TERROR



[N/A: Só um pedido... Comentem!!!!]

Capítulo II – TERROR

Todos n’A Toca acordaram cedo no outro dia, e um a um foram descendo e tomando seus cafés da manhã. Harry fora o último a dormir, foi também o último a acordar. Ao faze-lo tateou a mesinha e pegou seus óculos novos e viu Rony trocado e com os cabelos molhados.
-Bom dia dorminhoco – Riu o amigo – Pensei que você ia perder o seu 1º dia de magia livre! 17 anos...
Os olhos de Harry brilharam, não havia se lembrado disso. Levantou-se, pegou suas coisas e foi para o banheiro tomar banho e acabar de despertar. Tirou o pijama enfrente ao espelho viu o pingente que Gina havia lhe dado, não notou que ele batia um pouco mais rápido que na noite anterior.

Na cozinha:
-Bom dia meninos - disse o Sr. Weasley que estava sentado à mesa – pensei que não os veria, como foi a festa?
-Ótima – coro dos gêmeos – nos divertimos muito – disse Jorge – Harry estava bem feliz – completou o outro
-ele completava a frase quando Gina e as outras garotas entravam na cozinha. A Sra. Weasley servia-lhes ovos e bacon e continuaram a conversa que tinham no quarto com cuidado para não serem ouvidas pelos outros que estavam distraídos.
-Eu vi Gi – Começou Luna – seu olhos estavam vermelhos e você soluçava.
-Não era nada, só um sonho ruim.
-Não adianta, Luna. – disse Mione – ela não conta. Eu estou aqui a uma semana e ela não diz nada.
-Gina, nós podemos ajudar, ou pelo menos te ouvir – voltou Luna.
-Me deixem vocês duas! – e saiu irritada porta a fora – Seus olhos voltaram a marejar – Não chore Gina, não chore – dizia a si mesma. Chegou a porta do banheiro, ouviu ruídos vindos de dentro, mas não sabia quem era. Olhou o alçapão do sótão fechado e deduziu que era Rony que estava dentro do banheiro. Não pensou duas vezes. – abra Rony – bradou batendo na porta – me deixa entrar, sai agora!
Do lado de dentro Harry não entendia muito o que era dito, estava olhando o coração de ouro que batia com muita força e rapidamente. Não sabia o que estava acontecendo. Na terceira ou quarta batida na porta ele reconheceu a voz de Gina atrás dela. Notou que ela estava com voz de choro a pesar de muito brava. Resolveu abrir para saber o que estava se passando.
-Abra, Ro... – Não conseguiu completar a frase, ainda com a mão alta para continuar a bater na porta, quando foi aberta Gina foi surpreendida pela figura de Harry com os cabelos molhados e muito bagunçados, de jeans trouxa e sem camisa, apenas o cordão e o coração que ela observava bater com força
-É... Harry, desculpa – disse entre gaguejos e soluços – pensei que fosse o Rony, ele demora horas no banheiro, não sabia que era você... – a voz não saia
-Não tem problema Gi – disse ele agora que começava a entender a frase “é exatamente o que representa” e colocando a mão sobre o pingente. – Você está bem? Está cho... – e ergueu a mão para limpar uma lagrima teimosa do rosto da amada.
-Não foi nada – impediu-o – pode usa o banheiro a vontade, eu não queria atrapalhar. – Deus as costas entrando no seu quarto.
Por alguns instantes ficou ali, parado pensando no que havia acabado de acontecer. Foi então que ouviu o alçapão de Rony abrir, fechou a porta e acabou de se vestir.Desceu em seguida para comer algo, chegou á cozinha e a Sra. Weasley lhe serviu o almoço.
-Desculpe-me, querido, mas os ovos e o bacon acabaram – disse olhando ao redor onde via todos os Weasleys menos sua filha caçula – Onde está Gina? Não a vi terminar o seu café. – disse olhando para Mione e Luna, que se fizeram de desentendida.
-Vamos procura-la, Sra. Weasley – disse Mione puxando Luna – Vamos.
Esta só lhe deu um aceno com a cabeça e saíram. O Escolhido , como dizia o Profeta Diário sobre Harry, ficou parado olhando. Ele sabia onde estava e sabia que não estava bem. Ele sabia onde ela estava e sabia que não estava bem. Tinha a visto chorar, não sabia o que estava acontecendo.
-Coma, Harry. – Disse o Sr Weasley – vai esfriar.
