Onde?(ainda no quinto dia)
Cap9.: Onde? (ainda no quinto dia)
“Para onde?”-eu pergunto, um tanto em voz baixa.-“Nós estamos indo?”
Só que ele resolve me ignorar, então, eu repito, um tanto mais alto:
“Malfoy, você quer fazer o favor de me explicar para onde que você está me puxando?”
É. Eu estou sendo arrastada pelo Malfoy.
Acho que isso o deixou um tanto irritado.
Tá, ele me pareceu um pouco irritado. Talvez as coisas não estejam sendo controladas. Sabe, por ele. É, eu acho que o fato de ter gargalhado quando nós caímos, fez com que Draco Malfoy se sentisse meio... desapontado.
Acho que ele nunca poderia imaginar que uma garota que ele estava beijando poderia cair no chão e dar risada.
“Valkiria.”-ele disse, naquele tom de: “eu estou me controlando para não tentar fazer alguma coisa com você.”-“Apenas tenha paciência, ok?”
Bufando, indaguei:
“Você não está me levando para algum lugar... proibido, está?”
“E você por acaso não gosta de lugares proibidos?”-ele perguntou, lançando aquele olhar BEM malicioso para mim.
“Não.”-respondi, séria.
Qual é? Ele por acaso está me levando para algum lugar para fazer sexo comigo? Quem diz que eu quero isso? Quem diz que eu quero que ele me beije?
Mas até parece que você não quer.
Você quer parar de me torturar?
Nossa, mas onde está aquela pessoa que diz que quando tem um inimigo o melhor a fazer é se juntar a ele? Por acaso, essa pessoa só desperta de noite ou algo do tipo?
Por que eu tenho uma mente problemática? Por que eu não posso ser normal? Por que eu tinha que enfiar na cabeça que ia ser jornalista? Por que eu não recusei quando Dino Thomas falou sobre A espiã?
Você quer saber a verdade?
Escuta. Você é uma parte da minha mente. Eu devo realmente saber o por quê disso tudo. Acho que eu estou sendo dramática.
Não. Você está sendo completamente idiota.
Como você ousa se xingar?
Eu não estou me xingando. Afinal, essa parte completamente sã da sua mente está sendo comprimida. Por sua causa.
Ah, lógico. O que eu estou fazendo por acaso?
Sendo promiscua?
Ah, cala a boca! Você fala como se eu fosse muito tarada ou algo do tipo.
Você é tarada.
Você é idiota. E quer saber? Eu não vou mais fugir do Malfoy. Eu vou descobrir para onde que ele está me levando e eu vou gostar muito de saber o que vai acontecer comigo.
“Você está bem?”-Draco Malfoy me perguntou, assim que ele parou de andar.
Na verdade, eu estava muito longe dele. Acho que uns três metros. Então, andei um pouco mais rápido e disse:
“Estou completamente bem.”-o que na verdade é uma grande mentira.
Então, eu vi que nós estávamos perto da Sala Precisa.
“O que nós estamos fazendo aqui?”-eu perguntei, um tanto assustada.
“É uma surpresa.”-ele disse, tanto um sorriso que provavelmente me derretia. Entretanto, é um sorriso frio. Como se não chegassem aos olhos dele ou algo do tipo.-“E nós não devemos contar surpresas.”
Só que ele disse isso bem no meu ouvido. E eu corei.
“Você, por acaso, está sentindo calor?”-ele perguntou, me encarando.-“Por que você não fica vermelha. Não desse jeito.”
“Está bem quente aqui, não acha?”-eu pergunto, tirando, bem rápido, o casaco preto da Sonserina.
Ok.
Eu realmente não devia ter feito isso.
Draco Malfoy me olhou de um jeito... que me fez corar ainda mais. Eu não sei o que ele pensou quando eu tirei aquele casaco, mas acho que não foram pensamentos puros. Bom, você entendeu o que eu quis dizer.
“Sabe, nós não precisamos ficar mais aqui.”-ele disse.-“Feche os olhos.”
Imediatamente, os fechei.
Sem hesitar em nenhum segundo. Sem ficar com medo do que poderia ter lá dentro. Sem nem pensar que ele, provavelmente, tiraria a minha flor.
Na verdade, é meio humilhante falar que eu não tentei impedi-lo. Mesmo sabendo que as intenções dele são as piores.
