Minerva McGonagall

Minerva McGonagall



Cap15.: Minerva McGonagall.

Eu já estava decidida.

Com o “folheto” nas mãos, tentei sair daquela mesa, onde estava sentada com a Vane.

Só que óbvio que eu não ia me livrar tão fácil daquela garota.

“Aonde você vai, Best?”-ela perguntou quando eu estava saindo da mesa.

“Não interessa, Vane.”-falei, com toda a rispidez que eu poderia reunir em uma única frase.

“Mas as Bests...”-ela começou, tentando me segurar de qualquer jeito naquela mesa.

Sabe, quando as pessoas falam que um gesto vale mais do que palavras, elas estão totalmente certas.

Um bom dedo do meio, às vezes, faz com que aquela pessoa insuportável fique tão, mais tão assustada que não consegue mais te segurar.

E você pode ficar totalmente aliviada.

Pelo menos por três minutos.

Foi esse tempo que eu levei para sair do Salão Comunal da Grifinória (entenda como pandemônio só porque uma pessoa, eu, conseguiu entrar em outra casa e tudo o mais) e me deparar com o Trio Maravilha.

Só que nesse momento, Harry, Rony e Hermione eram um bando de... idiotas.

“Gina, você vai...?”-perguntou Harry, me olhando totalmente confuso.

“Nós estamos preocupados com você.”-interrompeu Hermione, falando com mais suavidade.

“Se você não contar o que está acontecendo em vou mandar uma carta para a mamãe.”-disse Rony, sendo infantil como sempre.

Só que isso, não me deixou com medo.

E sim, com raiva.

Muito mais raiva do que o normal.

“E por acaso vocês me dizem o que está acontecendo?”-perguntei, trincando os dentes.

“É bem diferente, Gina.”

“Lógico que sim.”-retruquei, sarcástica.-“Uma coisa é ser Gina Weasley disfarçada em um armário se agarrando com Draco Malfoy. A outra é ser Harry Potter prestes a salvar o mundo.”

“Não fale desse jeito.”-explodiu Rony.-“Isso é tão...”

“Tão o quê?”-perguntei.-“Tão Sonserina?”

Silêncio constrangedor.

“Talvez, eu tenha mudado, Rony.”-eu falei, um tanto mais calma.-“Eu não poderia continuar a mesma pessoa de antes.”

“Gina.”-ele falou, um tanto horrorizado.-“Como assim você mudou?”

“As pessoas mudam, Ronald.”-falei, levantando uma sobrancelha.

Só que no momento seguinte, ele já estava me abraçando e falando todo preocupado:

“Violentaram você, Gina? Ah, meu Deus, como eu sou burro! Eu não percebi que a mudança que você se referia significava ser estuprada.”

Genial.

Eu tenho um irmão totalmente idiota.

Fiz com que ele me soltasse e disse, toda envergonhada (já que Harry e Hermione me fitavam com interesse):

“Não aconteceu nada, Rony.”

Menti, como sempre.

O que eu iria falar?

Draco Malfoy e o trato da minha flor? Só se eu quisesse que acontecesse uma guerra no meio de Hogwarts.

Já chega Você-Sabe-Quem e os Comensais da Morte.

Além disso, eu nunca falaria da minha flor para o Rony.

E também do fato dela ter quase sido arrancada.

A minha flor, eu quis dizer.

“Ah, graças a Merlim!”-ele falou, tentando me abraçar novamente.-“Sabe, assim pelo menos você está se guardando para o Harry e tudo o mais.”

Harry ficou totalmente envergonhado.

“Não seja bobo, Rony.”-disse Hermione, um tanto constrangida.-“Se aconteceu alguma coisa na Sonserina, ela iria nos contar, não é verdade?”

“Lógico que sim!!!”-falei, rapidamente.-“Afinal, o que vocês não sabem sobre mim?”

Eles já sabiam a resposta.

Eles não sabiam porcaria nenhuma.

“Gina.”-disse Harry.-“Nós não sabemos nada de você.”

Ignorei totalmente o comentário.