Neste momento o garoto voltou à realidade acenou com a cabeça e começou a comer, mas antas que levasse a 1ª garfada à boca, lembrou-se que o Sr. Weasley não estava presente em sua festa na noite anterior. Nem ele, nem Lupin, nem Tonsks pensou ele enquanto colocou um pedaço de carne na boca e voltou a observar o Weasley-pai. O que será que houve? Eles sempre vêem...
-Ah, Harry, - Molly o destraiu – isso chegou pela coruja – entregou-lhe um pacote um pouco amassado.
-Obrigado. – disse pegando o pacote que reconheceu ser de Hagrid ao observar a péssima caligrafia:

Harry
Desculpe seu presente não ser nada de especial, mas devido aos últimos acontecimentos não tenho tido tempo para sair de Hogwarts. Por isso fiz os bolinhos que você gosta quando vem me visitar.
Parabéns.
Hagrid
P. S.Grope, Asafulgaz e Canino mandaram lembranças.


Harry sorriu ao lembrar de Hagrid e de sua mania de ver as criaturas (por mais ferozes e hostis) como seus iguais. Pegou seu pacote de bolinhos e não teve coragem de experimentar, conhecia bem a culinária de Hagrid. Mas a alegria deu lugar a uma expressão de tristeza quando lembrou do restante do bilhete que dizia devido aos últimos acontecimentos.... Olhou em volta e parou novamente no Sr. Weasley que conversava com Gui e a Sra. Weasley, todos com expressão de angustia, medo e horror nos olhos. Molly saiu da cozinha com a mão sobre os olhos, Harry sabia que ela estava chorando.
-Sr. Weasley, o que houve? – perguntou num salto.
-Nada que possamos resolver agora, Harry – respondeu com os olhos aflitos – Foram mais dois ataques, ao Pasquim e à casa da Avó do Neville – Disse olhando pela janela onde os dois ligados, Luna e Neville estavam se divertindo com as invenções dos gêmios.
-Mas... Eles... començais... – Harry não conseguia formular uma frase conexa.
-Calma, Harry – interveio Gui – Estão todos bem. O Sr Lovegood estava numa convenção sobre a independência das plantas – nem um dos dois conseguiu segurar o riso - e a Sra. Longbotom (?) estava no hospital visitando os pais dele. Harry estava com um semblante um pouco mais calmo quando todos se reuniram na cozinha para receber a noticia. Estavam todos sentados na mesa que teve que ser estendido com uso de magia para comportar tantas pessoas. O Sr. Weasley na ponta, Gui e Fleur, Carlinhos, Percy, os gêmeos, Rony que segurava a mão de Hermione que já soluçava, Neville e Luna um ao lado do outro, Harry em frente de Gina e a Sra. Weasley na outra ponta. Antes que Arthur começasse a falar o garoto deu uma olhada naquela mesa que não caberia na cozinha se não fosse a magia. Quando o Sr Weasley começou a falar foi interrompido por alguém que batia na porta. A mãe foi atender; eram Lupin e Tonks. Mandou-lhes entrar e num balanço de varinha aumentou ainda mais a mesa.
-Gina, minha filha – pediu delicadamente – sente-se ao lado de Harry para ele se sentarem juntos.
A ruivinha obedeceu com um leve rubor, Harry sentiu o pingente em seu pescoço bater acelerado assim como o seu próprio coração. Lupin e Nynphadora cumprimentaram a todos com um aceno e sentaram. O Sr Weasley tomou a palavra.
-Bem, - começou procurando as palavras – a notícia que tenho a dar não é nem um pouco prazerosa. Mas – antes queria deixar claro que as pessoas envolvidas estão em perfeito estado e os responsáveis já foram levados a Azcaban. – quis dar a boa noticia antes, pois sabia que a próxima seria terrível.
Harry foi olhando o semblante de cada um, menos de Gina, pois ele sabia Omo estava por ouvir sua respiração e sentir as batidas de seu coração, neste momento ele já sabia exatamente como funcionava.
-Pois bem – disse de uma vez – não adianta ficar adiando mais a noticia. Luna, Neville, sei que não será fácil ouvir o que eu tenho a lhe dizer, mas sua casa – olhou para Neville – e o jornal de seu pai – olhou p/ Luna – foram atacados.