Então, quando ele me segurou pela cintura e nós começamos a andar, eu desmoronei. Eu não estava mais pensando no que viria a acontecer em seguida. Eu só podia pensar que eu não podia ficar sem Draco Malfoy me tocando.
Santos hormônios, não acha?
Então, quando ele disse no meu ouvido:
“Abra.”-eu senti um arrepio.
Então, eu vi.
Uma cama.
Ele quer tirar a minha flor.
Só pode ser isso.
“Você não vai se sentar?”-ele pergunta, me indicando uma cadeira.
NÃÃÃÃO!!! Ele não pode estar pensando em fazer um strip para mim, está?
“Sério, Malfoy.”-eu digo, tentando me controlar.-“Eu posso ficar muito bem em pé.”
“Ah, mas você não está com fome?”-ele me pergunta, levantando uma sobrancelha.-“Porque eu estou faminto.”
“Você vai comer...”-eu começo, meio devagar. Eu não posso dizer algo estranhamente malicioso, né?
“Isso.”-ele diz, apontando para a mesa (a qual eu não tinha prestado atenção), que tinha dois pratos e uma comida que eu não sei qual é.-“Ah, você sabe. Aquele salmão que você ama.”
Ok, isso me deixou mais tranqüila. Só um pouquinho, afinal, como eu vou explicar para Draco Malfoy que eu NÃO suporto salmão?
“Ah, que ótimo, mas eu não estou com a mínima vontade de comer salmão hoje.”
Eu sei. Eu sou uma ingrata. O cara tem todo o cuidado de preparar um jantar e eu falo que eu não estou com vontade de comer salmão.
Existe pessoa mais insensível que eu?
“Não?”-ele me pergunta, meio desapontando, mas logo me dá um sorriso malicioso.-“Você por acaso quer fazer outra coisa?”
“Malfoy!”-eu falo, escandalizada.-“Meu Deus, parece que você está com sérios problemas.”
“Valkiria.”-ele falou.-“Eu sei que nós temos um trato, mas eu não consigo.”
Reviro os olhos e replico:
“É tão difícil assim para você?”
“Eu nunca fiquei tanto tempo sem.”
“Malfoy.”-eu o encarei, estupefata.-“Só faz dois dias.”
“Dois dias.”-ele repetiu.-“Dois dias.”
“Você é um problemático.”-eu falei, me sentando na cadeira em frente à ele.-“Você faz tudo isso... só para que eu faça aquilo com você?”
“Você... está com nojo?”-ele perguntou, parecendo MUITO surpreso.
Eu o encarei por dois segundos.
Sabe, ao mesmo tempo que eu achava essa idéia (de dar a minha flor para Draco Malfoy) totalmente ridícula, eu acabava gostando.
A idéia era totalmente sem sentido devido ao fato de eu não ser quem ele pensava. Imagine se a minha peruca saísse? O que eu iria falar para o Malfoy? Ah, olha desculpa, mas eu raptei a Valkiria Proust para saber se você é tão bom quanto as pessoas falam? Não, nunca poderia falar algo do tipo. E pelo amor de Deus, essa desculpa é péssima.
“Sabe, Malfoy.”-eu fali, tentando colocar os meus pensamentos em ordens.-“Eu não posso dar a minha flor para você.”
“Como?”-ele perguntou, tentando parecer educado, mas dava para perceber que ele estava tentando não rir.-“Que história é essa de flor?”
“Eu...”-comecei, só que a situação estava ridícula.-“Eu não vou fazer nada com você, Malfoy.”
“Valkiria...”-ele começou, sem saber o que falar.-“Se você está com medo que eu te ache gorda ou algo do tipo...”
Ah, meu Deus.
Ele está totalmente enganado.
“Malfoy...”-eu disse, tentando ter a minha voz mais tranqüilizadora.-“Eu não vou ficar sem roupa... ainda mais na sua frente.”
Isso se chama crueldade.
Ainda mais com um garoto como Draco Malfoy, com os hormônios em alta e tudo o mais.
“Você quer me explicar.”-ele disse, já se levantando e andando na minha direção.-“Qual é o seu problema?”
“Você?”-eu digo, tentando não encará-lo. Afinal, eu podia ver que toda a expressão de: eu estou me divertindo muito, estava sendo transformada em pura... raiva.
