Corujas Assassinas



Capítulo 5 – Corujas assassinas


-Então eu saí do... Harry, você está me escutando?

O moreno encarou Rony franzindo a testa. – O que disse?

-Não, não está – falou revirando os olhos. – Onde está com a cabeça? - Harry deu de ombros, olhando para os lados. – Está a procura de alguém, é? – indagou maldosamente.

Harry ignorou prontamente o tom malicioso. – Na verdade, é, estou sim – então sorriu acenando para algo atrás de Ron. – E ela está vindo aí.

Desconfiado, o ruivo olhou para trás para ver Hermione com as mãos cheias de livros e sorrindo. Weasley encarou Harry com enfado. – O que está fazendo? - indagou silenciosamente. – Pensei que havíamos deixado de falar com aquela carrasca.

Harry virou os olhos. – Pare com isso, Ron. Hermione só achou que estava cumprindo seu dever – redargüiu. – Ela queria dar uma lição em vocês e acabou exagerando, talvez por medo de dar uma detenção mais leve e não aquietar vocês ou ainda abrir uma porta para que alguém a acusasse de pegar leve com os amigos. Mas independente disso, tenho certeza de que ela nunca mais dará uma detenção assim para ninguém. - Harry fala de modo diplomático, não queria tomar partido naquela briga.

-Você pode acreditar nessa conversa se quiser, mas eu to fora! -rosnou indignado sem se importar com o fato de Hermione estar ouvindo. -Se quer ficar com ela, problema é seu, mas eu não vou ficar na presença desta carrasca, aprendiz de Snape! -Rony cospe as palavras enquanto se afasta a passos duros.

Harry suspirou olhando para Hermione; esta ainda fitava as costas de Ron. – Er... Ele ainda está um pouco bravo contigo.

-Percebi – ela disse tratando de parecer indiferente. Harry sabia, entretanto, que não era nem de longe assim.

-Venha. Vamos comer alguma coisa – ela apenas assentiu, sendo guiada pelo ombro por Harry.

**//
Foi como se o teto magicamente enfeitiçado tivesse se tornado negro repentinamente. Alguns alunos e até certos professores, ficaram predispostos a correr ao encontro da saída... Visto que, como um enxame de abelhas assassinas, as corujas adentraram o salão principal, para a entrega matinal dos jornais, cartas, materiais de todos os tipos e especificidades... E das cartinhas do correio amoroso.

Então quando as corujas se dirigiam aos seus destinatários, o salão principal, literalmente, virou uma baderna. Eram garotas dando gritinhos excitados ou gritando às amigas apenas para mostrar quantos bilhetinhos havia recebido... Garotos gabando-se pelas cartas que recebiam ou, se fosse o caso de já estarem apaixonados, tratando de ver quantos correspondentes sua amada tinha. Mas ninguém, ninguém mesmo, ultrapassou a cota de Ron.

Enquanto o ruivo tratava de comer o quanto podia da deliciosa comida que os elfos-domésticos preparavam sempre com tanto esmero, três corujas pousaram a sua frente.
Então, estufando o peito e sorrindo com satisfação para todos os cantos, Ron Weasley deixou por um momento a comida negligenciada e passou a retirar o recado da primeira coruja... Foi decepcionante quando percebeu que aquela letra era familiar, familiar demais, com horror ele abriu a carta e suspirou em alivio, era de sua mãe. Nada que ver com o correio.
Então ele murchou, só havia então recebido duas miseras cartas?

Impacientes as duas outras corujas, esquecidas sem querer por Ron, começaram a piar com indignação, estendendo cada qual sua pata, como se quisessem dizer que ainda tinham trabalho por demais.

-Ok! Ok! Não precisa ficar assim – Ron resmungou, puxando para si uma das corujas.