O pânico foi geral. Hermione não se continha, Rony tentava acalma-la. Harry sentiu o coração de Gina bater de uma maneira que ele nunca pensou ser possível, olhou para ela e não teve outra reação a não ser abraça-la. Jorge que estava ao lado de Neville tentava acalma-lo com frases do tipo você ouviu papai, eles estão bem, não sofreram danos mas o horror era visível em seus olhos:
-1º meus pais, agora minha avó, o que será de mim?!
Mas um silêncio pairou de repente quando eles olharam a pequena loira sentada ali. Luna estava às gargalhadas se debatia de tanto rir, ninguém entendia o motivo. Tonks que estava ao seu lado ficou branca, olhou para a Sra. Weasley e disse:
-Já vi pessoas assim Quando levam um grande choque não tem reações emotivas normais, podem apresenta-las das formas mais estranhas. Umas não apresentam reação alguma, outras, como a pequena Luna, têm crise de riso. Venha, querida – levantou e puxou-a pelo braço para tira-la dali. Levou-a para o jardim onde ninguém mais poderia ouvir suas reações.
Harry e Gina bobos com a cena nem se deram conta de que ainda estavam abraçados. Ao se vir, Gina corou até quase a cor de seu cabelo, soltou-se de Harry que também estava vermelho, e disse ainda em soluços:
-Ontem a família de Simas, hoje... – não completou a frase ao perceber a feição de horror do garoto
-Ontem o que??? –Exclamou ele.
Vendo a cara de espanto de Harry, Lupin deduziu que não haviam lhe contado e apressou-se em faze-lo.
-...é isso – concluiu após contar-lhe o que houve e que Simas, agora órfão está no hospital – não queríamos que você soubesse assim
-Vocês tinham que ter me contado – bradou – por que não me falaram ontem?
-Porque queríamos que você tivesse uma festa tranqüila. Pelo menos um dia tranqüilo – Dizia a Sra. Weasley acariciando-lhe os cabelos p/ tentar acalma-lo.
-Ou ao menos uma noite. – completou Carlinhos – Sabemos que você se abala muito cada vez que sabe de um ataque, como se fosse responsável, você não é, coloque isso em sua cabeça, você não é responsável pelos atos de você-sabe-quem, nem de seus seguidores.
-Você não sabe o que diz – murmurou Harry ao trocar um olhar com Rony e Mione, que se lembraram automaticamente da profecia.
-Ele está certo, Harry, - acalmou-o Gina, com a mão em seu ombro – não adianta você querer sair por aí como louco atrás dele, ele está fazendo isso para irritar e chamar você.
-E ele está conseguindo! – Retrucou Harry – estou furioso!
-É isso que ele quer – Completou Hermione – Pense, Harry, está atingindo as pessoas que você conhece para fazer você se expor de cabeça quente, é uma grande armadilha. Não se deixe apanhar.
Harry fez um sinal com a cabeça indicando que aceitava a hipótese, mas ainda sim com ódio lhe remoendo o peito. Molly conjurou lanches para todos que almoçaram na grande mesa na cozinha. Tonks trouxe Luna de volta. Ela tinha conseguido parar de rir, ms não chorou, aceitou bem a idéia de seu pai não estar em perigo e não ter sofrido nenhum dano com o ataque. Nynpha havia lhe esclarecido que a avó de Neville também não sofrera nenhum mal, pois não estava em casa. Após o fim do almoço Gui tomou a palavra para tentar amenizar o clima:
-Sabemos que estão todos bem, então não adianta ficarmos com essas caras, principalmente você – olhou para Potter – Que tal uma boa partida de Quadribol? Se todos jogarmos teremos 2 times completos – disse contando os presentes.
Todos sorriram, realmente não valia a pena ficar naquele baixo-astral, Mione, porém, fez cara feia:
-Eu não jogo bem, não sou boa voando.
-Nem eu. – Disse Neville. – Ficamos de fora e os times ficam iguais.
Mione concordou. –Ficamos um de juiz e outro de comentarista.
Foram todos correndo pegar suas vassouras. Os dois apanhadores Harry e Carlinhos escolheram os times:
Harry, Rony (goleiro), Fred e Lupin (Batedores), Tonks e Gina (artilheiros).
Carlinhos, Percy (Goleiro), Jorge e Luna (Batedores), Gui e Fleur (artilheiros).