“Olha, eu tenho que falar com a...”

“Não.”-disse Rony.-“Você vai me contar o que aconteceu na Sonserina. E vai ser AGORA!”

Ah, meu Deus.

O que tinha acontecido na Sonserina além de todas aquelas seções de agarramento com Draco Malfoy? O que eu descobri? Que as pessoas confiscam bebidas, fazem festinhas particulares, fazem brincadeiras totalmente idiotas e ainda há uma hora especial para Blaise Zabini fazer um strip?

Realmente, eu só lembrava disso.

Não que seja uma coisa muito boa, mas que seja.

Eu nunca iria contar a Rony, nem a Hermione e muito menos ao Harry.

Acho que eles pirariam se soubessem o que aconteceu naquele lugar.

“Sério, Rony. Não aconteceu nada demais naquele lugar.”-eu falei.-“Nem me notaram direito.”

O que era uma grande mentira.

E Rony percebeu isso rapidinho:

“Você acha que as pessoas não perceberam que a Valkiria Proust tinha retornado?”

“Ah, ela não é tão popular assim.”

“Lógico que não.”-retorquiu Hermione.-“Ela só saía com Draco Malfoy.”

Olhei bem para Hermione.

“Por acaso, isso seria ciúmes?”

“Gina!”-falaram Hermione e Rony ao mesmo tempo.-“Nunca mais diga isso!”

Os dois se entreolharam e ficaram vermelhos na hora.

“Por acaso, Ronald, você está insinuando que eu nunca teria chances com Draco Malfoy?”

“Hermione.”-ele começou, a voz meio fraca.-“Não é isso, é só que...”

“É o quê?”-ela perguntou, meio brava.

“Olha, eu tenho que falar com a Carmen agora e...”

Não esperei mais nenhum segundo.

Nem me importei com Harry me lançando aqueles olhares de pura misericórdia, já que no momento eu saía bem apressada daquele corredor.

E não era a Carmen a pessoa que eu gostaria de encontrar.

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Ao entrar no Salão Principal, fingi que não estava acontecendo nada demais.

Na verdade, eu não estava me importando tanto com as pessoas me encarando, cochichando qualquer coisa sobre mim.

Eu estava procurando por ele.

E não seria para pedir desculpas nem nada do tipo.

Quando eu o vi, almoçando naquele mesmo lugar onde eu estava sentada no café da manhã, isso fez com que eu hesitasse um bocado, mas antes que eu pensasse em alguma coisa, Luna Lovegood apareceu ao meu lado e disse:

“Gina, eu estou realmente feliz ao saber que você conseguiu fazer as pazes com a sua alma loira!”

“Ah, como você soube, Luna?”-eu disse, meio aparvalhada.

“Pelo folheto é claro! Se bem que na sua foto eu juro que vi aqueles duendes amarelos com bolhas roxas em um canto, mas agora... eles sumiram!”-ela falou, daquele jeito todo... Luna de ser.-“Você não se importa que meu pai veja a sua foto, não é? Para tipo, ver se realmente tinha os duendes amarelos com bolhas roxas.”

O folheto.

Eu não poderia hesitar.

Falando um “Claro, Luna, mas agora eu preciso falar com outra pessoa”, eu comecei a andar até a mesa maldita.

E ele percebeu.

Quando ele viu que eu estava andando na sua direção, ele agiu de maneira diferente da maioria das outras pessoas.

Ele simplesmente me ignorou.

Enquanto as pessoas esticavam os seus pescoços até não poderem mais ou paravam de comer e ficavam encarando, Draco Malfoy fingiu que não percebeu que eu chegava cada vez mais perto da mesa da Sonserina.

E quando eu parei na sua frente, ele se virou, de propósito, para “conversar” com aqueles dois panacas (Crabbe e Goyle, se você não entendeu).

Ou menos, tentou fingir que aquela era uma conversa em que uma pessoa fala E a outra responde.

“Se você acha, Malfoy.”-falei, percebendo que a minha voz ecoava por todo o Salão.-“Que o que você fez comigo não terá volta, você está muito enganado.”