Então mais três corujas pousaram a sua frente e empurraram a coruja da qual o ruivo acabara de pegar a carta. Que pisou exacerbava alçando vôo, Ron poderia jurar que ela havia fuzilado com o olhar as outras três corujas. Então a coruja que chegara primeiro bateu as asas com força e se interpolou entre as outras três que haviam expulsado anteriormente sua, por assim dizer, amiga. E piando mais alto e furiosamente estendeu outra vez a pata direita a Ron, nesse momento mais sete corujas pousaram sobre a mesa da grifinória, derrubando vários pratos, copos e jarras quando iam ao encontro do ruivo; este já se encontrava atordoado com toda “gritaria” daqueles animaizinhos aparentemente dóceis.
Ron só saiu do estupor quando foi bicado dolorosamente na mão, por uma das corujas mais impaciente. Cansada, obviamente, de vê-lo parado, sem nada fazer quanto seu comboio. Ele estendeu a mão para uma das corujas e teve de proteger a cabeça quando uma outra, que se encontrava a sua frente, guinchou e partiu para cima dele, bicando qualquer parte que encontrava. Aparentemente, ele se deu conta, deveria pegar os recados por ordem de chegada.

Cuidadosamente, ele apontou para uma coruja e quando as outras começaram a gritar ameaçadoramente, o rapaz, mais que rapidamente, mudou o sentido da mão, estendendo-a para outra coruja. Paz. Ele suspirou aliviado ao perceber que, pelo menos desta vez, não seria mordiscado. Mas quando outras nove corujas, desembestadas, pousaram na mesa da grifinória carregando tudo consigo as coisas complicaram, elas, que eram maiores, estavam a cortar caminho entre as outras (que haviam chegado primeiro) ao encontro de Ron.
Nada satisfeitas, as corujas menores bloquearam o caminho daquelas nove e uma “batalha de penas” parecia estar prestes a ser iniciada. Ron estava preparado para intervir quando mais sete apareceram e se jogaram sobre ele. O rapaz ruivo tinha a visível intenção de sair correndo do salão, entretanto, só teve tempo se levantar. As corujas o haviam cercado...
As outras que estavam entretidas sobre a mesa guinchando, talvez para ver quem o fazia mais alto e deste modo, merecia o mérito de ser a primeira a entregar sua correspondência ao rapaz sardento ficaram visivelmente abaladas ao perceber que mais sete outras corujas estavam ao redor de Ron e o pior: ele estava estendendo a mão para retirar um bilhete de uma delas!

Quase em um grito de guerra, e era tão assustador quando, elas foram ao encontro do rapaz, cheias de intenções. Quando Ron viu aquele enxame atrás de si, com os olhinhos fixos nele, nem pesou duas vezes, esquecendo-se de tudo, saiu correndo ao encontro das portas de carvalho do salão principal.

No momento, o lugar em peso havia caído em um silêncio quase fúnebre sendo apenas cortado pelos gritos desesperados de Ron e os gritos das revoltadas corujas... Todos observavam em choque o ataque das corujas assassinas, até que gargalhadas tomaram todo o salão, até McGonagall ria da triste situação do jovem Weasley.
****//

Esperando ser atendida, Hermione observou por um instante a porta a sua frente com impaciência, imaginando o que de tão importante Tonks teria para falar com ela que não poderia esperar sua ronda acabar. Amuada, bateu na porta mais uma vez e esperou alguns segundos, continuava sem resposta. Virando os olhos, a garota abriu a porta.
Não reagiu ao momento, franziu a testa confusa ainda assimilando a cena intrigante. Tonks encontrava-se sentada em sua confortável poltrona, atrás de sua mesa com os costumeiros pergaminhos espalhados, penas, tinteiros abertos... Na sua "desordem organizada" como a mesma dizia - Hermione não pôde deixar de fazer uma careta. - Tinha os olhos brilhantes e ambas mãos prendendo com afinco a mão de Brian O’Donnel, professor de DCAT, sobre seu ventre. Este parecia fascinado.

Constrangida, a morena pigarreou para que tomassem conhecimento de sua presença. O professor O'Donnel olhou aturdido para trás, fitando uma Hermione de sobrancelha erguida, numa postura quase inquiridora e curiosa.
Hermione precisou prender o riso quando viu o homem, corando furiosamente, retirar a mão do corpo de Tonks. Mas Tonks ainda sorria e agora batia palmas feliz. - Herms! Que bom que você chegou. Senta aí - ela disse com seu típico ar descontraído.