A 1ª partida foi equilibrada, apesar de ficar com um pouco de vergonha, Harry sabia que Gina era uma excelente artilheira. Ele e Carlinhos eram ótimos apanhadores foi uma boa disputa, a vassoura de Harry lhe dava uma boa vantagem, mas Carlinhos era muito veloz - Você enfrentou um dragão uma vez – riu p/ Harry – imagine fazer isso todos os dias, como profissão. Você aprende que se não for rápido pode ser a última coisa que fará. – todos riram bastante. Depois de 2 partidas, uma vitória para cada lado a Sra. Weasley chamou a todos p/ mais recados.
-Bom, - iniciou – chegaram corujas do ministério e de seus responsáveis – disse olhando Luna e Neville – e todos concordaram que vocês devem ficar aqui até o retorno à Hogwarts, em setembro. - Todos ficaram apreensivos – E para maior proteção – continuou se referindo a Tonks e Lupin – o ministério designou que vocês dois ficarão aqui, não sairão para nenhuma missão até 1º de setembro.
Os dois concordaram com um aceno de cabeça. Gui disse que gostaria, mas não poderia ficar, o banco estava em rítimo acelerado e com as defesas ainda mais reforçadas. Fleur também tinha que voltar a Paris para trabalhar. Percy tinha seus compromissos no ministério, mas a Sra Weasley o fez prometer que mandaria notícias periodicamente. – Você-sabe-quem já invadiu o ministério uma vez – disse ela.
-Mas agora há dúzias de aurores reforçando as defesas, mãe – Disse o jovem que, diferente do pai, não vinha todos os dias para casa e morava num apartamento em Londres.
A noite se aproximava, todos ainda estavam na varanda, sob as estrelas conversando sobre assuntos dos mais diversos, quando a Sra Weasley apareceu:
-Fila para os banheiros, quero ver todos de banho tomado para o jantar – dizia num tom típico de mãe, não se importando com a idade dos que ouvia.
Desde sua caçula Gina de 16 anos até o Sr. Weasley, o mais velho da casa. Passando por todos os filhos e visitas (Harry, Hermione, Luna, Neville, Fleur, Tonks e Lupin). O mais interessante era a prontidão com que todos acataram a ordem. E um a um subiram aos seus aposentos oficiais ou emprestados para se preparar para o banho. A confusão foi grande 16 pessoas para apenas 4 banheiros. 1 reservado às meninas, 1 era na suíte no quarto dos donos da casa e os outros dois foram disputados pelos outros, que mesmo sendo em maior número terminaram antes das garotas.
O jantar foi servido na mesma mesa estendida pela Srta. Weasley. Uma bagunça ainda maior do que a dos banhos com as diversas pessoas se esbarrando de toalha e roupão se instaurou na cozinha aonde o barulho de pratos e talheres e a conversa ia sendo intercalada por Molly servindo o purê de batatas e ouvindo:
-Obrigado, querida – Sr. Weasley
-Obrigado, mãe – Gui e Carlinhos.
-Mercy, Sogrrinhe – Fleur.
-Obrigado, mãe – Coro dos Gêmeos, seguido de Rony
-Grata – Hermione
-Obrigada, Mamãe – Gina;
-Obrigado, mãe – Um silêncio se fez. Nenhum barulho de talher, nenhuma palavra. Todos estavam olhando para a cara de espanto de Harry ao dizer aquilo. Quando o garoto notou o que acabara de dizer um rubor terrível subiu-lhe à face, uma lágrima escorreu-lhe – Desculpem-me todos, não foi por mal – Sacou sua varinha apontou-a para si e disse - quarto do Rony Tec aparatou
O silêncio ainda reinava Molly estava estática. Não notou uma lágrima que se formava em seus olhos. Todos se olhando sem muita reação. Iniciou-se um burburinho sobre o que houve. Molly reuniu forças e disse:
-Calem-se e comam. Não quero nenhum comentário sobre isso. Eu sei que ele me chamou se mãe, eu não vejo o menor problema nisso. Eu o amo como a cada um de vocês – disse fitando os filhos. Rony abriu a boca para dizer algo do tipo eu vou falar com ele mas foi impedido – Ronald! Não se mexa – disse decidida – Continuem comendo, eu vou falar com ele. – E rapidamente arrumou um prato para o garoto que não teve tempo de comer nada.
