A verdade e o acompanhante
Cap21.:A verdade e o acompanhante.
“Você pode parecer que é uma pessoa calma, Weasley.”-comentou Malfoy, casualmente.-“Afinal, você já entrou aqui, não é mesmo?”
“Não seria melhor, se eu falasse com eles em outro lugar?”
“Você que quis desse jeito.”-retrucou o garoto irritado.-“Além do mais, eu não vou falar para as pessoas saírem... para falar com você.”
“Ótimo.”-falei,irritada.-“Eu vou entrar, só que você me promete uma coisa?”
Malfoy só me olhou, então, eu continuei:
“Fala para o meu irmão que eu o amo muito, que eu não queria deixá-lo histérico nem nada do tipo. Fale também que ele tem que se acertar logo com a Hermione porque eu não agüento mais essa situação. Fale para o Rony falar para a minha mãe que eu a amo muito e...”
“Chega.”-disse o garoto, colocando as duas mãos no meu ombro.-“Você não vai morrer.”
“Você não sabe.”
“Você quer parar com todo esse drama?”
“Eu não estou sendo dramática.”
“Pense que você não vai fazer nada demais.”-e ao falar isso, o garoto disse a senha da Sonserina e simplesmente me empurrou lá dentro.
Ótimo.
Eu não tive a chance de brigar com ele.
Já que no momento seguinte, metade da Sonserina estava me encarando.
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“O que você está fazendo aqui?”-urrou Pansy Parkinson do outro lado do Salão Comunal.
OK.
Isso não está certo.
Eu não vou mais fazer isso.
“Acho...”-eu falei, com a voz fraca.-“Que eu entrei no lugar errado.É, eu errei de casa. Então, acho melhor eu... sair.”
“Você não vai a lugar nenhum.”-retrucou Malfoy, que estava atrás de mim e... não estava muito feliz.
“Eu...”-comecei, mas ao ver o olhar cruel de Malfoy, fiquei quieta.
“Eu pensei que você não chamaria tanta atenção.”
“Você sabe qual é a cor do meu cabelo?”-respondi, enquanto eu percebia que as pessoas continuavam me encarando.
Malfoy rolou os olhos e disse, bem entediado:
“Vocês não têm mais nada para olhar?”
As pessoas voltaram a conversar, mas eu ainda sentia aquele clima horrível.
“Não é muito legal entrar em um lugar onde não te querem bem.”-comentei, casualmente, mas por dentro...
Eu estava quase morrendo.
“Você queria que eles fizessem uma festinha particular para você?”-perguntou Malfoy.
Revirei os olhos, mas logo Malfoy continuou:
“Pois se você acha que eles fariam isso... é melhor você desistir da verdade.”
Encarei o garoto totalmente pasma e falei:
“Não vou fazer isso.”-e comecei a procurar os “amigos” da Proust.
Eu não esperava encontrá-los, se você me entende, mas eles estavam lá.
No mesmo lugar onde eu me sentei, na minha primeira “visita” a Sonserina.
Acho que isso é um sinal que vai dar tudo certo.
Ou não.
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“É, é...”-eu comecei, de modo bem patético ao me aproximar de Linux, Stephanie e Elizabeth.
Eles nem me encararam.
Apenas continuaram conversando.
“Allen.”-chamei.
Ela nem se mexeu.
“Allen.”-chamei de novo, a voz um pouco mais alta.
Ela virou para o outro lado.
Eu não agüentei nem mais um minuto e cutuquei a garota.
“O quê?”-disse a garota, irritada.-“Weasley? O que você está fazendo aqui?”
Como se ela não tivesse me visto.
Contei até dez.
E isso não adiantou muito, se é que você me entende.
“Bom, eu estou aqui.”-falei, irritada.-“A gente poderia conversar?”
“Não.”
OK.
Não estava nos meus planos (se é que eu tinha um) que a garota falaria um não para mim.
“Você vai conversar comigo, sim.”-eu falei, meio desesperada.
“É um assunto do meu interesse?”
“É.”-menti. Acho que ela não vai gostar de falar da sua melhor amiga que teve o cérebro coagulado, mas eu estou buscando a verdade, então, eu só vou mentir um pouquinho.