-Espero não estar atrapalhando. Eu bati na porta e ninguém atendeu, então... -Hermione começou em tom de desculpa, mas logo Tonks a interrompeu.

-Não atrapalhou nada! Agora me diga o que as meninas e os meninos estão achando do correio! Rony e Harry já te falaram sobre as cartas que receberam? - Tonks ignorou a presença do colega, que percebendo o assunto de "meninas" resolveu se retirar em silêncio.

-Rony deve demorar uns dois dias para conseguir ler e responder todas aquelas cartas, coitado! - Hermione não pôde evitar rir, o ataque das corujas ao amigo havia ficado famoso na escola.

-Harry ainda não tinha lido, acho que deve esperar para ler hoje à noite. - Hermione completa, antes que Tonks resolvesse comentar algo. - Quanto às meninas, você já sabe, estão todas excitadíssimas, trocando cartas e comparando seus correspondentes. Lila e Pavarti acharam o mesmo correspondente ao ver que haviam recebido cartas iguais.

Tonks assentiu num sorriso. – Você não esperava que um rapaz iria perder seu tempo escrevendo cartas diferentes para cada uma de suas correspondentes, esperava? – então, se acomodar em sua cadeira, adquiriu um ar de curiosidade, fitando por um instante a jovem. - E aí? Me diz... Como são seus pretendentes? Algum deles tem propensão e requisitos para conseguir o papel de seu príncipe encantado? - Hermione virou os olhos.

-Eu não tenho esse tipo de pretensão e com certeza não imagino que um cara sem imaginação para escrever mais de duas linhas, ou um bastante pretensioso e um tanto esnobe, tenham potencial nem para estar trocando cartas comigo. Acho que devemos ter errado em alguma coisa quando formulamos esse correio - fala um tanto pensativa, sob o olhar incrédulo de Tonks.

-Ora, Mione, você não pode esperar que alguém que escreve uma carta para uma pessoa que não tem idéia de quem seja, ainda com a agravante de não poder falar de si, tenha muito o que dizer, principalmente se for do sexo masculino. -aqui Tonks dá uma piscadela para hermione que ri junto com a professora.

-Realmente, acho que Harry escreveria uma linha, talvez um oi ou algo assim, já Rony não pararia de se gabar. -Hermione completa rindo.

-Minha cara, os rapazes vão se encaixar em quatro categorias: Aqueles que vão dar um oi para dizer que existem, os que vão se gabar e contar umas mentiras, aqueles que vão fazer o tipo pretensioso e aqueles melosos que vão dizer tudo o que acham que uma garota quer ouvir. -Tonks fala balançando a cabeça negativamente. -Os rapazes são bem previsíveis nesta idade, mas espere mais algumas cartas... Tenho certeza que daqui umas semanas você terá bases mais sólidas para julgar seus pretendentes. - Tonks fala com ar aconselhador, o que faz Hermione ficar pensativa e até mais esperançosa.

-Tem razão, não custa nada dar mais umas semanas pros dois, quem sabe não encontro alguém que pelo menos tenha uma boa conversa. - Hermione completa mais animada.

Mas Tonks já não prestava atenção da jovem. Sorridente, a professora lançava um olhar fascinado a seu ventre. Intrigada, Hermione quase quebrou o silêncio que aquela ação estranha de Tonks causara com uma pergunta.
Na verdade, estava preparada para alfinetar a ex-auror sobre a cena que presenciara mais cedo, quando ela, Tonks, e o professor de DCAT, agiam como tolos enquanto fixavam a vista e as mãos no corpo da metaformaga.

Um sorriso torto surgiu nos lábios de Hermione enquanto erguia a sobrancelha. Tonks precisava provar de seu próprio veneno. Será que conseguia fazer com que os cabelos da mulher ficassem vermelhos? Se fizesse a pergunta certa...
Hermione mordeu o lábio inferior, travessa. "Oh Céus, estou passando tempo em demasiado ao lado de Gina..."