As pessoas não voltavam a comer. Só escutei uma vez, aquele barulho de garfo arranhando o prato (o que me deixou bem arrepiada). De resto, nada aconteceu. Ninguém conversava.

Aquilo era algo... surreal. Parecia que eu era Dumbledore falando as boas-vindas a todos os alunos ou algo desse tipo.

“E o que você acha que eu fiz, Weasley?”-perguntou o loiro, com aquele jeito cruel.-“Espalhar essas porcarias?”-e apontou para o folheto que estava na minha mão-totalmente amassado.

“Lógico que foi você.”-respondi, ficando vermelha a cada segundo e tentando ignorar que as pessoas não paravam de ser um bando de enxeridas.

“E por que eu faria isso?”-ele perguntou, com a sobrancelha levantada. Draco Malfoy não parecia nem um pouco preocupado com todas aquelas pessoas o encarando.

Talvez por ele ser um idiota egocêntrico e tudo o mais.

Só pode ser isso.

Na verdade, tem que ser isso.

Eu também tenho que acreditar que foi Draco Malfoy que fez tudo isso comigo. Que toda a humilhação... é por causa dele.

“Tenho vários motivos.”-falei.-“Porque você quer vingar de mim... é o mais adequado.”

“Weasley... por que eu revelaria as pessoas que você fingia ser a Valkiria? Por acaso eu me gabaria de ter sido enganado por você?”

OK.

Essa resposta foi como um soco no estômago.

Mas só pode ter sido ele!

Não foi ele. Eu sei que não foi.

Ah, meu Deus. Lá vem a defensora do Draco Malfoy.

Cale a boca.

“Calem a boca.”-sibilei, tentando conter as duas vozes completamente loucas que me confundiam cada vez mais.-“Será que isso pode piorar?”

“O que você está falando, Weasley?”-perguntou o loiro, me encarando de modo cético.

“Malfoy, eu duvido que não foi você.”-falei, tentando desviar do assunto.

Eu não teria como explicar o porquê de ter falado aquelas coisas anteriormente.

“Pode duvidar. O problema é todo seu.”-rebateu, ele, surpreso.-“Afinal, eu também não acredito em você.”

“Só pode ser você.”-falei, como se eu repetisse essas palavras, elas entrariam de maneira bem mais fácil na minha cabeça.-“Só você sabia quem era a Valkiria Proust.”

“Você acha que só porque eu soube por VOCÊ.”-ele falou, com a sobrancelha levantada.-“Isso me faz ser o suspeito número um?”

“Ahn, sim?”

“Merlim!”-ele falou.-“Weasley, você podia com maquiagem, peruca e seja mais o que for, lembrar a Valkiria, mas você não era ela. O seu jeito... não era o dela. O seu corpo não era o dela. Você... não é ela, Weasley. E nunca será.”

Tentei ignorar a parte em que ele falou do meu corpo.

É óbvio que ele está nos chamando de gorda!

Ah, pelo amor de Deus. Ele só falou que nós estamos um pouco acima do peso.

Draco Malfoy não disse isso para a gente.-pensei, tentando ser sensata.

Eu já estou percebendo que estou totalmente em desvantagem aqui.

Ah, então, some.

Lógico que não! Vocês duas não percebem que eu sou a única mente sã daqui?

Olha, eu não concordo.

Muito menos eu. Sei lá, você falava que Draco Malfoy não era uma boa pessoa e tudo o mais, mas quando ele NOS deu um baita de um pé na bunda, você ficou muito, mais muito triste.

Eu não estava triste porque Draco Malfoy nos deu um pé na bunda. Sabe, essa não é hora de nós falarmos sobre isso. Já que nós estávamos discutindo se Draco Malfoy nos chamou ou não de gordas.

Ih, lá vem ela tentando desviar do assunto.

Já sei! Nós poderíamos fazer um regime por Draco Malfoy!

Espera aí. Essa foi a idéia mais ridícula que você já teve.

Não ganha da sua.

Eu sempre tenho idéias brilhantes.