“Weasley.”-ela começou, com a mesma voz entediada.-“Não existe um assunto em comum entre a gente.”
“Existe sim.”-retruquei.-“Valkiria Proust é um assunto que me interessa e, bem, você a conhece melhor do que ninguém.”
“Não sei do que você está falando.”-e ao ver que eu não tinha me mexido, ela continuou.-“Você não vai embora?”
“Não.”-respondi.-“Você vai me contar como você pegou a foto que estava no meu dormitório, fez todos os panfletos e espalhou pela escola.”
“Você está completamente pirada.”
“Você fez isso!”
“Weasley...”-disse a garota, como se eu fosse uma criança de cinco anos.-“Por que eu faria isso... com você?”
“Porque você é cruel, chata.”-e eu não sabendo mais o que falar, continuei.-“Cruel de novo. Porque comigo, você é duas vezes mais cruel.”
“Os seus motivos... não fazem o menor sentido.”
“Você sabia que eu não era a Valkiria!”-eu disse.-“Só não entendo porque você demorou tanto tempo para revelar a verdade a todas as pessoas.”
“OK.”-ela falou.-“E se eu fiz isso?”
“Você morre.”
“Não.”-disse a garota.-“Você está na minha casa. Então, acho melhor você parar de fazer ameaças desse tipo.”
“Não ameaço mais.”-eu falei, rapidamente, observando as pessoas da Sonserina ao meu redor.
Não tão felizes comigo.
“Ótimo.”-disse a garota.
Acho que ela queria (novamente) que eu saísse de perto dela, mas eu não poderia fazer isso, então, perguntei:
“Quem te ajudou?”
“Ajudou?”
“Você não pensou nisso sozinha, Allen.”
“Acha que eu sou incapaz?”
“Acho.”-respondi.
Eu não me contive.
A garota ficou vermelha na hora e eu pude ver algumas pessoas simplesmente prendendo a respiração.
Enquanto isso, Linux McFair ria de modo escandaloso, mas ao ver o olhar da namorada, ele respondeu:
“Foi engraçado.”
“Cale a boca.”-disse a garota, rispidamente.
Draco Malfoy apareceu do meu lado e eu me senti um pouco mais... segura.
“Quem te ajudou?”-repeti.
“Ele.”-e apontou para Zabini.-“Ela.”-e mostrou Elizabeth que apenas me lançou um olhar de desdém.-“Mais aquela, e aquela também...”
“Você não está entendendo.”-interrompi, enquanto a Allen continuava apontando para mais e mais pessoas.-“Eu quero saber da minha casa.”
“Ah, isso.”-falou a garota, com um sorriso sarcástico.-“Acho que o Zabini que deve contar essa história, sabe?”
Vi que Zabini ficara totalmente sem-graça.
“É...”-ele começou, tentando achar as palavras certas.-“Então, como que eu começo? É...é assim não é muito bom.”-tanto que ele olhou para mim e disse.-“Você não vai quebrar o meu dedo, vai?”
“Depende.”-eu falei, estreitando os meus olhos.
“Eu... consegui a foto.”
“Nomes.”
“Com a... Brown.”-ele falou, envergonhado.
“Com a Brown?”-repeti, bem devagar.-“O que você fez, Zabini? Deu em cima da garota?”
Escutei risadas a minha esquerda.
E, bem, só pela risada eu já sabia que era Pansy Parkinson.
“Você acha que o Zabini iria dar em cima daquela baranga?”-ela perguntou.
“É, normalmente as barangas que vem perto dele, não é, Parkinson?”-retruquei, mas antes que ela pudesse responder, eu virei para Zabini e disse.-“O que você fez?”
“Ele deu em cima dela, sim.”-intrometeu-se Stephanie.-“Para conseguirmos a sua foto.”
Então, eu já conseguia entender por que a idiota da Brown se “embelezava” toda e lançava aqueles olhares para Zabini.
Fiz uma careta e perguntei:
“Quando?”
“No quarto dia que você estava aqui.”-falou Linux recebendo, em seguida, uma cotovelada da namorada.
“Por quê?”-perguntei.-“Porque vocês demoraram para revelarque eu era uma grande farsa?”