Antes que perguntasse, no entanto, Tonks acariciou o próprio ventre, deixando-se entrever um pedaço considerável de sua própria pele. "Pedaço este que o professor Brian estava apalpando mais cedo" pôde distinguir facilmente aquela vozinha. Era um dos inconfundíveis tons burlescos de Gina.

-O professor O'Donnel estava te ajudando a escolher o nome do pequeno? – Hermione indagou com um sorriso enviesado. Tonks despregou os olhos de si para encarar a morena confusa e depois riu, abanando as mãos.

Repentinamente, alguém bateu na porta e ambas quase pularam de susto. - Entre! - a professora resmungou, segurando o próprio peito dramaticamente. Enquanto a porta ia se abrindo, a mulher, em tom seriamente gozador, esbravejava - Você não se deu conta que poderia ter me matado de susto?! Eu sou uma gestante, sabia? Se meu filho nascer com - Tonks se calou no exato momento em que o rosto severo de Minerva McGonagall apareceu, sua sobrancelha estava erguida, e suas feições estavam sombreadas com um "sorriso" desconcerto. Claramente poderia não ser um "sorriso".

-Atrapalho? - indagou inalterável.

Tonks sorriu amarelo. - Obviamente que não, diretora. Sente-se, por favor. É... O que deseja de mim? - perguntou num sorriso amplo. Amplamente forçado. Olhando de esguia Hermione virar o rosto, certamente rindo de sua sorte.

Minerva assentiu. - E é muito bom que você esteja aqui também, Hermione - a morena engasgou, voltando-se rapidamente, muito rapidamente, para encarar a senhora a seu lado. Seu coração batendo acelerado, o que havia feito desta vez? E ela, ainda que tentasse se concentrar, só conseguia enxergar o rosto de Tonks, que lhe oferecia um sorriso que expressava muito bem o quando estava alegre com sua situação, no que quer que houvesse feito.

-Gostaria de saber a quantas andam o - aqui a senhora franziu a testa e crispou os lábios antes de dizer, em tom sutilmente reprovador. - Correio amoroso que organizam.

-As mil maravilhas! - Tonks exclamou feliz abafando o que Hermione dizia, um murmurado "não é um correio amoroso" olhando as próprias mãos.

Minerva encarou a ex-auror com desconfiança. - Eu juro! - Minerva, se era possível, pareceu alarmada com as palavras veementes da metamorfomaga, antes de volta a um semblante impassível. Tonks forçou uma risada. - Todos os alunos que estão participando do correio receberam pelos menos uma carta de seus respectivos correspondentes. Hm - ela olhou Hermione. - Por exemplo, a Mione. Quero dizer, a senhorita Granger - corrigiu, virando os olhos. - Estava agora mesmo a me contar que recebeu duas cartas, uma não muito produtiva, de tão pequena que era, apenas duas linhas. Mas como eu disse a ela, a quatro tipos de garotos nessa idade e... Bem, a outra carta já deu para iniciar um diálogo, apenar do rapaz parecer meio sonserino - ela deu uma risada.

-O que há demais em ser um sonserino? - Minerva indagou olhando de Tonks a Hermione, franzindo a testa. - Pensei que este correio tivesse sido criado para que houvesse interação entre casas - disse secamente, fitando Hermione de maneira reprovadora.

Hermione sentiu que estava murchando sob o olhar da diretora, sabia que sua face estava rubra porque poderia sentir o calor que ela emanava. Tonks se apressou a corrigir. - Não. Não há nada de mal com os rapazes da sonserina! - disse rapidamente olhando Hermione de lado. - Eu só quis dizer que o rapaz foi muito mal em tentar esconder de onde é, assim ele vai acabar se denunciando, o que estraga a brincadeira.

Milagrosamente, McGonagall preferiu deixar o assunto de lado. Voltando sua atenção a Hermione. - E quanto aos seus outros correspondentes? Por que será que não mandaram ainda uma carta?

