala trazendo Snape em uma maca. Suas feições indicavam medo e admiração. Harry imediatamente pensou que o pior deveria ter acontecido. Snape então se tornara mais um... Mais uma vítima daquela vadia chamada Belatriz Lestrange. Mais ela não iria mais ferir ninguém... Não mesmo!
-CRUCIO! – Harry gritou. E naquele momento sua raiva foi o suficiente. Belatriz voltou da inconsciência com um grito ensurdecedor. A Comensal contorcia-se pelo chão, a dor nitidamente estampada em seus olhos. Queimando cada um de seus nervos.
-PARE HARRY! – gritou Hermione desesperada.
-ELA MATOU SIRIUS! E AGORA SNAPE! ELA TORTUROU OS PAIS DE NEVILLE ATÉ A LOUCURA!!!
-Dessa maneira você só vai estar se igualando a ela! Pare por favor! – pediu Hermione mais uma vez.
Harry baixou a varinha, parando a maldição. Belatriz parou de gritar imediatamente, voltando para a inconsciência em que estava mergulhada. Estava bastante suada e o corte em sua face ainda sangrava loucamente. Hermione foi até a Comensal e fechou o corte, fazendo parar o sangramento. Bella estava branca como gesso. Precisava urgentemente de um médico ou iria morrer...
-Agora me escute Harry: Snape não está morto. Mas nada do que eu fiz deu jeito. Ele precisa ir ao St. Mungus agora mesmo. E Belatriz também – falou Mione.
-Eu sei. Mas temos que esperar a Ordem chegar. Não podemos deixar Rabicho aqui sozinho. E também não podemos deixá-lo com Rony. Outros comensais podem chegar a qualquer momento.
-Eu posso me cuidar sozinho, Harry – disse Rony.
-Sei que você pode, Rony. Mas tenho certeza que não poderia enfrentar todo um exército de Comensais sozinho. Então por favor, sejamos compreensivos e esperemos alguém da Ordem chegar.
-Tudo bem então.
Mas não tiveram que esperar tanto tempo assim, por que naquele mesmo instante três vultos aparataram do lado de fora da casa de Snape, acorreram até a porta arrombada e entraram correndo.
Os três garotos sorriram ao ver Tonks, Lupin e Olho-Tonto chegarem.
-Harry, nós quase morremos de susto. Chegamos à Rua dos Alfeneiros e não os encontramos. Pensei que ainda estivessem na casa de seus tios, então tive que entrar lá e perguntar. Seu tio começou a atirar todo tipo de objetos em nossa cabeça enquanto gritava que você não morava mais lá. Voltei para a Sede da Ordem com Tonks e já íamos começar a procurá-los quando recebi seu Patrono – explicou Lupin. – Aliás, ele está aí fora. Vigiando.
-Snape nos trouxe até aqui. Ele precisa ir ao hospital... – começou Harry
-Esse assassino os trouxe?! – vociferou Olho-Tonto adiantando-se até onde Snape estava inconsciente. E já ia matá-lo quando Harry, Rony e Mione impediram.
-Avada Quedav...
-Imedimenta! – gritaram os três, impedindo o auror de completar o feitiço.
-O senhor não pode fazer isso. Snape está do nosso lado. Ele nos provou. Agora não podemos explicar, mas ele mesmo o fará quando estiver novamente consciente – disse Hermione.
-Mas como?! Eu não entendo... Ele... Eu... – crocitou Alastor ainda atordoado com o feitiço dos garotos.
-Agora não podemos explicar, Snape precisa de um curandeiro! – exclamou Harry.
-E esses dois aqui precisam de uma cela em Azkaban – falou Rony indicando Belatriz e Rabicho.
-O.k. Harry, eu cuido desses três. Mas é estritamente importante que você parta agora mesmo. Voldemort já deve estar desconfiado com a demora de Belatriz e se tiver de vir pessoalmente até aqui não ficará nada feliz – disse Moody.
-Mas Snape...
-Ele ficará bem. Eu prometo. Mas agora você deve partir! – insistiu.
-Tudo bem, só vou pegar minhas coisas. Vamos Rony, Mione – chamou Harry saindo em direção ao escritório de Snape. Apanhou seu malão, o livro de Dumbledore que havia caído durante a luta com Belatriz e sua Firebolt.