“Porque queríamos ver até onde você era parecida com a Val.”-falou Linux, antes da namorada o puxar pelo braço.-“Qual é, Steph?”-ele falou, assim que viu que a garota não estava tão feliz.-“Não temos mais nada a esconder, temos?”
“Ela é a nossa inimiga.”-disse a garota, entre dentes.
“Mas ela tem que saber.”-retrucou o garoto.-“Se eu estivesse no lugar dela, eu estaria matando as pessoas que fizeram isso comigo.”
“Só que você não seria estúpido o suficiente para estar em um lugar que as pessoas te odeiam.”
“Mas não é todo mundo que a odeia.”-protestou Linux.-“Você mesmo disse que estava gostando dela!”
“Não estava!”-urrou Stephanie, ficando vermelha na hora.
“Você disse que ela lembrava a Proust!”
“Ela não é igual a Valkiria!”
“Mas você...”-começou o garoto, então, quando viu que a maior parte das pessoas estavam o encarando, disse para a namorada.-“Você não acha melhor a gente conversar em outro lugar?”
“É melhor sim.”-falou a garota, irritada ao máximo, pronta para se levantar.
“Eu acho melhor que a Weasley, vá, Steph.”-falou McFair, olhando para a garota com severidade.
“Ótimo.”-disse Allen, um tanto contrariada.-“Apenas me siga, Weasley.”
Olhei para Draco Malfoy, mas ele sequer se mexeu.
Entretanto, eu posso jurar que dos lábios do loiro saíram um “boa-sorte”.
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“Então...”-comecei, sentando na minha “ex” cama.
“Eu nunca namoraria com a Steph.”-o garoto disse.
“Então, vocês não são...”-eu comecei, lentamente.
“Eu sou gay, Weasley.”-falou McFair.-“E acho que homens que são gays não namoram com mulheres.”
OK.
Essa informação caiu como uma bomba em cima de mim.
“G-gay?”-gaguejei, enquanto tentava não engasgar com a minha própria saliva.-“Mas você... ninguém... eles...”
“Quase ninguém sabe, é verdade.”-interrompeu o garoto, dando uma piscadela.-“Alguns até desconfiam, mas com esse meu namoro com a Steph...”
“Ah, meu Deus.”-eu falei.
“Óbvio que a Proust sabia.”-o garoto continuava tagarelando.-“Então, para termos certeza que você não era a Proust, nós inventamos o namoro. O que deve ter te deixado muito confusa, né? Afinal, eu sempre ando com a Steph e com a Lizzie, mas a Lizzie não aceitou, sabe? Ela tem medo que quando eu assuma, as pessoas comecem a tirar sarro dela.”-e dando um abraço bem forte em Stephanie, ele continuou.-“Sabe, a Steph aqui topou na hora. Tanto que ela até imaginava que estava beijando o...”
“Chega!”-berrou a garota, interrompendo-o.-“Quando você falou que ia contar algumas coisas, não pensei que seria desse jeito.”
“Mas ela tem que saber desde o começo.”
“Ela não tem que saber.”-rebateu a garota.
“Não sei, Steph.”-disse Linux, mexendo o dedo indicador em sinal de negação.-“Vai que a Weasley decide ser novamente para a Proust? Ela já vai estar treinada, sabe?’
“Ela nunca vai ser a Valkiria!”-berrou a Allen, se levantando.
O garoto abraçou a Allen e disse, baixinho:
“Você ainda está se culpando, não é?”
“Eu não estou fazendo isso!”-negou a garota, se levantando e caminhando pelo dormitório.-“Eu nunca me senti culpada.”
“Você tem motivos para se sentir.”-garantiu Linux, a voz calma.-“Eu também tenho todo o motivo, mas...”
“Você não é capaz de se culpar.”-falou a garota com amargura.-“Afinal, a idéia não foi sua, Linux.”
“Você nunca adivinharia que ela cairia no Lago.”
“Mas eu... nunca deveria ter feito isso!”
“Allen...”-eu falei, calmamente, tentando entender toda aquela situação.-“Por que você não conta para alguém? Por que você não se abre com as pessoas sobre o que aconteceu? Talvez isso ajude.”
“Você não sabe de nada.”-ela falou.
“Por que você não tenta me contar?”