“Eu...”-ele falou, depois de um bom tempo em silêncio.-“Vou dar uma volta.”
E assim, saiu.
Posso jurar que nunca senti tanta raiva de mim mesma.
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Então, sentada naquela mesa, eu percebi:
Sou uma idiota sem nenhuma salvação.
Olhei para a mesa decorada, para o salmão que eu não suporto, para a cama estrategicamente posicionada, com aquele lençol que eu, provavelmente, nunca terei.
E o que eu faço?
Simplesmente estrago tudo.
Percebendo que não ia adiantar nada ficar parada na Sala Precisa, eu resolvo sair.
Ando bem devagar, é verdade, afinal, eu já se passam das nove e meia da noite. E é proibido e tudo o mais porque a gente está na guerra (entretanto, eu nunca entendi isso direito, mas deixa para lá).
Quando eu passo por mais um corredor que não tem Pirraça ou Filch (eu NÃO quero outra detenção) ou... Malfoy, eu começo a pensar:
Por que ele não aparece? Por que ele não aparece e diz que eu não preciso dar a minha flor, que ele não gosta de salmão e que... ele APENAS me quer ver feliz?
Alguém já falou que eu sonho alto demais?
Enquanto eu tento me convencer que Draco Malfoy NÃO vai aparecer na esquina do corredor me pedindo desculpas, eu sinto uma mão me puxando para uma sala vazia.
É O MALFOY!!!! SÓ PODE SER ELE!!!
Por isso, eu faço a maior cara de: me desculpe por tudo, mas eu não posso fazer nada daquilo que você quer.
Só que na sala vazia estava... Harry Potter.
Acho que ele estava com tanta certeza que nem olhou direito para mim. Apenas sibilou no meu ouvido:
“O que a senhorita está aprontando?”
Espera.
O meu EX está me vigiando? Ah, meu Merlim. Ninguém merece! Ninguém merece mesmo.
“Quem, quem é você?”-eu pergunto, de maneira BEM imbecil.
Eu já sou imbecil mesmo. Então, não tem problema algum (eu acho) de fazer perguntas imbecis também.
“Gina.”-ele falou, me encarando.-“Espera aí. Você não é a Gina.”
“Demorou para perceber né, cabeçudo?”-eu digo, com toda a raiva.
Não que eu tenha motivo para falar desse jeito. Longe disso.
Talvez, seja a raiva acumulada que está prestes a ser lançada. Ou algo assim.
“Mas... o mapa.”-ele começa a sibilar.-“O mapa não erra.”
“Ah, o mapa erra sim.”-falei, ficando uns dois metros longe dele.-“Afinal, eu NÃO sou essa tal de Gina.”
“Talvez... você esteja certa.”-Harry disse, bem lentamente.-“Mas se você vir a Gina, fale que eu estou querendo muito falar com ela.”
“Tudo bem.”-eu digo, dando de ombros. Então, eu abro a porta e saio correndo daquele corredor.
Harry, seu imprestável! Sabe quando que eu vou falar para a “Gina” que você está querendo falar com ela?
NUNCA.
Por que toda vez que você vem com essa história de: eu quero falar com você, eu me ferro. E eu não quero mais saber de você.
Nunca mais.
Tudo bem, quando você derrotar o Você-sabe-quem e ainda quiser algo comigo...
NÃO!!!! Eu não posso pensar nisso.
Então, quando eu entro no Salão Comunal da Sonserina, eu vejo que aquele lugar está um pandemônio.
Tudo bem, é meio impossível aquele lugar estar normal, mas aquilo estava estupidamente confuso.
E sabe por que? Porque Pansy Parkison estava se lamentando como sempre.
Achei Stephanie, Elizabeth e Linux e acenei para eles. O trio acabou me chamando e acabei me sentando ao lado da Allen e de McFair.
“O que diabos está acontecendo com a Parkinson?”-eu perguntei, meio enojada.
“O Zabini contou para ela que o Malfoy estava fazendo uma surpresa para você.”-começou Linux, meio lentamente.-“Mas o que diabos você está fazendo aqui? Você não deveria estar com o Malfoy?”
“Hum, deveria mesmo?”