-Pegaram tudo? – perguntou a Rony e Hermione.
-Sim, vamos logo.
Harry se deteve por um segundo e viu a pena de Fênix que flutuava sozinha dentro da redoma de vidro em cima da escrivaninha. Correu até lá, retirou a redoma e pegou a pena, guardando-a dentro de seu malão, entre suas meias.
-Harry! – apressaram-no Rony e Hermione.
-Já estou indo! – falou dirigindo-se para a sala. Quando chegaram lá, Moody falou:
-Ouçam todos vocês. Podem ter certeza de que serão perseguidos por Voldemort e seus Comensais, por isso é importante que sigam algumas instruções se quiserem ficar ilesos. Voem acima das nuvens e só parem ao amanhecer. Acampem longe dos trouxas e durmam em cima das árvores. Sempre deixem alguém vigiando enquanto os outros descansam. Ah e Harry, você já tem idéia de para onde vai?
-Sim, vamos para Godic’s Hallow. Dumbledore queria que fosse assim...
-Tudo bem. Se vocês viajarem a noite toda, pela manha já estarão chegando lá. Mantenham-nos informados e peçam reforços sempre que for preciso. E por favor: não morram – pediu Alastor sério.
-O.k, Alastor. Agora precisamos ir. Harry, Rony, Hermione – chamou Lupin.
-Adeus, Olho-tonto – disseram os garotos. E saíram porta afora. As estrelas brilhavam altas no céu claro. Afinal, teriam uma viagem agradável apesar dos pesares.
-Ah, esperem. Vocês não podem viajar com todas essas malas enormes! – disse Lupin. E com um aceno de varinha fez os grandes malões de Hogwarts dos garotos transformarem-se em pequenas e leves mochilas que podiam facilmente ser colocadas nas costas.
-Então é isso. Vamos, galera! – incentivou Tonks passando a perna por cima do cabo de sua vassoura e alçando vôo rumo ao infinito.
Harry montou sua Firebolt e com um único impulso subiu vinte metros no ar agradável da noite. O vento batia em sua face e o fazia esquecer de todo o sofrimento. Agora ele se sentia capaz novamente. Estava no seu habitat natural e isso era bom. Harry acelerou um pouco mais, curvando-se sobre o cabo da vassoura... Esqueceu de tudo... Só lembrou de uma coisa: corria em direção a Tom Riddle e sua destruição total. De uma vez por todas!
*****
Instantes depois de todos terem deixado a casa de Snape um grupo compacto aparatou em frente ao local. Voldemort vinha à frente, seus olhos vermelhos brilhantes de fúria. Entrou porta adentro seguido de perto por seus Comensais.
Os Comensais espalharam-se pela casa à procura de Snape, Belatriz e Pedro Pettigrew. Após alguns minutos voltaram.
-Nenhum dos três se encontra aqui – disse Lobo Grayback farejando o ar ao redor. – Mas eu posso sentir o cheiro do garoto... Potter esteve aqui! Lembro bem do cheiro daquele lá! – e passou a língua nos lábios com uma expressão quase indecente no rosto.
-Então quer dizer que... – começou Voldemort.
-Snape é realmente um traidor! – rugiu Grayback.
Voldemort digeriu por um momento aquela informação e ordenou:
-VÃO! ENCONTREM-NO. JÁ! QUERO-O VIVO PARA TER O PRAZER DE MATÁ-LO COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS!!! – seus olhos quase fuzilando os Comensais. – E ai de quem me trair novamente – sibilou ameaçador.
Vários Comensais começaram a desaparatar juntos da casa de Snape. Voldemort ficou sozinho, “curtindo” sua raiva. Foi até a rua, olhou ao redor e sibilou:
-Morsmodre! – A Marca Negra foi conjurada sobre a casa, simbolizando a futura morte de Snape... – Ele me paga. Ah, se paga! – e soltou uma gargalhada fria e cortante que ecoou pela noite, acordando todos os habitantes nas redondezas.
Voldemort girou nos calcanhares e desaparatou, deixando para trás uma multidão de pessoas assustadas com a visão de sua Marca Mortal...
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