“Isso não é da sua conta, Weasley.”-retrucou a garota.
“Steph, eu vou deixar vocês sozinhas.”-e ao virar para mim, Linux disse.-“Bom, Weasley, quando você der o fora no Malfoy, não esqueça de me contar para que eu... bem, possa consolá-lo.”-e, assim, o garoto saiu do dormitório.
Olhei para o lugar onde o garoto estivera a poucos segundos e dei um sorriso.
“Ele parece se importar realmente com você.”
A garota disse:
“Nós somos amigos há muito tempo.”
“O quarteto.”-eu falei, com um sorriso.-“Você, a Proust, McPhair e Jagger. O quarteto mais...”
“Insuportavelmente interessante de Hogwarts?”-ela perguntou.-“Por que é isso que nós somos. Ou melhor, éramos.”
“Vocês ainda podem ser.”-eu falei, tentando parecer a pessoa mais gentil do mundo, mas a curiosidade sobre o que tinha acontecido parecia que fazia as minhas palavras parecerem... ansiosas demais. Como se eu estivesse com uma vontade incontrolável de saber a verdade.-“Eu sei que a Proust...”
“Ela nunca vai se recuperar, Weasley.”-retrucou a garota.-“Ela não voltará a ser a garota bonita que toda vez que passava atraía todos os olhares. Ela não poderá falar daquele jeito arrastado. Ela não saberá se virar sozinha. Ela vai depender de outras pessoas... para sempre.”
Parei ao escutar aquilo.
Eu nunca pensei desse jeito, é a verdade.
Para mim, Valkiria Proust logo, logo voltaria a infernizar a minha vida.Apareceria no Salão Principal, esbarraria em mim e faria a típica expressão de nojo.
Só que isso não vai acontecer.
Nunca mais.
“Eu...”-comecei, mas eu não tinha nenhuma frase.
Eu não sabia o que falar.
“Nós não fizemos nada.”-disse a garota, um tanto desesperada.-“Eu vi a Proust caindo. Eu tive a idéia. Eu que falei que seria o máximo se ela entrasse no Lago.”-e ao ver a minha cara de espanto, ela explicou.-“Nós enchemos a cara se você me entende. O Malfoy a tinha dispensado no dia, sabe? Então, começamos a beber...”
“Firewhisky?”-perguntei, com uma careta.
“Eu não lembro.”-Stephanie respondeu.
Só que eu pensei que naquele momento Stephanie viraria para mim e falaria que não era da minha conta, mas ela simplesmente continuou o relato:
“Nós misturamos algumas bebidas. Então, eu tive a idéia de sairmos um pouquinho do castelo. E foi quando... eu a desafiei.”
Prendi a respiração.
E a Allen simplesmente abaixou a cabeça.
“Eu disse que ela não seria capaz de entrar no Lago. Valkiria não era capaz de andar direito, mas ela aceitou o desafio. Ela entrou e... simplesmente desapareceu.”
Eu queria realmente dizer.
Queria dizer:
“Sinto muito por tudo o que aconteceu, mas, é, sabe, eu acho que meu irmão está tendo um ataque histérico nesse momento, então, o melhor é... sair, entende?”
Mas as palavras simplesmente não saíam da minha boca, eu não conseguia me levantar... então, eu fiz o que qualquer pessoa faria nessa situação.
Eu comecei a consolar a Allen.
OK.
Eu estou simplesmente falando, de um modo bem patético é verdade, que tudo vai dar certo, então, eu começo a dar tapinhas amigáveis nas costas da garota.
Eu estou falando isso para uma garota que sempre me torturou.
Eu estou falando isso para a minha “inimiga”.
Eu estou sendo legal com essa inimiga.
E quer saber?
Eu estou realmente me importando com ela, nesse momento.
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“Você foi uma péssima Valkiria.”-Stephanie disse, segurando um copo de água. Ela estava mais calma e eu já podia ver aquela cara de desgosto que ela sempre fazia para mim.
“Eu inventei algumas mentiras bem idiotas é verdade.”-falei, dando um sorriso.
“Não consigo esquecer você jogando firewhisky na lareira.”-lembrou a garota.-“Você falando do gloss roxo, acho que Valkiria nunca usaria gloss roxo, do discurso anti-sexo, do...”