Hermione preferia que a terra a tivesse engolfado naquele mesmo instante, à frente daquelas duas. Ela ergueu o rosto da maneira mais altiva se pôde e fitou Minerva nos olhos. - Só tive dois correspondentes, professora.

Minerva mal pode esconder o choque, o que foi mais que suficiente para Hermione desejar entusiasmadamente ser engolida pela terra. Qualquer coisa, ser sugada por um buraco negro, quem sabe...
A senhora retirou seus olhos de Hermione e fitou a Tonks consternada. Como se esperasse uma explicação plausível para aquele absurdo. Afinal, Hermione era uma garota cheia de qualidade. Era doce, gentil, inteligente, responsável, prestativa... Ela poderia enumerar montes de adjetivos positivos.

-Sim, eu sei. A Herms é inteligente, dedicada, linda, companheira, gentil... essas seriam qualidades perfeitas para uma esposa. Mas para uma namorada do colégio, os adolescentes estão mais interessados nos 3 "S" - Minerva a encarou interrogativa e Tonks suspirou, colocando uma mão fechada na frente da diretora. - Sensual - disse levantando o indicador. - Sexy - o dedo médio. - E sedutora - agora havia levantando o anular.

Hermione suspirou resignada, será que as duas mulheres esqueceram que ela ainda estava ali? Francamente... Então pigarreou. - Se me dão licença... Preciso mesmo fazer a ronda. Posso ir?

******************//

Gina olhava imóvel o pergaminho a sua frente quando Luna chegou e silenciosamente se posicionou atrás da ruiva, concentrando-se para tentar ver seja lá o que fosse que estivesse mantendo a atenção de Gina por tanto tempo.

-O que eu deveria estar vendo? - Luna pergunta baixo como se não quisesse assustar alguma criatura invisível.

-Luna! Isso lá é jeito de se aproximar de alguém? - pergunta saltando da cadeira e sentindo seu coração acelerar no peito.

-Eu só queria ver também! - Luna responde de um jeito tão inocente que Gina resolve esquecer o ocorrido.

-Não havia nada para se ver. Eu estava tentando responder as minhas cartas, mas nem sei por onde começar. - Gina fala voltando a se sentar e arrumando tudo novamente.

-Porque não começa pelos que mais gostou? Foi assim que eu fiz. - Luna fala ao se sentar junto à ruiva.

-Nesse caso tenho três opções: Um cara divertido e que me faz rir, um tímido com jeitinho fofo e um bastante interessante do tipo que traz perigo estampado na testa. - Gina pondera pensativa.

-Sugiro o engraçado! - Hermione fala ao chegar e surpreende as amigas sentando-se à frente delas. - O fofo estaria perdido em suas mãos, e creio que o que a senhorita menos precise, seja um cara sedutor e cheio de más intenções - a morena continua em tom divertido, fazendo as amigas rirem discretamente.

-Caras engraçados enjoam, são melhores amigos, os inocentes são ótimos pra gente corromper, mas os maliciosos sabem jogar como ninguém! - Gina se explica em tom malicioso, fazendo Hermione balançar a cabeça negativamente.

-Ora, Mione, vai dizer que você prefere andar de mãozinha dada a jogar com um cara realmente quente? - Luna pergunta em tom tão malicioso quanto Gina, fazendo Hermione atravessar todos os tons de vermelho tão rápido, que as duas não conseguiram evitar as gargalhadas. - Acho que isso quer dizer não, madre Granger!

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Já recolhidos, Harry e Rony aproveitavam o sossego do dormitório, ainda vazio exceto por eles, para ler e responder suas cartas. As de Harry estavam em uma pequena pilha no criado mudo, já as de Rony empilhadas por toda a cama, deixando um espaço minúsculo para ele.

-Como está indo, quer ajuda? -Harry pergunta ao olhar a situação do amigo.

-Não, está tudo bem. Até que tem umas garotas bem simpáticas! -Rony fala contente apesar de cansado.