“Então, ela não deveria, Linux.”-falou Elizabeth de maneira bem sarcástica.-“O Malfoy apareceu por aqui e a Pansy tentou falar com ele. Só que ele ignorou total e bateu a porta do quarto com força.”
“Eu perdi tudo isso?”-perguntou Stephanie, interessada.
“Bom, você e o Linux estavam meio ocupados na brincadeira de: quero ver quem tem mais fôlego.”
Se você não entendeu: vamos ser dois idiotas e vamos nos agarrar de maneira que o primeiro que parar o beijo, perde.
Brincadeira BEM estúpida, não acha?
“Ah, que pena.”-comentou Allen, sorrindo de maneira irônica para mim.”-Vai lá, Val. Tenta falar com ele. Quem sabe o ânimo dos dois não melhora um pouquinho?”
“Eu não vou.”-falei, me afundando mais um pouco na poltrona desconfortável.
“Ela vai?”-perguntou Pansy Parkinson.-“Ela não vai coisa nenhuma.”
“Gente, vamos ignorar, por favor?”-eu sugiro, tentando parecer que não é nada demais aquela garota histérica começar a berrar no meu ouvido.
“Escuta aqui, sua pirralha! Você acha que é quem para mandar ME ignorar?”
“BRIGA!!!”-berrou Linux. Acho que ele queria me apoiar ou algo do tipo.
Mas óbvio que não deu nada certo.
“Parkinson.”-eu comecei, tentando não parecer arrogante.-“Eu vou subir.”
Só que ela me puxou pelo braço e eu quase caí de cara no chão. Meio patético. Ainda mais para uma garota que levou duas garotas da Grifinória para a enfermaria.
Não que eu esteja me gabando nem algo do tipo, mas acho que o fato de, talvez, eu levar uma surra seja porque:
1)Pansy Parkinson é mais gorda que eu.
2)Pansy Parkinson é mais alta do que eu.
3)Os cabelos dela não serem tão compridos (eu sei. É covardia atacar uma garota pelo cabelo, mas é uma das minhas melhores armas).
4)Eu não conseguir socar alguém que tem mais capangas que eu.
5)Ops. Eu NÃO tenho capangas (se você quiser considerar Elizabeth, Stephanie as duas garotas que teriam um chilique ao quebrar a unha boas capangas, então, você está totalmente perdido. Assim como Linux McFair. Ele apenas INCENTIVA a briga, não participa dela).
Acho que esses cinco motivos bastam.
Então, sem nem esperar mais nenhum segundo, eu saí correndo em direção as escadas que levam aos dormitórios masculinos.
Ninguém disse que eu não poderia ser covarde. E acorda! A gente está na Sonserina. Num lugar onde as pessoas não pensam em amigos, parentes ou qualquer outra coisa do tipo. Eles só pensam em salvar a si mesmos.
O que, ao meu ver, é totalmente egoísta.
Então, eu bati meio desesperada na porta do dormitório do Malfoy. A Parkinson já estava correndo atrás de mim e eu sentia que ela logo, logo, ia me alcançar.
“MALFOY!!! ABRE A PORTA.”
“O quê?”-disse Zabini, abrindo a porta e eu o vi... apenas com a calça de pijama.
Ok. Ele é tão perfeito quanto o Malfoy.
“Me deixa entrar, por favor!!!”-implorei, de modo bem ridículo, como sempre.
“Pronto.”-Zabini disse, abrindo a porta e eu entrei muito rápido. Eu pude ver Pansy Parkinson apontando para mim, só que nesse momento, Zabini fechou a porta.
“Muito obrigada, Zabini.”
“Por nada.”-disse o garoto.-“Mas que lugar você decide se esconder, hein, Val?”
“Na verdade, Zabini.”-eu falei, um tanto sem jeito.-“Eu preciso falar com o Malfoy.”
“Ah, se eu fosse você, eu não me aproximava. Ele não está podendo falar.”-então, o Zabini, aponta para a cama de Malfoy (que, obviamente, está com as cortinas fechadas) e diz.-“Mas vá em frente.”
“Você acabou de falar que eu não devo me aproximar do Malfoy.”
“Ah, mas é você, Val.”-diz o garoto.-“Acho que ele vai ficar mais bravo se você não aparecesse. E, por favor, melhora o humor do Draco, ok? Ninguém o atura quando ele faz aquela cara de que vai matar alguém.”