“Não precisa lembrar.”-retruquei.-“Afinal, aquele discurso foi bem patético.”
“Você simplesmente era a pessoa errada demais para fazer um discurso daquele. Bom, Weasley, você não deveria ir para a sua casa?”
Assustei-me.
Eu tinha esquecido.
Agora, as palavras do meu irmão (Volte antes das onze!) simplesmente martelavam na minha cabeça.
“Allen.”-eu falei, totalmente perplexa.-“Já são onze horas?”
A garota levantou uma sobrancelha e disse:
“Tem um relógio na sua frente.”
Ah merda.
Ah merda.
Eu estava atrasada.
Eu estava muito atrasada.
Meu irmão vai me matar.
“Eu tenho que ir.”-falei, andando em direção a porta do dormitório.
“Weasley.”-falou a garota, eu me virei e pude ver o quanto ela parecia desconfortável.-“Bom, foi realmente legal da sua parte ter vindo até aqui.”
“Não tem de quê.”-respondi, dando um sorriso bem sincero.
“Eu não estou agradecendo.”-retrucou Stephanie, com aquela cara de nojo.-“Você quer ser jornalista, certo?”
“Sim.”-respondi.-“Olha, Allen, eu realmente queria continuar falando com você, mas sabe, se eu não for direto para a minha casa é capaz de uma chacina acontecer na sua casa.”
“Você tem a sua grande história.”
Já estava com a mão na maçaneta, mas me virei e perguntei:
“Como?”
“Você tem a história do ano de Hogwarts nas suas mãos.”-ela falou, a voz entediada.
“E...?”
A garota jogou uma almofada que por pouco não me acertou.
“E daí?”-ela perguntou.-“Você tem a oportunidade de acabar com os sonserinos malditos que infernizaram a sua vida... e você nem pensou desse jeito?”
Encarei a garota e foi, então, que eu entendi.
Ela estava perguntando se eu iria espalhar a história da Proust- do jeito Allen, mas eu já sabia qual era a minha resposta:
“Não. Eu não vou publicar essa história.Eu não vou contar para ninguém sobre isso."
Ela deu um suspiro de alívio e ao ver que eu ainda a encarava, a garota disse, mau humorada:
“E o que diabos você ainda está fazendo aqui?”
Não falei mais nada.
Apenas saí daquele dormitório.
E daquela vez... seria para sempre.
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Desci as escadas correndo, para, lógico, não ser notada pelas pessoas da Sonserina.
Só que isso não adiantou nada, já que no Salão Comunal, todas as cabeças se viraram para mim.
Um tanto sem graça, eu disse:
“Então, a visita foi bem legal, mas acho melhor...”
“Vamos verificar se a Allen está viva.”-exclamou Elizabeth Jagger, me encarando desconfiada.
Só levantei uma sobrancelha e respondi:
“Vá em frente.”-e me afastei, logo depois, continuei-“Então, eu já estou de saída.”-e andei até a passagem.
Quando a mesma se abriu, eu pude ver que encostado no corredor...
Estava Draco Malfoy.
Ele apenas disse:
“Demorou, não acha?”
“Me desculpe pela demora.”-retruquei, dando um sorriso meio envergonhado.-“Mas eu tenho que voltar, sabe? Meu irmão...”
Malfoy fez uma careta e eu pude ver toda a cara de desagrado do garoto.
“Acompanhar ou não, você até o seu Salão Comunal?”-ele se perguntou, vindo em minha direção.
Não respondi, mas internamente eu já sabia.
Eu queria que ele me acompanhasse.
Eu necessitava urgentemente que ele ficasse ao meu lado.
“Acompanhar.”-falei, dando um sorriso.-“Você não vai entrar, é óbvio, mas...”
“Eu vou com você.”-ele falou, com um sorriso minúsculo nos lábios.
Um sorriso que apenas eu conseguia identificar.
Meu coração, novamente, deu aquele salto.
Rony e todo o seu ciúmes simplesmente foram deixados para trás.
Afinal, ele estaria perto de mim.
Ele me acompanharia.
E não tem nada melhor do que isso.
CONTINUA...
N/a: Espero que gostem!
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