Não tem.

Tenho sim.

Não tem.

Dá para vocês duas calarem a boca? Mente a favor do Malfoy, nós não vamos fazer regime só porque ele nos chamou de gorda. Mente contra o Malfoy, você não teve idéias muito brilhantes ultimamente. Nem tentou me impedir que eu fosse para a Sonserina nem nada do tipo.

Humph! Eu protesto!

Digo o mesmo! Onde já se viu não querer fazer regime por causa de Draco Malfoy? Ele é muito importante!

Ah, meu Deus. Eu desisto de vocês duas. Façam um favor para mim: arrumem outra mente para assombrarem.

Mas que absurdo! Nós não somos fantasmas.

Olha, é a primeira vez que eu concordo com ela. Então, isso é realmente muito importante.

Ah, fiquem quietas!

“Weasley, qual é o seu problema?”-perguntou Malfoy, me olhando atônito.

Eu realmente deveria estar assustadora.

“Nenhum, Malfoy.”-falei, seca.-“Olha, voltando ao que você estava falando.”

“Weasley, nós não temos mais nada a falar.”

“Lógico que temos!”-berrei.-“Você espalhou essas merdas de folhetos e está estragando com a minha vida.”

“Qual parte de não fui eu, você não entendeu?”

“Malfoy.”-eu comecei, tentando me acalmar.-“Você foi enganado ou fingiu durante uma semana que não sabia que eu era a Proust?”

“Isso não é da sua conta.”-rebateu ele.

“Olha, se não fosse da minha conta, eu não estaria perguntando.”-retruquei, com raiva.-“Sério, eu tô tentando entender porque você fez isso. E quem sabe, algum dia eu vou te perdoar.”

Espera.

Eu NUNCA vou perdoá-lo.

Só vou deixá-lo sofrer mais um pouquinho.

OK, nem tanto assim.

“Cacete.”-ele disse.-“É impossível conversar com você. Ou tentar fazer você entender que eu não tenho culpa nessa porcaria.”

Só que antes que eu pudesse falar qualquer coisa, Minerva McGonagall apareceu e me olhou com muita severidade:

“Senhorita Weasley, na minha sala. Agora.”-sibilou a diretora.-“Voltem imediatamente para o almoço.”

Então, me virei –sem olhar para Draco Malfoy- e saí do Salão Comunal.

Eu estou totalmente ferrada.

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“Isso é totalmente ridículo!”-disse Minerva McGonagall, enquanto terminava de ler a minha coluna nA Gazeta.-“A senhorita sabia que é proibido entrar no Salão Comunal de uma casa em que você não faz parte?”

“Sim.”-falei, olhando para o teto.-“Mas isso não estava escrito.”

“Eu não posso fazer nada se você, Weasley, não leu Hogwarts, uma história.”-rebateu a diretora com severidade-“Asseguro a você que tem um bom pedaço falando o que pode ou não em Hogwarts. E entrar em outra casa é terminantemente proibido.”

Olha, se eu falar que eu não sabia que eu iria me ferrar, eu estaria mentindo.

Qualquer pessoa por mais idiota que seja, percebe que ao entrar em uma outra casa que não faz parte,isso pode trazer sérias conseqüências.

E não digo que as conseqüências serão boas.

Porque essa não é a verdade.

Entretanto, eu não iria ler Hogwarts, uma história., para ver que o que eu imaginava era realmente verdade.

Afinal, só Hermione fez isso (eu acho).

“Por isso, você concorda com o que eu estou falando?”-perguntou McGonagall me encarando de maneira bem cruel.

Falar sim ou não?

Concordar?

Mesmo sabendo que aquilo poderia significar que eu estava expulsa e tudo o mais?

Só que eu não poderia nunca pedir que ela repetisse o que ela tinha falado. Por que aí que ela tentava me matar e tudo o mais.

“Sim.”-falei, mesmo não sabendo o que estava acontecendo.

“Ótimo.”-falou a diretora.-“Então, você concorda que as suas primeiras detenções serão na Cozinha?”