-Eu também achei umas interessantes, mas a maioria é tão melosa, tão boba que me desanima um pouco. A que gostei mais até agora foi de uma garota bem charmosa, parece bastante madura e experiente. -Harry fala pensativo.

-Madura e experiente é? - Rony pergunta com um tom indiscutivelmente malicioso. Harry cora furiosamente e quase cai da cama.

-Não é nada disso, Ron! Você Às vezes parece mais pervertido que o Simas! Eu só achei a conversa dela mais interessante, apenas isso. -Harry se justifica rapidamente, quase se sentindo ofendido.

Ron ofereceu um sorriso safado a Harry, ignorando o ar mal-humorado do amigo. - Harry, para quê ir de encontro à natureza? Eu sei o que você quer, sei o que vê em meninas "mais maduras"... É da natureza do homem, não sinta vergonha. São os hormônios, amigos, os hormônios.

-Pois se os seus são descontrolados o problema é de suas correspondentes. As minhas podem esperar por um cavalheiro. - Harry responde de modo orgulhoso e depois pega um pergaminho e recomeça a escrever.

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July passava apressada e apreensiva pelos corredores, sempre usando um espelho para verificar os corredores antes de entrar neles, não poderia ser pega àquela hora pelos corredores e ainda usando uma roupa da Grifinória. Assim que chegou a porta da sala onde Draco a esperava, July respirou fundo sentindo seu coração disparar, era inacreditável imaginar que atrás daquela porta o garoto de seus sonhos a estava esperando.

Draco olhava as estrelas com aparente serenidade, mas o pé direito que batia ritimadamente no chão denunciava seu nervosismo e ansiedade. Havia até tentado parar de pensar na monitora da Grifinória, mas ao encontrar-se com ela e ouvi-la perguntar de sua mão de um jeito tão doce o fez se lembrar da noite em que ela tratara de suas feridas. Nunca tivera este tipo de fetiche, mas não conseguia deixar e pensar que aquele jeito angelical era muito excitante. Ter Hermione não seria como sair com as garotas a que estava habituado, poderia apostar que ninguém nunca havia a beijado com real desejo.

"Droga, pare já de pensar nessas coisas Malfoy!" -Draco se repreende e olha mais uma vez o relógio, odiava a mania que as mulheres tinham de se atrasarem.

Para alivio de Draco, a porta se abriu e uma garota de capa negra entrou. Seu olhar de expectativa denunciou seu desejo, que logo foi atendido. A capa caiu no chão revelando o uniforme com as cores grifinórias, a saia estava um pouco mais curta, o que fez um leve sorriso brotar no canto de seus lábios, seguindo o corpo da morena observou os seios mais fartos que os de Hermione, mas o rosto estava incrivelmente parecido com a pouca luminosidade do local, teve que se segurar para não sussurrar o nome do alvo de suas fantasias.

-Estou como queria? - a voz delicada e em tom tão servil foi o estopim para que Draco esquecesse de qualquer outra coisa que não a morena.

-Está perfeita, minha doce e inocente presa - a voz saiu rouca e em um tom tão malicioso que fez July tremer e realmente se sentir sob a mira de um caçador experiente.

****

Nota da Mione: Oie! Então, depois de muito tempo estamos de volta (a culpa é novamente minha – estou entupida de trabalhos e provas... e ainda não entrei de férias... – eu sei, deprimente u.u). Quero agradecer muito pelos comentários fico feliz que tenham gostado. Espero que curtam esse também^^.

Nota da Lílian: E aí pessoal já descobriram os shippers? Espero que não! Eu sei que a maioria está dividida entre H/H e D/H, mas lembrem-se que há outros personagens na fic! Quem acertar todos os casais principais primeiro, ganha o cap do baile antes de todo mundo!

Nota da Mione: E para ficar mais interessante e justo: só vale um palpite por leitor, hein? - "promoção" válida a partir de hoje.
Beijo e divertam-se!

PS.: Bianca, já está arrumado seu nome, certo? Como "Bianca"^^

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