Enquanto isso, Harry no quarto, estava aos prantos, as idéias corriam-lhe o cérebro. Não davam tempo para reflexões. Frases soltas como minha mãe está morta, os Weasley são a única família que conheci ou já tive. Várias imagens lhe perturbavam: s fotos de seus pais no álbum que ganhara de Hagrid, a mesa lá embaixo completa com todas as pessoas vivas que ele amava, imagens das pessoas que ele já amou e morreram (Sirius e Dumbledore), pessoas que ele amava ou ligada a elas sendo feridas por Voldemort, não podia fazer com que eles sofressem mais. Tinha que encontra-lo, tinha que mata-lo. Tenho que encontrar os Horcrux. Não podia mais içar ali... Mas seus pensamentos foram interrompidos por alguém batendo na porta:
-Vá embora, Rony – choramingou – não quero vê-lo, nem a ninguém agora.
-Harry, querido – Ele reconheceu a voz da matriarca – Sou eu, Molly, abra por favor. – pediu com voz doce e materna.
-É... –não encontrava as palavras – Sra. Weasley, desculpe, eu não quis ofende-la – suspirou – é que...
-Ora Harry, - tentou acalma-lo – não foi ofensa alguma. Eu gostaria de conversar com você, mas se você não está se sentindo bem agora, outra hora então. Vou deixar seu prato aqui, só não fique sem comer.
Neste momento Harry levantou-se e abriu a porta. Observou timidamente a figura daquela senhora gorducha e ruiva que lhe olhava com doçura segurando um prato na mão. Deu um passo para o lado para que ela entrasse no quarto. Ela colocou o prato na escrivaninha e sentou-se na cama.
-Venha – disse com calma – sente-se aqui. – Ele sentou-se e tentou iniciar o assunto.
-Olha, Sra. Weasley, - disse olhando para as próprias mãos, mas ele não pode continuar.
-Harry, pegou o rosto dele para que olhasse para ela – você não me constrangiu nem um instante, não fique constrangido você também.
-Mas, - tentou dizer algo, mas foi impedido agora por um mar de lágrimas – a Sra, minha mãe, a família...
-Ouça, Harry – continuou tentando olhar para os olhos verdes do garoto – Eu sei que não sou sua mãe, não querido, eu jamais tentaria ser – disse olhando para o garoto que agora estava branco como cera – não que eu não goste de você, ora Harry, eu lhe amo como a um dos meus sete filhos. Desde que você e Hermione entraram na vida de Rony, a seis anos, eu os tenho como da minha família. Moine tem os pais vivos, por isso não sente esta carência que você tem, e eu nunca pensaria em tentar substituir o lugar das lembranças e do amor de seus pais. Lílian e Tiago eram pessoas maravilhosas, emanavam amor, entre eles e principalmente por você. Sabe Harry, eu conheci seus pais, não sei se você sabe...
Ele negou com a cabeça e ela continuou:
Eu estava no 7º ano em Hogwarts, quando conheci sua mãe, ela estava no 3º, uma criança, eu pensava, mas um dia, no salão da Grifinória, depois que eu tive uma discussão feia por um motivo tolo som Arthur, eu estava chorando e ela se aproximou. Nunca vou esquecer o brilho dos seus olhos,em especial ao olhar para os seus.
-Desculpe-me, - ela me disse – seu nome é Molly, certo?
-Sim – eu respondi com lágrimas e de uma forma um pouco rude – o que você quer?
-Olha,- ela me disse muito docemente – eu sei que não tenho nada com a sua vida, mas se você quiser conversar – cada palavra mais doce, ma eu ainda achava que ela queria apenas saber o que havia acontecido para fazer fofoca, como fui tola – pode me contar, desabafar ou apenas chorar, eu seguro sua mão – olhou nos meus olhos e me estendeu a mão.
Sentou-se ao meu lado e não disse mais nada. Eu chorava de tristeza por Arthur e de alegria por ter ganhado uma amiga.

Molly voltou a realidade e olhou novamente para o garoto
-Não, não seria justo – disse com calma – com vocês eu ter a idéia de adota-lo como filho – Harry fugiu do olhar cada vez mais constrangido – mas não é por isso que eu não lhe ame como um filho. E fico muito, mas muito feliz mesmo – disse puxando novamente o rosto dele para que olhasse para ela – de você me chamar de mãe. E sim, eu ficaria honrada se você quisesse me chamar assim – uma lágrima teimosa correu dos seus olhos, Harry ergueu a mão para limpa-la, agora era ele que sentia uma lhe escorrer pela face – Assim como Arthur, tenho certeza, se sentiria orgulhoso e extremamente feliz de saber que você o tem como um pai de consideração – sorriram.