“Realmente, Zabini.”-eu falo, dando um sorriso.-“Confesse. Você gosta bastante do Malfoy, né?”
“Eu estou escutando tudo.”-berra uma voz de trás das cortinas de veludo verde.-“Zabini. Cai fora.”
E reclamando um bocado por ter que,infelizmente, sair do dormitório sem uma camisa (quer saber, ele QUER ter uma desculpa para poder descer sem a camisa), Zabini abre a porta do dormitório e sai.
E Draco Malfoy, sibila:
“Tem mais alguém nesse quarto? Por que se eu descobrir que existe alguém...”-e ele nem termina a frase, já que mais um cara que eu nem sei direito o nome, também saí meio apressado.
“Isso que se chama poder.”-eu observo, enquanto vejo que as cortinas verdes estão se abrindo.
E meu coração começa a disparar ao ver Draco Malfoy só com a calça de pijama, também.
Só que ele não parece tão feliz quanto eu.
Ele é irritante, é mal, é cruel, gosta de mandar, mas acho que ele não merece que alguém o trate daquele jeito. Na verdade, nem o Harry e o Pirraça merecia uma garota que consegue ser tão cruel a ponto de partir o coração de um garoto.
E se antes eu achava que Draco Malfoy não tinha coração, eu devo mudar de idéia. Porque ele tem sim. É meio frio, mas ele tem.
Eu até posso sentir o coração dele. Não que eu tenha tocado, mas você entendeu.
Quando ele começa a me encarar, eu coro.
É patético afirmar que eu fico com vergonha só do jeito como ele me olha.
Então, quando ele sussurra no meu ouvido:
“Eu quero você.”
Os pêlos da nuca se arrepiam rapidamente. Escutar ele falando que me quer... é muito para a minha mente, então a única coisa que consigo fazer é dar dois passos para não ficar tão perto dele e sussurrar:
“Malfoy...”-seria um jeito de tentar ficar longe dele? De não querer que ele se aproxime? De querer manter uma distância, segura?
Pode ser isso.
Na verdade, eu torço que esse sussurro seja um modo de querer ficar longe dele. Não de tentar agarrá-lo ou qualquer coisa assim.
“Shiu...”-ele diz, andando ao meu alcance, mas antes que eu faça alguma coisa (tipo, fugir), ele agarra o meu braço e fala.-“A gente não precisa falar mais nada.”
Então, ele segurou o meu rosto e me beijou.
Sabe, se ele fizer isso todo santo dia... eu vou ficar completamente insana. Assim, ele me empurrou para a cama e eu nem me importei que ele estava em cima de mim ou algo do tipo.
Entretanto, quando ele tentou colocar a mão por baixo da minha blusa, foi que tudo voltou ao normal.
“Malfoy!”-eu falei, enquanto o puxava para o meu lado e o fazia sentar.-“O que você pensa que está tentando fazer comigo?”
“Não me diga, Valkiria.”-ele começou, ofegante.-“Que você não gostou.”
“Eu NÃO gostei.”-eu disse, tentando fazer com que ele não se aproximasse de mim. Sério, não sei como o meu nariz não cresce ou algo do tipo. Porque estava na cara que eu menti.
“Você não está falando sério.”-ele disse, tentando me abraçar.
“Eu nunca falei tão sério, quanto hoje.”-afirmei, tentando ignorar que Draco Malfoy estava com o rosto quase colado com o meu.
“Então, por que você não saí dessa cama?”
Parei.
Ele tinha me pegado.
Eu não tinha saído... porque eu estava gostando.
Ok, não é fácil admitir isso.
“Porque...”-comecei, tentando formular uma resposta decente.-“Porque você tem que sair primeiro!”
“Eu que tenho?”-Malfoy perguntou, já fazendo com que eu me deitasse. E, então, com o rosto colado no meu, continuou.-“Você acha que eu vou sair?”
“Você não tem opção.”
“Eu acho que tenho outra sim.”-e ao terminar de dizer isso, Draco Malfoy me beijou de novo.
E como sempre eu correspondi.
Anotação pessoal: Draco Malfoy, cama e eu. No mesmo ambiente.Nunca vai dar certo.
Então, quer saber?
Eu cedi completamente.
CONTINUA...
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