“Como?”-perguntei, levantando da cadeira e encarando a diretora.-“Eu não vou ser expulsa?”

“Não seja estúpida, Weasley.”-falou McGonagall.-“Você sabe que nós estamos em guerra. E não seria prudente dispensar os alunos só porque aconteceram coisas absurdas aqui em Hogwarts.”-ao falar isso, a diretora lançou um olhar sujo para o meu artigo.-“É importante que você se forme. Precisamos de pessoas para lutar contra Você-Sabe-Quem. E não ao lado dele.”

As palavras Draco Malfoy martelavam na minha cabeça.

Só que eu não conseguia acreditar naquela história de ‘nós precisamos que você se forme’. Afinal, saber que nós estamos formados, faria com que os Comensais da Morte agissem com mais cautela? Com mais temor? Era óbvio para mim que isso jamais aconteceria.

Além do mais, nós não somos Harry Potter. Não temos toda aquela magia que ele possui e nem temos, também, um terço da sua coragem.

“Seus pais não gostaria de saber que a filha caçula fosse expulsa de Hogwarts.”-argumentou a mulher.

Sentei-me novamente.

Era claro que os meus pais teriam um ataque histérico e tudo o mais. Mamãe, provavelmente, mandaria um berrador a Rony culpando-o de tudo que eu fizera. Já o meu pai... bom, acho que eu o veria pela segunda ou terceira vez furioso comigo.

“Quantas detenções?”

“Não podemos esquecer da sua briga com as senhoritas Vanes e Brown.”-falou a diretora, com um olhar reprovador.-“E eu havia falado que você estaria em detenção, está lembrada?”

“Sim.”-eu falei, um tanto envergonhada.

“Ótimo. A senhorita entrará em detenção na cozinha, durante duas semanas, junto com Romilda Vane e Lilá Brown. Estamos entendidas?”

“Não terá outros alunos?”-perguntei, esperançosa.

“Terá.”-falou Minerva McGonagall, olhando alguns papéis.-“Blaise Zabini e Draco Malfoy. Pelo mesmo motivo das senhoritas.”

Eu já sabia quando que a briga acontecera e sabia, também, quem fora a causa da briga dos dois, ao saber disso, quase caí da cadeira.

“Você não está falando sério.”-berrei.

“E qual é o problema, Weasley?”

“Qual é o problema?”-perguntei.-“A senhora não percebe que estar perto de Draco Malfoy já é um baita de um problema?”

“E eu poderia saber por quê?”-perguntou a diretora, estreitando os olhos.

Não sabia o que responder.

Falaria, por acaso, que eu nessa última semana, passara um bom tempo com os lábios colados no de Draco Malfoy? E que... agora, estava tudo acabado?

Como você é idiota.

Escuta, se ela é idiota, mostra que você também é idiota.

Eu sou uma pessoa que está num patamar mais alto que o seu.

E por isso que o seu tombo será maior.

Ah, meu Deus.-pensei, revoltadíssima.-Será que é impossível vocês calarem essas malditas bocas? É a minha, ou melhor, nossa vida escolar que está em jogo!

Nós podemos inventar uma boa desculpa para a Minerva McGonagall nos tirar dessa detenção, não acha?

Eu nunca pensei que você falaria isso, mas nós temos que fazer alguma coisa sim... mas o quê?

A detenção vai ser na cozinha, mas e os elfos?

Caramba. -pensei.-Você é genial!

“A detenção será?”-perguntei, apressadamente.

“Na cozinha.”-disse a diretora, totalmente surpresa.-“Mas eu gostaria de saber, Weasley, qual é o seu...”

“Os elfos não deixariam que eu os ajudasse.”-interrompi, me lembrando de Dobby e o jeito como ele agia quando eu aparecia na cozinha.

“Você verá.”-falou a diretora, com um sorriso bem confiante.-“Depois dessas detenções, você terá outras.”

“Dessa vez sem a Vane, certo?”

“Certo. Também não terá a companhia do senhor Malfoy.”-disse a diretora, olhando de maneira bem esquisita para mim.