Harry não tinha palavras, ninguém na vida nunca lhe tinha deito coisas tão amáveis na vida, seu coração transbordava. Olhava a Sra. Weasley, lembrava de sua mãe, ela estava sorrindo, sabia que lhe daria essa permissão, mas ainda não sabia o que fazer. E sem pensar em mais nada atirou-se num abraço nela.
-É... –não sabia como trata-la, teve uma trava para dizer mãe, mas retomou – Sra. – foi interrompido.
-Harry, deixemos de formalidade – disse num tom amável – aposente o Sr e Sra Weasley, sim – sorriu-lhe – diga apenas Molly e Arthur.
-Mas será que o Sr. Weasley não se importará?
-Tenho certeza que não.
-E o restante da família? Gui, os gêmeos, Rony? – não conseguiu dizer, mas pensava apenas na caçula, colocando a mão no peito sentindo o pequeno coração que batia apreensivo – o que eles dirão? Eu não sou da família.
-Ora, Harry, - sorriu com um ar severo – você sabe mo bem que todos eles lhe consideram como... –foi a vez dela pensar em Gina, ela não o considerava como um irmão – da família. Estou certa que todos tem por você muito amor. E sempre o quiseram por perto. Com exceção de Percy há alguns anos – disse pensativa – mas não ligue para ele e agora mesmo ele já lhe considera da família.
Harry deu um grande sorriso e voltou a dizer: - Sra, quero dizer, Molly – consertou ao ver a expressão severa dela – fico muito feliz. Vocês e Mione, que é como uma irmã para mim, são a única família que eu já tive, e eu detestaria que o que aconteceu lá em baixo atrapalhasse isso.
-Não atrapalhará, querido. Fique tranqüilo. Agora vamos, seu prato já deve estar gelado – disse olhando o prato sobre a mesinha – venha, vamos até a cozinha e tratamos disso.
O-menino-que-sobreviveu fez uma cara de receio, o que lhe aconteceria quando colocasse os pés fora daquele quarto, Molly sorriu-lhe. Foi mais um gesto de mãe. E aquilo lhe deu forças para combater quantos dementadores surgissem em sua frente naquele momento.

************* Cozinha, enquanto a conversa acontecia**************

Depois que Molly pegou o prato e saiu a mesa ficou em silêncio. Em todas as mentes ecoava o mãe sincero de Harry, que não conhecera a sua própria. A Sra. Weasley saiu da cozinha e o silêncio permaneceu até que a porta do quarto do garoto se fechou. Então começaram as opiniões, que, como Molly havia dito, chegaram as mesmas conclusões?
-Não vejo mal, disse o Sr. Weasley – ele realmente faz parte desta família
-Sim, aqueles Dursleys – continuou Rony – só fizeram alimenta-lo, e ainda sim, não fizeram direito!
-Mas daí a chamá-la de mãe –disse Percy, que como havia previsto a Sra. Weasley seria o único que discordaria.
-Silêncio – O coro na mesa foi grande. Todos com a varinha apontada para ele. Hermione, Neville, Luna, Lupin e Tonks, que não estavam participando da conversa diretamente apenas riram.
-O mesmo para você, Hermione – a voz de Carlinhos se sobrepôs às risadas, a menina corou, não esperava ouvir aquilo dele, era o que ela menos tinha contato – Você já faz parte de nossas vidas, já é quase uma Weasley. – nesse momento os olhares caíram sobre Rony, o cabelo do garoto era quase branco comparado à cor de seu rosto.
-E agora vcs 2 também – Disse Gui olhando para Luna e Neville que apenas observavam – Podem saber que já eram muito considerados antes, mas depois dos acontecimentos no ministério e em Hogwarts ano passado, são oficialmente da família.- Todos acenaram com a cabeça em sinal de aprovação, inclusive Percy.
Enquanto os outros conversavam os gêmeos se entreolharam – Idéia – disseram em coro. Todos se calaram e observaram-lhes desaparantando e aparatando com longos fios e orelhas em suas pontas.
-Vocês não vão fazer isso – Tentou recrimina-los o Pai, mas á era tarde, já ouviam a conversa entre a mãe e Harry.
-Deixe só sua mãe descobrir isso – manifestou-se Lupin pela 1ª vez. Mas não adiantava, todos já estavam concentrados no assunto.
Ao final da conversa entre os dois, todos estavam com lágrimas nos olhos. E ao entrarem novamente na cozinha (com orelhas extensíveis devidamente recolhidas) houve um festival de lágrimas e sorrisos.

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