Se antes eu estava realmente feliz porque eu não teria que aturar as duas insuportáveis. Agora, eu estava... triste.

Ficar em detenção sem Draco Malfoy seria pior que...

Ah, meu Deus, eu não estou pensando nisso.

Eu não posso pensar nisso depois de TUDO que aconteceu.

“Senhorita Weasley.”-falou a McGonagall .-“O que aconteceu nessa escola que eu NÃO estou sabendo?”

“Nada.”-eu falei.-“Nada está acontecendo.”

“O jornal é nada?’-ela me questionou.-“A senhorita entrar em outra casa não é nada?”

“Esse foi um caso isolado.”-falei, a voz meio fraca.-“Asseguro a senhora que fora o caso do jornal e do contrabando de bebida... a senhora está sabendo de muita coisa.”

“Contrabando de bebida?”-ela perguntou.

“O artigo.”-falei, apontando para o jornal da Gazeta.-“Eu não preciso ficar aqui, preciso?”

McGonagall parecia um tanto desorientada.

“Pode sim.”-a diretora disse, depois de um bom tempo-“Não atrase para a sua detenção.”

Fiz que sim com a cabeça e saí da sala.

Minha cabeça rodava.

Duas semanas na cozinha com Draco Malfoy, Blaise Zabini, Lilá Brown e Romilda Vane.

Duas semanas fazendo alguma coisa que eu sequer imagino.

Pela primeira vez na vida, eu agradeci que a cozinha era gigantesca.

Mas só por pouco tempo.

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“Não acredito que você está em detenção com Malfoy.”-falou a Carmem, toda animada.

“Você está triste ou feliz por causa disso?”-perguntei, com a sobrancelha levantada.

“Gina, você não percebeu o que está por trás disso tudo?”

“Você não está fazendo outra metáfora, está?”-perguntei.

“Ah, meu Deus.”-ela falou, rolando os olhos.-“Você não percebeu o que está por trás disso tudo?”

“Carmen.”-eu falei, meio exasperada.-“Eu sei QUEM está por trás disso tudo.”

“O quê?”

“Draco Malfoy!”

“Por quê?”

“Carmen, Carmen, minha pequena aprendiz de metáforas.”-eu falei, com ironia.-“Os panfletos. Foi ele quem espalhou para a escola inteira.”

“Ah, Merlin.”-disse Esperanza.-“Não foi ele!”

“Só pode ter sido ele.”-retruquei.-“Quem sabia que eu era A espiã? Ele.”

“Gina, você só falou que era a Proust.”-disse a espanhola. -“Não mencionou A Gazeta, nem todas as suas ‘missões’”.

“Eu... ele pode ter entendido, Carmen!”-falei, como se aquela fosse uma verdade inquestionável.-“Draco Malfoy não é tão burro quanto parece.”

“Pois eu acho que foi o destino.”

Meu Merlin.

“Você quer parar de ser tão romântica?”

“Você quer parar de achar desgraça onde não existe?”-falou a espanhola. -“Sério, Gina, seria impossível ele espalhar todos os folhetos em menos de... três horas.”

“Nós achávamos que seria impossível que ele voltasse para Hogwarts, mas não foi isso que aconteceu, certo?”

“Você... não consegue entender.”-retrucou a espanhola, segurando os meus ombros.-“Essa última semana, mudou você. Assim como mudou o Malfoy.”

“Eu acho que aconteceu muita coisa sim.”-falei, vendo a cara de felicidade da Carmen.-“Só que Draco Malfoy não muda. Ele nunca vai mudar. Ele sempre vai ser aquela pessoa fria, mesquinha e cruel.”

Carmen só suspirou.

“Sabe, para a pessoa conseguir se sentir bem, ela tem que tirar todo o ódio que ela sente do coração.”

“Não é ódio.”-eu falei.-“É só... decepção.”

Eu sentia que essa decepção só aumentaria...

Era esperar para ver.

CONTINUA...

N/a: Cá está o cap!

Espero que vocês gostem, okk??

Beijooss

Anaisa

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